quarta-feira, 10 de janeiro de 2024

Scholz e Milei, favoráveis a conclusão rápida do acordo comercial UE-Mercosul

 


O comércio mercosul-UE - AFP

As negociações sobre o acordo comercial entre União Europeia (UE) e Mercosul “devem ser concluídas rapidamente”, avaliaram o chanceler alemão, Olaf Scholz, e o presidente argentino, Javier Milei, durante uma conversa por telefone, segundo um comunicado do governo alemão.

Assinado em 2019, após vinte anos de complexas negociações, o acordo de livre-comércio entre o Mercosul (Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai) e a União Europeia jamais foi finalizado, por causa, principalmente, das reticências sobre a política ambiental do Brasil durante o governo de Jair Bolsonaro.

O tom mudou favoravelmente após a volta de Luiz Inácio Lula à Presidência, que prometeu combater o desmatamento, embora novas condições apresentadas pela UE sobre questões ambientais tenham gerado divergências.

Em um breve comunicado divulgado na tarde desta terça-feira (9), o governo alemão informou sobre um telefonema entre Scholz e o novo mandatário argentino, o ultraliberal Javier Milei.

“Eles conversaram sobre assuntos bilaterais e multilaterais, mas também sobre o acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia”, reportou o governo alemão.

“Eles concordaram sobre o fato de que as negociações sobre o tratado de livre-comércio devem ser concluídas rapidamente”, acrescentou.

Em 7 de dezembro de 2023, durante uma cúpula de chefes de Estado do Mercosul no Rio de Janeiro, o bloco sul-americano e a União Europeia disseram que desejavam concluir “rapidamente” o acordo comercial bilateral.

Anfitrião do encontro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva desejava fechar esse acordo antes que o Brasil transmitisse a presidência rotativa do Mercosul ao Paraguai.

Inicialmente, Brasília esperava anunciar um desfecho em virtude do encontro, mas as discordâncias persistiram e o acordo acabou não sendo finalizado.

Outro fator que contribuiu fortemente para atrasar o término das negociações foi a eleição, na Argentina, de Javier Milei, que não tinha tomado posse ainda.

A Alemanha é um dos maiores defensores desse acordo de livre comércio dentro da União Europeia, já que o tratado é considerado indispensável para o seu poderoso setor industrial.

 

 https://istoedinheiro.com.br/scholz-e-milei-favoraveis-a-conclusao-rapida-do-acordo-comercial-ue-mercosul/


Lula se reúne com primeiro-ministro do Japão e propõe maior cooperação


Presidente está em Hiroshima para participar da Cúpula do G7 e deve priorizar negócios e agenda climática na conversa com países desenvolvidos 
 
Lula em reunião com premier japonês. | Foto: RIcardo Strucket/PR


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, na noite desta sexta-feira, 19 – manhã de sábado no Japão. O encontro bilateral ocorreu no Grand Price Hotel, na cidade japonesa de Hiroshima, mesmo local onde será realizada a Cúpula do G7, da qual o Brasil foi convidado a participar após 14 anos.  Na reunião, Lula e o premiê manifestaram interesse em ampliar o comércio bilateral, combate às mudanças do clima, educação e integração entre as comunidades.

“Brasil e Japão precisam estabelecer uma relação mais produtiva não apenas do ponto de vista comercial, mas também do ponto de vista cultural, político e da ciência e tecnologia”, disse Lula ao primeiro-ministro, conforme publicação nas redes sociais da Presidência da República. 

Em 2022, o fluxo comercial Brasil-Japão somou US$ 11,9 bilhões, com superávit brasileiro de cerca de US$ 1,3 bilhão. O estoque de investimentos diretos do Japão na economia brasileira aproxima-se de US$ 22,8 bilhões. 

O presidente ressaltou a colaboração dos imigrantes japoneses no crescimento da economia do Brasil e os investimentos de empresas brasileiras no mercado japonês. Este ano serão celebrados 115 anos do início da imigração nipônica ao Brasil. 

Estima-se que cerca de 204 mil brasileiros vivam no Japão, a quinta maior comunidade no mundo. Já o Brasil tem a maior comunidade de nipodescendentes fora do território japonês, com mais de 2 milhões de pessoas.  

“Ótima conversa com o primeiro-ministro do Japão. Falamos sobre a necessidade de retomarmos e ampliarmos relações entre empresários e empresas dos dois países. Temos laços culturais com Japão e uma grande comunidade nipo-brasileira. A ampliação de nossa parceria será importante para o crescimento de nossos países”, disse Lula, em sua conta no Twitter.  

