segunda-feira, 26 de junho de 2023

Empresas dos EUA aceitam termos mais duros para levantar recursos com títulos podres

Até agora neste ano, empresas como American Airlines e Six Flags emitiram US$ 91 bilhões em títulos de grau especulativo, de acordo com o PitchBook LCD – um aumento de 35% em relação ao período do ano anterior, quando as taxas em rápido aumento reduziram a emissão de títulos com risco maior de default a um mínimo.

Mas esses títulos parecem diferentes do que durante o boom de empréstimos dos últimos anos. Um total de 62% deles tem garantias que oferecem aos investidores maiores proteções se a empresa entrar em inadimplência. É a maior porcentagem desde 2005.

O vencimento médio da dívida com risco aumentado de default também encolheu para 6,1 anos, ante uma média de 7,4 anos na década anterior, dando às empresas uma rédea mais curta do que a norma histórica.

“Os investidores estão pensando: ‘quero ser um pouco mais defensivo em um ambiente incerto’, então eles estão comprando esse papel garantido”, disse o chefe de crédito público da gestora de ativos Voya Investment Management, Randy Parrish. 

 

Fonte: Dow Jones Newswires.

 

sexta-feira, 23 de junho de 2023

Alckmin demonstra de forma didática o prejuízo bilionário que Campos Neto causa ao Brasil

 


"Você fica fazendo economia de um bilhão, meio bilhão, e acaba gastando aí quase R$ 200 bilhões em razão de ter uma taxa Selic nessa altura", disse ele

Geraldo Alckmin e Roberto Campos Neto
Geraldo Alckmin e Roberto Campos Neto (Foto: Reprodução | ABr)


247 – O presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), Geraldo Alckmin, criticou, nesta quinta-feira (22), a decisão do Banco Central de manter os juros básicos da economia (taxa Selic) em 13,75% ao ano, mesmo com inflação em queda. Em uma declaração enfática, Alckmin destacou o prejuízo causado pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, ao país.

Alckmin, que está no exercício da Presidência da República esta semana durante a viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Europa, demonstrou de forma didática o impacto negativo da taxa Selic elevada. Ele ressaltou que cada 1% da taxa Selic custa R$ 38 bilhões de pagamento do serviço da dívida pública, e uma taxa 5% acima do que deveria estar resultaria em um custo de aproximadamente R$ 190 bilhões.

"Você fica fazendo economia de um bilhão, meio bilhão, e acaba gastando aí quase R$ 200 bilhões em razão de ter uma taxa Selic nessa altura", criticou Alckmin. Sua declaração evidencia o prejuízo significativo que a política monetária atual está causando às finanças públicas do país.

Alckmin também ressaltou que, mesmo durante a gestão de Roberto Campos Neto à frente do Banco Central, a taxa Selic já foi reduzida para 2% ao ano, o nível mais baixo da série histórica. Além disso, ele apontou que o atual cenário internacional de juros negativos e inflação em queda torna ainda mais difícil compreender a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de manter os juros básicos elevados.

Com uma inflação em declínio e expectativas de redução, Alckmin argumentou que a taxa Selic em patamares elevados acaba tendo um impacto fiscal negativo. Ele enfatizou que, se a preocupação é a dívida pública, não há nada pior do que manter a taxa de juros desnecessariamente alta.

O presidente em exercício demonstrou claramente seu descontentamento com a decisão do Banco Central e evidenciou o prejuízo econômico e fiscal que o país está enfrentando devido à taxa Selic elevada. Suas palavras ressoam como um apelo por uma política monetária mais adequada às condições atuais do Brasil, buscando impulsionar a atividade econômica e garantir uma gestão fiscal mais eficiente.

 

 https://www.brasil247.com/economia/alckmin-demonstrou-de-forma-didatica-o-prejuizo-bilionario-que-campos-neto-causa-ao-brasil

SES confirma fim de negociações e descarta fusão com Intelsat

SES confirma fim de negociações e descarta fusão com Intelsat

 

A SES informou, nesta quinta-feira, 22, que as negociações para uma eventual fusão com Intelsat não prosperaram. Desse modo, as operadoras de satélite devem continuar as atividades separadamente.

As conversas em torno de uma fusão foram confirmadas no fim do mês de março. Assim, menos de três meses depois, o negócio foi descartado. Em curto comunicado, a SES não revelou o motivo para o fim da negociação.

