quinta-feira, 7 de março de 2024

Produção de veículos cresce 17% em fevereiro, diz Anfavea

 


Fábrica da Stellantis - Crédito: Divulgação

 

A produção de veículos, que inclui automóveis, comerciais leves, ônibus e caminhões, registrou crescimento de 17,4% em fevereiro em comparação com o mesmo período de 2023. No segundo mês do ano, foram produzidas 189,7 mil unidades – ante 152,5 mil unidades. Em relação a janeiro de 2024, houve alta de 24%.

O acumulado do bimestre soma alta de 8,9% quando comparado com o ano passado. Os dados foram divulgados pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), na manhã desta quinta-feira, 7, em coletiva de imrprensa.

“Esses primeiros dois meses de 2024 têm apontado para um cenário positivo, um cenário de crescimento, de investimentos”, afirma Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea.

Vendas

Com 165,2 mil emplacamentos em fevereiro de 2024, houve crescimento de 2,2% ante janeiro e alta de 27,1% em comparação com o segundo mês do ano passado.

Exportações

No entanto, as 30,7 mil unidades exportadas em fevereiro representam queda de 14,1% frente ao mesmo mês do ano passado. Comparado com janeiro, os embarques cresceram 62,7%.

 

https://istoedinheiro.com.br/producao-de-veiculos-cresce-17-em-fevereiro-diz-anfavea/


Montadoras somam investimento recorde de quase R$ 100 bilhões até 2032

 


Nesta quarta-feira, 6, a Stellantis anunciou R$ 30 bilhões em aporte

 

Lula e Alckmin desfilam em Fábrica de São Bernardo da Volkswagen - Crédito: Divulgação/Ricardo Stucket/PR

 

Após o anúncio feito na quarta-feira, 6, pela Stellantis – dona das marcas Fiat, Jeep, Peugeot, Citroën e RAM – de que irá investir R$ 30 bilhões no Brasil até 2030, as montadoras somam um investimento recorde de R$ 95 bilhões até 2032 no Brasil e região.

No entanto, as cifras podem ser ainda maiores. Pelos cálculos da Anfavea, entidade que representa a indústria automotiva, a previsão de aportes chega a R$ 117 bilhões até 2029.

Há dois meses, o governo Lula lançou um novo programa de apoio à indústria automotiva, o Mover, cuja regulamentação é esperada para este mês. Sucessor do Rota 2030, que terminou em dezembro de 2023, o Mover – acrônimo de Mobilidade Verde – vai liberar R$ 19,3 bilhões para as montadoras produzirem carros mais seguros e menos poluentes.

O programa, que vai até 2028, já surte efeitos, com os anúncios de investimentos pelas montadoras. Só nesta semana, em dois comunicados, o volume divulgado chega a R$ 41 bilhões, pois, além dos R$ 30 bilhões da Stellantis, a Toyota informou que deve investir R$ 11 bilhões também até 2030 para ampliação da oferta de automóveis híbridos flex. A montadora japonesa é pioneira nessa tecnologia, ao combinar um motor a combustão movido a gasolina e etanol com um elétrico, no Corolla, desde 2019.

Carlos Tavares e Emanuele Cappellano – Crédito: Divulgação

No caso da Stellantis, os investimentos são fruto não apenas do Mover, mas também da prorrogação dos incentivos regionais, que beneficiam sua fábrica em Pernambuco. Em novembro, a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), disse que a manutenção dos estímulos – conquistada pela Stellantis após uma queda de braço com Volkswagen, GM e Toyota na tramitação da reforma tributária – assegurava pelo menos US$ 1,5 bilhão (cerca de R$ 7,4 bilhões) na operação da Stellantis na cidade de Goiana.

O Mover tem o objetivo de acelerar a eletrificação no País. Previsões de consultorias como a A&M e Bright Consulting indicam que até o fim desta década metade dos automóveis vendidos no Brasil terá algum grau de eletrificação. Na indústria, porém, ainda há uma avaliação de que será difícil alcançar essa marca.

Nesta semana, o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, disse que é preciso recuperar a indústria.

