quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024

Retomada de investimentos terá papel de destaque no crescimento do País em 2024, avalia Fazenda

 


Retomada de investimentos terá papel de destaque no crescimento do País em 2024, avalia Fazenda

Expectativa dos analistas é de que a recuperação dos investimentos compense parcialmente a menor contribuição do consumo e do setor externo. (Crédito: Freepik)

 

Um estudo divulgado pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda nesta quarta-feira, 31, apontou a retomada de investimentos como um ponto a ser destacado na perspectiva de crescimento econômico do País em 2024.

De acordo com a nota divulgada pelo órgão, “Balanço Macrofiscal de 2023 e perspectivas para 2024”, a expectativa dos analistas é de que a recuperação do investimento compense parcialmente a menor contribuição do consumo e do setor externo para o avanço da economia brasileira. Para este ano, a SPE projeta uma alta de 2,2% do Produto Interno Bruto do País.

“O retorno do investimento é prerrogativa essencial para que a produtividade do país, que parece ter ganhado impulso em 2023, volte de fato a crescer”, destaca o estudo.

O documento cita que há vários vetores que auxiliarão no processo. No caso do desempenho da formação bruta de capital, foram citados os menores spreads e juros reais no mercado de crédito. Contribuem para esse cenário mais promissor a expansão das emissões de debêntures incentivadas e possibilidade de emissão de debêntures de infraestrutura, o Fundo Clima e incentivos dos bancos públicos à inovação e exportações.

No campo de obras, a SPE ressalta a retomada das obras do PAC e do Minha Casa, Minha Vida.

Também são destacados o novo marco de garantias e os estímulos para realização de parcerias público-privadas.

Para a atração de capital estrangeiro o foco será o Plano de Transformação Ecológica e ainda há a política de depreciação acelerada, para estimular a neoindustrialização.

Projeções

A SPE destaca que o mercado projeta crescimento de cerca de 1,6% para 2024, abaixo dos 2,2% esperados pelo governo.

“A perspectiva de desaceleração do crescimento, para patamar levemente superior a 2%, é conservadora, baseada em leve desaceleração do consumo e do setor externo e em recuperação do investimento, com expansão mais harmônica entre atividades cíclicas e não-cíclicas. Considerando o conjunto de informações já disponíveis, é possível que assim como em 2023 as estimativas iniciais do mercado para a expansão do PIB em 2024 tenham que ser revisitadas”, diz a nota.

O estudo pontua que a contribuição da agropecuária para o crescimento será menor em 2024, assim como seu impacto em outros setores. Sob a ótica da demanda, a contribuição de benefícios sociais para consumo das famílias será menor neste ano, mas ainda positiva – refletindo tanto o pagamento de precatórios quanto expansão do BPC e previdência – vinculados ao salário mínimo.

A expectativa é que essa contribuição menor seja compensada pela expansão das concessões de crédito a pessoas físicas, atreladas à perspectiva de menores juros reais e inadimplência em 2024.

“Essas contribuições, somadas ainda às expectativas de elevação na confiança dos consumidores (repercutindo o processo de desinflação em curso) e ao aumento real de 3% no salário mínimo, estimulando a massa de rendimentos e o retorno da população economicamente ativa ao mercado de trabalho, deverão garantir resiliência ao consumo das famílias e geração de empregos ao longo de 2024”, diz o estudo.

Para o consumo do governo, 2024 manterá o ritmo de expansão. A SPE destaca que as transferências às famílias e investimentos públicos têm pouco impacto sobre esse indicador, mais afetado pela evolução de gastos com serviços prestados pela administração pública, incluindo salários de servidores e despesas com saúde e educação.

O setor externo terá contribuição menor para o crescimento na esteira da desaceleração no ritmo de crescimento das exportações de produtos agropecuários. A perspectiva é a de que ainda seja positivo, reagindo ao crescimento projetado para as exportações de petróleo e derivados.

