segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

Haddad mantém agenda com Georgieva, do FMI, mas com participação virtual por causa da covid-19

 Fernando Haddad lidera disputa para o governo de SP, diz ...


O Ministério da Fazenda atualizou a agenda desta segunda-feira, 26, do ministro Fernando Haddad, que testou positivo para a covid-19, o que afeta sua participação presencial nos eventos do G20 no Brasil. Ele ainda fará as reuniões com o Fundo Monetário Internacional (FMI), participando virtualmente do encontro com a diretora do fundo, Kristalina Georgieva.

Haddad será substituído pelo secretário-executivo adjunto da Fazenda, Rafael Dubeux, na mesa de abertura do evento “Fórum Governos e Banco Centrais na era da mudança climática”, em uma conversa com Mark Carney no Hotel Rosewood, em São Paulo.

A partir das 16h30, Haddad cumprirá remotamente duas agendas com o FMI.

O primeiro encontro é com Afonso Bevilaqua, diretor executivo do Brasil no Fundo, e os dois vão tratar do alinhamento bilateral do fundo.

A partir das 17h15, Haddad participa virtualmente de uma agenda bilateral com a diretora do FMI, Kristalina Georgieva, em que discutirão a economia brasileira, o apoio do FMI na agenda do Brasil na presidência do G20 e opções na reforma das instituições financeiras internacionais.


Como é o plano do governo que promete favorecer o setor de máquinas e as siderúrgicas

 


Siderúrgicas

 

Fabricantes de máquinas e equipamentos devem ser favorecidas pela política do governo federal Nova Indústria Brasil – que prevê financiamento de R$ 300 bilhões para a indústria nacional até 2026. Além delas, as siderúrgicas, que vêm uma etapa antes nessa cadeia produtiva, também sairão ganhando.

Já os bancos mais focados em atacado podem sofrer um vento contrário caso o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ganhe maior relevância com o plano.

Companhias como a WEG, Marcopolo e Tupy devem ser as mais beneficiadas, segundo analistas do Bradesco BBI e da XP. Divergindo, o BBI menciona também benefícios para Embraer, Vamos e Mills; já a XP cita Randon e Aeris.

“Para a WEG, vemos a empresa potencialmente se beneficiando de múltiplas iniciativas (ônibus elétricos, automação industrial, energia limpa), enquanto para empresas de Autopeças (como Marcopolo, Randon e Tupy) e Aeris vemos benefícios mais pontuais”, afirmam os analistas da XP Lucas Laghi, Fernanda Urbano, e Guilherme Nippes.

Pegando carona, as siderúrgicas também podem se beneficiar com um potencial aumento de demanda por aço para atender as empresas de equipamentos, diz a estrategista-chefe do Inter, Gabriela Joubert, ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado). Dentro disso, Gerdau e CSN – que são mais “pulverizadas” e têm clientes de diversos setores – estão melhor posicionadas, enquanto Usiminas fica em segundo plano por depender mais do setor automotivo.

“A siderurgia é uma indústria de base, o que significa que é base para todas as outras indústrias do País. Como o programa visa a beneficiar a indústria como um todo e esses subsetores são clientes em comum das siderúrgicas, então podemos ver uma demanda maior por produtos de aço”, afirma Joubert.

‘É um acerto’, diz CEO da Gerdau

Gustavo Werneck, CEO da Gerdau, considera que a Nova Indústria Brasil amplia o leque de oportunidades de desenvolvimento da economia do País e de retomada da industrialização nacional, incluindo o setor de aço. “A atividade produtiva brasileira está perdendo relevância e competitividade e não existe um país próspero sem uma indústria forte. Por isso, a nova política industrial é um acerto do governo em fortalecer um setor tão importante e que passa por muitos desafios”, diz, ao Broadcast.

O Bradesco BBI destaca cinco segmentos que receberão incentivos no plano industrial: máquinas para produção de agricultura familiar e em larga escala; mobilidade elétrica e cadeia de fornecimento de baterias; transformação digital para aumentar a produtividade industrial; bioeconomia, descarbonização e transição energética; e tecnologias para a soberania e defesa nacional.

