sexta-feira, 12 de janeiro de 2024

Tesla reduz preços na China e interrompe produção na Alemanha

 Tesla Logo Png Download - 478459 png - Free PNG Images | Tesla logo, ?  logo, Vector logo


A Tesla anunciou cortes nos preços de dois modelos de carros vendidos na China, o Model 3 e variantes do Model Y. As vendas da fabricante norte-americana de veículos elétricos na China foram fortes em 2023, mas o mercado do país asiático é altamente competitivo, uma vez que a concorrência continuamente lança novos modelos com tecnologias avançadas e preços agressivos.

A montadora de Elon Musk informou também que planeja interromper a produção em sua fábrica na Alemanha por duas semanas devido a uma escassez de peças causada pelo atual conflito que afeta o transporte marítimo no Mar Vermelho.

Em comunicado, a Tesla disse quer irá suspender quase toda as operações na fábrica, que fica próxima a Berlim, entre 29 de janeiro e 12 de fevereiro.

*Com informações da Dow Jones Newswires

Ibovespa avança acima dos 131 mil pontos, com apostas de queda dos juros dos EUA em março

 

Ibovespa: o que é, como funciona e para que serve

A valorização forte do petróleo no exterior se junta à percepção de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) começará a cortar o juro básico em março levam o Ibovespa de volta aos 131 mil pontos. O principal indicador da B3 só não avança mais por causa do recuo do minério de ferro, que impede as ações da Vale de avançar.

Após transitar entre leve alta e baixa na faixa dos 130 mil pontos, o Índice Bovespa ganhou tração após a divulgação após a divulgação do índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) dos EUA. O indicador caiu 0,1% em dezembro, na margem, ante previsão de alta 0,2%, registrando expansão anual de 1% (projeção era de alta de 1,4%). Em Nova York, as bolsas abriram no campo positivo.

“Veio abaixo do esperado e o mercado está apostando em um corte dos juros americanos em março. Neste sentido, entendemos”, avalia Bruno Takeo, analista da Ouro Preto Investimentos. A questão, diz, é saber se esse movimento é racional ou exagerado. “Acreditamos que o ritmo dos cortes será gradual”, completa Takeo.

Como recorda Lucca Ramos, sócio da One Investimentos, o mercado ficou muito “pesado” ao longo da semana, enquanto esperava a divulgação do CPI americano, que mede os preços ao consumidor. O dado de dezembro, informado ontem, veio mais forte do que o esperado, colocando dúvidas em relação à possibilidade de o afrouxamento monetário dos EUA começar em março.

“Por mais que o CPI tenha vindo acima do previsto, o sinal da inflação é decrescente. O dado só reitera a importância de olhar de maneira mais coerente as frases do Fed. Não é porque sinalizou corte de 1,50 ponto porcentual para este ano que o processo será rápido. O PPI mostra que a inflação está cedendo, mas a batalha não está ganha. Pode ser que o corte venha em março, mas acredito que isso será postergado”, analisa Ramos, da One Investimentos.

A alta do Ibovespa ignora a queda de 1,76% do minério de ferro em Dalian, na China. O recuo ocorreu em dia de divulgação de dados fracos de inflação do gigante asiático, apesar do resultado melhor do que o esperado das exportações chinesas em dezembro. “Acredito que a queda do minério tenha mais a ver com a commodity em si. Subiu muito recentemente, então um recuo é saudável”, pontua o sócio da One Investimentos.

Após avançar mais de 4,00%, o petróleo diminui a intensidade da alta para perto de 3,00%. O avanço reflete ataque com mísseis de EUA e Reino Unido ao Iêmen, em meio às tensões geopolíticas. As ações da Petrobrás avançavam entre 1,13% (PN) e 0,96%). Já Vale ON caía 0,18%.

Com perspectiva de queda dos juros nos EUA em março, os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA cedia, influenciando os juros futuros no Brasil. Assim, algumas ações ligadas ao ciclo econômico doméstico avançavam.

