Exportações da agropecuária cresceram 11,5% em fevereiro (Crédito: CNA/Wenderson Araujo/Trilux)
A balança comercial brasileira registrou superávit comercial de US$ 5,447 bilhões em fevereiro. O valor é 17,6% superior ao recorde anterior (R$ 4,6 bi), de fevereiro de 2022, e 111,8% acima do saldo de fevereiro de 2023.
De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) divulgados nesta quarta-feira, 6, o valor foi alcançado com exportações de US$ 23,538 bilhões e importações de US$ 18,091 bilhões.
Na última semana de fevereiro (26 a 29), o superávit foi de US$ 881,9 milhões, com vendas de US$ 4,278 bilhões e compras de US$ 3,396 bilhões.
O resultado de fevereiro veio um pouco abaixo da mediana das estimativas do mercado financeiro apontada na pesquisa do Projeções Broadcast, de US$ 5,650 bilhões, mas dentro do intervalo, que ia de superávit de US$ 4,3 bilhões a US$ 6,1 bilhões.
Destaques do comércio exterior
No mês, as exportações registraram aumento de 16,3% na comparação com igual período em 2023, devido ao crescimento de US$ 500 milhões (11,5%) em Agropecuária, alta de US$ 2,25 bilhões (63,9%) em Indústria Extrativa e avanço de US$ 600 milhões (5,0%) em produtos da Indústria de Transformação.
A expansão das exportações foi puxada, principalmente, pelo crescimento nas vendas dos seguintes produtos: Café não torrado (71,5%), Soja ( 4,5%) e Algodão em bruto (498,1%) na Agropecuária; Minério de ferro e seus concentrados (41,4%), Minérios de metais preciosos e seus concentrados (390.715.030%) e Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (119,7%) na Indústria Extrativa ; Carne bovina fresca, refrigerada ou congelada (32,2%), Açúcares e melaços (201,2%) e Farelos de soja e outros alimentos para animais (excluídos cereais não moídos), farinhas de carnes e outros animais ( 9,8%) na Indústria de Transformação.
As importações também tiveram aumento, de 2,4%, em fevereiro de 2023 ante igual mês do ano passado, com crescimento de US$ 20 milhões (5,8%) em Agropecuária, queda de US$ 130 milhões (-10,1%) em Indústria Extrativa e alta de US$ 610 milhões (3,9%) em produtos da Indústria de Transformação.
O movimento de crescimento nas importações foi influenciado pela ampliação das compras dos seguintes produtos: Trigo e centeio, não moídos (21,7%), Produtos hortícolas, frescos ou refrigerados ( 38,9%) e Frutas e nozes não oleaginosas, frescas ou secas (18,4%) na Agropecuária; Outros minerais em bruto ( 4,2%), Outros minérios e concentrados dos metais de base ( 18,0%) e Gás natural, liquefeito ou não (40,5%) na Indústria Extrativa ; Outros medicamentos, incluindo veterinários (39,4%), Motores e máquinas não elétricos, e suas partes (exceto motores de pistão e geradores) (34,7%) e Válvulas e tubos termiônicas, de cátodo frio ou foto-cátodo, diodos, transistores (29,6%) na Indústria de Transformação.
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