segunda-feira, 4 de março de 2024

Presidente do AIIB fala que banco da Ásia está pronto para fornecer grandes recursos no Brasil

 Brasília 04/03/2024, O presidente Lula recebe o Presidente do Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura (Asian Infrastructure Investment Bank – AIIB), Jin Liqun. Foto: Ricardo Stuckert/PR


O presidente do Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura (AIIB), Jin Liqun, disse depois de reunião com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que o órgão está pronto para fornecer “grandes quantias” para projetos no Brasil. Mencionou estradas, ferrovias, portos e aeroportos, principalmente os que liguem o Brasil ao Oceano Pacífico – uma forma encurtar a viagem de produtos brasileiros rumo à China.

“Temos só três projetos, um montante de US$ 350 milhões, que é muito pouco. Prometemos fazer mais para melhorar a conectividade com a Ásia, o poderá ser um grande ganho para o Brasil nos próximos anos”, disse o presidente do AIIB. “Prometemos que podemos fazer projetos amplamente definidos como infraestrutura, como estradas, ferrovias, aeroportos, portos, renováveis, transmissão. Qualquer coisa que seja importante para esse país seria nosso trabalho”, afirmou.

Ele também citou, em abstrato, projetos para mitigar efeitos de mudanças climáticas.

“Estamos prontos para prover grandes montantes de recursos para o País”, disse Jin Liqun.

Ele afirmou que não discutiu obras específicas com Lula, mas que se houver bons projetos o banco poderá financiar.

O executivo falou a jornalistas no Palácio do Planalto. Além de Lula, também participaram da reunião o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB, na sigla em inglês), Dilma Rousseff.

Feirão Serasa e Desenrola quer limpar o nome de 72 milhões de brasileiros

 


Lançado nesta segunda-feira, 4, e com duração até 28 de março, o 1º MegaFeirão Serasa e Desenrola promete ajudar brasileiros a quitar dívidas com descontos de até 96%. Promovido pela Serasa em parceria com o Ministério da Fazenda e os Correios, o inédito mutirão emergencial de renegociação de dívidas oferece ofertas variadas, seja online para o Brasil todo nas plataformas da Serasa – site e app – ou presencialmente em São Paulo, no Palácio dos Correios (Praça Pedro Lessa, s/n – Centro Histórico).

Em janeiro, o Brasil registrou 72 milhões de inadimplentes (43,91% da população), de acordo com o Mapa de Inadimplência e Renegociação de Dívidas da Serasa. Durante o período, o valor total das dívidas chegou a R$ 382,8 bilhões, com média de R$ 5.311,96 por pessoa endividada.

O levantamento também identificou que o público de 41 a 60 anos é o grupo que mais acumula débitos (35%), seguido pelos consumidores de 26 a 40 anos (34,2%) e pelos que têm mais de 60 anos (18,8%). Já as pessoas de até 25 anos são as que menos têm dívidas (12%).

Rio de Janeiro, Mato Grosso e Distrito Federal são as unidades federativas com maior representatividade de inadimplentes, com 53,46%, 52,60% e 52,41% da população adulta endividada, respectivamente. Piauí, Santa Catarina e Maranhão, por sua vez, registraram as menores médias: 35,59%, 37,01% e 38,93%, respectivamente.

Na tabela abaixo estão o número e a representatividade de inadimplentes em todos os Estados:

 

A capital com o maior valor em débitos é São Paulo, onde os consumidores devem mais de R$ 30 bilhões. Rio de Janeiro (R$ 17,3 bilhões) e Brasília (R$ 9 bilhões) aparecem na sequência.

O estudo da Serasa mostra ainda que o segmento de bancos e cartões é responsável pela maior parte das dívidas no Brasil (29,37%). Em seguida, destacam-se as Utilities – contas básicas de água, luz e gás – (23,09%), instituições financeiras (16,76%) e varejistas (10,95%).

 

 https://istoedinheiro.com.br/feirao-serasa-e-desenrola-quer-limpar-o-nome-de-72-milhoes-de-brasileiros/

Estudo mostra o quanto a dengue pode custar para o PIB de 2024

 


O Brasil vive uma epidemia de casos de dengue, com mais de 1 milhão de casos confirmados em 2024. O número de casos mais que triplicou em comparação com 2023. 

Além de ser um problema de saúde pública, a doença também pode afetar a economia do país em 2024. Estudo da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) aponta que o aumento dos casos de dengue pode impactar em até R$ 12 bilhões a economia nacional. 

Um dos principais dados é de que seis a cada dez infectados são trabalhadores. 

De acordo com o estudo, o Brasil enfrenta o risco de uma queda de até R$ 7 bilhões em seu Produto Interno Bruto (PIB) devido à redução da produtividade causada pelos efeitos dessas doenças. Além disso, os custos relacionados ao tratamento podem atingir a marca de R$ 5,2 bilhões. Esse impacto econômico tem o potencial de resultar na perda de mais de 129 mil postos de trabalho, comprometendo a geração de cerca de R$ 2,1 bilhões em massa salarial. 

Segundo João Gabriel Pio, economista-chefe da FIEMG, os gastos com tratamento seriam suficientes para subsidiar o programa Bolsa Família para mais de 716 mil famílias. “Os custos com a saúde não são o único obstáculo”, explica Pio. Segundo ele, “o absenteísmo, decorrente do afastamento do trabalho, acarreta prejuízos significativos para a atividade econômica”.

