quinta-feira, 7 de março de 2024

CNI pede volta do BNDES em financiamentos de obras no exterior

 


Edifício sede do BNDES - Crédito: Fernando Frazão/Agência Brasil

 

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) saiu nesta quinta-feira, 7, em apoio à volta dos financiamentos de obras e serviços no exterior pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A proposta, prevista em projeto de lei encaminhado pelo Executivo ao Congresso Nacional, é polêmica pelos casos de inadimplência e de corrupção apontados pela operação Lava Jato em financiamentos do tipo.

Em seu posicionamento, a CNI considera que a aprovação do projeto seria um passo importante para a exportação de serviços brasileiros, em linha com o que já é feito pelos grandes exportadores mundiais.

Segundo a CNI, as exportações, tanto de bens quanto de serviços, são catalisadores de inovação, criação de emprego, diversificação econômica e aumento de renda.

“Esses fatores reforçam a importância das políticas públicas voltadas para o financiamento e garantias de crédito para as exportações”, sustenta a entidade.

A CNI observa que o apoio à exportação de serviços está paralisado desde 2015, especialmente para serviços de engenharia.

Citando dados que apontam para US$ 7,1 trilhões em serviços exportados no mundo, a CNI reforça que, com o apoio do BNDES, as empresas brasileiras teriam melhor condição de competir num mercado internacional em expansão.

Entre seus argumentos, diz que as exportações de serviços de engenharia favorecem também o comércio de bens com o exterior, uma vez que, mesmo após o fim dos projetos, a indústria brasileira segue fornecendo produtos de modo constante nos lugares onde as obras foram realizadas.

Conheça a proposta do vale-carne para beneficiários do Bolsa Família

 


Estudo consumo carne

Governo Lula estuda proposta de vale-carne para beneficiários do Bolsa Família (Crédito: Amanda Perobelli/Reuters)

 

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estuda uma proposta de “vale-carne” no valor de R$ 35 para as famílias beneficiadas do programa Bolsa Família, assim elas poderão comprar até dois quilos de carne bovina por mês.

Segundo o jornal “Estadão”, a ideia foi apresentada por um grupo de pecuaristas de Mato Grosso do Sul ao ministro Paulo Teixeira, do Desenvolvimento Agrário, durante uma reunião no dia 17 agosto de 2023, na sede do ministério, em Brasília (DF). O nome provisório seria “Programa Carne no Prato”.

O ministro Paulo informou que repassou a proposta à Casa Civil e ao Ministério do Desenvolvimento Social. Os pecuaristas, entre eles Guilherme Bumlai, presidente da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), acreditam que a proposta pode beneficiar até 19,5 milhões de pessoas, criando a demanda por mais 2,3 milhões de cabeças de gado ao ano.

Por meio de nota enviada à ISTOÉ, a Acrissul informou que a ideia do programa é a distribuição de um cartão exclusivo para que as famílias em situação de vulnerabilidade possam comprar carnes em redes conveniadas. “A nova demanda com o programa seria de 475 mil toneladas de carne bovina por ano. No ano passado, o Mato Grosso do Sul exportou 174 mil toneladas. Ou seja, a nova demanda representa duas vezes e meia a quantidade exportada pelo MS em um ano”, acrescentou.

Questionado pelo portal, o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar ressaltou que recebeu a proposta do “Programa Carne no Prato”, que está em análise pela área técnica da pasta e será encaminhada para primeira avaliação pelos demais órgãos competentes.

Em janeiro deste ano, o Bolsa Família atingiu a marca de 21,12 milhões de lares atendidos, de acordo com informações do Ministério do Desenvolvimento Social. Se cada uma dessas famílias recebesse R$ 35 adicionais para comprar carne, isso custaria cerca de R$ 8,8 bilhões por ano aos cofres públicos.

 


 O decreto veda a inclusão de ultraprocessados na lista

 

Cesta básica - Crédito: Geraldo Bubniak/AEN

 

Após publicar na quarta-feira, 6, um decreto no Diário Oficial no qual estabelece a “nova cesta básica” no Brasil, agora o governo federal inseriu a lista completa de alimentos que a compõe.