“O Brasil teve um processo de desindustrialização precoce ocasionado por juros altos, pelo câmbio e por impostos. Precisamos de iniciativas verdes e sustentáveis para descarbonização da matriz e formação de uma indústria exportadora.”

R$ 30 bi em descarbonização

Até 2030, o grupo Stellantis vai investir R$ 30 bilhões para lançar 40 produtos, entre novos modelos e a renovação do portfólio atual, incluindo seus primeiros carros híbridos produzidos no País.

A empresa não revela ainda quanto vai investir em cada marca, mas assegura que o plano é exclusivo do Brasil, onde a Stellantis produz em Betim (MG), Porto Real (RJ) e Goiana (PE). Na Argentina, onde o grupo tem fábrica da Fiat e da Peugeot, estão previstos outros R$ 2 bilhões.

Neste ano, a montadora encerra um ciclo, iniciado em 2018, de R$ 16,2 bilhões. O novo pacote, que começa no ano que vem, prevê quatro novas plataformas (bases comuns para produção de diferentes modelos). Essas plataformas permitirão a produção de automóveis tanto híbridos flex – que combinam um motor elétrico com outro a combustão, movido a etanol e gasolina – quanto, no futuro, puramente elétricos, com baterias a princípio importadas.

A empresa anunciou que irá investir em uma tecnologia híbrida batizada de Bio-Hybrid, constituída por sistemas híbridos e híbridos plug-in (de carregamento na tomada), além de prever também o desenvolvimento de automóveis puramente elétricos. O lançamento do primeiro híbrido flex está previsto para o segundo semestre deste ano.

O anúncio do investimento foi feito primeiramente para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pela manhã, no Palácio do Planalto, pelo CEO global da Stellantis, o português Carlos Tavares. No encontro, o executivo elogiou o programa Mover – sucessor do Rota 2030 -, classificado por ele como um programa “extremamente inteligente”. Mais tarde, em entrevista coletiva à imprensa, Tavares considerou que a América Latina se tornou uma região estável, e destacou que o Brasil é hoje um país que faz esforços para estabilizar sua economia, algo fundamental para a definição de novos investimentos.

Elétricos

A Stellantis tem como meta chegar a 2030 com os carros puramente elétricos representando 20% de suas vendas no Brasil. A eletrificação do portfólio está contemplada no volume de investimentos anunciado ontem.

Mas, com o ritmo de adoção dos carros elétricos avançando mais lentamente nos mercados emergentes do que nas economias desenvolvidas, a escala de produção é limitada, o que compromete a capacidade da indústria de oferecer novas tecnologias a preços mais acessíveis.

“Estamos assistindo neste momento a uma fragmentação do mundo e uma tendência em que a regionalização está cada vez mais forte, o que não é necessariamente uma coisa boa”, comentou Tavares.

“Os europeus querem veículos elétricos; os americanos ainda estão hesitando; aqui na América Latina temos o flex fuel; obviamente que os africanos não poderão pagar pelos veículos elétricos. Portanto, são necessárias soluções específicas a cada região”, acrescentou o executivo.

A saída para popularizar os carros elétricos, emendou Tavares, seria, então, vender a tecnologia com prejuízo, o que comprometeria a saúde financeira das empresas, com consequente risco de demissões. Por outro lado, subsídios a novas tecnologias esbarram no maior endividamento dos governos após os gastos extraordinários na pandemia.

Nesse sentido, o CEO da Stellantis disse que o biocombustível brasileiro, combinado a um motor elétrico em carros híbridos, permitirá que a eletrificação aconteça de forma acessível à classe média, ao contrário de outros mercados. O motor flex representa, conforme Tavares, uma solução que é tanto “amiga” do meio ambiente quanto acessível.