Werneck, da Gerdau, menciona que o financiamento de iniciativas de inovação e tecnologia verde e sustentabilidade podem desempenhar a descarbonização da indústria de aço, vista pelo CEO como um elemento essencial para a descarbonização do planeta, “pois [a commodity] está presente nas pás eólicas e veículos elétricos, por exemplo, além de ser um material 100% e infinitamente reciclável”.

Junto da Nova Indústria Brasil, Werneck diz ainda que há expectativas sobre o início do Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), relançado no ano passado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Com isso, há no âmbito da digitalização um grande empenho em destravar a indústria 4.0, que hoje é utilizada por cerca de 23,5% das empresas do setor, mas que, pelas metas do programa, pode ser implementada por 90% das indústrias, trazendo ainda mais ganhos, criação de novas tecnologias e capacitação profissional”, afirma o executivo.

O ponto de atenção, segundo Joubert, é que ainda há percalços no setor siderúrgico no que diz respeito à importação de aço, que vem crescendo muito. “É um aço que chega mais barato, muitas vezes subsidiado. Então pode ser que essa nova demanda seja atendida por aço importado e não interno”, pondera a estrategista do Inter.

O Citi afirmou, em relatório recente, que a demanda brasileira de aço cresceu 3,7% em 2023, mas esta foi atendida por importações que aumentaram 50% e fizeram os embarques domésticos recuarem 4%. Para 2024, a expectativa do banco é de que a demanda cresça cerca de 2% em 2024, com os embarques domésticos aumentando em cerca de 3% e a capacidade permanecendo estável.

Bancos de atacado

Já os bancos mais focados em atacado, como Itaú, BTG Pactual e Banco ABC, podem ter o novo plano de governo como um vento contrário caso o BNDES ganhe mais relevância, segundo o JPMorgan, com receio de que ocorram distorções no mercado.

Do valor total de R$ 300 bilhões do plano, a expectativa é que R$ 250 bilhões venham do BNDES. “Lembramos que o BNDES já havia mencionado a mudança de elevar de 1% para 2% a participação no PIB e o plano já inclui R$ 77,5 bilhões desembolsados do BNDES e da Finep em 2023. Com isso, o real poder de fogo entre 2024-2026 gira em torno de R$ 70 bilhões desembolsados por ano, o que não é uma grande mudança e está dentro da mensagem de aceleração anterior. Ainda assim, temos uma primeira abordagem cautelosa”, afirmam os analistas Yuri R Fernandes, Guilherme Grespan, Marlon Medina, e Fernanda Sayao, em relatório enviado a clientes.

A CSN e Usiminas foram procuradas, mas não se pronunciaram sobre o assunto.