A SPE ainda destaca que para 2024 a expectativa é de que a desinflação siga ocorrendo, auxiliada por um aumento de produtividade.

Os principais riscos para a consolidação do cenário que aponta o IPCA em 3,6% em 2024 são a ocorrência de eventos climáticos extremos que afetem preços de alimentos, etanol e energia, além do acirramento dos conflitos geopolíticos, levando a disrupções em cadeias produtivas.

Já o aumento da produtividade está ligado à perspectiva de retomada dos investimentos.


Copom confirma tendência e baixa Selic para 11,25%

 


Copom

Acesso ao crédito deve ficar facilitado, acredita economista (Crédito: Marcello Casal Jr./ Agência Brasil)

 

A reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) terminou nesta quarta-feira, 31, com uma nova queda de 0,50% ao ano na taxa básica de juros, a Selic, que agora está em 11,25%.

A decisão já era esperada pelo mercado, que prevê mais cortes do mesmo patamar neste primeiro semestre. De acordo com o boletim Focus do Banco Central, a expectativa é que os juros terminem 2024 em 9%.

“Em relação ao cenário doméstico, o conjunto dos indicadores de atividade econômica segue consistente com o cenário de desaceleração da economia antecipado pelo Copom. A inflação cheia ao consumidor, conforme esperado, manteve trajetória de desinflação, assim como as medidas de inflação subjacente, que se aproximam da meta para a inflação nas divulgações mais recentes”, disse a nota do anúncio.

O economista Bruno Corano acredita que haverá um retomada de crédito no país e um aumento da atividade econômica com o novo anúncio do BC.

“A decisão no Brasil indica que, gradativamente, deveremos ter uma retomada do crédito e um aumento da atividade econômica, especialmente no que se refere a bens sensíveis a crédito, como a classe dos duráveis, que vão desde veículos e imóveis, até máquinas de lavar roupa e televisores”, disse. 

FED mantém taxa e “empurra” queda de juros para maio

Mais cedo, na super quarta, o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) confirmou a manutenção da taxa de juros nos EUA entre 5,25% e 5,50% ao ano.

“O Comitê considera que os riscos para a consecução dos seus objetivos de emprego e de inflação estão a evoluir para um melhor equilíbrio. As perspectivas econômicas são incertas e o comitê permanece muito atento aos riscos de inflação” afirmou, em nota.

“O comunicado veio empurrando os cortes mais pra frente, veio mais para o hawk. O comunicado aponta que não há confiança da inflação voltar ao 2%. Com isso o mercado já está jogando um primeiro corte de março para a reunião que vai acontecer em maio”, disse o economista-chefe do Banco Master, Paulo Gala.

 

 https://istoedinheiro.com.br/copom-confirma-tendencia-e-baixa-selic-para-1125/

quarta-feira, 31 de janeiro de 2024

LVMH, maior grupo de luxo do mundo, tem receita recorde puxada por vendas da Louis Vuitton

 

Holding de Bernard Arnault teve lucro líquido de 15,2 bilhões de euros em 2023, 8% acima do registrado no ano anterior

 

LVMH: Ações da dona da Louis Vuitton caíram mais de 10% em Paris (Charles Platiau/Reuters)

LVMH: Ações da dona da Louis Vuitton caíram mais de 10% em Paris (Charles Platiau/Reuters)

Guilherme Guilherme


A francesa LVMH, maior holding do mercado de luxo do mundo, reportou receita líquida recorde de 23,95 bilhões de euros no quarto trimestre. A holding encerrou 2023 com faturamento recorde de 86,15 bilhões de euros, 9% acima do registrado em 2022. O lucro das operações recorrentes foi de 22,8 bilhões de euros, 8% mais alto na comparação anual. O lucro líquido foi de 15,2 bilhões de euros, também com alta de 8%.

