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sexta-feira, 1 de março de 2024
Porto de Itaqui chega ao limite para grãos
Consórcio que opera terminal de grãos em Itaqui
atingiu capacidade máxima e pede agora direito para ampliar estrutura no
porto
O consórcio formado por TCN, Viterra, CLI e ALZ
Grãos, que administra o terminal de grãos do porto de Itaqui (Tegram),
no Maranhão, protocolou nesta semana um pedido solicitando a renovação
antecipada do contrato de sua concessão portuária, que vencerá apenas em 2037.
O motivo é a forte demanda e a necessidade de expandir a estrutura do terminal. Com duas fases do projeto original implementadas, o Tegram movimentou um volume 50% superior ao esperado.
Somadas, esperava-se que as fases 1 e 2 chegassem a um movimento de 10
milhões de toneladas. No entanto, 15 milhões de toneladas já passaram
pelo porto.
“Em
oito anos conseguimos exaurir a capacidade do projeto. Até 2037,
teremos novas áreas em produção, tecnologias mais desenvolvidas e
adaptadas, e precisamos crescer para atender à demanda”, disse Marcos
Pepe Bertoni, presidente do Tegram, ao IM Business.
O
pedido de renovação antecipada coincide com o início do investimento da
terceira fase do terminal, que prevê aportes de R$ 1,6 bilhão por parte
dos sócios. Originalmente, a terceira fase contemplava apenas a construção do terceiro berço do Tegram.
Dado
que a capacidade já foi alcançada, o novo plano proposto prevê a
ampliação da armazenagem e da área de recepção de caminhões. Assim, o terminal poderia movimentar 23 milhões de toneladas de grãos por ano.
Por
esse motivo, além da renovação antecipada, o consórcio está solicitando
também um adensamento. Na prática, é a autorização para construir novas
estruturas em uma área ao lado dos armazéns já existentes.
O grande foco do Tegram tem sido a exportação de soja. Das
15,6 milhões de toneladas movimentadas em 2023, pouco mais de 65% foram
referentes ao grão, o que representou um crescimento de 6,5% em
comparação a 2022.
A expectativa é que a soja permaneça
como o carro-chefe do terminal, mas o crescimento da demanda
internacional pelo milho brasileiro anima o consórcio. Só no ano passado, os embarques de milho do Tegram cresceram quase 40% e chegaram a 5,3 milhões de toneladas.
As
quatro empresas do consórcio que administra o Tegram têm operações
distintas. A TCN é uma sociedade formhttps://www.infomoney.com.br/business/porto-de-itaqui-chega-ao-limite-para-graos/ada entre a Toyota (75%) e CHS
(25%), uma cooperativa americana que representa aproximadamente 500 mil
produtores.
A ALZ Grãos tem como sócios LDC, Amaggi e a japonesa
Zen-Noh Grãos. Já a Viterra, foi comprada recentemente pela Bunge, que
tende a assumir a operação assim que o negócio foi aprovado pelos órgãos
reguladores.
No caso da CLI, a empresa tem como sócios os fundos
Macquarie e o private equity IG4 Capital. A empresa é um operador
logístico e presta serviços em Itaqui para ADM, Cargill e Cofco.
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