O primeiro-ministro do Japão propôs que os dois países tenham “discussões amplas sobre questões como clima, educação, desenvolvimento, paz e estabilidade” e que estão “muito dispostos a cooperar com o Brasil”.  

Kishida também mencionou a importância do papel do Brasil no G20, que reúne as maiores economias do mundo. Em dezembro, o Brasil assume a presidência do grupo.  

Após o encontro com o primeiro-ministro do Japão, Lula se reuniu com o presidente da Indonésia, Joko Widodo, quando trataram da questão do clima global e preservação das florestas.

 

 https://www.jornalopcao.com.br/negocios/lula-se-reune-com-primeiro-ministro-do-japao-e-propoe-maior-cooperacao-492365/

Vaquinha virtual pode ser alternativa para tirar seu projeto do papel em 2024; confira dicas

 


Vaquinha

Planejamento é essencial para uma campanha de financiamento coletivo bem sucedida (Crédito: Freepik)

 

Método tradicional para ajudar na coleta de dinheiro, a vaquinha ganhou contornos tecnológicos graças a plataformas onde qualquer um pode começar uma campanha de financiamento coletivo. Escritores, cantores e criadores de conteúdo muitas vezes optam pela modalidade para tirar seus projetos do papel de forma independente. 

O especialista em finanças e fundador da Wide Brazil People José Roberto Araújo Filho dá dicas de como se planejar para conseguir ter sucesso na captação de recursos via financiamento coletivo. 

Tenha um plano de negócios detalhado

Para uma preparação eficaz no lançamento de uma campanha de crowdfunding, é crucial ir além da mera exposição dos objetivos financeiros. Além de um plano de negócios detalhado, é necessário criar uma proposta que não só capte a atenção dos investidores, mas também ofereça um valor tangível aos apoiadores. 

Ofereça recompensas

Ao oferecer recompensas, a pessoa física não apenas estimula o engajamento, mas também fornece incentivos tangíveis aos apoiadores. Estas podem variar desde brindes exclusivos, acesso privilegiado ao produto ou serviço, até experiências únicas relacionadas ao projeto. Por exemplo, ao financiar um filme independente, as recompensas poderiam incluir pôsteres autografados, convites para eventos exclusivos de pré-lançamento ou até mesmo participação no processo criativo. Essa abordagem não apenas atrai investidores, mas também constrói uma comunidade em torno do projeto, promovendo um envolvimento mais duradouro.

Maximize sua participação nas redes

Ao adotar uma abordagem online, é vital maximizar a presença nas redes sociais, onde milhões de potenciais apoiadores podem ser alcançados. Conteúdos envolventes e compartilháveis, combinados com uma participação ativa em grupos relevantes, podem aumentar exponencialmente o alcance.

Além disso, colaborar com influenciadores e figuras de destaque na indústria pode proporcionar uma exposição significativa. Essas parcerias podem não apenas validar o projeto aos olhos dos seguidores do influenciador, mas também ampliar a base de apoiadores.

Não se esqueça do offline

Participar de eventos locais, estabelecer parcerias com empresas locais e aproveitar os meios de comunicação tradicionais, como jornais locais e rádio comunitária, são estratégias que, muitas vezes, podem ser negligenciadas. A construção de uma presença palpável na comunidade fortalece a autenticidade do projeto e gera apoio tangível.

Família conseguiu R$ 2 milhões para tratamento médico

Além de projetos pessoais, a vaquinha também é muito importante na hora de ajudar alguém em momentos de dificuldade. Recentemente a viúva do indigenista Bruno Ferreira, a antropóloga Beatriz de Almeida Matos, conseguiu arrecadar mais de R$ 2 milhões para custear o tratamento do câncer raro do seu filho Pedro. 

Outro exemplo recente é de Diones Coelho da Silva, o motorista que atropelou o ator Kayky Brito, conseguiu R$ 180 mil via financiamento coletivo para comprar um carro novo.


terça-feira, 9 de janeiro de 2024

BlackRock demitirá 3% da força de trabalho global

 

Blackrock logo hi-res stock photography and images - Alamy

A BlackRock demitirá cerca de 3% de sua força de trabalho global, anunciaram o CEO Larry Fink e o presidente Rob Kapito em um memorando aos funcionários nesta terça-feira, 9.

“Enquanto nos preparamos para 2024 e para este cenário muito emocionante, mas distintamente diferente, as divisões de toda a empresa desenvolveram planos para realocar recursos”, dizia o memorando, sem dar mais detalhes sobre quem seria cortado.