Juliana Gagliardi, que integra o time de economistas da federação, diz que “é urgente a necessidade de políticas públicas eficazes no combate às arboviroses, não apenas para proteger as pessoas, mas também para reduzir os impactos econômicos atrelados a essas doenças”.

sexta-feira, 1 de março de 2024

Haddad diz esperar retomada das discussões sobre acordo Mercosul-UE no 2º semestre

 Fernando Haddad | Agência Brasil


O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta sexta-feira, 1º, que espera pela retomada das discussões entre o Mercosul e a União Europeia (UE) no segundo semestre.

“Eu penso que a discussão da União Europeia com o Mercosul vai ser retomada no segundo semestre. Eu penso que a poeira vai baixar um pouco e os negociadores vão voltar para a mesa”, disse o ministro acrescentando que um acordo ente os dois blocos vai ajudar a economia brasileira, especialmente o setor agrícola.


Governo endossa Fiagro para reestruturar dívida de produtor

 


Proposta foi apresentada pela Câmara de Modernização do Crédito e Instrumentos de Gestão de Risco do Agronegócio do Ministério da Agricultura 
 

Alexandre Inacio 

 

O Ministério da Agricultura deu sua bênção para que o mercado financeiro comece a estruturar Fiagros que ajudem no processo de reestruturação das dívidas dos produtores. O sinal verde vem na esteira do crescente número de pedidos de recuperação judicial no agronegócio.

“Quanto mais crédito privado houver, melhor para o governo e para o setor. Quanto mais pudermos contribuir para que os Fiagros possam avançar, melhor para nós”, disse Neri Geller, secretário de política agrícola do Ministério da Agricultura.

A tese da nova modalidade nasceu dentro da Câmara de Modernização do Crédito e Instrumentos de Gestão de Risco do Agronegócio, com o suporte do Instituto Brasileiro de Direito do Agronegócio (IBDA). A ideia é que o novo instrumento evite a judicialização provocada pelos pedidos de RJ.

 

Neri Gelller, secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura

 

Na prática, o novo instrumento carregaria o endividamento do produtor usando a atual estrutura do Fiagro. Batizado de Reorg, o Fiagro de dívida rural reuniria os credores – revendas, fornecedores de insumos, bancos, entre outros – do produtor endividado como cotistas do fundo.

A propriedade, tradicionalmente dada como garantia na tomada de crédito, seria transferida como patrimônio do Fiagro. Os credores se transformariam em cotistas do fundo, na proporção do crédito cedido. 

Já o produtor, passaria a ser um arrendatário, pagando os dividendos com a produção. Ao final do prazo estipulado para o resgate, ele teria o direito de recomprar as cotas e reaver sua fazenda, além de se manter na atividade, adimplentes e com acesso a crédito.

Segundo o advogado Renato Buranello, presidente do IBDA, o foco da nova modalidade não seria a listagem em bolsa. O Fiagro Reorg ficaria restrito a investidores institucionais, que poderiam comprar as cotas dos credores no mercado secundário, liberando espaço no balanço das empresas.

Sem dar detalhes, Buranello disse que já existem iniciativas da nova modalidade sendo estruturadas. Além disso, o advogado lembrou que o Fiagro de dívida já está coberto pela regulamentação vigente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

“A recuperação judicial é a alternativa menos importante e que menos apoiamos. Temos um problema pontual e vamos sobreviver, com muita força”, disse Geller.

 

 https://www.infomoney.com.br/business/governo-endossa-fiagro-para-reestruturar-divida-de-produtor/

 

Porto de Itaqui chega ao limite para grãos

 

Justiça proíbe Meta de usar marca no Brasil após pedido de empresa homônima

 


Meta aumenta foco em IA com arsenal de chips e consolidação de equipes

Meta, empresa de Mark Zuckerberg (Crédito: Divulgação )

 

A Justiça de São Paulo deu 30 dias para a Meta, empresa que administra Facebook, Instagram e WhatsApp, deixe de usar o nome no Brasil. A multa diária em caso de descumprimento é de R$ 100 mil. Cabe recurso. O Estadão entrou em contato com a assessoria de imprensa da Meta e aguarda resposta. O espaço está aberto para manifestação.

A decisão foi tomada pela 1.ª Câmara de Direito Empresarial do Tribunal de Justiça a pedido de uma empresa brasileira, também do segmento de tecnologia, que detém o registro da marca, concedido pelo Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI), desde 2008.

A Meta Serviços em Informação S/A, especializada no desenvolvimento e licenciamento de softwares, alega no processo que vem sofrendo transtornos por ser confundida com a big tech.

A empresa relata, por exemplo, visitas de usuários insatisfeitos à sua sede, em Barueri, na região metropolitana de São Paulo, e a inclusão indevida no polo passivo de ações judiciais.

O desembargador Azuma Nishi, relator do processo, concluiu que a convivência das duas empresas é “inviável”, dada a coincidência da área de atuação, e defendeu que o direito de exclusividade deve ser concedido a quem recebeu primeiro o registro do INPI.

“Não bastasse a titularidade dos registros da marca “Meta” pela autora, cujas concessões remontam há quase duas décadas, verifica-se que a aludida propriedade industrial tem sido incessantemente por ela empregada visando à identificação de seus produtos e serviços desde o ano de 1996, tendo sido investidas vultosas quantias objetivando seu amplo reconhecimento tanto no cenário nacional quanto internacional”, diz um trecho do voto.

A decisão foi unânime.