Atuação:
Consultoria multidisciplinar, onde desenvolvemos trabalhos nas seguintes áreas: fusão e aquisição e internacionalização de empresas, tributária, linhas de crédito nacionais e internacionais, inclusive para as áreas culturais e políticas públicas.
Eletrobras (Crédito: Fernando Frazão/Agência Brasil)
Estadão Conteúdoi
A
Eletrobras encerrou quarto trimestre de 2023 com lucro líquido de R$
893 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 479 milhões apurado no mesmo
intervalo de 2022. No ano de 2023, o lucro foi de R$ 4,395 bilhões,
resultado 21% maior que o registrado no ano anterior.
O
lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda)
somou R$ 1,055 bilhão no quarto trimestre, uma queda de 26% ante o
apurado um ano antes. No ano, o Ebitda somou R$ 17,020 bilhões, o que
representa uma alta de 49% ante o ano anterior.
Já
o Ebitda regulatório recorrente somou R$ 5,642 bilhões entre outubro e
dezembro, uma alta de 5% ante um ano. Em 2023, o Ebitda somou R$ 21,522
bilhões, um avanço de 19% ante 2022.
A receita operacional líquida
cresceu 10% no quarto trimestre de 2023 ante igual período do ano
anterior para R$ 9,922 bilhões, refletindo principalmente o aumento das
receitas de transmissão. No fechado do ano, a receita totalizou R$
37,159 bilhões, um crescimento de 9% ante o ano de 2022.
O
resultado financeiro ajustado ficou negativo em R$ 2,269 bilhões nos
últimos três meses do ano, principalmente pelos maiores encargos de
dívidas, pelos encargos e atualização monetária das obrigações com a CDE
e com a revitalização de bacias hidrográficas.
A dívida bruta da
Eletrobras alcançou R$ 60,8 bilhões no quatro trimestre do ano passado,
redução de R$ 9,7 bilhões em relação ao terceiro trimestre e aumento de R$ 1,7 bilhão em comparação ao mesmo intervalo do ano anterior.
A
dívida líquida ficou em R$ 41,763 bilhões ao final de dezembro, ante
dívida líquida de R$ 39,107 bilhões apurada ao final do terceiro
trimestre.
Nos últimos três meses de 2023, os investimentos da
Eletrobras totalizaram R$ 4,632 bilhões, montante 148% superior ao
investido no trimestre anterior. No ano, os investimentos totalizaram R$
9,018 bilhões, um crescimento de 60% em relação a 2022.
O
volume de vendas do varejo chegou a janeiro em patamar 5,7% acima do
nível de fevereiro de 2020, no pré-pandemia. No varejo ampliado, que
inclui as atividades de veículos e material de construção, as vendas
operam 3,6% acima do pré-pandemia.
Os
dados são da Pesquisa Mensal de Comércio e foram divulgados nesta
quinta-feira, 14, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE).
Os
segmentos de artigos farmacêuticos, combustíveis, supermercados,
veículos e material de construção estão operando acima do patamar
pré-crise sanitária.
O segmento de artigos farmacêuticos
opera em patamar 27,2% acima do pré-crise sanitária; combustíveis e
lubrificantes, 10,7% acima; supermercados, 9,9% acima; veículos, 3,8%
acima; e material de construção, 3,0% acima.
Os outros
artigos de uso pessoal e domésticos estão 11,0% abaixo do nível de
fevereiro de 2020; móveis e eletrodomésticos, 12,4% aquém; equipamentos
de informática e comunicação, 8,8% abaixo; tecidos, vestuário e
calçados, 19,3% abaixo; e livros e papelaria, 46,7% abaixo.
“Algumas atividades permanecem muito abaixo do patamar pré-pandemia”, apontou Cristiano Santos, gerente da pesquisa do IBGE.
Segundo
ele, além de influências individuais nas atividades com piores
desempenho, o resultado negativo também reflete problemas contábeis em
grandes cadeias varejistas, que sofreram ao longo de 2023 com o
fechamento de lojas e queda na receita, explicou.
O
presidente do Conselho de Administração do Bradesco, Luiz Carlos
Trabuco Cappi, assumiu nesta quarta-feira, 13, o cargo de presidente do
Conselho Diretor da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Ele
substitui Octavio de Lazari Junior, que foi CEO do Bradesco até novembro
de 2023, quando foi substituído por Marcelo Noronha.
