São
Paulo, 4 – A produção brasileira de carne bovina deverá alcançar 11,37
milhões de toneladas em equivalente carcaça (TEC) em 2024, de acordo com
a representação do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos
(USDA) em Brasília (DF). O volume representa aumento de 4% ante o ano
passado, de 10,95 milhões de toneladas. A projeção considera o aumento
do abate de gado, melhores condições econômicas dos consumidores, além
da competição menor no exterior e uma demanda externa sólida,
especialmente da China, diz a agência.
O
consumo doméstico de carne bovina deve ser de 8,5 milhões de toneladas
em 2024, aumento de 4% ante 2023, estima o USDA em Brasília. A previsão é
baseada no aumento da disponibilidade de carne bovina no mercado
doméstico, em virtude do aumento das taxas de abate e de uma melhoria –
embora lenta – no cenário econômico, com preços relativamente mais
baixos na primeira metade do ano.
Principal
exportador global, o Brasil deve embarcar em 2024 um volume recorde de
2,955 milhões de toneladas de carne bovina, alta de 2%, representando
26% de toda a produção, segundo o USDA. A estimativa considera o aumento
da produção de carne bovina, a forte demanda externa – especialmente da
China e dos Estados Unidos – e os desafios enfrentados pelos
concorrentes estrangeiros.
“A previsão é que as exportações para a
China atinjam o pico na segunda metade de 2024 por causa dos
preparativos para o Ano Novo Chinês, que em 2025 será celebrado em 29 de
janeiro”, avalia a agência. Além disso, espera-se que a abertura de
novos mercados traga “mais diversificação ao mercado de exportação”, a
fim de diminuir a dependência do mercado chinês.
Suínos
O
Brasil deverá produzir 4,68 milhões de toneladas (TEC) de carne suína
em 2024, de acordo com estimativa da representação do USDA, em Brasília
(DF). O volume representa aumento de 4%, na comparação anual, como
resultado do aumento do abate, redução do custo de alimentação e
investimentos realizados para aumentar a produção, segundo a agência.
Contudo, o volume fica abaixo da projeção anterior de 4,88 milhões de
toneladas, por causa da preocupação com os preços e a disponibilidade de
ração, além das condições econômicas lentas, acrescenta.
O USDA
prevê um aumento de 4% no consumo doméstico de carne suína em 2024, para
3,18 milhões de toneladas em equivalente carcaça. Isso deve ocorrer em
virtude da maior disponibilidade de carne suína no mercado interno e
preços mais baixos para os consumidores, “o que tornou a carne suína
mais competitiva em 2023 em comparação com outras fontes de proteína”,
segundo a agência.
Quanto às exportações, a expectativa é de
aumento de 6% em 2024 em relação ao ano anterior, para 1,5 milhão de
toneladas, segundo o USDA, representando 32% de toda a produção. A
previsão se baseia no aumento da disponibilidade de carne suína, boa
demanda externa, aumento nas compras de novos mercados, ampliação das
exportações para consumidores existentes e no status sanitário do Brasil
em comparação com seus concorrentes que enfrentam a Peste Suína
Africana, especialmente na Europa, de acordo com o relatório.
Conforme
dados oficiais do USDA, a China importará 2,25 milhões de toneladas de
carne suína em 2024. No ano passado, o Brasil ultrapassou a Espanha e se
tornou o maior exportador do produto para o país asiático.