quinta-feira, 16 de novembro de 2023

Oposição ajuíza ação popular para anular contrato do governo Tarcísio com a IFC sobre Sabesp

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Em um novo capítulo da batalha entre a oposição e o governo de São Paulo, comandado por Tarcísio de Freitas (Republicanos), tendo no epicentro a privatização da Sabesp, parlamentares da Federação PT/PCdoB/PV ajuizaram uma ação popular questionando o contrato firmado entre o governo paulista e a International Finance Corporation (IFC), que elaborou os estudos a fim de viabilizar a desestatização da Companhia de Saneamento. De acordo com a ação, o contrato foi feito sem o devido processo licitatório e, antes da privatização ser aprovada pela Assembleia Legislativa.

“Caso a Alesp [Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo] rejeite o PL de privatização da Sabesp, o contrato terá sido em vão e todo o dispêndio do orçamento público neste caso desperdiçado”, diz a ação, sobre o segundo argumento.

Sobre o primeiro argumento, que diz respeito ao processo licitatório, a alegação é que existem mais agências financeiras capazes de realizar a operação: “A contratação direta não se justifica e é prejudicial tanto aos cofres públicos do governo e à isonomia que deve seguir este tipo de contratação”, destaca a ação.

O contrato entre a IFC e o governo de São Paulo foi fechado em junho deste ano.

Na ação, os parlamentares são representados pelo advogado Maximiliano Garcez, da Advocacia Garcez, que já objete uma vitória na Justiça quando a oposição conseguiu suspender uma audiência pública que trataria sobre a privatização da empresa, argumentando que o presidente da Alesp, André do Prado (PL), deu um “prazo exíguo” para a divulgação da mesma.

A nova ação possui pedido liminar que tem como objetivo suspender todos os efeitos do contrato, além de solicitar que ele seja decretado como nulo, “tendo seus valores já gastos devolvidos aos cofres públicos”.

Ao Broadcast Político (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), Maximiliano Garcez diz que o processo não altera o calendário que está sendo seguido na Assembleia Legislativa com relação à privatização da empresa, mas caso ela seja de fato aprovada, será necessário uma nova rodada de estudos sobre a privatização. Segundo ele, houve uma tentativa do governo de “acelerar artificialmente” o processo.

Já para os autores, o deputado estadual Luiz Cláudio Marcolino (PT-SP), a presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Neiva Ribeiro, e a vice-presidente da CUT-SP, Ivone Silva, “o contrato mostra os desmandos que o governo Tarcísio tenta implementar na tentativa de privatização ilegal da Sabesp”.

Para eles, assinar o contrato antes da votação do projeto de lei, e sem licitação, “mostra descaso com o interesse público e desrespeito à separação dos poderes”.

A ação também é protocolada pelo presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de Osasco (Secor), Luciano Leite, pela presidente da CUT-SP, Raimundo Lima e pelos deputados estaduais Rômulo Fernandes (PT), Ana Lúcia Perugini (PT), Emídio de Sousa (PT), Paulo dos Reis (PT), Jorge do Carmo (PT), Eduardo Suplicy (PT), Paulo Fiorino (PT), Márcia Lia (PT), Antônio Madormo (PT), Luiz Ferreira (PT), Márcia Noronha (PT), Enio Tatto (PT), Simão Chiovetti (PT) e Elisabeth Sahão (PT).

 

terça-feira, 14 de novembro de 2023

Igreja alemã perto de ponto de inflexão na perda de fiéis


Levantamento da Igreja Evangélica da Alemanha (EKD) revela que mais da metade dos alemães se dizem laicos ou desinteressados em religião, e alerta para a necessidade de reformas nas instituições religiosas.A dimensão da crise nas Igrejas cristãs alemãs é maior do que se pensava, segundo um levantamento divulgado nesta terça-feira (14/11) pela Igreja Evangélica da Alemanha (EKD).

