segunda-feira, 4 de março de 2024

Financiamentos climáticos devem aumentar até 2030

 


A projeção foi feita pelo Banco Mundial em reunião ministerial do G20 
 
 
Ajay Banga participou de evento paralelo à reunião ministerial do G20

 

 

O presidente do Banco Mundial, Ajay Banga, afirmou nesta quarta-feira (28), em São Paulo, que até 2030, 45% dos financiamentos da instituição serão direcionados para iniciativas climáticas. A afirmação foi feita na abertura do evento Inovação Financeira para o Clima e Desenvolvimento, promovido pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que está sendo realizado no Auditório Ibirapuera, em São Paulo, paralelo à reunião ministerial do G20. Segundo ele, esses financiamentos serão divididos entre ações de mitigação e de adaptação. "Ambos representam despesas com desenvolvimento. Mas geralmente as pessoas não entendem a importância de sermos igualmente conscientes sobre mitigação e adaptação. Então, o Banco Mundial vê as duas coisas como importantes", disse ele.

Também na abertura deste evento, a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, considerou que o mundo tem avançado em ritmo lento nas ações de enfrentamento à crise climática."Temos de admitir que fomos lentos em relação às mudanças climáticas e ainda estamos desperdiçando dinheiro com atividades que criam esses problemas", disse ela. "Esta deve ser uma prioridade porque os eventos climáticos vão impactar o desempenho das economias e os negócios e afetar o bem estar das pessoas", acrescentou.

Com Agência Brasil

Planejamento diz que Orçamento de 2024 tem R$ 14,1 bi voltados a políticas para mulheres

 Governo tem políticas públicas para as mulheres como um de ...


A Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2024 conta com R$ 14,1 bilhões de recursos que deverão ser empregados em políticas públicas para mulheres. O número consolidado foi destacado nesta segunda-feira, 4, em evento promovido pelo Ministério do Planejamento para divulgar o relatório da agenda transversal de Mulheres no Plano Plurianual (PPA) de 2024-2027. Segundo a pasta, esta agenda está presente em 45 dos 88 programas do PPA, distribuídos por 21 ministérios, com 85 objetivos específicos, 191 entregas e 75 medidas institucionais e normativas.

“São R$ 14,1 bilhões previstos como dotação inicial na LOA deste ano, dos quais R$ 423 milhões são gastos exclusivos e R$ 13,7 bilhões são não exclusivos”, informou a pasta.

O evento para lançamento do relatório contou com a presença de várias mulheres que ocupam cargos na Esplanada, como as ministras do Planejamento, Simone Tebet, da Gestão, Esther Dweck, da Igualdade Racial, Anielle Franco, a presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, além da ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, a única mulher na composição atual da Suprema Corte, e da primeira-dama Janja Lula da Silva.

Em sua fala, Tebet destacou a participação das mulheres na elaboração do PPA participativo. Segundo ela, 61% dos que colaboraram com sugestões ao governo eram mulheres. “Para minha surpresa e acredito que nem o presidente Lula esperava, quem fez esse PPA foram basicamente as mulheres. 61% do planejamento do Brasil para os próximos quatro anos saiu do anseio das mulheres”, disse.

O relatório publicado nesta segunda pelo MPO foi elaborado com o apoio da ONU Mulheres e do Ministério das Mulheres. O documento destaca três indicadores de objetivos estratégicos diretamente relacionados às mulheres para o fim de 2027: reduzir em 16% o número de mortes violentas de mulheres nas residências, em 10% a disparidade da renda média do trabalho entre homens e mulheres e em 55% a mortalidade materna.

“Esses indicadores estratégicos desdobram-se em metas de objetivos específicos e entregas. Por exemplo, a de construir, em todo o Brasil, 117 unidades de atendimento às mulheres vítimas da violência. Ou atingir a marca de 42.192 agricultoras familiares atendidas por Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER), 60% do total de 70.320 atendidos previstos para o fim de 2027”, afirma o Planejamento, que também tem a meta de aumentar para 45,2% a taxa de formalização das mulheres no mercado de trabalho, ao final da vigência do PPA.