Aurora amplia participação no mercado externo em 2023 Estadão Conteúdoi 26/02/2024 - 12:22 Para compartilhar: O crescimento da presença da Aurora Coop, considerada terceiro maior grupo brasileiro de proteína animal, no mercado mundial nos últimos 10 anos foi superior a 700%. Há uma década atrás, em 2013, as exportações representavam 18,6% da receita operacional bruta e contribuíam com R$ 1,055 bilhão no caixa da empresa. Em 2023, um terço das receitas vieram das vendas externas. Para o mercado internacional foram direcionados 36,3% dos volumes produzidos, ou seja, 678,5 mil toneladas. A cooperativa está presente em 80 países. O balanço e o relatório foram apresentados na semana passada, na sede de Chapecó (SC), pelo presidente Neivor Canton e vice-presidente Marcos Antônio Zordan. A Aurora Coop obteve no mercado interno em 2023 65,5% de suas receitas (R$ 14,6 bilhões) e, no mercado externo, 34,5% (R$ 7,5 bilhões). O maior volume da produção (63,7%) foi absorvida pelo mercado doméstico, o que corresponde a 1,045 milhão de toneladas, informou a cooperativa em comunicado. Segundo a cooperativa, os resultados do exercício de 2023 “refletem o quadro geral de dificuldades e se expressam em uma receita operacional bruta de R$ 21,7 bilhões e um resultado negativo de 0,63% (R$ 137,9 milhões), integralmente absorvido pelo Fundo de Reservas”. Outro ponto relevante foi o quadro geral de colaboradores da Aurora Coop que cresceu 9,7% em 2023 em decorrência da abertura de 3.938 novas vagas, totalizando, 44.336 empregos diretos. Em outubro passado, a Aurora Coop assumiu as operações da unidade industrial de carnes da marca Alegra, localizada em Castro (PR), que pertencia às cooperativas Frísia, Capal e Castrolanda. Com isso, a Aurora Coop ampliou em 12% sua capacidade industrial de abate. Agora, as oito plantas têm uma capacidade de abate e processamento de 32.092 suínos por dia. Com o ingresso das três novas cooperativas paranaenses, em 2023, o Sistema Aurora Coop passa a contar com 14 filiadas: Cooperalfa, Caslo, Coopervil, Coolacer, Copérdia, Cooperitaipu, Cooasgo, Auriverde, Cooper A1, Copercampos, Cocari, Castrolanda, Capal e Frísia. O conjunto das 15 sociedades cooperativas – Aurora Coop e suas filiadas – representa uma receita operacional bruta de R$ 68,7 bilhões e um quadro associativo de 85.629 cooperados que sustentam 63.057 empregos diretos. A estrutura do segmento suínos da Aurora Coop tem atualmente 3.625 produtores rurais (cooperados) integrados no campo, onde estão alojadas 300 mil matrizes produtivas. Nas UDGs (unidades disseminadoras de gens), 1.147 machos reprodutores garantem o fornecimento de 1,7 milhão de doses de sêmen por ano. As unidades industriais de suínos instaladas em Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso do Sul abateram 7,376 milhões de suínos em 2023, volume 3,2% superior ao ano anterior. A produção in natura evoluiu 2,9% para 705,9 mil toneladas e a industrialização de carnes suínas cresceu 6%, fechando o ano em 428,4 mil toneladas. Lácteos O volume de leite captado das cooperativas do Sistema Aurora Coop atingiu 472,3 milhões de litros em 2023 gerados por uma qualificada base produtiva no campo, formada por 2.998 produtores cooperados. A industrialização de lácteos registrou discreta variação de volume com a geração de 203.181 toneladas em bebida láctea, leite UHT, leite em pó, creme de leite, queijo em barra, queijo fatiado, requeijão e soro em pó. Avicultura As nove plantas de abate e processamento de aves, juntas, têm capacidade instalada para o abate de 1,607 milhão de frangos por dia. Fato relevante foi a conquista da habilitação para o mercado do Reino Unido na unidade avícola de Xaxim (SC). A avicultura industrial de corte da Aurora Coop tem uma base produtiva, a campo, formada por 2.236 propriedades de avicultores cooperados localizados em Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná. Em 2023, as nove plantas industriais de aves abateram 320,8 milhões de cabeças de frangos, registrando um incremento de 11% em relação à totalidade de aves abatidas em 2022. Esse incremento decorre, principalmente, do reinício das operações da nova unidade frigorífica de Guatambu (SC), submetida a um grande programa de ampliação e modernização que elevou sua capacidade de abate de 115 mil aves/dia para 414,8 mil aves/dia. No ano passado, a produção in natura de carnes de aves aumentou 3,2% para 665,9 mil toneladas e a industrialização se manteve em 58,3 mil toneladas. Na busca por autossuficiência, a Aurora Coop atende com produção própria 90% de suas necessidades de pintainhos, adquirindo de terceiros apenas 10%. Durante o ano de 2023 foram produzidos 436,6 milhões de ovos, 95% dos quais aproveitados no incubatório. Na área de nutrição animal, as sete fábricas da Aurora Coop trabalharam em regime de capacidade plena e produziram 2,1 milhões de toneladas de rações para aves de corte, aves matrizes e suínos, além de núcleos e concentrados. A produção total de rações obteve um incremento de 4,88%, resultante basicamente do aumento do volume das rações para aves. Os dirigentes reforçaram que, para 2024, uma ampla gama de ações será desenvolvida, entre elas, a ampliação do Frigorífico Aurora São Gabriel do Oeste (MS), o atendimento à rampa de crescimento de abate do Frigorífico Aurora Guatambu (SC) cuja ampliação foi concluída, a reavaliação do mix produzido em cada planta industrial com foco em otimização e maximização de resultados e a otimização das linhas do recém-adquirido Frigorífico Aurora Castro (PR). Simultaneamente, entrará em produção a Unidade Industrial Aurora Chapecó II para a produção de empanados, peito cozido e peito desfiado.