Entre as tecnologias contempladas pelos novos investimentos da Stellantis, em várias etapas de descarbonização, a montadora planeja aprimorar propulsores movidos apenas pelo etanol. Em todo o mundo, o grupo investe € 50 bilhões na transição energética.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

CNI pede volta do BNDES em financiamentos de obras no exterior

 


Edifício sede do BNDES - Crédito: Fernando Frazão/Agência Brasil

 

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) saiu nesta quinta-feira, 7, em apoio à volta dos financiamentos de obras e serviços no exterior pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A proposta, prevista em projeto de lei encaminhado pelo Executivo ao Congresso Nacional, é polêmica pelos casos de inadimplência e de corrupção apontados pela operação Lava Jato em financiamentos do tipo.

Em seu posicionamento, a CNI considera que a aprovação do projeto seria um passo importante para a exportação de serviços brasileiros, em linha com o que já é feito pelos grandes exportadores mundiais.

Segundo a CNI, as exportações, tanto de bens quanto de serviços, são catalisadores de inovação, criação de emprego, diversificação econômica e aumento de renda.

“Esses fatores reforçam a importância das políticas públicas voltadas para o financiamento e garantias de crédito para as exportações”, sustenta a entidade.

A CNI observa que o apoio à exportação de serviços está paralisado desde 2015, especialmente para serviços de engenharia.

Citando dados que apontam para US$ 7,1 trilhões em serviços exportados no mundo, a CNI reforça que, com o apoio do BNDES, as empresas brasileiras teriam melhor condição de competir num mercado internacional em expansão.

Entre seus argumentos, diz que as exportações de serviços de engenharia favorecem também o comércio de bens com o exterior, uma vez que, mesmo após o fim dos projetos, a indústria brasileira segue fornecendo produtos de modo constante nos lugares onde as obras foram realizadas.

Conheça a proposta do vale-carne para beneficiários do Bolsa Família

 


Estudo consumo carne

Governo Lula estuda proposta de vale-carne para beneficiários do Bolsa Família (Crédito: Amanda Perobelli/Reuters)

 

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) estuda uma proposta de “vale-carne” no valor de R$ 35 para as famílias beneficiadas do programa Bolsa Família, assim elas poderão comprar até dois quilos de carne bovina por mês.

Segundo o jornal “Estadão”, a ideia foi apresentada por um grupo de pecuaristas de Mato Grosso do Sul ao ministro Paulo Teixeira, do Desenvolvimento Agrário, durante uma reunião no dia 17 agosto de 2023, na sede do ministério, em Brasília (DF). O nome provisório seria “Programa Carne no Prato”.

O ministro Paulo informou que repassou a proposta à Casa Civil e ao Ministério do Desenvolvimento Social. Os pecuaristas, entre eles Guilherme Bumlai, presidente da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), acreditam que a proposta pode beneficiar até 19,5 milhões de pessoas, criando a demanda por mais 2,3 milhões de cabeças de gado ao ano.

Por meio de nota enviada à ISTOÉ, a Acrissul informou que a ideia do programa é a distribuição de um cartão exclusivo para que as famílias em situação de vulnerabilidade possam comprar carnes em redes conveniadas. “A nova demanda com o programa seria de 475 mil toneladas de carne bovina por ano. No ano passado, o Mato Grosso do Sul exportou 174 mil toneladas. Ou seja, a nova demanda representa duas vezes e meia a quantidade exportada pelo MS em um ano”, acrescentou.

Questionado pelo portal, o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar ressaltou que recebeu a proposta do “Programa Carne no Prato”, que está em análise pela área técnica da pasta e será encaminhada para primeira avaliação pelos demais órgãos competentes.

Em janeiro deste ano, o Bolsa Família atingiu a marca de 21,12 milhões de lares atendidos, de acordo com informações do Ministério do Desenvolvimento Social. Se cada uma dessas famílias recebesse R$ 35 adicionais para comprar carne, isso custaria cerca de R$ 8,8 bilhões por ano aos cofres públicos.

 


 O decreto veda a inclusão de ultraprocessados na lista

 

Cesta básica - Crédito: Geraldo Bubniak/AEN

 

Após publicar na quarta-feira, 6, um decreto no Diário Oficial no qual estabelece a “nova cesta básica” no Brasil, agora o governo federal inseriu a lista completa de alimentos que a compõe.