“A
mudança faz parte do processo natural de alternância no comando da mais
alta esfera de decisão da entidade, responsável por sua condução
estratégica”, afirma comunicado da Febraban.
Lazari ficou dois anos na função na Febraban e atualmente está no Conselho do Bradesco.
Em
nota à imprensa, Trabuco afirma que assume o cargo em um momento “que o
setor bancário se volta para ser a alavanca de desenvolvimento
econômico do País, procurando sempre soluções para reduzir o custo do
crédito”.
Um dos focos à frente do conselho da Febraban está nas
transformações tecnológicas e no aumento da concorrência”, diz o
executivo.
Apesar de parecer mais um helicóptero, o carro voador está cada vez mais próximo de virar realidade no céu brasileiro. O fato é que o EVE-100, da EVE, empresa de mobilidade urbana da Embraer, passa por uma regulamentação da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).
A
previsão é de que o eVTOL (electric vertical take-off and landing, ou
aeronave elétrica com capacidade de pousar e decolar verticalmente, na
tradução), como são chamados esses veículos, desembarquem no mercado em
2026 – os testes iniciam neste ano.
Como funciona o carro voador?
O
EVE-100 é uma aeronave de propulsão elétrica e que, assim como o
helicóptero, realiza pouso e decolagem de forma vertical. O modelo tem
um peso máximo de decolagem de 2.800 kg e capacidade para transportar um
piloto e quatro passageiros.
Para voar, ele conta com uma hélice de empuxo horizontal de cinco lâminas, rotores
dedicados para o voo vertical e asas fixas para voar em cruzeiro – sem a
necessidade de componentes para a transição durante o voo.
O conceito mais recente inclui um propulsor elétrico alimentado por motores elétricos duplos. O alcance chega a 100 km.
Segundo
a Embraer, além de oferecer diversas vantagens, como baixo custo
operacional, menos peças, estruturas e sistemas otimizados, ele foi
desenvolvido para oferecer eficiência de empuxo com baixo ruído. A ideia é que ele seja utilizado para viagens curtas de aviação executiva.
Consulta setorial
A Anac abriu recentemente uma consulta setorial de certificação do eVTOL da Embraer, que ficará aberta até o dia 15 de março.
O
objetivo é agregar ideias e comentários de pessoas físicas ou jurídicas
que queiram contribuir com a consulta, “especialmente aquelas
interessadas no tema, como potenciais solicitantes de um Certificado de
Tipo para aeronaves semelhantes e potenciais operadores de aeronaves,
bem como dos respectivos locais de decolagem e pouso”, afirma a agência.
Fábrica e fornecedores
Anunciada no ano passado, a fábrica da Eve para produzir o modelo fica localizada em Taubaté, interior do estado de São Paulo.
Segundo
a Embraer, o local se beneficia de uma logística estratégica,
oferecendo fácil acesso por meio de rodovias e proximidade de uma linha
ferroviária. Além disso, a localização é próxima à sede da Embraer em
São José dos Campos e da equipe de engenharia e recursos humanos da Eve,
o que deve facilitar o desenvolvimento e a sustentabilidade de
processos de produção.
A companhia, inclusive, afirma que recentemente selecionou dois novos fornecedores para o eVTOL: a Aciturri e a Crouzet.
A
Aciturri será responsável pelo desenvolvimento e fabricação dos
revestimentos e longarinas das asas, bem como as bordas de ataque e de
fuga.
A Crouzet, por sua vez, fornecerá o controle do piloto,
especificamente o joystick usado para controlar a aeronave em voo. Ambos
os fornecedores assinaram acordos que contemplam o ciclo de vida da
aeronave, incluindo a produção de protótipos, além do serviço e suporte
operacional pós-venda.
“Enquanto avançamos com a produção do nosso
primeiro protótipo, estamos fechando acordos de grande importância”,
destaca Johann Bordais, CEO da Eve.
E completa: “Nossa prioridade é
estabelecer uma relação sólida com cada um dos nossos fornecedores.