 Aurora Coop | Industrial Company


O crescimento da presença da Aurora Coop, considerada terceiro maior grupo brasileiro de proteína animal, no mercado mundial nos últimos 10 anos foi superior a 700%. Há uma década atrás, em 2013, as exportações representavam 18,6% da receita operacional bruta e contribuíam com R$ 1,055 bilhão no caixa da empresa.

Em 2023, um terço das receitas vieram das vendas externas. Para o mercado internacional foram direcionados 36,3% dos volumes produzidos, ou seja, 678,5 mil toneladas. A cooperativa está presente em 80 países.

O balanço e o relatório foram apresentados na semana passada, na sede de Chapecó (SC), pelo presidente Neivor Canton e vice-presidente Marcos Antônio Zordan.

A Aurora Coop obteve no mercado interno em 2023 65,5% de suas receitas (R$ 14,6 bilhões) e, no mercado externo, 34,5% (R$ 7,5 bilhões). O maior volume da produção (63,7%) foi absorvida pelo mercado doméstico, o que corresponde a 1,045 milhão de toneladas, informou a cooperativa em comunicado.

Segundo a cooperativa, os resultados do exercício de 2023 “refletem o quadro geral de dificuldades e se expressam em uma receita operacional bruta de R$ 21,7 bilhões e um resultado negativo de 0,63% (R$ 137,9 milhões), integralmente absorvido pelo Fundo de Reservas”. Outro ponto relevante foi o quadro geral de colaboradores da Aurora Coop que cresceu 9,7% em 2023 em decorrência da abertura de 3.938 novas vagas, totalizando, 44.336 empregos diretos.

Em outubro passado, a Aurora Coop assumiu as operações da unidade industrial de carnes da marca Alegra, localizada em Castro (PR), que pertencia às cooperativas Frísia, Capal e Castrolanda. Com isso, a Aurora Coop ampliou em 12% sua capacidade industrial de abate. Agora, as oito plantas têm uma capacidade de abate e processamento de 32.092 suínos por dia.

Com o ingresso das três novas cooperativas paranaenses, em 2023, o Sistema Aurora Coop passa a contar com 14 filiadas: Cooperalfa, Caslo, Coopervil, Coolacer, Copérdia, Cooperitaipu, Cooasgo, Auriverde, Cooper A1, Copercampos, Cocari, Castrolanda, Capal e Frísia. O conjunto das 15 sociedades cooperativas – Aurora Coop e suas filiadas – representa uma receita operacional bruta de R$ 68,7 bilhões e um quadro associativo de 85.629 cooperados que sustentam 63.057 empregos diretos.

A estrutura do segmento suínos da Aurora Coop tem atualmente 3.625 produtores rurais (cooperados) integrados no campo, onde estão alojadas 300 mil matrizes produtivas. Nas UDGs (unidades disseminadoras de gens), 1.147 machos reprodutores garantem o fornecimento de 1,7 milhão de doses de sêmen por ano.

As unidades industriais de suínos instaladas em Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso do Sul abateram 7,376 milhões de suínos em 2023, volume 3,2% superior ao ano anterior. A produção in natura evoluiu 2,9% para 705,9 mil toneladas e a industrialização de carnes suínas cresceu 6%, fechando o ano em 428,4 mil toneladas.