A medida determina que a cesta básica será composta por mais alimentos in natura ou minimamente processados, além de ingredientes culinários.

Veja os grupos abaixo da cesta básica: 

Feijões (leguminosas): feijão de todas as cores (preto, branco, roxo, mulatinho, verde, carioca, fradinho, rajado, manteiga, jalo, de-corda, andú, dentre outros), ervilha, lentilha, grão-de-bico, fava, guandu, orelha-de-padre.

Cereais: arroz branco, integral ou parboilizado, a granel ou embalado; milho em grão ou na espiga, grãos de trigo, aveia; farinhas de milho, de trigo e de outros cereais; macarrão ou massas frescas ou secas feitas com essas farinhas/sêmola, água e/ou ovos e/ou outros alimentos in natura ou minimamente processado; pães feitos de farinha de trigo e/ou outras farinhas feitas de alimentos in natura e minimamente processadas, leveduras, água, sal e/ou outros alimentos in natura e minimamente processados.

Raízes e tubérculos: ariá, batata-inglesa, batata-doce, batata-baroa/mandioquinha, batata-crem, cará, cará-amazônico, cará-de-espinho, inhame, mandioca/macaxeira/aipim, e outras raízes e tubérculos in natura ou embalados, fracionados, refrigerados ou congelados; farinhas minimamente processadas de mandioca, dentre outras farinhas e preparações derivadas da mandioca (tais como farinha de carimã, farinha de uarini; maniçoba e tucupi, farinha/gomo de tapioca, dentre outros).

Legumes e verduras in natura ou embalado, fracionados, refrigerados ou congelados: abóbora/jerimum, abobrinha, acelga, agrião, alface, almeirão, alho, alho-poró, azedinha, berinjela, beterraba, beldroega, bertalha, brócolis, broto-de-bambu, capicoba, capuchinha, carrapicho-agulha, caruru, catalonha, cebola, cebolinha, cenoura, cheiro-verde, chicória, chicória-paraense/chicória-do-pará, chuchu, couve, couve-flor, croá, crem, dente-de-leão, escarola, espinafre, gueroba, gila, guariroba, jambu, jiló, jurubeba, major-gomes, maxixe, mini-pepininho, mostarda, muricato, ora-pro-nóbis, palma, pepino, peperômia, pimentão, puxuri, quiabo, radite, repolho; rúcula, salsa, serralha, taioba, tomate, urtiga, vinagreira, vagem, cenoura, pepino, palmito, cebola, couve-flor, dentre outros legumes e verduras, preservados em salmoura ou em solução de sal e vinagre; extrato ou concentrados de tomate e/ou outros alimentos in natura e minimamente processado (com sal e ou açúcar).

Frutas in natura, frescas, secas embaladas, fracionadas, refrigeradas, congeladas e polpas: abacate, abacaxi, abiu, abricó, açaí, açaí-solteiro, acerola, ameixa, amora, araçá, araçá-boi, araçá-pera, araticum, aroeira-pimenteira, arumbeva, atemoia, babaçu, bacaba, bacupari, bacuri, banana, baru, biribá, brejaúva, buriti, butiá, cacau, cagaita, cajarana, cajá, caju, caju do cerrado, cajuí, cambuci, cambuí, camu-camu, caqui, carambola, cereja-do-rio-grande, ciriguela, coco, coco-cabeçudo, coco-indaiá, coquinho-azedo, coroa-de-frade, croá, cubiu, cupuaçu, cupuí, cutite, curriola, figo, fisalis, fruta-pão, goiaba, goiaba-serrana, graviola, guabiroba, grumixama, guapeva, guaraná, inajá, ingá, jaca, jabuticaba, jambo, jambolão, jaracatiá, jatobá, jenipapo, juá, juçara, jurubeba, kiwi, laranja, limão, lobeira, maçã, macaúba, mama-cadela, mamão, mandacaru, manga, mangaba, mapati, maracujá, marmelada-de-cachorro, melancia, melão, mexerica/tangerina/ bergamota, morango, murici, nectarina, pajurá, patauá, pequi, pera, pera-do-cerrado, pêssego, piquiá, pinha/fruta do conde, pinhão, pitanga, pitomba, pupunha, romã, sapucaia, sapoti, sapota, seriguela, sete-capotes, sorva, tamarindo, taperebá, tucumã, umari, umbu, umbu-cajá, uva, uvaia, uxi, xixá, dentre outros.