Entre outros alvos estão também o de levar creche ou escola para 50,8% da população brasileira de 0 a 3 anos; de elevar a 45% o porcentual de mulheres nos espaços de poder e decisão; e de construir 90 centros de parto normal e 60 maternidades em todo o País nos quatro anos de vigência do PPA.

Produção brasileira de carne bovina deve atingir recorde de exportação, diz USDA

 Exportação de carne bovina bate recorde em julho, diz ...


São Paulo, 4 – A produção brasileira de carne bovina deverá alcançar 11,37 milhões de toneladas em equivalente carcaça (TEC) em 2024, de acordo com a representação do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) em Brasília (DF). O volume representa aumento de 4% ante o ano passado, de 10,95 milhões de toneladas. A projeção considera o aumento do abate de gado, melhores condições econômicas dos consumidores, além da competição menor no exterior e uma demanda externa sólida, especialmente da China, diz a agência.

O consumo doméstico de carne bovina deve ser de 8,5 milhões de toneladas em 2024, aumento de 4% ante 2023, estima o USDA em Brasília. A previsão é baseada no aumento da disponibilidade de carne bovina no mercado doméstico, em virtude do aumento das taxas de abate e de uma melhoria – embora lenta – no cenário econômico, com preços relativamente mais baixos na primeira metade do ano.

Principal exportador global, o Brasil deve embarcar em 2024 um volume recorde de 2,955 milhões de toneladas de carne bovina, alta de 2%, representando 26% de toda a produção, segundo o USDA. A estimativa considera o aumento da produção de carne bovina, a forte demanda externa – especialmente da China e dos Estados Unidos – e os desafios enfrentados pelos concorrentes estrangeiros.

“A previsão é que as exportações para a China atinjam o pico na segunda metade de 2024 por causa dos preparativos para o Ano Novo Chinês, que em 2025 será celebrado em 29 de janeiro”, avalia a agência. Além disso, espera-se que a abertura de novos mercados traga “mais diversificação ao mercado de exportação”, a fim de diminuir a dependência do mercado chinês.

Suínos

O Brasil deverá produzir 4,68 milhões de toneladas (TEC) de carne suína em 2024, de acordo com estimativa da representação do USDA, em Brasília (DF). O volume representa aumento de 4%, na comparação anual, como resultado do aumento do abate, redução do custo de alimentação e investimentos realizados para aumentar a produção, segundo a agência. Contudo, o volume fica abaixo da projeção anterior de 4,88 milhões de toneladas, por causa da preocupação com os preços e a disponibilidade de ração, além das condições econômicas lentas, acrescenta.

O USDA prevê um aumento de 4% no consumo doméstico de carne suína em 2024, para 3,18 milhões de toneladas em equivalente carcaça. Isso deve ocorrer em virtude da maior disponibilidade de carne suína no mercado interno e preços mais baixos para os consumidores, “o que tornou a carne suína mais competitiva em 2023 em comparação com outras fontes de proteína”, segundo a agência.

Quanto às exportações, a expectativa é de aumento de 6% em 2024 em relação ao ano anterior, para 1,5 milhão de toneladas, segundo o USDA, representando 32% de toda a produção. A previsão se baseia no aumento da disponibilidade de carne suína, boa demanda externa, aumento nas compras de novos mercados, ampliação das exportações para consumidores existentes e no status sanitário do Brasil em comparação com seus concorrentes que enfrentam a Peste Suína Africana, especialmente na Europa, de acordo com o relatório.

Conforme dados oficiais do USDA, a China importará 2,25 milhões de toneladas de carne suína em 2024. No ano passado, o Brasil ultrapassou a Espanha e se tornou o maior exportador do produto para o país asiático.