A medida determina que a cesta básica será composta por mais alimentos in natura ou minimamente processados, além de ingredientes culinários.

Veja os grupos abaixo da cesta básica: 

Feijões (leguminosas): feijão de todas as cores (preto, branco, roxo, mulatinho, verde, carioca, fradinho, rajado, manteiga, jalo, de-corda, andú, dentre outros), ervilha, lentilha, grão-de-bico, fava, guandu, orelha-de-padre.

Cereais: arroz branco, integral ou parboilizado, a granel ou embalado; milho em grão ou na espiga, grãos de trigo, aveia; farinhas de milho, de trigo e de outros cereais; macarrão ou massas frescas ou secas feitas com essas farinhas/sêmola, água e/ou ovos e/ou outros alimentos in natura ou minimamente processado; pães feitos de farinha de trigo e/ou outras farinhas feitas de alimentos in natura e minimamente processadas, leveduras, água, sal e/ou outros alimentos in natura e minimamente processados.

Raízes e tubérculos: ariá, batata-inglesa, batata-doce, batata-baroa/mandioquinha, batata-crem, cará, cará-amazônico, cará-de-espinho, inhame, mandioca/macaxeira/aipim, e outras raízes e tubérculos in natura ou embalados, fracionados, refrigerados ou congelados; farinhas minimamente processadas de mandioca, dentre outras farinhas e preparações derivadas da mandioca (tais como farinha de carimã, farinha de uarini; maniçoba e tucupi, farinha/gomo de tapioca, dentre outros).

Legumes e verduras in natura ou embalado, fracionados, refrigerados ou congelados: abóbora/jerimum, abobrinha, acelga, agrião, alface, almeirão, alho, alho-poró, azedinha, berinjela, beterraba, beldroega, bertalha, brócolis, broto-de-bambu, capicoba, capuchinha, carrapicho-agulha, caruru, catalonha, cebola, cebolinha, cenoura, cheiro-verde, chicória, chicória-paraense/chicória-do-pará, chuchu, couve, couve-flor, croá, crem, dente-de-leão, escarola, espinafre, gueroba, gila, guariroba, jambu, jiló, jurubeba, major-gomes, maxixe, mini-pepininho, mostarda, muricato, ora-pro-nóbis, palma, pepino, peperômia, pimentão, puxuri, quiabo, radite, repolho; rúcula, salsa, serralha, taioba, tomate, urtiga, vinagreira, vagem, cenoura, pepino, palmito, cebola, couve-flor, dentre outros legumes e verduras, preservados em salmoura ou em solução de sal e vinagre; extrato ou concentrados de tomate e/ou outros alimentos in natura e minimamente processado (com sal e ou açúcar).

Frutas in natura, frescas, secas embaladas, fracionadas, refrigeradas, congeladas e polpas: abacate, abacaxi, abiu, abricó, açaí, açaí-solteiro, acerola, ameixa, amora, araçá, araçá-boi, araçá-pera, araticum, aroeira-pimenteira, arumbeva, atemoia, babaçu, bacaba, bacupari, bacuri, banana, baru, biribá, brejaúva, buriti, butiá, cacau, cagaita, cajarana, cajá, caju, caju do cerrado, cajuí, cambuci, cambuí, camu-camu, caqui, carambola, cereja-do-rio-grande, ciriguela, coco, coco-cabeçudo, coco-indaiá, coquinho-azedo, coroa-de-frade, croá, cubiu, cupuaçu, cupuí, cutite, curriola, figo, fisalis, fruta-pão, goiaba, goiaba-serrana, graviola, guabiroba, grumixama, guapeva, guaraná, inajá, ingá, jaca, jabuticaba, jambo, jambolão, jaracatiá, jatobá, jenipapo, juá, juçara, jurubeba, kiwi, laranja, limão, lobeira, maçã, macaúba, mama-cadela, mamão, mandacaru, manga, mangaba, mapati, maracujá, marmelada-de-cachorro, melancia, melão, mexerica/tangerina/ bergamota, morango, murici, nectarina, pajurá, patauá, pequi, pera, pera-do-cerrado, pêssego, piquiá, pinha/fruta do conde, pinhão, pitanga, pitomba, pupunha, romã, sapucaia, sapoti, sapota, seriguela, sete-capotes, sorva, tamarindo, taperebá, tucumã, umari, umbu, umbu-cajá, uva, uvaia, uxi, xixá, dentre outros.