Castanhas e nozes (oleaginosas): amendoim, castanha-de-caju, castanha de baru, castanha-do-brasil (castanha-do-pará), castanha-de-cutia, castanha-de-galinha, chichá, licuri, macaúba, e outras oleaginosas sem sal ou açúcar.

Carnes e ovos: carnes bovina, suína, ovina, caprina e de aves, pescados e outras carnes in natura ou minimamente processados de hábito local, frescos, resfriados ou congelados; e ovos de aves; sardinha e atum enlatados.

Leites e queijos: leite fluido pasteurizado ou industrializado, na forma de ultrapasteurizado, leite em pó, integral, semidesnatado ou desnatado; iogurte natural sem adição de açúcar, edulcorante e/ou aditivos que modificam as características sensoriais do produto; queijos feitos de leite e sal (e microorganismos usados para fermentar o leite).

Açúcares, sal, óleos e gorduras: óleos de soja, de girassol, de milho, de dendê, dentre óleos vegetais; azeite de oliva; manteiga; banha de porco; açúcar de mesa branco, demerara ou mascavo, mel; e sal de cozinha.

Café, chá, mate e especiarias: café, chá, erva mate, pimenta, pimenta-do-reino, canela, cominho, cravo-da-índia, coentro, noz-moscada, gengibre, açafrão, cúrcuma, dentre outros.

Ultraprocessados

O decreto veda a inclusão de alimentos ultraprocessados que, conforme apontam evidências científicas, aumentam a prevalência de doenças cardiovasculares, diabetes, obesidade, hipertensão e diversos tipos de câncer, diz o governo.

Elaboração

A elaboração da proposta foi conduzida pelo Ministério de Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, que fará uma parceria com órgãos e entidades federais, que atuam na área de segurança alimentar e nutricional, para publicar guias de orientação sobre a composição da cesta básica em relação à quantidade e à combinação de alimentos.

Segundo a pasta, os critérios adotados para compor a nova cesta básica levaram em consideração os seguintes aspectos: “benefícios à saúde, sustentabilidade, respeito à sazonalidade, à cultura e às tradições locais, a produção de alimentos orgânicos e agroecológicos da agricultura familiar e da sociobiodiversidade, e a garantia da variedade de alimentos in natura e minimamente processados”.

O ministério também ressaltou que, segundo dados da Penssan (Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional), ao final de 2022, mais de 33 milhões de brasileiros passavam fome e mais de 125 milhões não tinham acesso regular e permanente à alimentação adequada.

quarta-feira, 6 de março de 2024

Balança comercial tem superávit recorde de US$ 5,45 bi em fevereiro

 


USDA em Brasília reduz estimativa de produção de soja do Brasil em 2,16%

Exportações da agropecuária cresceram 11,5% em fevereiro (Crédito: CNA/Wenderson Araujo/Trilux)

 

A balança comercial brasileira registrou superávit comercial de US$ 5,447 bilhões em fevereiro. O valor  é 17,6% superior ao recorde anterior (R$ 4,6 bi), de fevereiro de 2022, e 111,8% acima do saldo de fevereiro de 2023.

De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) divulgados nesta quarta-feira, 6, o valor foi alcançado com exportações de US$ 23,538 bilhões e importações de US$ 18,091 bilhões.

Na última semana de fevereiro (26 a 29), o superávit foi de US$ 881,9 milhões, com vendas de US$ 4,278 bilhões e compras de US$ 3,396 bilhões.