"O nosso desempenho em 2023 ilustra o apelo excepcional das nossas marcas e a sua capacidade de despertar o desejo, apesar de um ano afetado por desafios económicos e geopolíticos. Isso se refletiu nos espetaculares desfiles de moda da Louis Vuitton e Christian Dior, na reabertura do “The Landmark” da Tiffany em Nova York e na popularidade cada vez maior do conceito de loja da Sephora em todo o mundo. 2023 também viu progredirmos em diversas áreas-chave que são componentes essenciais da nossa visão de longo prazo", comenta Bernard Arnault, Chairman e CEO da LVMH em apresentação do resultado. 

Louis Vuitton e Sephora foram destaques no ano

O crescimento principalmente pela linha de Moda e Bens de Couro, que cresceu 9% para 42,17 bilhões de euros no ano passado. O crescimento orgânico da divisão foi de 14%. A marca Louis Vuitton teve grande contribuição, segundo a empresa. "A Louis Vuitton teve um excelente ano, mais uma vez impulsionada pela criatividade e qualidade dos seus produtos, e pelos seus fortes laços com a arte e a cultura. Muitos novos designs foram revelados, incluindo a linha de artigos de couro GO-14 e o novo relógio Tambour, uma fusão da experiência relojoeira suíça com a elegância parisiense da Louis Vuitton", comentou a LVMH. 

Mas nenhuma divisão dentro da LVMH tem crescido mais que a de "Varejo Seletivo", que reportou crescimento orgânico de 25% no ano. A frente é a segunda maior fonte de receita da empresa, responsável pelo faturamento de 17,89 bilhões de euros em 2023. O destaque, segundo a empresa, ficou com a marca Sephora, que "alcançou mais um ano histórico, tanto em vendas como em lucros, continuando a ganhar participação de mercado por meio de sua oferta de produtos e serviços diferenciada e inovadora. As regiões América do Norte, Europa e Oriente Médio, de acordo com o balanço, tem apresentando um "momento forte" nas vendas. 

Somente a divisão de vinhos e destilados apresentou queda de receita em 2023, com recuo de 4% para 6,6 bilhões de euros.

Dividendos

A LVMH anunciou junto ao balanço que, pelo resultado de 2023, irá propor a distribuição de 13 euros de dividendo por ação, hoje cotada a 685 euros.

 

 https://exame.com/casual/lvmh-maior-grupo-de-luxo-do-mundo-tem-receita-recorde-puxada-por-vendas-da-louis-vuitton/

 

 

 

 

Quem é Alexandre Birman, o CEO que costurou o maior negócio da moda brasileira -

 


Os dois maiores grupos de moda do país, Soma e Arezzo anunciaram que estão em entendimentos para uma possível associação

 

 Alexndre Birman: o executivo sucedeu o pai e fundador da companhia, Anderson Birman, em 2013 (Germano Lüders/Exame)

 

 

 

Os dois maiores grupos de moda do país, Soma e Arezzo anunciaram que estão em entendimentos para uma possível associação. "O Sr. Alexandre Café Birman será o CEO da companhia combinada e o Sr. Roberto Luiz Jatahy Gonçalves o CEO da business unit de vestuário feminino", diz o fato relevante.

 

Alexandre Birman é CEO e CCO da Arezzo & Co, composta pelas marcas Arezzo, Schutz, Anacapri, Alexandre Birman, Alme, Reserva, Carol Bassi, Vans, Oficina Reserva, Reserva Go, Simples, Reversa, Reserva Ink, Reserva Mini, BAW Clothing, TROC, Vicenza e a italiana Paris Texas, além do marketplace ZZMALL.

O executivo sucedeu o pai e fundador da companhia, Anderson Birman, em 2013. Sua chegada fortaleceu a estratégia de crescimento da Arezzo&Co, a partir da transformação digital e expansão internacional.