Às 11h29, o Ibovespa subia 0,85%, na máxima aos 131.758,43 pontos, ante queda de 0,18%, na mínima aos 130.409,66 pontos. Na quinta-feira, fechou com desvalorização de 0,15%, aos 130.648,75, chegando a flertar com o nível dos 129 mil pontos, com recuo semanal de 1,04%.


Proporção de endividados sobe a 77,6% em dezembro e a de inadimplentes cai a 28,8%, diz CNC

 


Endividados

A proporção de famílias com contas a vencer passou de 76,6% em novembro para 77,6% em dezembro de 2023 (Crédito: Cecília Bastos/ USP Imagens)

 

Os brasileiros ficaram mais endividados na passagem de novembro para dezembro de 2023, enquanto a inadimplência registrou ligeira melhora, apontou a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Na média anual, o endividamento caiu em 2023 pela primeira vez desde 2019, e a inadimplência alcançou um ápice de quase um terço da população, reforçou a entidade, na Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic).

A proporção de famílias com contas a vencer passou de 76,6% em novembro para 77,6% em dezembro de 2023. O resultado, porém, ainda é mais baixo que o de um ano antes, em dezembro de 2022, quando 78,0% das famílias estavam endividadas.

“Endividamento é algo fundamental para o desenvolvimento econômico, pois o crédito é o trampolim do sistema capitalista”, ponderou o economista-chefe da CNC, Felipe Tavares, em nota oficial. “A inadimplência é um resultado adverso do endividamento, causado pela renda baixa do brasileiro e pela volatilidade da economia do País”, completou.

A pesquisa considera como dívidas as contas a vencer nas modalidades cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, cheque pré-datado e prestações de carro e casa.

“O crescimento no endividamento no último mês levanta um ponto de atenção em relação ao endividamento das famílias brasileiras, dado o elevado porcentual das famílias endividadas. Não obstante o elevado porcentual de famílias endividadas, as dívidas das famílias em relação ao PIB estão em torno de 30%, o que não é um porcentual elevado quando comparado ao mercado americano, onde as dívidas das famílias representam 73% do PIB dos Estados Unidos”, acrescentou o estudo da CNC.

A fatia de consumidores com contas em atraso diminuiu de 29,0% em novembro para 28,8% em dezembro de 2023. Em dezembro de 2022, a proporção de famílias inadimplentes era mais elevada, 30,0% tinham contas em atraso.

A parcela de famílias que afirmaram não terem condições de pagar as dívidas atrasadas, permanecendo assim inadimplentes, recuou de 12,5% em novembro para 12,2% em dezembro de 2023. O resultado ainda é mais elevado que o de dezembro de 2022, quando 11,3% estavam nessa situação.

Média Anual

Em 2023, a taxa anual de endividamento ficou em 77,8% da população, apenas 0,1 ponto porcentual menor que o desempenho de 2022.

“A queda no indicador geral da Peic, apesar de singela, representa uma vitória em relação à preocupante trajetória de endividamento das famílias”, afirma o relatório da CNC, reforçando, porém, que oito em cada dez brasileiros ainda possuem uma dívida em seu nome.

Já a taxa de inadimplência anual subiu de 28,9% em 2022 para 29,5% em 2023. A proporção média dos que afirmavam não ter condições de pagar as dívidas em atraso também subiu, de 10,7% para 12,1% no período.

“Isso corrobora a importância de programas de renegociação de dívidas bem estruturados, como o Desenrola, que já demonstra resultado, com queda nesse indicador no último trimestre do ano, de 13% em outubro para 12,2% em dezembro do ano passado”, defendeu a CNC.

 

quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

Múltiplos de venture capital não fazem sentido no Brasil, diz Spectra

 

 

A Spectra — a gestora de ativos alternativos com mais de R$ 7 bilhões sob gestão — acredita que o mercado de venture capital “parou de fazer sentido” no Brasil.

Num relatório trimestral enviado a clientes, a gestora disse que “os valuations das startups continuam muito salgados.

Uma forma clara de expressar nossa visão é a seguinte: startups no Brasil são avaliadas a valores muito similares a startups no mesmo estágio dos EUA. Algo entre US$ 10-20 milhões [de valuation] para uma rodada seed. Contudo, o Total Addressable Market (TAM) que a empresa pode atingir nos EUA é muito maior do que no Brasil,” disse a gestora.

