terça-feira, 4 de julho de 2023

Generais russos desaparecem de vista após motim


Comandante e vice das operações de guerra na Ucrânia não foram mais vistos em público após rebelião do Grupo Wagner. Site diz que um deles, Serguei Surovikin, teria sido preso. Kremlin não comentaDois dos mais proeminentes generais russos no comando das operações de guerra na Ucrânia não aparecem em público desde o fim da rebelião do Grupo Wagner, no final da semana passada.

O site russo Moscow Times afirmou nesta quarta-feira (28/06) que um deles, o vice-comandante das operações, general Sergei Surovikin, foi detido sob a suspeita de estar vinculado à rebelião.

Uma pessoa ligada ao Ministério russo da Defesa declarou ao site: “Parece que ele [Surovikin] escolheu o lado [do Grupo Wagner] e não havia mais escolha”.

O primeiro a dar o alarme sobre a suposta detenção de Surovikin foi o blogueiro militar russo Vladimir Romanov, que afirmou que o general está preso desde domingo, o dia seguinte ao fracasso da rebelião.

De acordo com o jornalista russo Alexei Venediktov, da rádio independente Eco de Moscou, Surovikin não se comunica com sua família há três dias.

Surovikin foi visto pela última vez no sábado, quando apareceu em um vídeo apelando para que o Grupo Wagner interrompesse seu motim. No vídeo, Surovikin parecia exausto e não ficou claro se ele estava sendo coagido a falar – alguns analistas compararam as imagem a um vídeo de apelo de um refém.

“Especulações”

Já o Kremlin chamou de especulação o relato no jornal The New York Times de que Surovikin teria conhecimento dos planos de rebelião do líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin.

Porém, o porta-voz do Kremlin não saiu em defesa de Prigozhin nem claramente o eximiu de qualquer envolvimento na rebelião.

Motivos para isso ele teria, pois, na sexta-feira passada, pouco depois do início do levante, Surovikin apelou aos combatentes do Grupo Wagner que interrompessem a rebelião. “É necessário obedecer à vontade e às ordens do presidente eleito da Rússia”, afirmou num vídeo difundido no Telegram por um jornalista da televisão estatal russa.

Nesta quinta-feira, o porta-voz do Kremlin também não respondeu se Surovikin teria sido detido. “Não, lamentavelmente não posso comentar. Recomendo-lhe que se dirija ao Ministério da Defesa, isso é prerrogativa dele.”

Apoio entre militares?

Prigozhin trabalhou com Surovikin durante a intervenção militar russa na Síria e já descreveu o general como o mais capaz das Forças Armadas da Rússia. Ao mesmo tempo, o líder do Grupo Wagner é um forte crítico do comandante das operações de guerra na Ucrânia e chefe do Estado Maior das Forças Armadas, general Valery Gerasimov, e do ministro da Defesa, Sergei Shoigu.

Os funcionários do governo americano avaliam que Prigozhin não teria iniciado sua rebelião se não esperasse contar com o apoio de outras pessoas em cargos de poder, escreveu o New York Times.

Os serviços secretos americanos ainda tentam determinar que grau de apoio Prigozhin tinha dentro da liderança militar russa. Analistas observam que o Grupo Wagner tomou facilmente o QG da campanha militar em Rostov.

Gerasimov “sumiu”, Shoigu não

Gerasimov também está sem aparecer em público. Ele não é mais visto desde sábado passado, segundo e último dia da rebelião. Gerasimov também não é mais mencionado em comunicados à imprensa dos militares russos desde 9 de junho.

Nas suas mensagens após a rebelião, Prigozhin disse que a revolta não procurava derrubar o governo do presidente Vladimir Putin, mas destituir Gerasimov e Shoigu, a quem acusou reiteradamente de incompetência na liderança da invasão da Ucrânia.

Depois do fim do levante, Shoigu foi o único dos dois generais a aparecer em público. Na segunda-feira, a televisão estatal russa transmitiu imagens dele inspecionando tropas na Ucrânia.

No mesmo dia ele participou de uma reunião com Putin, a qual, segundo as palavras do presidente, iria “discutir a situação” e na qual o líder russo agradeceu “pelo trabalho feito nos últimos dias”. Gerasimov, mesmo sendo o comandante das operações de guerra, não participou do encontro.

as (Reuters, Efe, Lusa)

Grandes bancos vão aderir ao programa Desenrola; confira


Serão contempladas as dívidas de famílias com renda de até dois salários mínimos ou que estejam inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais

Serão contempladas as dívidas de famílias com renda de até dois salários mínimos ou que estejam inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais (Crédito: Marcello Casal Jr / Agência Brasil)

O Ministério da Fazenda lançou o “Desenrola Brasil”, programa voltado para a renegociação de dívidas que começa a funcionar a partir de julho.