Castanhas e nozes (oleaginosas): amendoim, castanha-de-caju, castanha de baru, castanha-do-brasil (castanha-do-pará), castanha-de-cutia, castanha-de-galinha, chichá, licuri, macaúba, e outras oleaginosas sem sal ou açúcar.

Carnes e ovos: carnes bovina, suína, ovina, caprina e de aves, pescados e outras carnes in natura ou minimamente processados de hábito local, frescos, resfriados ou congelados; e ovos de aves; sardinha e atum enlatados.

Leites e queijos: leite fluido pasteurizado ou industrializado, na forma de ultrapasteurizado, leite em pó, integral, semidesnatado ou desnatado; iogurte natural sem adição de açúcar, edulcorante e/ou aditivos que modificam as características sensoriais do produto; queijos feitos de leite e sal (e microorganismos usados para fermentar o leite).

Açúcares, sal, óleos e gorduras: óleos de soja, de girassol, de milho, de dendê, dentre óleos vegetais; azeite de oliva; manteiga; banha de porco; açúcar de mesa branco, demerara ou mascavo, mel; e sal de cozinha.

Café, chá, mate e especiarias: café, chá, erva mate, pimenta, pimenta-do-reino, canela, cominho, cravo-da-índia, coentro, noz-moscada, gengibre, açafrão, cúrcuma, dentre outros.

Ultraprocessados

O decreto veda a inclusão de alimentos ultraprocessados que, conforme apontam evidências científicas, aumentam a prevalência de doenças cardiovasculares, diabetes, obesidade, hipertensão e diversos tipos de câncer, diz o governo.

Elaboração

A elaboração da proposta foi conduzida pelo Ministério de Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, que fará uma parceria com órgãos e entidades federais, que atuam na área de segurança alimentar e nutricional, para publicar guias de orientação sobre a composição da cesta básica em relação à quantidade e à combinação de alimentos.

Segundo a pasta, os critérios adotados para compor a nova cesta básica levaram em consideração os seguintes aspectos: “benefícios à saúde, sustentabilidade, respeito à sazonalidade, à cultura e às tradições locais, a produção de alimentos orgânicos e agroecológicos da agricultura familiar e da sociobiodiversidade, e a garantia da variedade de alimentos in natura e minimamente processados”.

O ministério também ressaltou que, segundo dados da Penssan (Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional), ao final de 2022, mais de 33 milhões de brasileiros passavam fome e mais de 125 milhões não tinham acesso regular e permanente à alimentação adequada.

quarta-feira, 6 de março de 2024

Balança comercial tem superávit recorde de US$ 5,45 bi em fevereiro

 


USDA em Brasília reduz estimativa de produção de soja do Brasil em 2,16%

Exportações da agropecuária cresceram 11,5% em fevereiro (Crédito: CNA/Wenderson Araujo/Trilux)

 

A balança comercial brasileira registrou superávit comercial de US$ 5,447 bilhões em fevereiro. O valor  é 17,6% superior ao recorde anterior (R$ 4,6 bi), de fevereiro de 2022, e 111,8% acima do saldo de fevereiro de 2023.

De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) divulgados nesta quarta-feira, 6, o valor foi alcançado com exportações de US$ 23,538 bilhões e importações de US$ 18,091 bilhões.

Na última semana de fevereiro (26 a 29), o superávit foi de US$ 881,9 milhões, com vendas de US$ 4,278 bilhões e compras de US$ 3,396 bilhões.

O resultado de fevereiro veio um pouco abaixo da mediana das estimativas do mercado financeiro apontada na pesquisa do Projeções Broadcast, de US$ 5,650 bilhões, mas dentro do intervalo, que ia de superávit de US$ 4,3 bilhões a US$ 6,1 bilhões.