Segundo a Spectra, as empresas nos EUA podem ser 13x maiores que as do Brasil, usando o PIB como referência.

A gestora admite que existem outras variáveis envolvidas, como o nível de competição, que é bem menor no Brasil, “mas a direção deveria ser essa.”.. Leia mais em braziljournal 10/01/2025


Como um sulista tornou-se o Barão do Guaraná na floresta amazônica

 


Sílvio Proença desbravou o interior do Amazonas e empreendeu ao beneficiar a fruta típica da região 
 
 
"Nós nos preocupamos com o social e com a produção orgânica", afirma Sílvio Proença, um gaúcho que deixou o Sul para viver na floresta amazônica

 

A Guaraná do Brasil Agro completou duas décadas de atividades no Amazonas. Com sede em Maués, interior do estado, e produtora do Barão do Guaraná, um dos mais conhecidos produtos em pó, ela se transformou em referência de beneficiamento do guaraná com características sustentáveis e de alto valor agregado. Centenas de produtores rurais orgânicos fornecem matéria-prima, que é cuidadosamente beneficiada e distribuída no mercado local e nacional. "Nós nos preocupamos com o social e com a produção orgânica. Nesses 20 anos, construímos uma história de integração com os produtores rurais e com nossos clientes", afirma Sílvio Proença, também conhecido carinhosamente como "Barão do Guaraná'', um gaúcho de Esteio, que deixou o Sul para viver na floresta amazônica.

Proença atingiu uma posição de credibilidade regional que fez de sua carreira como microempresário do agronegócio de floresta um exemplo de persistência, sustentabilidade e responsabilidade. Ganhou medalha do Mérito Industrial do Ano como Microindustrial de 2009 pela Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam). O Sebrae Amazonas deu todo o suporte abrindo caminho para cursos e consultorias sobre gestão administrativa e financeira para o empresário. "Eles conseguiram ver logo no começo que o meu negócio teria sucesso pelo que representa de sustentabilidade ambiental e fortalecimento da economia do interior, com algo genuinamente amazonense: o guaraná", recorda Proença. A iniciativa foi precursora de beneficiamento do guaraná em uma escala reduzida, mas com sustentabilidade e qualidade final dos seus produtos oriundos da capital mundial do guaraná: Maués.

A Guaraná do Brasil Agro beneficia os grãos do guaraná existentes em Maués. Os fornecedores são pequenos produtores locais da agricultura familiar. O guaraná é conhecido como um tônico cerebral e tem propriedades naturais, que auxiliam a manter a memória e a constante ativação dos neurônios. É potente anti-inflamatório, modelador sanguíneo e auxilia na prevenção de acidentes vasculares cerebrais e infarto. É consumido pelos indígenas Sateré Mawes há mais de dois mil anos. Maués é uma das cidades com taxas de longevidade mais elevadas do Brasil. No município a média de vida local é de 82 anos. Dentre tantas outras experiências, o guaraná possibilitou realizações de sonhos ao gaúcho e, após mais de meio século vivido, ele diz que o sentimento é de gratidão. "Esse sentimento, após os 60, parece que vem com mais nitidez. A gente sente a pulsação maior. Trabalho com um produto do bem, que energiza as pessoas, que dá ânimo. Comigo não poderia ser diferente", emociona-se.

"A cachaça está entre as melhores do mundo e nós tentamos fazer uma coisa diferente. Não inventamos a roda, simplesmente a saborizamos com sabores regionais aqui da Amazônia, como açaí e o camu-camu. Eu trabalho principalmente com o licor do guaraná, e os clientes começaram a pedir para fazer a cachaça com guaraná, que fizemos e, posteriormente, criamos novos sabores. Estamos sempre testando", conta Proença. Segundo ele, o principal problema enfrentado na produção da cachaça saborizada é a logística para o escoamento do produto, feito em Maués. Além disso, trabalhando exclusivamente com garrafas de vidro, o empresário também busca fazer reutilização destes vasilhames, trazendo também uma noção de sustentabilidade. "Fazemos questão de trabalhar com garrafas de vidro, pois o sabor em si é outro. Além disso, mesmo tendo a facilidade de produzir a cachaça aqui, o escoamento dessa produção é difícil, já que o meio de transporte aqui é fluvial, sendo tudo mais demorado e caro. Mas a questão talvez não seja o produto em si, mas a produção dessa iguaria, pela qual as pessoas pagam um valor alto", detalha o Barão do Guaraná.