Serão contempladas as dívidas de famílias com renda de até dois salários mínimos (R$ 2.640) ou que estejam inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), no valor de até R$ 5 mil e que tenham sido contraídas pelos devedores até o fim de 2022.

+ Conheça as regras para participar do Desenrola Brasil

Entre as participações do programa de renegociação de dívidas Desenrola Brasil, bancos como Banco do Brasil, Itaú, Bradesco e Santander reafirmaram que vão participar da iniciativa. Na lista dos bancos que estudam a participação, estão Banrisul, Nubank, Caixa Econômica Federal – que afirmou que “tem interesse em participar” e que avalia os impactos operacionais.

A divulgação das regras do programa foi feita na quarta-feira (28). Até agora, confirmaram que irão entrar no Desenrola:

Banco do Brasil,
Itaú,
Bradesco
Santander
Inter;
Pan;
C6

Como funciona o Desenrola
A expectativa do governo é que 70 milhões de pessoas sejam beneficiadas pelo programa, que está dividido em duas faixas.

A Faixa 1 é destinada a pessoas com renda de até dois salários mínimos ou inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico). Os devedores desta faixa poderão negociar dívidas de até R$ 5 mil, feitas entre 1º de janeiro de 2019 e 31 de dezembro de 2022. Débitos com garantia real, dívidas de crédito rural, dívidas de financiamento imobiliário e operações com funding ou risco de terceiros não poderão ser negociados.

Para quitar as dívidas, a taxa de juros máxima será de 1,99%, a parcela mínima será de R$ 50, o pagamento poderá ser feito em até 60 vezes e o prazo de carência será de no mínimo 30 dias e de no máximo 59 dias.

Já na Faixa 2, entram pessoas com renda mensal de até R$ 20 mil. Elas poderão renegociar dívidas inscritas até 31 de dezembro de 2022 e que continuam ativas. Não são enquadradas no programa dívidas que sejam relativas a crédito rural, possuam garantia da União ou de entidade pública, não tenham o risco de crédito integralmente assumido pelos agentes financeiros, tenham qualquer tipo de previsão de aporte de recursos públicos, ou tenham qualquer equalização de taxa de juros por parte da União.
As negociações da Faixa 2 poderão ser feitas tanto no programa oficial do Desenrola quanto nos canais das próprias instituições financeiras.

Durante o mês de agosto, o governo fará um leilão para definir quais empresas participarão do Desenrola. Quem oferecer mais descontos em dívidas será contemplado.

Lula promete resposta sobre acordo UE-Mercosul e chama proposta de ‘inaceitável’


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva - AFP

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o Mercosul irá preparar uma contraproposta em reação à carta adicional da União Europeia para a formalização do acordo comercial com o Mercosul em prol de uma política de “ganha-ganha” aos blocos. O presidente classificou o documento do bloco europeu como “inaceitável”, mas renovou sua promessa de fechar o acordo ainda neste ano.

O documento europeu tornou-se o novo entrave para o tratado, ao tentar permitir sanções a membros do Mercosul por questões ambientais. O tema foi falado por Lula durante transmissão ao vivo nas redes sociais intitulada “Conversa com o presidente”, uma entrevista semanal da EBC com o chefe do Executivo, nesta terça-feira, 4.

“Eles (União Europeia) mandaram uma carta para nós impondo algumas condições e nós não aceitamos a carta, então estamos preparando uma outra resposta”, contou o presidente, na expectativa da formalização do acordo. “Queremos fazer uma política de ganha-ganha, não queremos fazer uma política que eles ganham e a gente perde”, destacou.

Um dos pontos de divergência reiterado por Lula é sobre as compras governamentais. Enquanto o petista não quer abrir mão de manter as compras do governo de empresas nacionais, os europeus querem vender ao Executivo brasileiro. “Se a gente abrir mão das empresas brasileiras para comprar de empresas estrangeiras, a gente simplesmente vai matar pequenas e médias empresas brasileiras”, justificou.

“Não queremos imposição para cima de nós, é um acordo de companheiros, parceiros estratégicos, então nada de um parceiro estratégico colocar espada na cabeça do outro”, disse. “Vamos sentar, tirar nossas diferenças”, acrescentou.

