A Petrobras informou nesta quinta-feira, 28, ter autorizado processos de contratação de embarcações de apoio para a logística de exploração e produção para atender a demanda de curto prazo, em 2025 e 2026. Até 2028, o plano também é contratar cerca de 200 barcos de apoio, disse a empresa em nota.
Os processos de contratação, informou a Petrobras, serão divulgados “nos próximos dias”. Na primeira licitação, voltada à construção de novos barcos, está prevista a contratação de 12 embarcações de apoio do tipo PSV (Platform Supply Vessel, em inglês), que são barcos de suprimento às plataformas.
A Petrobras também aprovou o início da contratação de novos barcos de apoio para demandas de longo prazo. Segundo a estatal, o movimento marca o início de uma série de contratações que servirão ao cumprimento de seu Plano Estratégico para os próximos cinco anos.
Projeção
A Petrobras formalizou na nota a projeção de contratar cerca de 200 embarcações de apoio no período até 2028, tanto para a substituição de contratos vigentes, quanto para o incremento da frota. Desse total, estima-se que serão construídos até 38 novos barcos para atender demandas novas ou substituir parte da frota existente com equipamentos mais “modernos e sustentáveis”.
Também está prevista a contratação de navios de cabotagem, FPSOs, embarcações para execução de atividades submarinas e de poços, além da atividade de descomissionamento de plataformas.
Detalhamento
Como já é conhecido, até 2028, a estatal espera ter 14 novos navios-plataformas. Atualmente, considerando o “cenário 2028+”, a Petrobras conduz seis processos de contratação de navios-plataforma do tipo FPSO: quatro relacionados a afretamentos e dois para unidades próprias, com demandas para construção de módulos no Brasil.
Em 2024, a Petrobras vai contar com uma frota de 25 navios-sonda, usados em atividades de pesquisa de petróleo. Até 2028, a companhia prevê que essa frota chegue a 30 sondas.
Sobre barcos relacionados a atividades submarinas, informou em nota a Petrobras, as contratações para o período 2024-2027 estão “em fase avançada de negociação” e já existe avaliação de oportunidades para o longo prazo.
Na
cabotagem, o transporte de carga feito por navios nos limites da costa
brasileira, existem estudos para aquisição de novas unidades para além
dos tradicionais processos competitivos de afretamento, com a finalidade
de recompor a frota. Hoje, os navios de cabotagem da Petrobras somam 26
unidades. São estudados mais 16 delas, entre diversos tipos, com
potencial para serem construídos até 2028.
Com relação a
descomissionamento, atividade que também gera demanda para a indústria
nacional, a estatal reiterou que, até 2028, prevê descomissionar 23
plataformas, sendo 9 fixas e 14 flutuantes.
No documento, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, diz que a empresa está em contato permanente com o mercado fornecedor e tem estudado “as melhores estratégias de contratação” para suprir sua demanda, sempre mantendo a competitividade dos processos.
“Estamos também comprometidos com o desenvolvimento do nosso mercado fornecedor local, promovendo iniciativas que possam criar oportunidades para a indústria nacional”, disse Prates na nota.
A diretoria da Petrobras já havia apresentado esse plano de contratação de embarcações ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a membros do governo semanas atrás. Nos bastidores, fala-se em resposta da companhia às pressões do governo por projetos capazes de gerar renda e emprego no País.
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