Na frente digital, Birman liderou o lançamento do ZZMALL, plataforma digital que reúne as marcas do grupo, a criação do ZZ APP, conhecido como o ‘aplicativo das vendedoras’, e da ZZ Ventures, braço de corporate venture capital do grupo, que vem apoiando negócios como a TROC, plataforma de moda circular.

Na consolidação do crescimento, liderou movimentos importantes, como a fusão da Reserva, em 2020, a estruturação da AR&CO, frente de lifestyle da companhia, e a aquisição da marca italiana Paris Texas, em 2023. Também em 2023, a Arezzo&Co ganhou um grande reforço na estratégia de crescimento internacional com o lançamento oficial da marca Arezzo nos EUA.

Nessa trajetória, recebeu reconhecimentos nacionais e internacionais. Como designer, foi nomeado pela Footwear News como um dos ‘Top 10 Designers’ de 2012 e pela Fashion Footwear Association of NY (FFANY) como ‘Designer of The Year’ em 2017, além de ter levado o Vivian Infantino Emergen Talent Award em 2009.

Como executivo, já foi destaque no mundo da moda pelo Business of Fashion, desde 2017.

Formado em administração de empresas pela FUMEC de Belo Horizonte, é participante do Owners and President Management Program, da Harvard Business School e membro do CFDA (Council of Fashion Designers of America) desde 2013.

Melhores e Maiores

No ano passado, a Arezzo foi vencedora na categoria de Moda e Vestuário do prêmio Melhores e Maiores.

O mantra da empresa é “rumo a 2154”, na verdade uma provocação de Anderson Birman. Nessa data, ele completaria 200 anos. “Acho que não estarei mais aqui, mas a Arezzo tem de estar”, costuma dizer o fundador da companhia. Em 2022, a hoje chamada Arezzo&Co atingiu o melhor resultado de sua história.

O faturamento bruto foi de 5,2 bilhões de reais, 43,4% de aumento em relação ao período anterior, e Ebtida ajustado de 657 milhões de reais. A operação americana rendeu 490 milhões de reais.

Nesse período, a companhia atingiu a marca de 1.013 lojas. Foram vendidos 32,4 milhões de peças, 29% mais do que em 2021. O grosso foram os calçados, com 21,3 milhões de pares, seguidos de roupas e bolsas. Os ótimos resultados vêm na esteira de uma política agressiva de aquisições iniciada em 2019, quando a Arezzo se tornou distribuidora oficial da Vans. A mais ruidosa foi a compra da ­Reserva no fim de 2020, por 715 milhões de reais. A ideia de Alexandre Birman, que sucedeu ao pai no comando em 2011, é criar uma “house of brands”.

O ano de 2022 foi de consolidação. “Não fizemos aquisição de marcas, só de duas fábricas, uma de calçados e outra de sapatos. Investimos em supply chain e distribuição. Nosso crescimento foi fruto de um planejamento”, diz Alexandre. E como ele imagina que estará a Arezzo daqui a 50 anos? “Enxergo que teremos uma presença internacional consagrada, de moda contemporânea sem pretensão de ser luxo, mais preocupados com sustentabilidade. Talvez não tenhamos o volume de produção de hoje, e sim foco maior na perenidade das peças.”

Créditos

Repórter de Casual

Formada em jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero e pós-graduada em Culturas Digitais pela Universidade de Maastricht. Escreve sobre cultura e lifestyle desde 2015, na EXAME desde 2020. Foi repórter na revista ELLE Brasil.


Como a Lenovo lidera a missão de integrar a IA ao cotidiano das pessoas

 


Companhia investe em programa de inovação e se une a empresas independentes de software para oferecer aos clientes soluções de inteligência artificial

João Bortone, presidente da Lenovo ISG para a América Latina: empresa aposta em programa para acelerar o desenvolvimento de negócios em IA  investindo em companhias de software independentes (Lenovo/Divulgação)

João Bortone, presidente da Lenovo ISG para a América Latina: empresa aposta em programa para acelerar o desenvolvimento de negócios em IA investindo em companhias de software independentes (Lenovo/Divulgação)

 

O ano de 2023 ficará marcado na história como o grande boom da inteligência artificial. Apesar de a tecnologia já existir há décadas e estar em constante evolução, foi no ano passado, com a popularização das ferramentas de IA generativa, que ela ganhou o reconhecimento do público como uma plataforma transformadora de vidas e negócios.

