quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

TJ determina que Prefeitura de SP volte a oferecer procedimento de aborto legal em hospital

 

Apresentação

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) determinou nesta quarta-feira, 17, que a Prefeitura da capital volte a fornecer o serviço de aborto legal realizado no Hospital Maternidade Vila Nova Cachoeirinha, na zona norte da cidade. A oferta do procedimento havia sido suspensa em dezembro pela prefeitura.

Na decisão, o juiz Adler Batista Oliveira Nobre determinou ainda que o hospital faça uma busca ativa para que todas as pacientes que tiveram o procedimento cancelado sejam atendidas. O hospital, tido como referência e que oferece a realização do aborto legal há cerca de 30 anos, fica proibido de negar o agendamento do serviço para novas pacientes.

Procurada pelo Estadão, a Prefeitura de São Paulo disse em nota que o serviço de aborto legal segue disponível às gestantes em outros quatro hospitais municipais “independentemente do período gestacional”, e que o procedimento também é feito em hospitais estaduais (leia a íntegra da nota abaixo).

Já sobre a decisão do TJ-SP diz que, “ainda que o Município tenha mantido/disponibilizado o serviço e a realização do procedimento em outras unidades de saúde após a suspensão”, o Hospital Vila Nova Cachoeirinha é o único da cidade de São Paulo que não impunha limite de idade gestacional.

O processo de interrupção da gravidez no Brasil é previsto na Constituição em três casos: caso haja risco de vida para a mulher, em caso de estupro e quando o feto é anencéfalo.

A decisão liminar respondeu a uma ação popular movida pela deputada federal Luciene Cavalcante, pelo deputado estadual Carlos Giannazi e pelo seu irmão, o vereador Celso Giannazi, todos do PSOL.

O juiz também dá a opção do serviço não ser reativado na unidade, com a condição de que a Prefeitura providencie que as novas pacientes e aquelas que tiveram o acesso negado sejam atendidas por outros hospitais. O reagendamento deve ser feito em no máximo dez dias.

Em ambas as opções, a Prefeitura de São Paulo deve se encarregar de procurar a paciente que teve o serviço negado pelo hospital. O juiz dá o prazo de cinco dias para a Prefeitura decidir qual das opções vai acatar.

“O aborto legal constitui, logicamente, um direito, e a criação de obstáculos para sua realização, além de simbolizar retrocesso, representa grave violação aos direitos e à dignidade da mulher”, diz trecho da decisão.

Na última semana, o Ministério Público Federal (MPF) solicitou informações sobre interrupção do atendimento hospital em questão. O órgão questionou o porquê de a unidade de saúde não oferecer o serviço desde dezembro, sendo que é especializado no atendimento de mulheres com mais de 22 semanas de gravidez.

Na ocasião, MPF também pediu informações aos hospitais municipais do Tatuapé, do Campo Limpo, do Jardim Sarah e Tide Setúbal, para averiguar se a oferta do procedimento está regular, independentemente da idade gestacional, conforme prevê a legislação.

Se não respeitar a decisão do TJ-SP, a administração municipal terá que pagar multa diária de R$ 50 mil. A prefeitura não respondeu se acatará a decisão, nem quais das opções propostas pelo juiz vai seguir, caso acate.

O que diz a Prefeitura

“O serviço de aborto legal segue disponível às gestantes no município de São Paulo, independentemente do período gestacional, conforme estabelece a legislação em quatro hospitais: Hospital Municipal Dr. Cármino Caricchio (Tatuapé), Hospital Municipal Dr. Fernando Mauro Pires da Rocha (Campo Limpo), Hospital Municipal Tide Setúbal e Hospital Municipal e Maternidade Prof. Mário Degni (Jardim Sarah). Lembrando que o procedimento também é feito em hospitais estaduais. A reorganização do Hospital Municipal e Maternidade da Vila Nova Cachoeirinha tem como objetivo realizar no local mutirões de cirurgia, como de endometriose e histerectomia, e outros procedimentos envolvendo a saúde da mulher a fim de atender à demanda necessária.”

Decreto delega competência à ministra do Planejamento para atos no âmbito do Orçamento

 Simone Tebet - Simone Tebet adicionou uma nova foto.


O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, editou Decreto, publicado no Diário Oficial da União desta quinta-feira, 18, que delega à ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, competência para prática de atos, no âmbito dos orçamentos fiscal e da seguridade social.

Entre esses atos, está a alteração de Grupos de Natureza de Despesa (GNDs); abertura de crédito suplementares autorizados na Lei Orçamentária de 2024; reabertura de créditos especiais em favor de órgãos do Executivo; reabertura de créditos extraordinários; transposição, remanejamento ou transferência de dotações orçamentárias aprovadas na Lei Orçamentária de 2024.