O chamado Estudo sobre a Adesão às Igrejas, apresentado no Sínodo da Alemanha realizado na cidade de Ulm, revelou que 56% dos alemães se dizem laicos ou não interessados em religião.

Os autores do estudo alertam que o país se aproximará de um ponto de inflexão se a perda de fiéis não for evitada, embora a Igreja ainda seja vista como um fator social de grande importância no país.

A EKD realiza esse levantamento a cada dez anos desde 1972. Esta, porém, foi a primeira vez que o estudo refletiu as atitudes da população alemã como um todo, com mais de 5 mil entrevistados.

Participaram do estudo, considerado pela EKD como o mais compreensivo já realizado sobre o tema na Alemanha, católicos, protestantes e fiéis de outras religiões, além de pessoas sem determinação religiosa.

O levantamento concluiu que os laços religiosos diminuíram não somente entre os cristãos, mas de modo geral, com 56% dos alemães se dizendo seculares e desinteressados em religião.

Somente 13% se dizem fortemente religiosos, participando com frequência os serviços eclesiásticos.

Entre os muçulmanos, um quarto dos fiéis se diz bastante ativo em sua fé, com a mesma proporção de laicos. Em torno da metade dos muçulmanos são classificados como distantes de sua religião.

A grande maioria das pessoas sem denominação religiosa (73%) deseja que as Igrejas continuem trabalhando em prol dos refugiados, assim como pela aceitação dos mesmos. Esse percentual é de 77% entre os protestantes e de 80% entre os católicos.

Os centro de aconselhamento para pessoas com problemas sociais são bem vistos por 78% das pessoas não religiosas, 95% dos protestantes e 92% dos católicos.

Maioria defende reformas

No caso da Igreja Católica, o representante do grupo de estudos e aconselhamento da Conferência dos Bispos da Alemanha, Tobias Kladen, afirma que há uma queda dramática na confiança na instituição.

Ele destacou o fato de 96% dos católicos afirmarem ser a favor de reformas fundamentais na Igreja para que ela consiga sobreviver no futuro.

Por exemplo, 95% dos católicos alemães se dizem a favor de que seja permitido o casamento para os sacerdotes e 86% defendem as bençãos para os casais homossexuais – questões que a Igreja tem se recusado a aceitar.

O estudo conclui que dois terços dos protestantes e três quartos dos católicos não descartam deixar a Igreja, o que significa um grande contraste em relação aos levantamentos anteriores.

“Se todos esses fiéis de fato saírem nos próximos anos, a Igreja chegará a um ponto de inflexão organizacional”, diz o estudo. Isso representaria um risco à própria existência das Igrejas, ou ao menos das instituições que conhecemos nos dias atuais.

rc/le (AFP, KNA)

 

Haddad: Brasil foi tratado como um país com grau de investimento em emissão de títulos sustentáveis


Ao comentar com a imprensa sobre a emissão, Haddad classificou o resultado como “bastante expressivo”

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou que o Tesouro Nacional captou US$ 2 bilhões nesta segunda-feira, 13, com o lançamento dos títulos soberanos sustentáveis, a uma taxa de 6,5% ao ano, conforme mostrou mais cedo o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado). Ao comentar com a imprensa sobre a emissão, Haddad classificou o resultado como “bastante expressivo”.

“É um dado relevante, porque o mercado internacional reconhece o Brasil como se o país tivesse grau de investimento, está cobrando taxa de juros comparável a um país como, por exemplo, o México, que tem grau de investimento. Só para você ter uma ideia, em pouco mais de seis meses, o spread caiu de 280 pontos para 160 pontos. Então caiu bastante o spread pago pelo Brasil do primeiro semestre para cá. E esse spread pago hoje é típico de países com grau de investimento. Independente da avaliação das agências de risco, para o mercado, o Brasil é um país que tem a credibilidade de um país com grau de investimento, uma coisa importante”, concluiu o ministro.