Lácteos

O volume de leite captado das cooperativas do Sistema Aurora Coop atingiu 472,3 milhões de litros em 2023 gerados por uma qualificada base produtiva no campo, formada por 2.998 produtores cooperados.

A industrialização de lácteos registrou discreta variação de volume com a geração de 203.181 toneladas em bebida láctea, leite UHT, leite em pó, creme de leite, queijo em barra, queijo fatiado, requeijão e soro em pó.

Avicultura

As nove plantas de abate e processamento de aves, juntas, têm capacidade instalada para o abate de 1,607 milhão de frangos por dia. Fato relevante foi a conquista da habilitação para o mercado do Reino Unido na unidade avícola de Xaxim (SC).

A avicultura industrial de corte da Aurora Coop tem uma base produtiva, a campo, formada por 2.236 propriedades de avicultores cooperados localizados em Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná.

Em 2023, as nove plantas industriais de aves abateram 320,8 milhões de cabeças de frangos, registrando um incremento de 11% em relação à totalidade de aves abatidas em 2022.

Esse incremento decorre, principalmente, do reinício das operações da nova unidade frigorífica de Guatambu (SC), submetida a um grande programa de ampliação e modernização que elevou sua capacidade de abate de 115 mil aves/dia para 414,8 mil aves/dia. No ano passado, a produção in natura de carnes de aves aumentou 3,2% para 665,9 mil toneladas e a industrialização se manteve em 58,3 mil toneladas.

Na busca por autossuficiência, a Aurora Coop atende com produção própria 90% de suas necessidades de pintainhos, adquirindo de terceiros apenas 10%. Durante o ano de 2023 foram produzidos 436,6 milhões de ovos, 95% dos quais aproveitados no incubatório.

Na área de nutrição animal, as sete fábricas da Aurora Coop trabalharam em regime de capacidade plena e produziram 2,1 milhões de toneladas de rações para aves de corte, aves matrizes e suínos, além de núcleos e concentrados. A produção total de rações obteve um incremento de 4,88%, resultante basicamente do aumento do volume das rações para aves.

Os dirigentes reforçaram que, para 2024, uma ampla gama de ações será desenvolvida, entre elas, a ampliação do Frigorífico Aurora São Gabriel do Oeste (MS), o atendimento à rampa de crescimento de abate do Frigorífico Aurora Guatambu (SC) cuja ampliação foi concluída, a reavaliação do mix produzido em cada planta industrial com foco em otimização e maximização de resultados e a otimização das linhas do recém-adquirido Frigorífico Aurora Castro (PR).

Simultaneamente, entrará em produção a Unidade Industrial Aurora Chapecó II para a produção de empanados, peito cozido e peito desfiado.

 


Balança comercial tem superávit de US$ 1,484 bi na 4ª semana de fevereiro

 

logo mdic.jpg — Ministério do Desenvolvimento, Indústria ...

A balança comercial brasileira teve superávit de US$ 1,484 bilhão na quarta semana de fevereiro (dias 19 a 25). De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) divulgados nesta segunda-feira, 26, o valor foi alcançado com exportações de US$ 6,293 bilhões e importações de US$ 4,808 bilhões. No mês, o superávit acumulado é de US$ 4,571 bilhões e, no ano, de US$ 11,097 bilhões.

Até a quarta semana do mês, a média diária das exportações cresceu 14,2% na comparação com a média diária do período em 2023, com crescimento de US$ 14,14 milhões (5,8%) em agropecuária; alta de US$ 145,55 milhões (74,5%) em indústria extrativa; e avanço de US$ 3,77 milhões (0,6%) em produtos da indústria de transformação

Já as importações caíram 0,2% no período, também na comparação pela média diária, com crescimento de US$ 430 mil (2,0%) em agropecuária; recuo de US$ 5,49 milhões (-7,7%) em indústria extrativa; e alta de US$ 7,73 milhões (0,9%) em produtos da indústria de transformação.