No tema, Lula disse que “ninguém no mundo tem autoridade moral” de discutir com o Brasil sobre energia limpa. “Acontece que os países ricos não cumprem nenhum dos acordos”, criticou, acrescentando que não vão cumprir o Acordo de Paris, que trata sobre mudanças climáticas.

O presidente pontuou que o País teve a “grosseria de um governo” que desrespeitava terras indígenas e reservas florestais, mas garantiu que “isso acabou” e reassumiu o compromisso de desmatamento zero em 2030. Apesar da fala, o presidente não citou nominalmente o ex-presidente Jair Bolsonaro.

“Nós não queremos que a floresta seja transformada em um santuário da humanidade, o que queremos é explorar a riqueza da biodiversidade da floresta para ver o que se pode fazer na indústria de fármacos, cosméticos, para gerar emprego mais qualificado às pessoas que moram nessa região”, disse.

Nesta manhã, o Brasil irá assumir a presidência rotativa do Mercosul. O chefe do Executivo brasileiro disse que quer fazer uma gestão “exemplar”. Na agenda na Argentina, o presidente também irá anunciar a retomada das obras do campus da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila).

 

segunda-feira, 3 de julho de 2023

Lula: país poderia ser 4ª economia global, mas caiu em mundo obscuro


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta segunda-feira (3) que o Brasil seria, “na pior das hipóteses”, a quarta melhor economia do mundo se tivesse mantido o ritmo decrescimento que tinha ao fim de seu primeiro mandato presidencial, quando ocupava o sexto lugar no ranking.

“Nós éramos a sexta e recuamos para a 13ª economia, numa demonstração de que o país andou para trás. Nosso país caiu em um mundo obscuro e a gente perdeu noção da grandeza e do que esse país poderia fazer pelo seu povo”, destacou, durante a cerimônia de início das obras de um novo trecho da Ferrovia de Integração Oeste-Leste em Ilhéus (BA).

“Esse país foi tomado pelo ódio e foi tomado pela mentira. Nós, agora, estamos restabelecendo o país que nós precisamos. E é isso que eu quero conversar com os empresários. O que um governo pode oferecer para um conjunto de empresários brasileiros e estrangeiros que querem investir em um país como o Brasil?”

Em seu discurso, Lula citou a importância de se garantir estabilidade política, econômica, jurídica e social no país no intuito de ampliar investimentos. “Para isso, é preciso ter um presidente da República que tenha caráter, credibilidade, que não mintam que converse com o povo e com os empresários a realidade do seu país”, concluiu.

 

Problemas no Vision Pro da Apple geram redução drástica nas previsões de vendas


Apple Vision Pro

A Apple planejava vender cerca de 1 milhão de unidades do produto em um ano, porém, agora a empresa só produzirá e venderá aproximadamente 400 mil unidades (Crédito: Divulgação)

A Apple enfrentou problemas no processo de fabricação do óculos de realidade aumentada Vision Pro, o que levou a uma redução substancial nas previsões de vendas para os próximos meses.

Conforme relatado pelo Financial Times, a Apple inicialmente planejava vender cerca de 1 milhão de unidades do Vision Pro em um ano, porém, agora a empresa só será capaz de produzir e vender aproximadamente 400 mil unidades.

A fabricação do dispositivo está a cargo da empresa chinesa Luxshare, com a qual a Apple já tem parceria na produção de dispositivos como os AirPods. No entanto, problemas no processo de produção e montagem do Vision Pro, devido ao seu design complexo, obrigaram a empresa a revisar suas previsões.

O Financial Times também afirma que esses problemas de fabricação do Vision Pro estão afetando os planos de longo prazo da Apple e que a chegada de uma segunda geração do dispositivo será adiada em relação ao cronograma inicial da empresa.

A possibilidade de um Vision Pro 2, com dois modelos distintos, um mais poderoso que o outro, pode ter sido postergada, uma vez que a Apple está focada em lidar com os desafios de fabricação da primeira versão.

 

 https://www.istoedinheiro.com.br/problemas-no-vision-pro-da-apple-geram-reducao-drastica-nas-previsoes-de-vendas/

 

 

Ações da AstraZeneca caem 8% após resultado de testes com remédio contra câncer

 Logo-AstraZeneca-279x280 - Oncologia Brasil

O valor de mercado da farmacêutica anglo-sueca AstraZeneca caiu 8% na manhã desta segunda-feira, 3, depois que os resultados de testes de um novo medicamento contra o câncer de pulmão não foram como o esperado por investidores.