Nesse cenário de “corrida do ouro”, em que cada vez mais negócios reconhecem o valor da inteligência artificial e buscam se adaptar à nova demanda, se destaca a Lenovo, que já atua na área de IA há anos.

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A Lenovo já vem investindo em soluções de IA dentro de sua estratégia de transformação digital e inteligente. Em junho do ano passado, anunciou faturamento recorde anual em infraestrutura para IA de mais de US$ 2 bilhões e ainda um investimento de US$ 1 bilhão para o desenvolvimento de IA para os próximos três anos.

“IA não é uma novidade dentro da Lenovo. Já temos trabalhado há muito tempo com aplicações próprias e internas e há anos oferecendo a nossos clientes, então eu diria que estamos superpreparados para continuar a conversar com os nossos clientes para essa explosão que está acontecendo”, explica João Bortone, presidente da Lenovo ISG para a América Latina.

Com o lema ‘tecnologia inteligente para todos’, a Lenovo é uma potência global, com receita de US$ 62 bilhões e que atua em 180 mercados, empregando mais de 75 mil pessoas ao redor do mundo. Hoje, 40% das atividades da empresa vêm de outras áreas de negócios. A Lenovo é reconhecida no mercado de PCs, mas o seu portfólio vai muito além, incluindo serviços e soluções para infraestruturas de TI, além de smartphones com a marca Motorola.


Programa de inovação focado em IA

Em novembro do ano passado, a Lenovo anunciou a chegada ao Brasil do programa AI Innovators, sua iniciativa para acelerar o desenvolvimento de negócios em IA investindo em companhias de software independentes.

Para a expansão global da iniciativa, a Lenovo alocou US$ 100 milhões a fim de gerar mais projetos de inteligência artificial em outras partes do planeta, incluindo a América Latina, de onde se espera recrutar 15% de seu ecossistema de parceiros. A companhia hoje oferece mais de 150 soluções, desenvolvidas juntamente com mais de 50 parceiros independentes de software no primeiro ano do programa.

O AI Innovators nasce da visão de democratizar tecnologias de IA, que hoje existem em diversos âmbitos, para integrar a IA ao cotidiano, com soluções para empresas das mais variadas verticais de negócios e tamanhos.

“O ecossistema de parceiros da Lenovo AI Innovators ajuda clientes de todos os tamanhos a implantar IA com confiança, a partir de nossas soluções de infraestrutura. Da prova de conceito ao uso da IA em escala, dentro desse ecossistema as empresas podem encontrar uma ampla gama de suporte para ajudá-los a simplificar a implantação de IA e acelerar seus negócios de maneira nunca pensada”, ressalta Claudio Stopatto, country manager da Lenovo ISG no Brasil.

Parceria com foco em IA

Entre os principais parceiros da Lenovo para a expansão da IA está a NVIDIA, com a qual a companhia anunciou, em outubro do ano passado, uma iniciativa chamada ‘Hybrid AI’, que pretende acelerar e facilitar o desenvolvimento de tecnologias desenhadas para IA.

A expansão da colaboração entre as empresas prevê o aprimoramento de sistemas para fornecer soluções mais robustas e seguras, para que mais negócios possam colocar em prática suas aplicações com agilidade e economia.

Bortone aponta que a Lenovo ter sido escolhida como a aliança para o novo desenho da arquitetura aberta da NVIDIA, uma das empresas centrais hoje no mercado de inteligência artificial, deve gerar muitos negócios. Juntas, as empresas viabilizam a transformação de negócios orientados à IA, de forma que as companhias possam trazer seus conceitos para a realidade e encontrar as soluções de que necessitam a fim de projetar, implementar e utilizar com eficiência, transparência e segurança.