Após balanço, analista vê ambiente favorável para recuperação da Americanas

 


Segundo dados divulgados nesta segunda-feira, 26, pela Americanas, a varejista registrou um prejuízo de R$ 4,6 bilhões entre janeiro e setembro de 2023, O dado reflete uma redução de 23,5% em relação ao prejuízo líquido registrado nos nove primeiros meses de 2022, quando as perdas foram de R$ 6,02 bilhões. Para um analista de negócios consultado pela Istoé Dinheiro, a divulgação traz mais confiança à uma possível recuperação da empresa, mas não em 2024.

Cabe ressaltar que a companhia divulgou seu balanço financeiro de forma atrasada, já que balanços foram suspensos após o escândalo contábil que envolveu a empresa no início em 2023, quando a Americanas entrou com pedido de recuperação judicial por conta de um déficit contábil de mais de R$ 20 bilhões.

Nos três primeiros trimestres do ano passado, a receita líquida da empresa caiu 45%, ficando em R$ 10,3 bilhões. A principal razão para a baixa na receita foi a forte diminuição nas vendas realizadas pelos canais digitais da companhia, que caíram 77% em relação aos nove primeiros meses de 2022.

“No digital, onde se concentram as vendas de tickets mais altos, houve um abalo de confiança. Os clientes tinham preocupação em relação às entregas dos produtos e os sellers (vendedores) ficaram temerosos de não receber os repasses pelas vendas realizadas” , comunicou a empresa em relatório.

Ao divulgar seu balanço, a Americanas afirmou também que houve uma mudança de estratégia de negócios, visando aumentar sua rentabilidade. A varejista diz ter reduzido vendas da categoria 1P, quando o comerciante vende o seu produto pelo marketplace e é a Americanas quem fica responsável por todo o processo de venda e entrega, migrando algumas categorias de produtos para a categoria 3P, quando é a empresa que realiza processos de venda e entrega.

Na avaliação da companhia, a estratégia prioriza as operações de maior rentabilidade e a redução de queima de caixa operacional. Dessa maneira, essa categoria aumentou para 65% sua participação no total de vendas, contra 51% em 2022.

Dívidas da Americanas

No encerramento do terceiro trimestre de 2023, as dívidas líquidas da Americanas eram de R$ 33,4 bilhões, um aumento de 10,6% em relação a setembro de 2022.

A dívida bruta divulgada foi de R$ 38 bilhões. Para a Americanas, o endividamento em tendência de redução relevante com o andamento do Plano de Recuperação Judicial, homologado pela Justiça do Rio de Janeiro nesta segunda-feira, 26.

A Americanas pode se recuperar?

Na opinião do especialista em investimento em startups e Ceo da FHE Ventures e da Health Angels Venture Builder, Rafael Kenji, é improvável que a Americanas se recupere totalmente em 2024. No entanto, o relatório apresentado pela companhia, que apresentou redução do prejuízo, apresenta um maior grau de confiança devido ao aumento do critério de fiscalização e reajustes realizados pela empresa após as inconsistências contábeis.

“A recuperação da Americanas não é dependente apenas da gestão e governança dos controladores da empresa, mas do mercado e estratégias de digitalização, marketing e experiência do usuário”, avalia Kenji.

No relatório apresentado, a empresa cita desafios na retomada das vendas digitais, onde se concentram as vendas de tíquetes mais altos, segundo Kenji. O problema, diz o analista, é que o escândalo contábil abalou também a confiança do consumidor.

“Uma estratégia de reconquista da confiança do cliente com foco na usabilidade e facilidade de compra e recebimento da mercadoria é primordial para a retomada da empresa”, opina.

Outro fator que pode contribuir com a recuperação da Americanas está no aquecimento da economia, mesmo que de forma tímida. Para Kenji, há clara tendência de queda dos juros no País e o mercado enxerga uma aceleração nas vendas do varejo.