Nesse sentido, Aciturri e Crouzet, empresas notáveis pela excelência e
pelo suporte dedicado, são parceiras com as quais temos grande
expectativa de colaborar, visando o início das operações para 2026 em
diante.”
Os novos fornecedores se juntam à Garmin, Liebherr Aerospace e Intergalactic, que foram anunciados em outubro de 2023.
Encomendas
A
Eve conta com 2.850 encomendas, que representa uma intenção de compra
de mais de US$ 8 bilhões. Os principais clientes são operadores de
helicópteros, companhias aéreas, empresas de leasing e plataformas de
voos compartilhados.
Ao todo, são 28
clientes espalhados por todos os continentes. No Brasil, dos 335
reservados, 100 são para a Avantto, 50 para a Helisul, 50 para a OHI
(Revo), 40 para a FlyBIS, 25 para a Flapper e 70 para a Voar.
A Revo, em entrevista à ISTOÉ DINHEIRO, já confirmou que deseja implementar o serviço.
A construção da nova unidade irá ampliar a capacidade produtiva
atual da Weg Tintas e visa atender o mercado da América do Norte e
Central
A
catarinense Weg anunciou que investirá R$ 100 milhões em uma nova
fábrica de tintas líquidas industriais no México. A construção da nova
unidade irá ampliar a capacidade produtiva atual da Weg Tintas e visa
atender o mercado da América do Norte e Central. A nova fábrica terá
aproximadamente 5.300 metros quadrados de área construída e deve entrar
em operação no início de 2026. Os investimentos serão realizados em
Atotonilco de Tula, onde a empresa já produz tintas em pó para os
segmentos industrial e de infraestrutura. Além desta unidade, a empresa
sediada em Jaraguá do Sul também produz tintas e vernizes industriais em
Guaramirim e Mauá, no Brasil, e em Buenos Aires, na Argentina.
A
nova unidade marca a segunda fase de um investimento da companhia
iniciado no ano passado, com a compra de um terreno por US$ 40 milhões
para o aumento gradual da capacidade produtiva. A proximidade do novo
terreno ao maior parque industrial da Weg no país facilitará a
integração dos processos produtivos e verticalização das operações
naquele país no futuro, assim como o processo logístico, permitindo
compartilhar recursos de áreas de apoio entre as duas fábricas. Em 2023,
a empresa aportou R$ 70 milhões para a expansão da capacidade de
produção de tintas líquidas industriais em Guaramirim (SC) para ampliar a
capacidade produtiva atual em aproximadamente 70%. A Weg é a quarta
maior empresa da região e também a terceira maior de Santa Catarina, de
acordo com o ranking 500 MAIORES DO SUL, publicado pelo Grupo AMANHÃ com
o apoio técnico da PwC Brasil.
O
Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou, nesta quarta-feira (13), o
lançamento do processo de nomeação de seu futuro diretor-geral, diante
do fim, em 30 de setembro, do mandato atual da búlgara Kristalina
Georgieva, que pode ser reeleita.
O
processo vai durar até o fim de abril e será feito sob o princípio de
uma “seleção aberta, transparente e baseada no mérito”, informou o FMI
em nota.
Na
terça-feira, os ministros das Finanças da União Europeia se
pronunciaram a favor de manter no cargo Georgieva, que ainda não
informou oficialmente suas intenções.
Tradicionalmente, o número
um do FMI é o candidato proposto pelos países europeus, enquanto o
presidente do Banco Mundial (BM) é o candidato dos Estados Unidos.
Trata-se de uma distribuição que os principais países emergentes, a começar por China e Índia, questionam cada vez mais.
A divisão de capital destas duas instituições continua dando um peso preponderante aos Estados Unidos e à UE.
O processo começa na quinta-feira, com um período de apresentação de candidaturas de três semanas que se estende até 3 de abril.
Os
candidatos são propostos por um dos governadores do FMI, em geral de
bancos centrais dos países-membros, ou por um diretor-executivo.
Em
uma segunda instância, o conselho administrativo do Fundo vai validar
uma lista de candidaturas aceitas. Entre estes nomes será eleito o
próximo titular do FMI.
Esta seleção ocorre um ano depois da nomeação do novo presidente do BM, Ajay Banga.
Nascido na Índia, mas cidadão americano, Banga foi o único candidato proposto.