Inflação nos supermercados fecha 2023 em 1,02%; menor patamar desde 2017

 


O Índice de Preços dos Supermercados (IPS), calculado pela Associação Paulista de Supermercados (APAS) em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), registrou inflação de 1,20% em dezembro, resultado influenciado pela alta no setor de alimentos (1,50%). No acumulado do ano, no entanto, o índice terminou com alta de 1,02%, acima do que a APAS estimava – inflação de 0,85% no ano.

Dentro do segmento de alimentos, os produtos in natura apresentaram a maior inflação no mês (6,33%), seguidos por bebidas não alcoólicas (1,52%), produtos semielaborados (0,89%), industrializados (0,80%) e bebidas alcoólicas (0,74%). Por outro lado, houve deflação mensal nos artigos de limpeza (-0,44%) e artigos de higiene e beleza (-0,21%).

“O resultado do IPS de dezembro acelerou quando comparado ao mês de novembro (0,74%) e com relação a dezembro de 2022 (1,0%). No acumulado do ano, no entanto, o índice terminou com alta de 1,02%, marginalmente acima do que a APAS estimava – inflação de 0,85% no ano, o que significaria o menor patamar desde 2017”, comenta o economista chefe da Apas, Felipe Queiróz.

Para este ano, a entidade projeta que a inflação nos supermercados acelere e encerre o ano em 4,5%. A perspectiva projetada pela associação considera os fatores provenientes do cenário externo e das alterações climáticas sobre o comportamento dos preços.

Fonte: APAS

Semielaborados

A categoria de produtos semielaborados apresentou em dezembro a terceira alta consecutiva (0,89%), embora em magnitude menor do que a observada em novembro. O resultado é fruto da forte expansão nos preços dos cereais (8,39%) e aves (4,14%), uma vez que as demais categorias apresentaram deflação no mês. Embora o último trimestre de 2023 tenha apresentado inflação dos produtos semielaborados, no ano houve deflação de 5,90%, resultado que reflete nas cestas de consumo das famílias.

O preço da carne suína teve queda, com deflação em dezembro de 0,34%. No ano de 2023, a baixa nos preços da carne suína foi de 6,57%. Na contramão, as aves apresentaram inflação no mês de dezembro em função principalmente das compras da ceia de final de ano. O crescimento no preço (4,14%) decorreu em função da alta do preço do quilo do frango (3,88%) e do preço do peru (11,45%). No entanto, no ano, o preço as aves também apresentaram deflação de 6,95%.

Dezembro também por marcado pela inflação na subcategoria de cereais (8,39%), com todos os produtos que a compõe acompanhando a mesma tendência. No ano, a inflação foi elevada nessa subcategoria (10,44%), fruto da alta expansão no preço do arroz (26,08%). Por outro lado, a grande safra de feijão contribuiu para que o produto apresentasse forte deflação durante o ano passado, que ficou em -14,41%.

Industrializados

A categoria de produtos industrializados apresentou inflação de 0,80% em dezembro, o que contribuiu para que a acumulada em 2023 fosse de 1,35%. No mês, houve inflação em todas as subcategorias que compõem os produtos industrializados. As principais altas foram nos doces (1,14%), panificados (1,91%) e derivados da carne (0,41%). No acumulado do ano, houve sinais mistos com subcategorias apresentando inflação e outras apresentando deflação.

Os resultados dos produtos industrializados foram influenciados principalmente pelos aumentos nos custos de insumos produtivos derivados do trigo, tendo em vista que uma parte significativa é importada pelo Brasil.

Em termos individuais – sem considerar o peso que tem para o indicador – o preço do azeite de oliva chamou a atenção pelo seu crescimento significativo no ano de 2023: 42,65%.

Os pescados apresentaram deflação no mês de dezembro (-0,29%), mas inflação de 0,29% no ano.

“O preço da merluza foi a única a apresentar deflação no último mês de 2023 e, devido ao seu peso na pesquisa, fez com que o mês apresentasse a redução de preços”, explica Queiróz.

 

Produtos In natura

 

 Os produtos in natura tiveram inflação de 6,33% no mês de dezembro; no ano, o crescimento nos preços foi de 10,32%. O resultado mensal foi fortemente influenciado pela inflação dos tubérculos (16,23%) e legumes (7,22%); já na avaliação anual, frutas (10,61%), legumes (13,23%) e verduras (26,40%) se destacam como vetores de crescimento dos preços.

Dentro da subcategoria das frutas, a maior contribuição para a inflação mensal veio do aumento de 15,03% na laranja e banana (2,15%); para a inflação anual, laranja (23,97%), maçã (6,14%) e frutas da época (13,36%).