“É difícil que o setor volte a ser como era antes, sendo o ano de 2024 um período de transição. Porém, a queda dos juros aumenta o poder de compra do consumidor e diminui custos para fornecedores, gerando esperança de melhora no setor”, complementa.

Empresa que fez auditoria da Americanas não opina sobre balanço

A BDO, empresa que fez a auditoria dos balanços da Americanas referentes aos nove primeiros meses do ano passado, se absteve de emitir opinião sobre a fidedignidade das informações. Segundo a empresa, a recuperação judicial da rede e as várias incertezas relativas ao processo não permitiram que a auditoria reunisse os elementos necessários para emitir uma opinião.

“Não nos foi possível reunir evidência de auditoria apropriada e suficiente para concluir se a utilização do pressuposto de continuidade operacional é apropriada, nem tampouco quais seriam os efeitos sobre os saldos (individuais e consolidados) dos ativos, passivos e elementos componentes das informações contábeis intermediárias, individuais e consolidadas, do resultado, dos resultados abrangentes, das mutações do patrimônio líquido, dos fluxos de caixa e do valor adicionado (informação suplementar), caso as informações contábeis intermediárias, individuais e consolidadas, não fossem preparadas considerando esse pressuposto”, diz o relatório da BDO, assinado por Robinson Meira.

Fórum do G20 para discutir Finanças Climáticas começa hoje

 


Começa nesta segunda-feira, 26, em São Paulo, o Fórum Brasileiro de Finanças Climáticas, evento oficial do G20 Social e que antecede a reunião de representantes do grupo das 20 maiores economias. Juntos, esses países representam 85% do PIB global e são responsáveis por mais de 80% das emissões relacionadas ao setor energético.

Segundo Maria Netto, diretora-executiva do Instituto Clima e Sociedade (iCS), o fórum vai discutir diferentes formas de financiar as iniciativas necessárias para fazer frente às mudanças climáticas.

Um estudo, realizado pelo Instituto AYA e Systemiq em 2023, estimou que o investimento anual necessário para financiar a transição energética no Brasil vai de US$ 130 bilhões a US$ 160 bilhões.

Um dos instrumentos para captar recursos e que será debatido no fórum, segundo Maria Netto, é o chamado blended finance.

Como o nome em inglês sugere, ele combina recursos com diferentes propósitos como, por exemplo, filantropia, investimento com retorno financeiro ou ainda financiamento de organismos multilaterais.

“Nossa meta é evidenciar os desafios para alavancar a disponibilidade de investimento e financiamento climáticos globais, incentivando a construção de um plano efetivo de ações com marcos até a COP30. Isso, em diálogo com o Plano de Transformação Ecológica do Ministério da Fazenda e outras frentes governamentais”, diz Patricia Ellen, cofundadora do Instituto AYA e presidente da Systemic Latam.

Hedge cambial

Por ter recebido diagnóstico de covid-19, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, cancelou mais cedo a presença no fórum, prevista para as 15h20. A participação era aguardada por ser o primeiro encontro público com o setor privado, terceiro setor e organizações multilaterais para discutir o hedge cambial, que será lançado nesta manhã.

Chamada de Programa de Mobilização de Capital Privado Externo e Proteção Cambial, a iniciativa é um esforço conjunto do Banco Central do Brasil, Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Ministério do Meio Ambiente, Banco Mundial e Embaixada do Reino Unido. Na entrevista à imprensa, hoje às 11h, o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, é quem vai substituir o ministro Haddad.

Participantes do fórum

Entre os painelistas do Fórum Brasileiro de Finanças Climáticas, estão Joseph Stiglitz, prêmio Nobel de Economia e professor na Universidade de Columbia; o embaixador Antônio Ricarte, Ministério das Relações Exteriores; José Pugas, da gestora JGP; Tatiana Schor, Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID); Izabella Teixeira, ex-ministra do Meio Ambiente; Sérgio Suchodolski, Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri); Denis Minev, Bemol e Fundação Amazonas Sustentável; Nabil Kadri, BNDES.