Outra grande parceria global é a AMD que, em dezembro, anunciou juntamente com a Lenovo a ampliação da colaboração das empresas para fornecer IA-soluções otimizadas para companhias em todos os lugares. Já com a Intel a Lenovo expandiu sua plataforma de nuvem híbrida para IA com novas soluções hiperconvergentes ThinkAgile e servidores ThinkSystem que aceleram a implantação de nuvem, conectividade híbrida e recursos de IA, alimentados pela próxima geração de processadores escaláveis Intel® Xeon®.

IA para todos

No Brasil, os esforços em IA da Lenovo já deram resultados. Ainda em 2023, a empresa apresentou seu projeto de tradutor da Língua Brasileira de Sinais (Libras), que utiliza visão computacional para reconhecer os gestos e os traduz em tempo real, tanto em texto quanto em áudio.

A empresa espera poder expandir a tecnologia para outros idiomas, alinhada à sua visão de ‘IA para todos’, o que pretende democratizar as soluções de negócios e, consequentemente, a vida das pessoas.

“O projeto nasceu no Brasil e é um grande exemplo da nossa capacidade. Temos dez centros de pesquisa na América Latina, no Brasil principalmente. O país tem um potencial enorme quando se trata de Pesquisa e Desenvolvimento, e o projeto Libras é uma demonstração da capacidade dos pesquisadores brasileiros de construir soluções de inteligência artificial que se aproximem do cotidiano das pessoas”, reforça Bortone sobre a posição da Lenovo no mercado nacional de IA.

IA para identificar assaltos

O executivo cita alguns exemplos de aplicações de inteligências artificiais que têm sido alavancadas pela Lenovo. No Chile, oferecemos videovigilância e análise no projeto de “Smart City” da cidade de Santiago em conjunto com um dos parceiros do “AI Innovators”, a mesma aplicação de IA pode ser aplicada em um sistema de segurança com o objetivo de identificar assaltos sendo possível alertar autoridades mesmo com todos os funcionários rendidos. Outra solução traz reconhecimento facial e análise precisa de movimentos suspeitos, notificando e alertando a área de segurança em tempo real.

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IA para entender o consumidor

Outro exemplo dado pelo executivo envolve empresas de varejo, que podem utilizar IA para monitorar padrões de comportamento dos consumidores. Informações como essas têm sido usadas para melhorar a experiência do cliente, assim como definir o posicionamento das mercadorias como forma de aumentar as vendas, principalmente nos mercados varejistas, além de monitorar pequenos roubos e ações suspeitas.

Bortone ainda destaca uma aplicação da Motorola que possibilita, com o uso de um celular, escanear gôndolas para entender padrões de consumo. “A IA não está somente nas aplicações de infraestrutura, mas hoje os celulares da Motorola, como também os computadores da Lenovo, trazem várias funcionalidades baseadas em IA”.

IA no fundo do mar

Fora do Brasil, há uma aplicação de IA, operada em soluções da Lenovo, que foi desenvolvida para prever onde parasitas e patógenos podem se mover e evitar que contaminem os peixes. Assim, é possível mover os peixes para outro local antes da chegada de uma ameaça. Segundo o executivo, isto é particularmente importante pelo impacto direto em benefício ecológico e para a humanidade, e muito interessante em regiões como a Noruega, cuja indústria do salmão, por exemplo, tem um alto valor de exportação.

“Investir em P&D é fundamental. A velocidade dos avanços é impressionante, por isso a Lenovo investe nessa área, pois só com pesquisa e desenvolvimento seremos capazes de criar novas tecnologias que transformarão ainda mais a forma como fazemos tudo hoje em dia. Acredito que ainda temos muito por descobrir sobre o que pode ser feito com Inteligência Artificial, e que será uma alavanca crucial para o futuro da humanidade”, conclui Bortone.