Os cortes totalizariam cerca de 600 funcionários, com base na força de trabalho da empresa. As demissões não se concentram em nenhum time ou divisão, disse uma pessoa familiarizada com o assunto.

De acordo com o memorando, a BlackRock espera ter uma força de trabalho maior até o final de 2024, após adicionar algumas de suas áreas de crescimento, que incluem o negócio de fundos negociados em bolsa, mercados privados, serviços terceirizados de CIO e o software Aladdin da empresa.

 

 Fonte: Dow Jones Newswires.


Anbima: Há 497 fundos de investimento adaptados à resolução 175 da CVM, totalizando R$ 34,5 bi

 anbima-logo-0 | CKZ Diversidade e Inclusão nas Empresas


O novo marco regulatório dos fundos de investimento começou a valer em outubro de 2023 e, segundo a Associação Brasileira de Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), já são 497 veículos em linha com a resolução 175 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Do total, 387 são novos fundos e 110 são fundos adaptados, totalizando R$ 34,5 bilhões de patrimônio líquido.

“É muito cedo, foram três meses desde outubro. Ao longo do ano acreditamos ver uma adaptação bem mais relevante”, afirmou o vice-presidente da Anbima, Pedro Rudge, em entrevista coletiva nesta terça-feira. “Para a indústria de fundos vai ser uma grande movimentação, gestores e administradores estão bastante debruçados nesse processo de adaptação.”

Os dados apresentados pela Anbima também mostram que a classe de multimercados é a que tem o maior número de fundos adaptados à resolução 175 da CVM, com 167 fundos. Logo em seguida vêm os fundos de investimento em direitos creditórios (FIDCs), com 140. A lista segue com os fundos de ações (64), renda fixa (44), FIPs (39), previdência (33) e imobiliários (10).

Cerca de 10% dos fundos novos e adaptados à 175 declararam permitir ativos digitais em suas carteiras, segundo a Anbima. A nova regra prevê que os fundos podem investir até 10% do patrimônio líquido em criptoativos – assim como em títulos e contratos de investimento coletivo e valores mobiliários emitidos por meio de plataformas eletrônicas de investimento participativo, entre outros.

Outra mudança trazida pela resolução 175 da CVM é que o investidor pessoa física poderá acessar fundos com 100% de exposição a ativos no exterior, ultrapassando o limite anterior de 20%. De acordo com os dados da Anbima, 51% dos fundos declararam a possibilidade de investir em ativos no exterior, sendo 27 fundos em até 20% da carteira, 62 em até 40% e 162 em até 100%.

Postergação de prazos

Os fundos têm até o fim de 2024 para adaptação do estoque à resolução. Já os fundos lançados desde 2 de outubro precisam vir em conformidade com o novo marco regulatório, com alguns pontos válidos a partir de 1º de abril de 2024. Mas Rudge, da Anbima, acredita que uma postergação de prazos seria “razoável.”

“Acredito que a CVM está avaliando a possibilidade de ter uma postergação da entrada em vigor do conjunto de regras previsto em abril. A resolução é super positiva, mas no meio do caminho tivemos o projeto de lei (PL) dos fundos fechados, que trouxe complexidade e trabalho operacional muito grandes. Tempo, energia e mão de obra tiveram que ser direcionados para colocar tudo em ordem por conta da tributação”, afirma Rudge. A solicitação formal da Anbima foi de uma postergação em seis meses.

Pioneira em dropshipping de peças para motos, Laquila cresce 30% no ano

 


Empresa desenvolve produtos em Campina Grande do Sul e fabrica em cinco países 
 
 
A Laquila representa ainda marcas renomadas no mercado nacional como Pirelli, Metzeler, NGK, Circuit, FRAM, Cobreq, Nachi e Philips
 

Maior revendedora de peças, acessórios e vestuário para motos na América Latina, a Laquila registrou em 2023 um crescimento de mais de 30% nas vendas online por meio da plataforma de dropshipping, em relação ao ano de 2022. As vendas online da empresa, que é pioneira em dropshipping no Brasil, tiveram um salto a partir de 2020, acompanhando o aumento de vendas online em vários setores. O que já era tendência, ganhou impulso durante a pandemia da Covid-19. A apreciação do real em relação ao dólar nos últimos meses também teve influência nos resultados porque a empresa conseguiu reduzir o preço dos produtos.