“A SES anuncia hoje que as discussões sobre uma possível combinação com a Intelsat foram encerradas. Em 29 de março de 2023, a SES confirmou que a empresa estava em negociações com a Intelsat e que não havia certeza de que uma transação se concretizaria”, diz a operadora de satélites, em nota divulgada à imprensa e ao mercado.

Pela complementariedade de serviços, a junção de forças poderia criar uma companhia avaliada em mais de US$ 10 bilhões. A Intelsat fornece serviços de comunicação via satélite e transmissão de mídia, por meio de sua constelação de satélites de órbita geoestacionária (GEO).

A SES, por sua vez, disponibiliza conectividade por meio da constelação O3b de órbita terrestre média (MEO), além de contar com artefatos geoestacionários. A empresa atende clientes corporativos, como cruzeiros, governos e operadoras de telecomunicações.

No terceiro trimestre, a companhia deve lançar um novo serviço de banda larga, que será operada por intermédia da constelação O3b mPOWER, a segunda geração de satélites MEO da empresa. Quatro equipamentos já trafegam no espaço e mais dois devem ser lançados em breve, dando início à operação comercial da constelação.

A expectativa da SES é de ampliar significativamente o seu mercado consumidor, ao disponibilizar mais capacidade a uma latência mais baixa aos clientes em todo o mundo… 

 

Pátria levanta R$ 11 bilhões com venda de ativos em 12 meses

Pátria levanta R$ 11 bilhões com venda de ativos em 12 meses

 

A gestora Pátria Investimentos levantou R$ 11 bilhões nos últimos 12 meses com a venda de sete negócios em seu portfólio de infraestrutura e de empresas de seu fundo de private equity. Os recursos, que foram distribuídos aos investidores, vieram de importantes ativos da casa – como a rede de academias Smart Fit, a empresa de foodservice Delly’s, a empresa de data centers Odata e a da rodovia Entrevias.

Em entrevista ao Valor, Andre Salles, sócio CEO e CIO de infraestrutura, e Ricardo Scavazza, sócio CEO e CIO de private equity (que compra participação de empresas), contam que a gestora tem cerca de R$ 80 bilhões em seu portfólio, em cerca de 40 investidas. Desde a fundação da casa, em 1997, foram desinvestidos cerca de R$ 30 bilhões, dos quais quase um terço nos últimos 12 meses.

Na terça-feira, a gestora fechou acordo com a gigante CVC Capital Partners, que passará a controlar junto com o Pátria a Delly’s, uma empresa que fatura cerca de R$ 5 bilhões e tem crescido desde sua fundação, em 2015, por meio de aquisições.No mês passado, embolsou R$ 590 milhões com a venda de 32,6 milhões de ações da Smart Fit, na qual ainda mantém o controle. Em dezembro do ano passado, saiu do setor de data centers ao vender a empresa Odata para a americana Aligned.

De acordo com Scavazza, o total de desinvestimentos feito pela gestora nos últimos 12 meses originou uma taxa interna de retorno (TIR) de 34% e um retorno de 3,2 vezes, ambos em reais, sobre o capital investido (Múltiplo de Capital Investido). Além de Delly’s, Odata, Entrevias e Smart Fit, estão nessa conta ParaBem e Atis, além da recapitalização da Arke. Em relação à média dos R$ 30 bilhões vendidos, o TIR fica em 23% e o MCI em 2,9 vezes, também em reais.

Em “roadshows” globais, o Pátria tem se posicionado como uma empresa internacional de investimentos alternativos, com capital aberto na Nasdaq, especializada em captar recursos no mundo para buscar oportunidades de negócios na América Latina, sobretudo em setores de infraestrutura, agronegócio e saúde.

Uma das investidas da gestora, a Lavoro, de revendas agrícolas, foi avaliada em cerca de US$ 1,2 bilhão, com suas ações listadas na Nasdaq. O agronegócio é uma forte aposta da casa, que também realizou investimentos em uma distribuidora de insumos para pecuária e em uma empresa de fertilizantes orgânicos, conta Scavazza.

 

Guilherme Paulus aumenta o cheque e CVC levanta R$ 550 milhões

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Em seu retorno à CVC, Guilherme Paulus mostrou mais apetite do que se esperava. O fundador da operadora de turismo, que saiu do negócio em 2018 em meio a uma investigação da Polícia Federal, subscreveu R$ 100 milhões em ações em follow-on chamado para socorrer a companhia, acima do seu compromisso inicial de aportar R$ 75 milhões.

O total levantado pela oferta primária também surpreendeu. Devido ao excesso de demanda, a CVC dobrou a quantidade de ações ofertada e captou R$ 549,9 milhões, ao preço de R$ 3,30 por ação, um desconto de 13,8% em relação ao fechamento de ontem. Antes, a expectativa era movimentar até R$ 200 milhões.