 Já na subcategoria dos legumes, a inflação mensal foi influenciada pelo aumento do preço do tomate (8,19%), abobrinha (10,99%) e mandioquinha (6,24%); A cenoura (47,95%) e abobrinha (46,56%) são as principais contribuições para a inflação anual.

Quando analisado os tubérculos, a inflação mensal ocorreu em todos os produtos exceto no alho, que apresentou deflação de 0,25%. O destaque de alta foi a batata, que teve aumento de 36,29%. A avaliação anual também infere que a batata teve a principal contribuição para a inflação da subcategoria, com aumento de 13,15%.

A inflação mensal das verduras foi impactada principalmente pelo crescimento nos preços da alface (1,73%), do coentro (2,47%) e da salsa/cebolinha (0,16%). Na análise anual, todas as verduras apresentaram aumento nos preços, sendo que a alface (26,68%), coentro (26,87%) e couve (30,61%).

Bebidas

Ambas subcategorias de bebidas apresentaram inflação no mês de dezembro – bebidas não alcoólicas (1,52%) e bebidas alcoólicas (0,74%) – muito influenciada pelas festividades do final de ano. O mesmo movimento inflacionário foi observado nas duas subcategorias na comparação anual.

Dentro das bebidas não alcoólicas, no mês de dezembro, todos os produtos apresentaram inflação, exceto as bebidas à base de soja, que tiveram deflação de 0,13%. O destaque foi a inflação de 1,86% nos refrigerantes. Na comparação anual, todas as categorias apresentaram elevação de preços em 2023, novamente com destaque para os refrigerantes (6,06%) e pó para refresco (5,36%).

Já a inflação apresentada pelas bebidas alcoólicas em dezembro foi fortemente influenciada pelo crescimento de 1,0% nos preços das cervejas; na comparação anual, os preços das cervejas (7,85%) e do vinho (2,73%) foram os principais vetores de expansão.

Artigos de limpeza e produtos de higiene e beleza

Os artigos de limpeza e produtos de higiene e beleza apresentaram deflação mensal de 0,44% e 0,21%, respectivamente. Sabão em pó foi a maior contribuição para a redução de preços mensal dos artigos de limpeza, com queda de 1,83%. Já a deflação dos artigos de higiene e beleza decorreu da queda de 0,54% no preço dos sabonetes, 1,47% nas fraldas descartáveis e 0,17% nos desodorantes.

Na avaliação anual, os artigos de limpeza também apresentaram deflação (-0,37%), muito influenciada pela queda de 6,58% no sabão em pó. Por outro lado, os artigos de higiene e beleza apresentaram inflação anual de 3,93%, tendo como principais vetores o aumento de 5,56% no preço do papel higiênico, 2,45% na fralda descartável e 1,57% no sabonete.

 

 https://istoedinheiro.com.br/inflacao-nos-supermercados-fecha-2023-em-102/


quarta-feira, 17 de janeiro de 2024

Dinamarquesa Maersk e alemã Hapag-Lloyd formam aliança no setor de transporte marítimo

 

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A gigante dinamarquesa A.P. Moeller-Maersk e a alemã Hapag-Lloyd estão se unindo para fechar um acordo de compartilhamento de novas embarcações a partir do próximo ano, em uma mudança no quadro global dessas alianças no setor.

O pacto busca impulsionar eficiências e ajudar a acelerar os esforços de descarbonização das empresas, anunciaram nesta quarta-feira as companhias.

Juntas, as duas empresas respondem por pouco mais de 20% da fatia global de mercado no setor de transporte marítimo de cargas.

 

 Fonte: Dow Jones Newswires.


Os erros que as empresas cometem ao adotar a inteligência artificial sem reflexão ou estratégia

 Os erros que as empresas cometem ao adotar a inteligência ...

Por Louise Bragado,  

 

 Fundador e cientista-chefe da consultoria estratégica tds.company, professor extraordinário da Cesar School e professor emérito do Centro de Informática da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Silvio Meira é um dos maiores especialistas em inovação e tecnologia do país. Um dos fundadores do Porto Digital de Recife, também faz parte do conselho de empresas como CI&T, Magalu, MRV e Tempest, e acompanha de perto o desenvolvimento do ambiente de negócios brasileiro. 

 Diante das transformações robustas pelas quais o mercado vem passando, Meira faz um alerta para as empresas: "Há uma falta de estratégia em relação aos investimentos em IA". Para ele, muito mais do que inserir tecnologia na operação, as organizações precisam repensar e redesenhar o negócio como um todo, olhando para a IA não como uma ferramenta, mas como uma nova dimensão da realidade -- uma aliada na tomada de decisões se as lideranças souberem, de fato, como usá-la. 