O resultado de fevereiro veio um pouco abaixo da mediana das estimativas do mercado financeiro apontada na pesquisa do Projeções Broadcast, de US$ 5,650 bilhões, mas dentro do intervalo, que ia de superávit de US$ 4,3 bilhões a US$ 6,1 bilhões.

Destaques do comércio exterior

No mês, as exportações registraram aumento de 16,3% na comparação com igual período em 2023, devido ao crescimento de US$ 500 milhões (11,5%) em Agropecuária, alta de US$ 2,25 bilhões (63,9%) em Indústria Extrativa e avanço de US$ 600 milhões (5,0%) em produtos da Indústria de Transformação.

A expansão das exportações foi puxada, principalmente, pelo crescimento nas vendas dos seguintes produtos: Café não torrado (71,5%), Soja ( 4,5%) e Algodão em bruto (498,1%) na Agropecuária; Minério de ferro e seus concentrados (41,4%), Minérios de metais preciosos e seus concentrados (390.715.030%) e Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (119,7%) na Indústria Extrativa ; Carne bovina fresca, refrigerada ou congelada (32,2%), Açúcares e melaços (201,2%) e Farelos de soja e outros alimentos para animais (excluídos cereais não moídos), farinhas de carnes e outros animais ( 9,8%) na Indústria de Transformação.

As importações também tiveram aumento, de 2,4%, em fevereiro de 2023 ante igual mês do ano passado, com crescimento de US$ 20 milhões (5,8%) em Agropecuária, queda de US$ 130 milhões (-10,1%) em Indústria Extrativa e alta de US$ 610 milhões (3,9%) em produtos da Indústria de Transformação.

O movimento de crescimento nas importações foi influenciado pela ampliação das compras dos seguintes produtos: Trigo e centeio, não moídos (21,7%), Produtos hortícolas, frescos ou refrigerados ( 38,9%) e Frutas e nozes não oleaginosas, frescas ou secas (18,4%) na Agropecuária; Outros minerais em bruto ( 4,2%), Outros minérios e concentrados dos metais de base ( 18,0%) e Gás natural, liquefeito ou não (40,5%) na Indústria Extrativa ; Outros medicamentos, incluindo veterinários (39,4%), Motores e máquinas não elétricos, e suas partes (exceto motores de pistão e geradores) (34,7%) e Válvulas e tubos termiônicas, de cátodo frio ou foto-cátodo, diodos, transistores (29,6%) na Indústria de Transformação.

Dona da Fiat e Jeep investirá R$ 30 bilhões em 40 novos carros

 


Parte desse investimento será destinada a motorizações híbridas

 

Carlos Tavares e Emanuele Cappellano - Crédito: Divulgação

 

A Stellantis, dona de marcas como Fiat, Jeep, Citroën e Peugeot, anunciou nesta quarta-feira, 6, o investimento de R$ 30 bilhões de 2025 a 2030 para a América do Sul.

Com o aporte, ela promete o lançamento de 40 novos modelos no mercado, bem como o desenvolvimento das novas tecnologias “Bio-Hybrid”.

“Este anúncio solidifica nossa confiança e comprometimento com o futuro da indústria automotiva sul-americana e é uma resposta ao ambiente de negócios favorável que encontramos aqui”, disse o CEO da Stellantis, Carlos Tavares, à imprensa.

E completa: “Como parte fundamental da nossa estratégia de crescimento, a América do Sul assumirá um papel de liderança na aceleração da descarbonização da mobilidade, juntamente com nossos funcionários, nossa rede de fornecedores e nossos parceiros.”

Novos motores híbridos

Parte desse investimento será destinada a sistemas híbridos, tendência no mercado brasileiro, que combinam eletrificação com motores flex movidos a biocombustíveis (etanol) em três diferentes níveis.

A produção dos primeiros veículos equipados com essa tecnologia é flexível e pode ser integrada a diversos modelos fabricados pela companhia. Ela será compatível com todas as linhas de produção da empresa na região.

Serão pelo menos três opções de trem de força híbridos: Bio-Hybrid, Bio-Hybrid e-DCT com transmissões eletrificadas de dupla embreagem, Bio-Hybrid Plug-In, além de opções 100% elétricas.