Campos Neto: parcelamento de dívida de cartão foi um dos temas mais difíceis enfrentados no BC

 Roberto Campos Neto – Wikipédia, a enciclopédia livre


O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta segunda-feira que o tema do parcelamento sem juros dos cartões de crédito é um dos temas mais difíceis que ele já enfrentou no BC. Ele fez esta afirmação mais cedo ao ser perguntado durante evento na Associação Comercial de São Paulo (ACSP) sobre os resultados das reuniões que a autarquia fez para tratar do fim do parcelamento sem juro dos cartões de crédito.

Para a entidade, é fundamental para o comércio que seja mantido o instrumento do parcelamento sem juros para que o varejo continue vendendo.

“Costumo dizer que esse foi um dos temas mais difíceis que enfrentei no Banco Central porque ele é de difícil solução, compreensão, de difícil análise e gente precisa pensar qual vai ser a solução curto prazo, de médio prazo e estrutural de longo prazo”, disse o banqueiro central.

Ele lembrou que problema começou com a identificação o juro e a inadimplência no rotativo dos cartões de crédito estavam muito altos. E, alguns casos, continuou Campos Neto, havia uma inadimplência acima de 60%.

“Não existe produto financeiro que funcione com uma inadimplência de 60%”. A primeira análise que a gente mostrou que o número de parcelas não tinha subido tanto para justificar a inadimplência, mas que o bolo do parcelamento sem juro enquanto instrumento de crédito havia subido muito em relação ao sistema de crédito como um todo.

“A segunda coisa que a gente viu foi que o número de cartões havia crescido muito. Um terceiro fenômeno percebido foi o de que havia tido um aumento muito grande do limite dos cartões e para gente que estava endividado”, disse o presidente do BC acrescentando que a conclusão foi a de que precisa ter uma coisa mais equilibrada pela frente.

Isso, de acordo com Campos Neto, melhorou um pouco com a decisão do Congresso de que a dívida do cartão de crédito não pode ser mais que o dobro da divida principal.

“Isso faz com que para as dívidas de longo prazo melhores um pouco, mas é importante mencionar que no cartão de crédito não tem endividamento de longo prazo. As pessoas geralmente ficam muito tempo. Então, como a limitação era juros sobre o principal no prazo de um ano, isso não afetava tanto o juro de curto prazo. Quando a gente pega o juro efetivo caiu, mas não muito”, explicou Campos Neto.

Então, segundo ele, é preciso ainda costurar este assunto e ver como deixar em uma forma equilibrada. “Mas a gente não tem uma solução hoje, pelo menos temos uma identificação dos problemas.”

Presidente do AIIB fala que banco da Ásia está pronto para fornecer grandes recursos no Brasil

 Brasília 04/03/2024, O presidente Lula recebe o Presidente do Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura (Asian Infrastructure Investment Bank – AIIB), Jin Liqun. Foto: Ricardo Stuckert/PR


O presidente do Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura (AIIB), Jin Liqun, disse depois de reunião com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que o órgão está pronto para fornecer “grandes quantias” para projetos no Brasil. Mencionou estradas, ferrovias, portos e aeroportos, principalmente os que liguem o Brasil ao Oceano Pacífico – uma forma encurtar a viagem de produtos brasileiros rumo à China.

“Temos só três projetos, um montante de US$ 350 milhões, que é muito pouco. Prometemos fazer mais para melhorar a conectividade com a Ásia, o poderá ser um grande ganho para o Brasil nos próximos anos”, disse o presidente do AIIB. “Prometemos que podemos fazer projetos amplamente definidos como infraestrutura, como estradas, ferrovias, aeroportos, portos, renováveis, transmissão. Qualquer coisa que seja importante para esse país seria nosso trabalho”, afirmou.

Ele também citou, em abstrato, projetos para mitigar efeitos de mudanças climáticas.

“Estamos prontos para prover grandes montantes de recursos para o País”, disse Jin Liqun.

Ele afirmou que não discutiu obras específicas com Lula, mas que se houver bons projetos o banco poderá financiar.

O executivo falou a jornalistas no Palácio do Planalto. Além de Lula, também participaram da reunião o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB, na sigla em inglês), Dilma Rousseff.