O ICS e o Instituto Aya estão entre as sete organizações que organizaram o fórum, que vai até amanhã. Também promovem o evento: Instituto Arapyaú, Instituto Igarapé, Instituto Itaúsa, Open Society Foundations e Uma Concertação pela Amazônia.


sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024

BTG vence categoria Plataformas em ranking sobre investimentos da FGV

 


Banco vence na categoria Plataformas (Varejo e Alta Renda) do ranking Melhor Banco e Plataforma para Investir (MBPI), da FGV

 

 

Marcelo Flora e a regra do sucesso: uma cultura reafirmada todos os dias e não deixar passar oportunidades (Crédito:Divulgação)

 

Existe uma forma indefectível de ter solidez e ser líder: dominar seu métier. Há mais de quatro décadas é essa a trajetória do BTG, vencedor na categoria Plataformas (Varejo e Alta Renda) do ranking Melhor Banco e Plataforma para Investir (MBPI), da FGV. O BTG não apenas está na vanguarda. Ele dita os caminhos nessa jornada. “A gente começou a pensar a estratégia de plataformas digitais em 2014, mas houve muito trabalho antes, por trás das cortinas, preparando o banco para que isso fosse algo bem recebido pelos clientes”, afirmou à DINHEIRO Marcelo Flora, sócio e o homem à frente dos canais digitais do BTG.

Essa atitude colaborou fortemente para a performance arrasadora do banco em 2023.
• Os ativos totais somaram R$ 493,2 bilhões (alta de 9,4% sobre 2022),
• o patrimônio líquido chegou a R$ 49,4 bilhões (+16,5%),
• as receitas cresceram para R$ 21,6 bilhões (+25,6%),
• e o lucro líquido ajustado foi de R$ 10,4 bilhões (+25,3%).

O ROAE (retorno sobre o patrimônio líquido) foi de 22,7% (contra 20,8% de 2022). A instituição é desde 2012 líder entre os bancos de investimento da América Latina, mas pode-se dizer que 2023 foi o ano em que se tornou um gigante.

Em lucro líquido, passou o Santander e está atrás apenas de Itaú e Bradesco entre os bancos privados brasileiros.

Perguntado se algo tira seu sono, a resposta de Flora embute tanto o risco quanto uma chance única. “Não perder tempo e não desperdiçar a oportunidade que se apresenta para nós no Brasil.”

E isso se combina em dois fatores.
• O primeiro tem a ver com a trajetória dos juros. Com Fernando Henrique Cardoso, o juro chegou a 45%. E a 26,5% no primeiro governo Lula. Até baixar para a casa de um dígito e voltar a subir. Um ziguezague que atrapalha qualquer operação. Mas a trajetória recente é novamente de queda. “Nosso negócio é muito sensível a juro”, disse Flora. “Com juro elevado é muito difícil você ter um negócio como o nosso se desenvolvendo na velocidade como alcançamos até aqui. Porque o cliente fica onde ele está, ele fica confortável ali naquele CDI”. Por isso, a Selic descendente como a projetada para este ano e 2025 significa uma imensa oportunidade.

• O outro fator é interno: a cultura BTG. O banco percebeu claramente, por exemplo, o quanto seria transformadora a chegada do iPhone, em 2007, e toda a popularização dos smartphones. Hoje é fácil enxergar essa jornada totalmente digital, mas antevê-la se tornou um diferencial. “Temos uma grande vantagem competitiva comparada aos grandes bancos e suas redes de agências físicas. E temos produtos de muita qualidade aliados a um atendimento de excelência.”

É desde sempre Mobile First. Tanto que a experiência do usuário no app será muito superior ao acesso via site. Inclusive por questões de segurança. Com tantos elementos na equação (olhar para UX, crescimento orgânico e por aquisições, atenção à taxa de juros…), Flora, que passou 25 anos de seus 48 no banco, busca em seu dia a dia algo que define como a única variável sob controle: o número de horas que você pode trabalhar. “Nada resiste ao trabalho.” E isso é decisivo.