Arquiteto por formação, Proença, de 59 anos, virou filho de Maués e personalidade do município após popularizar a batida do guaraná na cidade. O guaraná é Patrimônio Cultural do Amazonas. Há 20 anos em terras maueenses, o Barão do Guaraná, como é conhecido, inventou a bebida "Turbinado", que energiza os turistas e moradores com muita virilidade e disposição. O "pub" de sua propriedade virou um atrativo turístico para quem quer se energizar com o sabor da natureza. "Quando vim pela primeira vez para cá, me encantei com a ilha da Vera Cruz. Que paraíso, que lugar lindo. Inclusive morei durante oito meses lá. E, durante esse período, vi que os moradores tinham o costume de consumir o guaraná, alcançando mais disposição. Vi idosos acima dos 90 anos trabalhando ainda. E tive a ideia de aprimorar o guaraná batido em uma bebida rica de energia", explica o empresário.

Casado com uma maueense, Proença se especializou no fruto energético e percorreu o mundo divulgando a bebida turbinada. Do guaraná nasceram os derivados do fruto, como o chá, o licor, a limonada à base de guaraná, e tantas outras iguarias feitas por ele. "Essa terra é mágica, é linda por natureza. Há 20 anos, eu via o caboclo da região consumindo o guaraná, mas o turista não tinha isso à disposição. Nós compartilhamos o guaraná para todo mundo. Hoje, o Turbinado, que é patenteado por mim, popularizou-se na cidade. A gente vê as pessoas felizes na cidade, os interiores são todos parecidos, mas aqui é diferente. E esse diferencial, essa energia, vem do guaraná", orgulha-se. "Estou sempre aprendendo e conversando com o guaranacultor, com o homem do campo, com o caboclo. Inclusive eu não sou barão, né? A gente está aqui lutando, aprendendo. É uma licença poética, porque não sou um barão, mas é uma maneira de homenagear todo produtor em si. Foi graças a isso, a esse tempo e ao apoio do Sebrae, que a gente ganhou alguns prêmios como empreendedor", relata o Barão do Guaraná.

 

 https://amanha.com.br/categoria/empreendedorismo/como-um-sulista-tornou-se-o-barao-do-guarana-na-floresta-amazonica?utm_campaign=NEWS+DI%C3%81RIA+PORTAL+AMANH%C3%83&utm_content=Como+um+sulista+tornou-se+o+Bar%C3%A3o+do+Guaran%C3%A1+na+floresta+amaz%C3%B4nica+-+Grupo+Amanh%C3%A3&utm_medium=email&utm_source=dinamize&utm_term=News+Amanh%C3%A3+11_01_2024

Airbus negocia compra de unidade de cibersegurança da Atos por até 1,8 bilhão de euros

 


Airbus negocia compra de unidade de cibersegurança da Atos por até 1,8 bilhão de euros

Oferta indicativa da Airbus sugere que o valor do negócio poderá ficar entre 1,5 bilhão e 1,8 bilhão de euros, incluindo dívidas, segundo a Atos. (Crédito: Divulgação)

 

A companhia francesa de tecnologia da informação Atos disse nesta quarta-feira (3) que está em negociações exclusivas com a Airbus para vender sua unidade de cibersegurança, a BDS.

A oferta indicativa sugere que o valor do negócio poderá ficar entre 1,5 bilhão e 1,8 bilhão de euros, incluindo dívidas, segundo comunicado da Atos.

Na Bolsa de Paris, por volta das 7h20 (de Brasília), a ação da Atos caía 2,8%, depois de chegar a saltar até 12% mais cedo no pregão francês, enquanto a da Airbus recuava 1,6%.