O Broadcast antecipou que o Tesouro Nacional estava monitorando o mercado externo hoje para possivelmente fazer sua primeira emissão de papéis voltados a projetos ESG (de padrões ambientais, sociais e de governança). Depois, o Ministério da Fazenda anunciou a emissão e informou que a captação é liderada pelos bancos Itaú BBA, J.P. Morgan e Santander para os títulos com vencimento em 2031.


Banco do Brasil renegocia R$ 770 mi em dívidas do Fies em quatro dias

Logo do Banco do Brasil - Prefeitura Municipal de Pirassununga

Nos quatro primeiros dias, o Banco do Brasil renegociou R$ 770 milhões em dívidas do Financiamento Estudantil (Fies). De acordo com o banco, nesse período, foram 14 mil solicitações de negociação de débitos, e 65 mil simulações. A depender das condições do contrato, há desconto de até 100% nos juros e multas, e de 99% no valor da dívida em caso de pagamento integral do contrato.

O BB tem feito as renegociações pelo aplicativo para dispositivos móveis e nas agências físicas. Segundo o banco, 92% das renegociações foram feitas pelos próprios clientes, sem a necessidade de ir a uma agência.

A renegociação das dívidas do Fies começou na última semana, e também envolve a Caixa Econômica Federal. As condições se aplicam a financiamentos contratados até o segundo semestre de 2017, e que estavam em fase de amortização em 30 de junho deste ano. O prazo para a renegociação vai até 31 de maio de 2024.

 

Serasa: 59% das dívidas de cartão de crédito entre os brasileiros são de compras em supermercados


Serasa

Levantamento ouviu em outubro 11.541 pessoas maiores de 18 anos de todas as regiões do país (Crédito: Marcos Santos/ USP Imagens)

A pesquisa “Perfil e Comportamento do Endividamento Brasileiro 2023”, divulgada na última quinta-feira, 9, pela Serasa, revelou que 59% das dívidas de cartão de crédito entre os brasileiros são referentes a compras em supermercados.

De acordo com o levantamento, que ouviu em outubro 11.541 pessoas maiores de 18 anos de todas as regiões do país, sendo 52% homens e 48% mulheres, o segundo maior responsável pelo endividamento com cartão são as compras de produtos como roupas, calçados e eletrodomésticos, representando 46% das dívidas, e, em seguida, gastos com remédios e tratamentos médicos, com 37%.

As dívidas de cartão de crédito impactam 55% dos brasileiros endividados em 2023, 2 pontos percentuais acima do que era em 2021 e 2022. Nos anos anteriores à pandemia esse índice era ainda maior: 76% em 2018 e 71% em 2019, o que mostra que a volta da rotina fora de casa levou a uma aceleração dos gastos com cartão de crédito.

O estudo também identificou que o brasileiro continua com esperança de honrar com as dívidas, apesar das dificuldades econômicas. De acordo com o levantamento, esse Índice de esperança dos endividados cresceu 4 pontos percentuais em relação ao ano anterior. 

Feirão

Com o propósito de reduzir a inadimplência no Brasil, a Serasa faz em novembro o Feirão Limpa Nome. Até 30/11 os consumidores podem negociar dívidas com até 99% de desconto com mais de 500 empresas, como bancos, lojas, empresas de telecomunicações, entre outras. Pela primeira vez, as concessionárias Neoenergia, Light e Enel também participam da ação.

Para negociar basta acessar o aplicativo ou site www.serasa.com.br.