Décio Lima, presidente do Sebrae (Crédito: Charles Damasceno/Divulgação)
Décio Lima
Grandes
protagonistas na economia brasileira, mas coadjuvantes nas exportações
do país. Os pequenos negócios têm participação fundamental na geração de
empregos, representam cerca de 95% de todas as empresas brasileiras,
estão presentes em praticamente todas as cadeias produtivas – dos
negócios inovadores às pequenas propriedades rurais –, entretanto,
respondem por menos de 1% do total das vendas externas brasileiras.
A
pouca participação das micro e pequenas empresas (MPE) na pauta de
exportações do país não costuma causar muita estranheza. No senso comum,
o esperado é que o grande peso no volume de comércio exterior esteja
nos chamados itens de commodities (grãos, proteína animal, minérios) ou
bens industrializados. Para se ter uma ideia, a balança comercial
brasileira teve um superávit recorde de US$ 5,447 bi em fevereiro. O
fato é que há um enorme espaço a ser explorado pelas micro e pequenas
empresas e seus produtos diferenciados no mercado externo.
O
grande público desconhece o potencial de itens como o pão de queijo, o
açaí, a moda praia e o artesanato, para citar apenas alguns exemplos,
que já conquistaram espaço na Europa, Ásia, Estados Unidos, entre outros
mercados. Somente a agricultura familiar do Brasil, caso se unisse como
uma nação, ocuparia a oitava posição no ranking mundial de produtores
de alimentos e movimenta US$ 55,2 bilhões/ano.
Capacitar
os pequenos negócios para que eles estejam aptos a vender os seus
produtos e serviços para outros países é uma preocupação do Sebrae há
décadas. Com uma economia globalizada, onde uma pequena indústria
enfrenta a concorrência direta de produtos fabricados do outro lado do
mundo, tornar as MPE brasileiras mais competitivas é a chave para fazer o
país continuar crescendo, gerando empregos de qualidade aqui dentro e
contribuindo com a redução das desigualdades.
Um dos primeiros e
mais importantes obstáculos para a maior participação das MPE na pauta
de exportações é a crença limitante de muitos empreendedores que não
consideram o mercado externo como uma possibilidade viável. Eles, em
geral, subestimam o potencial de seus produtos. Essa falta de
mentalidade exportadora é apenas o primeiro obstáculo em uma série de
desafios que incluem falta de preparação e adequação, dificuldades de
identificar mercados viáveis, problemas com documentação, logística e
acesso a crédito, além de receios em relação ao recebimento seguro dos
pagamentos.
É imperativo que superemos essas barreiras e apoiemos o
crescimento das exportações por parte das MPE. A diversificação dos
mercados de atuação não apenas aumenta a resiliência dessas empresas,
mas também impulsiona a competitividade da economia do país como um
todo. Além disso, a competição no mercado global pode motivar melhorias
na qualidade dos nossos produtos e serviços, aumento da eficiência e
redução de custos.
O
Sebrae e o governo brasileiro estão cientes desses desafios e
trabalhando em conjunto para superá-los. É essencial implementar medidas
abrangentes e multifacetadas, abordando não apenas as questões
burocráticas e logísticas, mas também promovendo uma mudança na
mentalidade cultural dos donos de pequenos negócios. Nesse sentido, os
empreendedores precisar estar capacitados não apenas em aspectos
técnicos, como documentação e logística, mas também em habilidades
linguísticas e culturais que lhes permitam adaptar seus produtos e
serviços para diferentes mercados.
Além disso, é necessário
facilitar o acesso a crédito e garantir mecanismos de proteção para os
pequenos negócios que optam por exportar. A simplificação dos processos
burocráticos e a melhoria da infraestrutura logística também são
cruciais para tornar o ambiente de negócios mais propício às exportações
dos pequenos.
Desbloquear o potencial exportador das micro e
pequenas empresas brasileiras não é apenas uma questão econômica, mas
também uma resposta à demanda por equidade e inclusão. Ao garantir que
esses empreendimentos tenham acesso ao mercado global e alcancem seu
pleno potencial, estamos não apenas impulsionando o crescimento
econômico, mas promovendo também a inclusão social e o desenvolvimento
sustentável.