As novas tecnologias híbridas começarão a ser inseridas nos veículos até o final de 2024.

Lula e Sánchez dizem que acordo Mercosul-UE ainda é possível, mas não dão data

 O primeiro-ministro Espanha, Pedro Sánchez, e Lula se cumprimentam no Palácio do Planalto — Foto: Guilherme Mazui/g1


O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, disseram nesta quarta-feira, 6, que o acordo comercial entre Mercosul e União Europeia ainda é possível, mas nenhum deles deu uma data sobre a conclusão do acerto. Eles deram as declarações no Palácio do Planalto, em Brasília.

Sánchez está no Brasil para uma visita de Estado. Antes das declarações, ele e Lula tiveram uma reunião bilateral e compromisso com empresários – no pronunciamento o presidente brasileiro disse que nunca tinha recebido a quantidade de banqueiros que tem recebido nos últimos meses.

Lula disse que as negociações com a UE não recuaram. “Nunca avançamos tanto no acordo”, afirmou o presidente brasileiro.

Ele disse que o acerto está pronto para ser assinado, mas que a França tem problemas com seus agricultores, que resistem ao acerto.

O presidente brasileiro afirmou ter a informação de que o acordo poderia sair mesmo sem o apoio francês. Destacou que o acerto é necessário por motivos políticos, econômicos e geográficos, e que seria bom para os dois blocos.

Sánchez, um dos principais aliados de Lula na União Europeia, também disse que o acordo faria bem aos dois blocos.

Ele afirmou que a Europa aprendeu depois de a Rússia invadir a Ucrânia que precisa buscar novos aliados.

O primeiro-ministro da Espanha afirmou que o acordo entre Mercosul e União Europeia seria uma “mudança geopolítica global”, e que espera que ele seja assinado.


Kassio nega ‘habeas coletivo’ para todos os presos do 8 de janeiro

 Nunes Marques vota por absolvição parcial de réu pelo 8/1 ...


O ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal, negou um habeas corpus coletivo do Instituto Nacional Brasileiro de Desenvolvimento Humano, Sustentável, Social e Político (INBDS) com pedido para colocar em liberdade todos os presos dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, com a aplicação de medidas cautelares alternativas.

O magistrado evocou a jurisprudência da Corte máxima, segundo a qual, é inadmissível habeas corpus contra decisão de ministro do STF, no caso, Alexandre de Moraes. A entidade ainda pedia que Supremo remetesse as ações e investigações sobre o episódio para a primeira instância da Justiça Federal.

O pedido se deu em nome de todos os presos pelo 8 de janeiro, mas citou, em específico, dois réus pelos atos golpistas: o primeiro sentenciado pela Corte máxima, o ex-funcionário da Sabesp Aécio Lúcio Costa Pereira; e Wagner de Oliveira, que responde a ação penal sob acusação de integrar o núcleo dos ‘executores materiais’ dos crimes do 8 de janeiro.

No documento distribuído ao gabinete de Kassio Nunes Marques, o INBDS evocou o ‘momento politicamente de paz que Brasil passa’ e argumentou que ‘cessaram as graves ameaças ou falácias contra o Estado de Direito’. O Instituto sustentou que o STF deveria ‘desaplicar o direito penal do inimigo e aplicar o direito penal mínimo’ ao caso dos investigados do 8 de janeiro.

Segundo a entidade, o vandalismo contra as dependências dos Três Poderes foi um crime ‘ multitudinário, por violenta emoção e paixão, induzidos e orientados por algoritmos do Meta, que induzem o eleitor brasileiro, em vez de um unir com o outro, ao bem do Brasil, incentiva a briga e a polarização política’.

“Nós viemos aqui, implorar de joelhos no chão, nós rogamos as vossas Excelências, declinem a competência para a justiça Federal para que os pacientes possam ser julgados pela primeira instância e relaxe a prisão de todos os pacientes com todas as cautelas exigidas em lei”, escreveu o INBDS no pedido.