Musk faz uso de LSD e ketamina, colocando empresas em perigo diante de investidores, diz jornal

 

Por Estadão

 

Executivos e acionistas das empresas de Elon Musk - Tesla, X, SpaceX, entre outras - estão preocupados com a conduta do bilionário em suas atividades recreativas. De acordo com uma reportagem do jornal americano Wall Street Journal, o uso de drogas como ketamina, LSD, cocaína e cogumelos "mágicos" fazem diretores perderem o sono com o temor de que suas companhias sejam afetadas.

Musk não respondeu aos pedidos de comentário do Wall Street Journal. Seu advogado, Alex Spiro, afirmou que o empresário é submetido a testes com frequência, de forma aleatória, e nunca falhou em nenhum dos exames.

Musk já assumiu publicamente fazer uso de drogas com certa frequência. Em 2018, o bilionário apareceu no videocast de Joe Rogan fumando maconha, o que fez as ações da Tesla caírem mais de 9% no mesmo dia. Ele também já falou sobre usar ketamina, um anestésico potente e com efeito psicodélico, para tratar depressão - o uso do medicamento de forma controlada já é prescrito por psiquiatras nos EUA para o tratamento da doença.

Festas e eventos em que o bilionário já admitiu ter feito o uso de drogas aconteceram nos últimos anos, em diversas partes do mundo, e pessoas que acompanhavam Musk tinham que assinar um documento de confidencialidade ou entregar seus celulares na entrada do encontro. Pessoas próximas informaram ao Wall Street Journal, porém, que o comportamento começou com maior frequência em 2017.

Essa postura fez com que os investidores fiquem temerosos pela saúde e quanto à capacidade de Musk de administrar as empresas que têm na mão. Isso porque Musk já teria aparecido sob efeitos de drogas no trabalho, com dificuldades de apresentar reuniões ou conversar com colegas, afirmou o jornal americano.

Na ocasião em que participou do videodcast de Joe Rogan, por exemplo, Musk teve que enfrentar a Nasa, que ordenou uma revisão da cultura corporativa e de segurança da SpaceX, e afirmou que o empresário não seria visto "fumando ou bebendo álcool em público novamente". A empresa foi a vencedora de uma licitação da agência espacial americana para levar astronautas para a Estação Espacial Internacional e é a única empresa no país autorizada para a missão.

 

Startup da Groenlândia comercializa gelo direto do Ártico e garante ser 'o mais puro do mundo'

 

Por Renata Turbiani


Ártico — Foto: Pexels
Ártico — Foto: Pexels
 
Para você gelo é tudo igual? Pois para uma startup da Groenlândia não. A Arctic Ice, sediada na capital Nuuk, está comercializando gelo de mais de 100 mil anos dos glaciares do Ártico e exportando para o produtopara outros países.

 

Segundo a empresa, o gelo foi comprimido ao longo de milhares de anos, por isso não tem bolhas e derrete mais lentamente do que os tradicionais. Em seu site, ela o descreve como “o gelo mais puro do mundo”.

“Estas partes das camadas de gelo não estiveram em contato com quaisquer solos nem foram contaminadas por poluentes produzidos por atividades humanas. Isso torna o gelo do Ártico a H2O mais limpa da Terra”, afirma.

A equipe da Arctic Ice procura um tipo específico de gelo que não esteve em contato nem com o fundo nem com o topo da geleira, informa o DailyMail. O material é retirado por um barco com um guindaste acoplado de Nuup Kangerlua, o fiorde (braços longos e estreitos de mar que se estendem da terra) ao redor da capital de Nuuk. 

 Tudo o que é coletado é colocado em contentores refrigerados que são transportados para a Dinamarca. De lá, são enviados para Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, para serem usados por bares e restaurantes na preparação de drinks. 

A startup, que até o momento despachou 20 toneladas métricas de gelo, tem recebido fortes críticas por transformar uma característica preciosa do mundo natural em mercadoria.

Nas redes sociais, um usuário questionou: “Você não deveria se preocupar com os efeitos do aquecimento global em vez de vender água das geleiras?”

Em sua defesa, Malik V Rasmussen, cofundador da Arctic Ice, disse que seu trabalho é ajudar a Groenlândia em sua transição verde. “Temos essa agenda em execução em toda a empresa, mas talvez ainda não a tenhamos comunicado suficientemente bem.” 

 

 https://epocanegocios.globo.com/startups/noticia/2024/01/startup-da-groenlandia-comercializa-gelo-direto-do-artico-e-garante-ser-o-mais-puro-do-mundo.ghtml