segunda-feira, 17 de abril de 2023

Trio caloteiro da Americanas é retirado das referências de Harvard, "onde jamais deveria constar", diz Miola Para o jornalista, faltou "rigor acadêmico" à instituição de ensino estadunidense ao publicar dois estudos sobre a rede varejista que foram retirados da internet


Para o jornalista, faltou "rigor acadêmico" à instituição de ensino estadunidense ao publicar dois estudos sobre a rede varejista que foram retirados da internet

www.brasil247.com - Carlos Alberto Sicupira, Paulo Lemann e Marcel Telles
Carlos Alberto Sicupira, Paulo Lemann e Marcel Telles (Foto: Reprodução | Divulgação/Expert)


 O jornalista Jeferson Miola usou o Twitter, neste domingo (16), para comentar a remoção de dois estudos sobre a rede varejista Americanas do site da Harvard Business Review, publicação ligada à universidade de Harvard, nos Estados Unidos. “Os vigaristas e fraudadores das Lojas Americanas foram removidos das referências da Universidade de Harvard, onde jamais deveriam constar, tivesse a instituição rigor acadêmico ao invés de ser incubadora de receitas neoliberais e ultraliberais picaretas”, postou Miola. 

A postagem faz referência a uma nota publicada pelo jornalista Lauro Jardim,  de O Globo, que destaca que “quem clica em ‘Americanas: sempre queremos mais’, de 2021, ou em ‘Americanas: DNA do projeto e a máquina de pessoas’, de 2020, recebe a informação de que o link foi removido”.

A rede varejista Americanas, que tem como acionistas de referências os bilionários Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, entrou em recuperação judicial após anunciar um rombo fiscal que resultou em dívidas acima de R$ 40 bilhões.

 

 https://www.brasil247.com/midia/trio-caloteiro-da-americanas-e-retirado-das-referencias-de-harvard-onde-jamais-deveria-constar-diz-miola


sexta-feira, 14 de abril de 2023

Vale inicia exportações de briquete verde, capaz de reduzir em 12% as emissões de siderúrgicas

Vale Logo – Mineradora – PNG e Vetor – Download de Logo

 

 

 

A Vale realizou o embarque de briquete verde para o primeiro teste internacional em alto-forno de um cliente nesta semana. O produto é um aglomerado de minério de ferro utilizado por siderúrgicas durante um processo anterior à fabricação do aço. A vantagem dele é a redução de 12% nas emissões de gás carbônico (CO2).

Anunciado em 2021 pela Vale, o briquete verde pode substituir os produtos tradicionalmente comercializados hoje para os altos-fornos, como o sinter, a pelota e o granulado. A solução é uma alternativa positiva para a indústria siderúrgica, que é uma das maiores contribuintes para as emissões de CO2 no mundo.

O diretor de desenvolvimento de produtos e negócios da Vale, Rogério Nogueira, afirmou que a partir dos testes industriais, é possível fortalecer a confiança dos parceiros estratégicos da companhia. “Este é mais um marco importante no nosso caminho para fornecer soluções de baixa emissão de carbono para a indústria siderúrgica global”, disse.

Segundo a Vale, o teste industrial será realizado no início de maio nas instalações de um cliente na Europa. Foram embarcadas 8 mil toneladas de briquete verde a partir do Porto do Açu, no litoral norte do RJ, em direção ao Porto de Roterdã, na Holanda.

No Brasil, já foram testadas industrialmente 70 mil toneladas do briquete em seis diferentes altos-fornos, totalizando 126 dias de uso. Para expandir as vendas do material, a Vale está construindo ainda duas plantas de briquete verde em Vitória, no Espírito Santo. A primeira delas deverá entrar em operação no final do primeiro semestre.

 

Dólar cai pela quarta sessão ante o real e encerra semana abaixo de 5 reais


Crédito: Kim Hong-Ji/Reuters

Moeda norte-americana teve alta pela manhã, mas não o suficiente para evitar um fechamento em baixa pelo quarto dia seguido (Crédito: Kim Hong-Ji/Reuters)

SÃO PAULO (Reuters) – Após o recuo de quase 3% do dólar nas últimas três sessões, os investidores ensaiaram um movimento de recomposição de posições compradas nesta sexta-feira, o que colocou a moeda norte-americana em alta firme pela manhã, mas não o suficiente para evitar a virada à tarde e um fechamento em baixa pelo quarto dia seguido.