Destaques do comércio exterior

No mês, as exportações registraram aumento de 16,3% na comparação com igual período em 2023, devido ao crescimento de US$ 500 milhões (11,5%) em Agropecuária, alta de US$ 2,25 bilhões (63,9%) em Indústria Extrativa e avanço de US$ 600 milhões (5,0%) em produtos da Indústria de Transformação.

A expansão das exportações foi puxada, principalmente, pelo crescimento nas vendas dos seguintes produtos: Café não torrado (71,5%), Soja ( 4,5%) e Algodão em bruto (498,1%) na Agropecuária; Minério de ferro e seus concentrados (41,4%), Minérios de metais preciosos e seus concentrados (390.715.030%) e Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (119,7%) na Indústria Extrativa ; Carne bovina fresca, refrigerada ou congelada (32,2%), Açúcares e melaços (201,2%) e Farelos de soja e outros alimentos para animais (excluídos cereais não moídos), farinhas de carnes e outros animais ( 9,8%) na Indústria de Transformação.

As importações também tiveram aumento, de 2,4%, em fevereiro de 2023 ante igual mês do ano passado, com crescimento de US$ 20 milhões (5,8%) em Agropecuária, queda de US$ 130 milhões (-10,1%) em Indústria Extrativa e alta de US$ 610 milhões (3,9%) em produtos da Indústria de Transformação.

O movimento de crescimento nas importações foi influenciado pela ampliação das compras dos seguintes produtos: Trigo e centeio, não moídos (21,7%), Produtos hortícolas, frescos ou refrigerados ( 38,9%) e Frutas e nozes não oleaginosas, frescas ou secas (18,4%) na Agropecuária; Outros minerais em bruto ( 4,2%), Outros minérios e concentrados dos metais de base ( 18,0%) e Gás natural, liquefeito ou não (40,5%) na Indústria Extrativa ; Outros medicamentos, incluindo veterinários (39,4%), Motores e máquinas não elétricos, e suas partes (exceto motores de pistão e geradores) (34,7%) e Válvulas e tubos termiônicas, de cátodo frio ou foto-cátodo, diodos, transistores (29,6%) na Indústria de Transformação.

Dona da Fiat e Jeep investirá R$ 30 bilhões em 40 novos carros

 


Parte desse investimento será destinada a motorizações híbridas

 

Carlos Tavares e Emanuele Cappellano - Crédito: Divulgação

 

A Stellantis, dona de marcas como Fiat, Jeep, Citroën e Peugeot, anunciou nesta quarta-feira, 6, o investimento de R$ 30 bilhões de 2025 a 2030 para a América do Sul.

Com o aporte, ela promete o lançamento de 40 novos modelos no mercado, bem como o desenvolvimento das novas tecnologias “Bio-Hybrid”.

“Este anúncio solidifica nossa confiança e comprometimento com o futuro da indústria automotiva sul-americana e é uma resposta ao ambiente de negócios favorável que encontramos aqui”, disse o CEO da Stellantis, Carlos Tavares, à imprensa.

E completa: “Como parte fundamental da nossa estratégia de crescimento, a América do Sul assumirá um papel de liderança na aceleração da descarbonização da mobilidade, juntamente com nossos funcionários, nossa rede de fornecedores e nossos parceiros.”

Novos motores híbridos

Parte desse investimento será destinada a sistemas híbridos, tendência no mercado brasileiro, que combinam eletrificação com motores flex movidos a biocombustíveis (etanol) em três diferentes níveis.

A produção dos primeiros veículos equipados com essa tecnologia é flexível e pode ser integrada a diversos modelos fabricados pela companhia. Ela será compatível com todas as linhas de produção da empresa na região.

Serão pelo menos três opções de trem de força híbridos: Bio-Hybrid, Bio-Hybrid e-DCT com transmissões eletrificadas de dupla embreagem, Bio-Hybrid Plug-In, além de opções 100% elétricas.

As novas tecnologias híbridas começarão a ser inseridas nos veículos até o final de 2024.