O dropshipping é uma modalidade de negócios no qual o varejista vende produtos para os clientes sem ter esses produtos em estoque. Portanto, quando um cliente faz uma compra, o varejista compra o item diretamente da fábrica da Laquila, que fica responsável por enviar o produto ao cliente. "Esse formato traz vantagens para nossos revendedores porque eles não precisam ter um estoque físico, nem lidar diretamente com o envio, podendo se concentrar principalmente em marketing e vendas", explica a coordenadora de dropshipping Caroline Alves. A Laquila possui uma equipe especializada e robusta dedicada ao desenvolvimento de peças e acessórios aqui no Brasil. Já a fabricação ocorre no exterior em mais de cinco países. A empresa representa ainda marcas renomadas no mercado nacional como Pirelli, Metzeler, NGK, Circuit, FRAM, Cobreq, Nachi e Philips, e marcas internacionais como HJC, JI e RIK. São mais de seis mil itens no portfólio.

Varejista atuando na modalidade de dropshipping desde 2019, Denis Martins, da Amazing Motos, de Joinville (SC), tem visto suas vendas crescerem entre 18% e 22% ao mês. "Eu vendia relógios pela internet, mas o mercado estava ruim. Como eu e meu sócio somos apaixonados por motos, começamos a pesquisar fornecedores e encontramos no dropshipping da Laquila uma excelente opção para iniciarmos no ramo. Eu diria que foi a nossa tacada de mestre", explica Martins, que vende apenas pela internet, sem loja física. Para se cadastrar como revendedor Laquila através da modalidade de dropshipping basta a empresa possuir um CNPJ com CNAE de varejista. Em 2023 foram realizados, em média, mais de seis mil pedidos por mês através do dropshipping e conquistados mais de 400 novos clientes que começaram a utilizar essa modalidade de comércio.

Transações via DOC terminam em 15 de janeiro

 

Operações serão substituídas por meios mais baratos de transferência de recursos 
 
 
A extinção das duas modalidades de meio de pagamento considera o desinteresse dos brasileiros em utilizá-los

O fim de um dos mais tradicionais meios de transferência bancária, o DOC (Documento de Ordem de Crédito), está próximo: até o dia 15 de janeiro, às 22h, as instituições bancárias associadas à Federação Brasileira de Bancos (Febraban) irão oferecer aos clientes o serviço de emissão e agendamento do DOC, tanto para pessoas físicas quanto jurídicas (empresas). Depois desse prazo, não será mais possível utilizar esse meio de pagamento. Além do DOC, serão descontinuadas as operações de Transferência Especial de Crédito (TEC), feitas exclusivamente por empresas para pagamento de benefícios a funcionários. A data máxima de agendamento do DOC é 29 de fevereiro, quando o sistema será encerrado definitivamente. 

Também encerra nesta mesma data o prazo para os bancos processarem os agendamentos enviados pelos clientes. Segundo Walter Faria, diretor adjunto de serviços da Febraban, a extinção das duas modalidades de meio de pagamento considera o desinteresse dos brasileiros em utilizá-los. Criado em 1985 pelo Banco Central, o DOC perdeu espaço para formas mais rápidas e mais baratas de transferência de recursos, principalmente após o lançamento do Pix, em novembro de 2020. Levantamento feito pela Febraban sobre meios de pagamento com base em dados divulgados pelo Banco Central mostra que as transações via DOC no primeiro semestre de 2023 somaram 18,3 milhões de operações, apenas 0,05% do total de 37 bilhões de operações feitas no ano. O DOC ficou bem atrás dos cheques (125 milhões), TED (448 milhões), boleto (2,1 bilhões), cartão de débito (8,4 bilhões), cartão de crédito (8,4 bilhões) e do Pix, a escolha preferida dos brasileiros, com 17,6 bilhões.

"Tanto a TEC quando o DOC deixaram de ser a primeira opção dos clientes e sua utilização vem caindo continuamente nos últimos anos. Os clientes têm dado preferência ao Pis, por ser gratuito, instantâneo e também pelo valor que pode ser transacionado", explica Faria. Tanto na TEC quanto no DOC o valor máximo das transações é de até R$ 4.999,99, que pode ser agendado para beneficiar outra conta, inclusive de um banco diferente. As movimentações feitas por meio do DOC são efetivadas um dia depois de o banco receber a ordem de transferência, enquanto a TEC garante a transferência de recursos até o final do mesmo dia em que foi dada a ordem. A diferença entre as operações é que a TEC possibilita ao emissor transferir recursos para diferentes contas ao mesmo tempo, o que não é possível no caso do DOC. Com relação a tarifas, cada banco institui o valor cobrado pelas transações em seus diferentes canais de atendimento ao cliente.