Além do movimento técnico visto mais cedo, o avanço do dólar no exterior trazia um viés de alta para a moeda norte-americana no Brasil, que não se sustentou durante a tarde.

 Profissionais ouvidos pela Reuters pontuaram que os juros elevados no Brasil e o otimismo em relação ao novo arcabouço fiscal seguem limitando a alta da moeda norte-americana.O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,9162 reais na venda, em baixa de 0,23%. Este é o menor valor de fechamento para a moeda norte-americana desde 8 de junho de 2022, quando foi cotada a 4,8906 reais. Na semana, a moeda norte-americana acumulou baixa de 2,81%.

Na B3, às 17:17 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,26%, a 4,9260 reais.

Pela manhã, o dólar marcou a cotação mínima da sessão, de 4,8929 reais (-0,70%), às 9h31 (horário de Brasília), mas rapidamente saltou para o território positivo em sintonia com o exterior, onde a moeda norte-americana também subia, e com investidores realizando lucros e recompondo algumas posições compradas (no sentido de alta do dólar).

“Vimos de manhã um movimento de realização técnica. O dólar caiu quase 3% nas últimas três sessões, o que chama uma realização”, pontuou Fernando Bergallo, diretor da assessoria de câmbio FB Capital.

Na máxima da sessão, vista às 11h09, a moeda marcou 4,9660 reais (+0,78%).

Ao longo da tarde, o dólar se reaproximou da estabilidade ante o real, a despeito de no exterior continuar em alta ante a maioria das demais divisas.

Segundo Bergallo, o fato de o diferencial de juros entre Brasil e EUA seguir favorável para a atração de investimentos tem impedido uma alta mais intensa da moeda norte-americana.

“Isso está limitado pelo nosso colchão de juros. Enquanto a Selic estiver em 13,75% ao ano, não tem como o dólar subir tanto”, avaliou. “E também não temos estresse na área fiscal ou ruídos vindos do governo”, completou.

Além de atrair investimentos em portfólio, o Brasil tem recebido dólares pela via comercial, lembrou o gerente de câmbio da Fair Corretora, Mário Battistel.

“O real é uma das poucas moedas que está ganhando alguma força, e muito por conta de nossas exportações de commodities agrícolas”, afirmou.

As notícias mais recentes permitiram que o dólar se firmasse abaixo dos 5 reais nesta semana, mas Luiz Felipe Bazzo, presidente do Transferbank, plataforma de transferências internacionais, lembra que alguns riscos permanecem.

“Mesmo com as últimas boas notícias, ainda tem muito risco no ar: o arcabouço ainda nem foi apresentado ao Congresso, não sabemos o que tem exatamente dentro da regra, as taxas de juros nos EUA ainda não começaram a cair e ainda não há dados concretos sobre a economia da China. Em poucas palavras, ainda tem muita água para rolar”, afirmou em análise enviada à Reuters.

No exterior, o dólar seguia em alta neste fim de tarde.

Às 17:17 (de Brasília), o índice do dólar –que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas– subia 0,58%, a 101,560.

Pela manhã, o Banco Central vendeu 14.000 dos 16.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados na rolagem dos vencimentos de junho.

Z1 recebe aporte de R$ 54 milhões, Rappi adquire a Box Delivery


Mateus Craveiro, Thiago Achatz, Sophie Secaf e João Pedro Thompson, cofundadores da fintech Z1 / Divulgação

Mateus Craveiro, Thiago Achatz, Sophie Secaf e João Pedro Thompson, cofundadores da fintech Z1 / 

Divulgação



A fintech Z1 oferece uma conta bancária para adolescentes. Mas o aporte de R$ 54 milhões desta semana chega justamente para ampliar o público-alvo. A ideia da startup é começar a atender jovens acima de 18 anos que estejam na fase de transição para a vida adulta, acompanhando-os conforme ficam mais velhos. O principal produto em vista é uma solução de crédito, funcionalidade pedida por clientes atuais da empresa quando chegam à maioridade.

A rodada Série B foi coliderada pelos fundos Homebrew, Parade Ventures e Kindred Venture e contou com a participação de investidores parceiros, como Y Combinator, MAYA Capital, Clocktower e Gaingels. Também teve a entrada de novos nomes para o captable, entre eles, Costanoa, Newtopia, SquareOne e The Fund. 