 

Cingapura abre mercado para gelatina e colágeno bovino do Brasil

 134.700+ Gelatina fotos de stock, imagens e fotos royalty-free - iStock


Brasília, 14 – O Brasil vai poder exportar gelatina e colágeno bovino para Cingapura, informaram o Ministério da Agricultura e o Ministério das Relações Exteriores em nota conjunta. De acordo com as pastas, as negociações para acordo quanto ao Certificado Sanitário Internacional (CSI) levaram cerca de um mês. Em 2022, Cingapura importou o equivalente US$ 62 milhões dos dois produtos, sendo aproximadamente US$ 6 milhões em gelatina bovina, principalmente da China, e cerca de US$ 56 milhões em colágeno, proveniente dos Estados Unidos, conforme dados do MRE.

Na avaliação das pastas, a abertura de mercado para esses produtos e a autorização recente também por Cingapura para importação de carnes bovina e suína processadas do Brasil elevarão o fluxo comercial entre os países.

Segundo dados do Ministério da Agricultura, 57 novos mercados foram abertos para produtos agropecuários brasileiros nos últimos dez meses. As autorizações sanitárias para as aberturas de mercado são negociadas país a país. Entre os principais mercados alcançados, destacam-se a comercialização para as carnes bovina e suína brasileiras para o México e República Dominicana, e do algodão brasileiro para o Egito, segundo a Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do ministério.

segunda-feira, 13 de novembro de 2023

Randoncorp registra receita de R$ 2,9 bilhões no terceiro trimestre


No acumulado do ano, a companhia faturou R$ 8,3 bilhões 
 
 
Entre os fatores que contribuem para o resultado trimestral, está a continuidade da boa demanda do mercado de semirreboques

 

A Randoncorp registrou receita líquida consolidada de R$ 2,9 bilhões no terceiro trimestre. No acumulado do ano, a companhia faturou R$ 8,3 bilhões, valor que representa estabilidade na comparação dos nove primeiros meses de 2022, mesmo em um ano com forte retração de volumes em um dos principais mercados de atuação da empresa (veja os principais resultados na tabela ao final desta reportagem). Considerando o contexto de mercado complexo e competitivo, com queda nos volumes e receitas associadas ao mercado de caminhões e cenário internacional desafiador, o CFO da Randoncorp, Paulo Prignolato, explica que o desempenho foi fruto da estratégia de negócios. "Estamos conseguindo enfrentar e superar esses desafios pela resiliência das nossas empresas e pela nossa diversificação de mercados, geografias e portfólios, que além de contribuírem para os resultados positivos, nos permitem seguir executando nosso plano estratégico", destaca.

Entre os fatores que contribuem para o resultado trimestral, estão a continuidade da boa demanda do mercado de semirreboques, suportada pelo setor agrícola e avanço de outros segmentos – como o de tanques de combustíveis –, e a boa performance do mercado de reposição, tanto em receita quanto em volumes de vendas. O agronegócio tem contribuído de maneira ainda mais intensa nos negócios da Randoncorp. Dois exemplos disso foram registrados no trimestre. Com a retomada das vendas de semirreboques basculantes e graneleiros, o setor representou 64% da receita da vertical Montadora, um avanço de sete pontos percentuais na comparação com o segundo trimestre deste ano. Já na vertical Autopeças, a unidade Castertech Fundição e Tecnologia registrou avanço de 1,3 ponto percentual na receita líquida oriunda do mercado agrícola, se comparado com o terceiro trimestre de 2022.

As receitas do mercado externo, que reúnem os valores de exportações com as vendas realizadas pelas unidades localizadas fora do Brasil, somaram US$ 119,1 milhões no terceiro trimestre, representando 20,1% da receita líquida consolidada. No acumulado de 2023, este indicador atingiu US$ 385,4 milhões, 15,5% superior ao mesmo período de 2022, favorecido pelo acréscimo das receitas das operações Hercules, nos Estados Unidos, e Juratek, no Reino Unido. A RandonCorp é a 21ª maior empresa da região e também a sétima maior do Rio Grande do Sul, de acordo com o ranking 500 MAIORES DO SUL, publicado pelo Grupo AMANHÃ com o apoio técnico da PwC Brasil. Acesse o ranking completo clicando aqui.