Allos reitera que sinergias esperadas com fusão são de R$ 180 mi a R$ 210 mi até 2028

 Ficheiro:ALLOS LOGO.png – Wikipédia, a enciclopédia livre


A Allos (empresa resultante da fusão entre Aliansce Sonae e BrMalls) reafirmou nesta quarta-feira, 31, que as sinergias operacionais esperadas com a integração dos negócios ficarão entre R$ 180 milhões e R$ 210 milhões até 2028.

Desse total, cerca de 80% devem ser capturadas em um período de três anos. O grupo informou que 60% das sinergias virão da combinação das receitas, enquanto os demais 40% estão relacionados ao corte de custos.

As informações constam na apresentação divulgada nesta quarta-feira pela Allos na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A empresa realiza nesta manhã uma reunião pública com investidores e analistas compartilhando mais detalhes.

A Allos já havia divulgado em 2023 que as sinergias deveriam ficar na faixa de R$ 180 milhões a R$ 210 milhões. De lá para cá, entretanto, o grupo realizou a venda de diversos shoppings, o que poderia impactar parte dos ganhos previstos com a fusão.

A companhia informou nesta quarta que o plano de sinergias está mantido apesar do enxugamento do grupo, o que será possível por meio de novas oportunidades identificadas.

Na parte de sinergias de receitas, a Allos apurou ganhos com a combinação de receitas de aluguel de lojistas, estacionamento e o segmento de mídia. Já na parte de custos, houve ajustes de funcionários, escritórios, consultorias e comissionamento.

Na apresentação divulgada na CVM, a Allos citou que há um processo de renegociação de custos de condomínio dos shoppings que representa uma economia potencial de R$ 20 milhões em gastos associados a limpeza, manutenção, segurança, administração, entre outros.

Outro exemplo citado é a economia potencial de R$ 20 milhões de gastos com tecnologia por meio da unificação de sistemas, corte de fornecedores duplicados e renegociação de contratos – este último deve ter uma baixa de 30%.

A fusão entre a Aliansce Sonae e a BrMAlls deu origem ao maior conglomerado do setor, com 58 shoppings, 15 mil lojistas e 54 milhões de visitas de consumidores por mês.


1ª Presidente Mulher - Nivea apresenta nova presidente no Brasil

 

1ª Presidente M

31/01/2024

1ª Presidente Mulher
  A partir deste mês, a Nivea, marca de produtos para cuidados com a pele, passa a contar com a liderança de Ana Bógus como presidente de sua operação brasileira, em sucessão a Christian Goetz. A executiva tem mais de 30 anos de experiência, passando por empresas como Havaianas, Rappi, Kimberly-Clark e Nestlé, e chega para acelerar a Nivea no mercado de cuidados pessoais, inovação e sustentabilidade. Ana é a primeira presidente mulher da marca no Brasil e sua chegada fortalece o foco em lideranças femininas: agora, 70% dos cargos da diretoria da companhia são ocupados por mulheres.

Nova Divisão Regional
 
  A Beiersdorf, holding alemã dona das marcas Nivea e Eucerin, também reestruturou as divisões de negócios na América Latina e criou a região LATAM, com quatro subdivisões: Brasil, CAMEX (México e América Central), Cone Sul (com Chile, Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia) e América Andina (Colômbia, Equador e Peru). A nova região de negócios terá o comando de Aldo Barrientos, executivo que atua há mais de 20 anos na Beiersdorf. "A nova divisão LATAM reflete nosso compromisso contínuo na Beiersdorf com a América Latina, onde a demanda por produtos de skincare segue em constante crescimento. Acreditamos que essa transformação fortalecerá nossas relações comerciais", afirma Aldo. 
 
 https://www.gironews.com/informacoes-de-fornecedores/1a-presidente-mulher-74025/