Feirão Serasa e Desenrola quer limpar o nome de 72 milhões de brasileiros

 


Lançado nesta segunda-feira, 4, e com duração até 28 de março, o 1º MegaFeirão Serasa e Desenrola promete ajudar brasileiros a quitar dívidas com descontos de até 96%. Promovido pela Serasa em parceria com o Ministério da Fazenda e os Correios, o inédito mutirão emergencial de renegociação de dívidas oferece ofertas variadas, seja online para o Brasil todo nas plataformas da Serasa – site e app – ou presencialmente em São Paulo, no Palácio dos Correios (Praça Pedro Lessa, s/n – Centro Histórico).

Em janeiro, o Brasil registrou 72 milhões de inadimplentes (43,91% da população), de acordo com o Mapa de Inadimplência e Renegociação de Dívidas da Serasa. Durante o período, o valor total das dívidas chegou a R$ 382,8 bilhões, com média de R$ 5.311,96 por pessoa endividada.

O levantamento também identificou que o público de 41 a 60 anos é o grupo que mais acumula débitos (35%), seguido pelos consumidores de 26 a 40 anos (34,2%) e pelos que têm mais de 60 anos (18,8%). Já as pessoas de até 25 anos são as que menos têm dívidas (12%).

Rio de Janeiro, Mato Grosso e Distrito Federal são as unidades federativas com maior representatividade de inadimplentes, com 53,46%, 52,60% e 52,41% da população adulta endividada, respectivamente. Piauí, Santa Catarina e Maranhão, por sua vez, registraram as menores médias: 35,59%, 37,01% e 38,93%, respectivamente.

Na tabela abaixo estão o número e a representatividade de inadimplentes em todos os Estados:

 

A capital com o maior valor em débitos é São Paulo, onde os consumidores devem mais de R$ 30 bilhões. Rio de Janeiro (R$ 17,3 bilhões) e Brasília (R$ 9 bilhões) aparecem na sequência.

O estudo da Serasa mostra ainda que o segmento de bancos e cartões é responsável pela maior parte das dívidas no Brasil (29,37%). Em seguida, destacam-se as Utilities – contas básicas de água, luz e gás – (23,09%), instituições financeiras (16,76%) e varejistas (10,95%).

 

 https://istoedinheiro.com.br/feirao-serasa-e-desenrola-quer-limpar-o-nome-de-72-milhoes-de-brasileiros/

Estudo mostra o quanto a dengue pode custar para o PIB de 2024

 


O Brasil vive uma epidemia de casos de dengue, com mais de 1 milhão de casos confirmados em 2024. O número de casos mais que triplicou em comparação com 2023. 

Além de ser um problema de saúde pública, a doença também pode afetar a economia do país em 2024. Estudo da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) aponta que o aumento dos casos de dengue pode impactar em até R$ 12 bilhões a economia nacional. 

Um dos principais dados é de que seis a cada dez infectados são trabalhadores. 

De acordo com o estudo, o Brasil enfrenta o risco de uma queda de até R$ 7 bilhões em seu Produto Interno Bruto (PIB) devido à redução da produtividade causada pelos efeitos dessas doenças. Além disso, os custos relacionados ao tratamento podem atingir a marca de R$ 5,2 bilhões. Esse impacto econômico tem o potencial de resultar na perda de mais de 129 mil postos de trabalho, comprometendo a geração de cerca de R$ 2,1 bilhões em massa salarial. 

Segundo João Gabriel Pio, economista-chefe da FIEMG, os gastos com tratamento seriam suficientes para subsidiar o programa Bolsa Família para mais de 716 mil famílias. “Os custos com a saúde não são o único obstáculo”, explica Pio. Segundo ele, “o absenteísmo, decorrente do afastamento do trabalho, acarreta prejuízos significativos para a atividade econômica”.

Juliana Gagliardi, que integra o time de economistas da federação, diz que “é urgente a necessidade de políticas públicas eficazes no combate às arboviroses, não apenas para proteger as pessoas, mas também para reduzir os impactos econômicos atrelados a essas doenças”.