Antes de receber esse investimento, a startup realizou outras duas captações em 2021, em um espaço de seis meses: uma rodada seed de R$ 14 milhões, em maio, e uma série A de R$ 55 milhões liderada pela Kaszek, em novembro.

China e Brasil relançam relações mirando tecnologia e ambiente; pedem negociação de paz na Ucrânia

 

China e Brasil relançam relações mirando tecnologia e ambiente; pedem negociação de paz na Ucrânia

Xi Jinping e Lula em Pequim

Por Ethan Wang e Ryan Woo e Lisandra Paraguassu

 

PEQUIM/BRASÍLIA (Reuters) – O Brasil restabeleceu seus laços diplomáticos com a China, seu maior parceiro comercial, com uma visita de Estado na sexta-feira, na qual os países concordaram em aumentar os investimentos e a cooperação em tecnologia e desenvolvimento sustentável, ao mesmo tempo em que pediram negociações de paz na Ucrânia.

O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva e vários de seus ministros assinaram os acordos com o presidente Xi Jinping e outras autoridades chinesas em Pequim.

Xi disse que a China fez das relações com o Brasil uma prioridade diplomática e que os dois países devem aprofundar a cooperação prática em setores como agricultura, energia e construção de infraestrutura, informou a emissora estatal CCTV.

“Temos uma relação extraordinária com a China, uma relação que a cada dia se torna mais aguda e forte”, disse Lula antes de seu encontro com Xi.

Brasil e China precisam trabalhar juntos para que a relação não seja apenas de interesse comercial, acrescentou Lula.

Os dois líderes concordaram que o diálogo e a negociação são a “única maneira viável” de resolver a guerra na Ucrânia, segundo um comunicado conjunto. Eles pediram a outros países que desempenhem um papel construtivo na promoção de um acordo político entre a Ucrânia e a Rússia.

Foi uma menção ainda sem detalhes ao tema da guerra ante às pretensões do Brasil de propor a criação de um grupo de países para negociar o fim do conflito, com a participação de Pequim.

Antes da viagem, Lula disse que gostaria de voltar da Ásia anunciando a criação do mecanismo — o Brasil vai receber o chanceler russo Sergei Lavrov na semana.

A visita de Lula ocorre após quatro anos de relações difíceis com a China sob seu antecessor de extrema-direita, Jair Bolsonaro, quando o comércio continuou inalterado, mas o investimento de empresas chinesas caiu.

Em um novo foco para as relações bilaterais, os dois países decidiram fortalecer a cooperação em proteção ambiental e enfrentamento das mudanças climáticas, e vão criar um comitê para isso em suas negociações de parceria estratégica.

Eles concordaram em atuar em conjunto com os países em desenvolvimento em fóruns internacionais sobre questões climáticas, ao mesmo tempo em que cobraram maior financiamento para projetos de desenvolvimento sustentável.

A China se comprometeu a apoiar a produção de energia limpa e hidrogênio verde no Brasil, mas não houve anúncio sobre um fundo bilateral de investimento verde que o Brasil propôs, para financiar e subsidiar o desenvolvimento de energia renovável.

A China e o Brasil concordaram ainda em criar um grupo de trabalho para buscar a cooperação em semicondutores, fortalecendo os laços com Pequim em áreas de tecnologia sensível.

A tecnologia da informação tem sido um ponto crítico nas relações da China com os Estados Unidos e países europeus que, em alguns casos, proibiram produtos chineses por razões de segurança.

O Brasil, porém, tem interesse em atrair investimentos chineses nessas áreas, apesar da pressão do governo dos Estados Unidos nos últimos anos desestimulando o uso de equipamentos móveis de quinta geração da gigante de tecnologia Huawei Technologies.

Antes da visita, o assessor especial de Lula, Celso Amorim, disse à Reuters que o Brasil está aberto a uma eventual instalação de uma fábrica chinesa de semicondutores no país e que Brasília tem interesse em desenvolver a tecnologia em cooperação com a China.

Na quinta-feira, Lula visitou o centro de pesquisa da Huawei em Xangai e foi informado sobre sua tecnologia, experimentando também seu headset de realidade virtual.

Lula disse em declarações públicas em Pequim que sua visita à Huawei foi “uma demonstração de que queremos dizer ao mundo que não temos preconceitos em nossas relações com os chineses”.

“Ninguém vai proibir o Brasil de melhorar sua relação com a China”, acrescentou.