O medicamento datopotamab deruxtecan (Dato-DXd), desenvolvido em parceria com a Daiichi Sankyo, demonstrou que pode interromper a progressão do câncer de pulmão local de um paciente por mais tempo em comparação com docetaxel, o padrão atual de tratamento quimioterápico, mas que é muito cedo para dizer com estatísticas significativas se também viveriam por mais tempo.

Ken Takeshita, diretor global de Pesquisa e Desenvolvimento da Daiichi Sankyo, disse: “Estamos encorajados pelos resultados estatisticamente significativos do desfecho primário duplo de sobrevida livre de progressão observado com datopotamab deruxtecan e esperamos a análise final de sobrevida global. Planejamos compartilhar esses dados com as autoridades reguladoras para discutir os próximos passos”.

O mercado não reagiu bem aos resultados, pois esperava mais clareza ou dados mais significativos. A descrição dos resultados da fase 3 de testes feita pela AstraZeneca indica que os benefícios do medicamento podem não ser tão altos como o esperado, sugeriram analistas da Jefferies para a Bloomberg.

Nesse sentido, analistas do Barclays e do Credit Suisse disseram que os acionistas esperavam que a AstraZeneca declarasse os resultados “clinicamente significativos”, conforme noticiou o The Guardian. Da mesma forma, analistas do Citi saudaram os resultados de maneira geral positivamente, mas disseram que a droga “pode não ser o benefício absoluto que os investidores esperavam”.

A AstraZeneca disse que o julgamento do medicamento continuará como planejado para avaliá-lo com maior maturidade.

Nestlé é eleita a melhor marca empregadora do Brasil


A gigante do setor de alimentos e bebidas, Nestlé, conquistou a posição de Melhor Marca Empregadora do Brasil, segundo o prestigioso ranking da multinacional de recrutamento e seleção Randstad.

Os resultados da pesquisa anual, baseada nas respostas de mais de 4.000 entrevistados, de 18 a 64 anos, destacaram dez aspectos vitais que os candidatos consideram ao escolher um empregador: perspectivas de carreira, remuneração e benefícios atraentes, ambiente de trabalho acolhedor, treinamento efetivo, equilíbrio trabalho-vida, gestão robusta, saúde financeira, estabilidade de emprego a longo prazo, reputação sólida e diversidade e inclusão.

A premiação reflete o êxito da Nestlé em suas ações de gestão de pessoas, que são norteadas pelos valores de cuidado e respeito às pessoas, diversidade, sustentabilidade e preparação para o futuro. A Nestlé tem demonstrado esses princípios por meio de processos seletivos cada vez mais humanizados, com trilhas de capacitação para todos os candidatos e feedback personalizado nos programas de Estágio e Trainee.

Izabel Azevedo, diretora de Talento e Cultura da Nestlé Brasil, enfatiza o compromisso da empresa em capacitar seus funcionários a serem os protagonistas de seu desenvolvimento. “Incentivamos iniciativas colaborativas, como a plataforma interna ‘People Match’, que conecta funcionários com oportunidades que se alinham com seus interesses e habilidades, permitindo-lhes trabalhar em novos projetos com colegas”, afirma Azevedo.

A Nestlé também demonstra seu compromisso com a saúde e o bem-estar contínuos de seus funcionários. O programa Giro Bem-Estar, implementado em 2022, promove mudanças de estilo de vida e aumenta a produtividade no local de trabalho, proporcionando avaliações de saúde, palestras sobre a importância do autocuidado e recursos de psicoeducação online.

“Além disso, a Nestlé vem investindo no desenvolvimento interno por meio de universidades corporativas desde 2015. Atualmente, temos quatro cursos de graduação e pós-graduação, incluindo MBA em áreas como Supply Chain, Finanças e Controle e Transformação Digital e Indústria 4.0, todos validados pelo MEC (Ministério da Educação)”, relata Azevedo.

No que diz respeito à diversidade e inclusão, a Nestlé está comprometida com iniciativas que promovam a pluralidade e a responsabilidade coletiva. Desde a criação do seu centro de diversidade e inclusão em 2020, a empresa vem desenvolvendo estratégias e programas dedicados a grupos como LGBTQIA+, pessoas com deficiência, raça negra e diferentes gerações. Isso tem se refletido em novas formas de contratação e desenvolvimento, voltadas para a conscientização e ação.

 

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