IPCA fecha 2023 em 4,62% e fica abaixo do teto da meta pela 1ª vez desde 2020

 

Em dezembro, inflação do país foi de 0,56%, sexto mês seguido em alta; meta para este ano era de inflação de 3,25%, com margem de tolerância que poderia ir de 1,5% até 4,75% 

 

Transportes tiveram o maior impacto na inflação do ano em 2023
Transportes tiveram o maior impacto na inflação do ano em 2023 Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Ligia Tuonda CNN

O número é menor que os 5,79% registrados no ano anterior, e ficou abaixo do teto da meta pela primeira vez desde 2020.

A meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), colegiado ligado ao Ministério da Fazenda, para este ano era de uma inflação de 3,25%, mas com uma margem de tolerância que poderia ir de 1,5% até 4,75%.

Em dezembro, a inflação do país foi de 0,56%, sexto mês seguido em alta.

Tanto o número do ano quanto o do mês vieram acima do esperado pelo mercado, de 0,48% e 4,56%, respectivamente, segundo pesquisa da Reuters.

Transportes foram maior impacto do ano

O grupo de transportes teve o maior impacto anual na inflação do ano, quando a gasolina acumulou alta de 12,09%.

Com o maior peso entre os subitens do IPCA, a gasolina exerceu no ano a maior contribuição individual (0,56 p.p.) para o resultado geral. “Vale lembrar que a gasolina teve o impacto da reoneração dos tributos federais e das alterações nas cobranças do ICMS”, diz o gerente do IPCA, André Almeida.

Dentro do grupo transportes, o IBGE destaca ainda as altas de emplacamento e licença (21,22%) e das passagens aéreas (47,24%).

Do lado das quedas, o destaque fica para automóveis novos (2,37%), cujos preços desaceleraram em relação a 2022 (8,19%), enquanto os dos usados recuaram 4,80%.

“Como os preços dos automóveis subiram em 2022, o IPVA refletiu essa alta no ano seguinte”, diz André.

O segundo maior peso do índice foi o grupo de Alimentação e bebidas (1,03%), que tem o maior peso no IPCA.

Esse grupo ajudou a segurar o índice de 2023, destaca André. “Houve quatro quedas seguidas no meio de ano, o que contribuiu para esse resultado. A queda na alimentação no domicílio reflete as safras boas e a redução nos preços das principais commodities no mercado internacional, como a soja e o milho”, diz.

No grupo, o destaque fica para os preços da alimentação no domicílio (-0,52%), com a deflação do óleo de soja (-28,00%) do frango em pedaços (-10,12%) e das carnes (-9,37%).

Outros grupos de destaque no acumulado do ano foram Saúde e cuidados pessoais (6,58%) e Habitação (5,06%).

Clima impactou preço de alimentos em dezembro

Todos os grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em dezembro. A maior variação (1,11%) e o maior impacto (0,23 p.p.) vieram do grupo Alimentação e bebidas, cujos preços sofreram com o clima.

“O aumento da temperatura e o maior volume de chuvas em diversas regiões do país influenciaram a produção dos alimentos, principalmente dos in natura, como os tubérculos, hortaliças e frutas, que são mais sensíveis a essas variações climáticas”, explica André Almeida.

O especialista destaca a quinta alta consecutiva no preço do arroz, que sofreu com o clima desfavorável, e o feijão, pressionado tanto pelo clima adverso quanto pelo aumento do custo de fertilizantes.

O grupo transportes foi o segundo maior impacto de dezembro, com destaque para passagens aéreas (8,87%), que continuaram subindo pelo quarto mês seguido.

Por outro lado, todos os combustíveis pesquisados (-0,50%) tiveram deflação: óleo diesel (-1,96%), etanol (-1,24%), gasolina (-0,34%) e gás veicular (-0,21%).

“Pelo fato de a gasolina ser o subitem de maior peso entre os 377 pesquisados pelo IPCA, com essa queda, ela segurou o resultado no índice do mês”, ressalta André. Em dezembro, os preços desse combustível caíram pelo terceiro mês consecutivo.

 

https://www.cnnbrasil.com.br/economia/macroeconomia/ipca-fecha-2023-em-462-e-fica-abaixo-do-teto-da-meta-pela-1a-vez-desde-2020/