Do montante levantado, R$ 115 milhões vão compor o capital social da CVC, que passa a somar R$ 1,53 bilhão, e os outros R$ 435 milhões se destinam a reservas de capital. Ao todo, foram 166,6 milhões de ações emitidas, com 83,3 milhões em bônus de subscrição como vantagem adicional, na proporção de um bônus para cada duas ações subscritas na oferta.

Quando protocolou o follow-on, na semana passada, a companhia disse que pretendia usar os recursos para fazer uma oferta de aquisição de duas emissões de debêntures, no valor total de R$ 75 milhões, reforçar o capital de giro e melhorar a estrutura de capital. A CVC precisava fazer um follow-on de ao menos R$ 125 milhões até novembro, conforme acordado em seu plano com credores, que reestruturou R$ 655 milhões em dívidas que venciam no curto prazo.


Zendesk adquire Tymeshift e passa a oferecer gerenciamento de força de trabalho com IA para todos os seus clientes

Zendesk adquire Tymeshift

 

A Zendesk anunciou nesta quinta-feira (22) que concluiu a aquisição da Tymeshift, uma solução moderna de gerenciamento de força de trabalho (Workforce Management – WFM) com inteligência artificial. Desenvolvida exclusivamente para os clientes da Zendesk, a Tymeshift simplifica a gestão de cargas de trabalho complexas de experiência do cliente (CX).

“Empresas de todos os tamanhos se beneficiam das ferramentas de WFM, então a Tymeshift foi uma escolha natural para expandir o nosso portfólio de produtos. Com esta aquisição, tornamos a adoção perfeita e garantimos valor imediato aos nossos clientes”, afirmou Matt Price, vice-presidente sênior da Zendesk. “A Tymeshift provou ser uma solução abrangente e intuitiva de WFM, permitindo que as empresas otimizem seu agendamento, previsão e relatórios, o que resulta em um melhor atendimento ao cliente”.

A Tymeshift é uma solução com inteligência artificial desenvolvida na plataforma Zendesk para ajudar organizações a rastrear em tempo real a atividade, produtividade e eficiência de seus agentes de atendimento. A visibilidade sobre o trabalho dos agentes e o rastreamento automático dentro da Zendesk permitem que as equipes de suporte economizem tempo valioso que, antes, era gasto em tarefas manuais de gestão da força de trabalho, criando automaticamente escalas de trabalho, previsões e relatórios em tempo real. Desde renomadas empresas de comércio eletrônico até plataformas de freelancers e principais provedores de serviços celulares, a Tymeshift demonstrou seu valor comprovado, o qual a Zendesk trará para ainda mais clientes.

 

 

Petrobras ganha tempo para se decidir sobre TBG

Petrobras ganha tempo para se decidir sobre TBG

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aceitou o pedido da Petrobras e concedeu mais uma semana de prazo para a apresentação da revisão do cronograma de venda da Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil (TBG) pela empresa. A estatal tem até 28 de junho para apresentar o documento, que precisará ser aprovado pelo Conselho.

A Petrobras detém 51% da TBG e havia acertado com o Cade a privatização da rede de gasodutos em 2019. Na ocasião, a empresa assinou um termo de cessação de conduta (TCC) com a autarquia para ajudar na abertura do mercado de gás natural e o fim do monopólio estatal.

Em 31 de março, a Petrobras pediu mais 90 dias para a apresentação de nova proposta de cronograma para o desinvestimento da TBG. A Superintendência-Geral concedeu à empresa a possibilidade de apresentar a nova programação até 28 de junho.

Com o aval, de ontem, depois de apresentado novo cronograma, na próxima semana, o Cade ainda terá de definir se concede mais prazo ou declara o descumprimento.

O prazo é relevante porque o próprio interesse da Petrobras em manter a venda tem sido colocado em dúvida pelo mercado. Em abril, durante evento na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o presidente da estatal, Jean Paul Prates, disse que a venda do controle da TBG seria revista junto ao Cade.

Segundo Prates, a nova gestão vai atuar de modo contrário ao que o governo anterior fazia. Ele já havia sinalizado em uma rede social que a Petrobras iria desistir da ideia de vender o controle da TBG.

Na sessão de ontem do tribunal do Cade, em que o pedido de prorrogação para apresentar o cronograma foi aceito, o conselheiro Gustavo Augusto afirmou que esse assunto “tem sido muito visto pela mídia e não nos autos”.