A China ultrapassou os Estados Unidos como principal parceiro comercial do Brasil em 2009 e é um importante mercado para soja, minério de ferro e petróleo brasileiros. O Brasil é hoje o maior receptor de investimentos chineses na América Latina, impulsionados pelos gastos com linhas de transmissão de energia elétrica em alta tensão e produção de petróleo.

Na sexta-feira, os dois países concordaram em incentivar suas empresas a investir em cada país em infraestrutura, transição energética, logística, mineração, agricultura e indústrias de alta tecnologia.

O ministro da Fazenda do Brasil, Fernando Haddad, disse que os dois estão aprofundando estudos para realizar comércio em moedas locais, lembrando que a ideia de diminuir a dependência do dólar já está na agenda do grupo dos Brics, formado pelos principais países emergentes.

Durante o primeiro dia da visita, em Xangai, Lula participou da cerimônia de posse da ex-presidente Dilma Rousseff no comando do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), o banco dos Brics, e também defendeu um comércio global em moedas locais.

Lula deve partir da China na manhã de sábado na Ásia, e faz parada nos Emirados Árabes Unidos antes de chegar a Brasília. O mandatário brasileiro convidou o chinês Xi Jinping a visitar o Brasil em 2024.

(Reportagem de Ethan Wang, Judy Hua e Ryan Woo em Pequim, Meg Shen em Hong Kong, Lisandra Paraguassu e Anthohy Boadle em Brasília)


Metas fiscais devem ficar fora do texto de âncora


Crédito: Antonio Cruz/Agência Brasil

O projeto determina que as metas sejam fixadas pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) (Crédito: Antonio Cruz/Agência Brasil)

 

As metas fiscais perseguidas pelo governo para as contas públicas, divulgadas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, deverão ficar de fora do texto do novo arcabouço fiscal. O projeto, que será enviado ao Congresso na semana que vem, determinará que as metas sejam fixadas pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) – que orienta a elaboração do Orçamento do ano seguinte.

No projeto do arcabouço, estará determinado o intervalo da nova regra de controle do crescimento de gasto, mas a meta fiscal (diferença entre o que o governo arrecada e o que gasta, sem contar os juros da dúvida) será fixada no projeto da LDO, lei que é encaminhada todos os anos ao Congresso no dia 15 de abril. Esse é o mesmo modelo usado na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

A LDO será encaminhada nesta sexta, 14, ao Congresso já com a meta fiscal de 2024, de 0% do Produto Interno Bruto (PIB). Pelo projeto da nova âncora, ainda em elaboração, será preciso explicitar na LDO o impacto da meta sobre a evolução da dívida pública. Também será necessário explicar se houver divergência da meta fixada a cada ano na LDO da meta estimada no primeiro ano do governo para os anos seguintes.

Os limites da regra de gasto estarão sempre fixados – uma forma de limitar de antemão a variação das despesas.

No anúncio do novo arcabouço, Haddad se comprometeu com uma trajetória de resultados fiscais de déficit de 0,5% do PIB em 2023; 0% em 2024; superávit de 0,50% em 2025; e de 1% no fim de 2026, último ano do governo Lula.

A regra de controle de gastos terá um intervalo para o crescimento das despesas acima da inflação de 0,6% (piso) a 2,5% (teto) ao ano.

Já as metas fiscais terão uma banda de tolerância de 0,25 ponto porcentual para baixo e para cima, num modelo parecido com o do regime de metas de inflação adotado pelo Banco Central.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

JPMorgan amplia lucro para US$ 12,6 bilhões no 1º trimestre


Crédito: JPMorgan/Divulgação

O lucro por ação do maior banco dos EUA entre janeiro e março ficou em US$ 4,10 (Crédito: JPMorgan/Divulgação)

 

O JPMorgan Chase teve lucro líquido de US$ 12,6 bilhões no primeiro trimestre de 2023, 52% maior do que o ganho de US$ 8,28 bilhões apurado em igual período do ano passado, segundo balanço publicado nesta sexta-feira.

O lucro por ação do maior banco dos EUA entre janeiro e março ficou em US$ 4,10, bem acima da previsão de analistas consultados pela FactSet, de US$ 3,41.

Já a receita do JPMorgan somou US$ 38,35 bilhões no primeiro trimestre, com alta de 25% na comparação anual. O resultado também ficou acima da projeção da FactSet, de US$ 36,13 bilhões.