quarta-feira, 24 de abril de 2024

Galípolo: mesmo com juro mais alto e atividade resiliente, há processo de desinflação global

 Haddad indica Gabriel Galípolo como diretor de política monetária do ...

Mesmo com juro mais alto e atividade mais resiliente, há um processo de desinflação global em curso, disse nesta quarta-feira, 24, o diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, ao participar do Upload Summit, em São Paulo. Ao se referir mais especificamente ao Brasil, Galípolo disse que o desafio do País está em promover um crescimento mais harmônico entre oferta e demanda já que o petróleo e as reservas internacionais colocam o País em uma situação bastante privilegiada.

Um problema, segundo o diretor, é que os gastos do governo fornecem resiliência para o crescimento econômico. “O platô do gasto do governo é bastante elevado desde a PEC da Transição”, disse, observando também que a demanda das famílias seguirá resiliente puxada por inflação e juros em queda e pelo impulso do Bolsa Família.

A avaliação do diretor do BC é de que mesmo com o cenário global mais adverso, o Brasil fica ainda melhor. “Estou otimista com o Brasil, e não é de agora”, disse.

Galípolo também voltou a reforçar que a maior parte dos bancos centrais do mundo recuou para uma situação de dependência de dados, o que ocorre com o BC brasileiro.

Lira fala em concluir regulamentação da reforma tributária ainda no 1º semestre

 


Arthur Lira

Presidente da Câmara afirmou que discussão só deve ser feita com a reforma aprovada no Senado (Crédito: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse na noite desta terça-feira, 23, que espera concluir a regulamentação da reforma tributária sobre o consumo ainda no primeiro semestre. O calendário está apertado, já que o Congresso deve ficar esvaziado na segunda metade do ano por causa das eleições municipais.

“Eu espero receber do governo, amanhã [quarta-feira, 24], das mãos do ministro [da Fazenda, Fernando] Haddad, os projetos que tratarão em lei complementar da regulamentação da reforma tributária”, afirmou o deputado, durante um jantar em que foi homenageado pela Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH). A expectativa é de que o governo envie nesta quarta as propostas de regulamentação à Câmara. Depois da análise dos deputados, os textos também terão de tramitar no Senado.

“E a Câmara, como sempre fez, abrirá suas portas a todos os setores, Estados e municípios, grandes e pequenos, mas de uma maneira institucional, tratando também com a iniciativa privada desses assuntos, para que possamos fazer um calendário de trás para frente e entregar ainda neste primeiro semestre a nossa reforma tributária regulamentada”, disse Lira.

A homenagem da ABIH foi realizado após a Câmara aprovar o projeto de lei que reformula o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse). O governo tentou acabar com os incentivos, mas os deputados decidiram prorrogá-los até o fim de 2026, ainda que com impacto fiscal limitado a R$ 15 bilhões e com uma redução de 44 para 30 no número de atividades contempladas. O texto ainda precisa passar pelo Senado.

“O Perse é uma conquista da Câmara dos Deputados”, afirmou Lira, ao ressaltar que o programa foi aprovado tanto no governo de Jair Bolsonaro (PL) quanto na gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). De acordo com o presidente da Câmara, não houve trava ideológica aos benefícios, criados para socorrer empresas do setor em dificuldades financeiras durante a pandemia de covid-19.

Lira defendeu ainda que as falhas do programa, como as suspeitas de irregularidades, sejam corrigidas. “Nunca, nenhum parlamentar defendeu fraude, sonegação, nem nada de errado que viesse a acontecer.”

terça-feira, 23 de abril de 2024

ABDE assinará acordo com Ministério do Desenvolvimento Social para microcrédito do Acredita

 

ABDE está com oportunidade aberta para secretário-executivo ...

A Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE), que representa agências e bancos de fomento, vai assinar nos próximos dias um acordo de cooperação técnica com o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) para acelerar as linhas de microfinanças do Acredita, o programa de crédito lançado nesta segunda-feira, 22, pelo governo federal.

As operações de microcrédito terão como foco o público do Cadastro Único (CadÚnico), e contarão com garantia do Tesouro, através de um fundo administrado pelo Banco do Brasil. Neste ano, serão R$ 500 milhões no fundo, e o governo espera que as garantias gerem R$ 12 bilhões em crédito.

O presidente da ABDE, Celso Pansera, afirma que o Sistema Nacional de Fomento (SNF) deve ajudar na implementação do Acredita. “O lançamento de melhorias nos programas atuais, além da criação de novos incentivos, gera boas perspectivas para o segmento e é visto como uma oportunidade para o crescimento do setor e da economia brasileira”, diz ele em nota.

Os bancos e agências de fomento têm programas próprios em paralelo aos do governo. Segundo a ABDE, das 34 instituições associadas, 26 têm carteira de microcrédito. As operações de Microcrédito Produtivo Orientado tiveram R$ 10,8 bilhões desembolsados no ano passado, através de 4 milhões de operações.

Além disso, o Sebrae, que é associado à ABDE, vai expandir as linhas do chamado Fundo de Aval para a Micro e Pequena Empresa (Fampe), para conceder mais R$ 30 bilhões nos próximos três anos. A ideia é triplicar a carteira atual, e para tanto, o Sebrae capitalizou o fundo, que chegou a R$ 2 bilhões em patrimônio líquido.

Embraer assina acordo para avançar em cooperação com a indústria aeroespacial da Áustria, cliente do C-390

 



Embraer registra maior carteira de pedidos dos últimos 7 anos e aumento de 67% nas entregas no 1T24

 


Embraer registra maior carteira de pedidos dos últimos 7 anos e aumento de 67% nas entregas no 1T24
(Foto: Divulgação/Embraer) Embraer registra maior carteira de pedidos dos últimos 7 anos e aumento de 67% nas entregas no 1T24

 

A Embraer entregou 25 jatos no primeiro trimestre, um aumento de 67% em relação ao mesmo período de 2023, quando foram registradas 15 aeronaves. A Aviação Executiva apresentou um crescimento robusto de entregas, saltando de 8 para 18 jatos durante o período. Esse número de entregas representou o melhor primeiro trimestre da unidade em oito anos, e mais do que dobrou em relação ao mesmo período do ano anterior. Na Aviação Comercial, por sua vez, as entregas ficaram estáveis em 7 aeronaves.

A Embraer entregou 12% do total de aeronaves previstas no ponto médio do guidance para 2024, tanto para a Aviação Executiva quanto para a Aviação Comercial (25 de 206). A companhia desenvolveu e está implementando um plano para mitigar a sazonalidade do seu negócio. O plano, chamado de Production Leveling (Nivelamento de Produção), tem o objetivo de consolidar um ritmo constante de produção ao longo do ano, no médio prazo.

A carteira de pedidos da empresa aumentou US$2,4 bilhões, chegando aos US$21,1 bilhões no primeiro trimestre de 2024. Isso representa um aumento de 13% na comparação com os US$18,7 bilhões do último trimestre de 2023. O maior aumento ocorreu na Aviação Comercial (US$ 2,3 bilhões ou 26%), enquanto o menor foi em Defesa & Segurança (-US$ 0,1 bilhão ou -4%).

A Aviação Executiva manteve o forte desempenho de vendas com alta demanda por todo o seu portfólio e grande aceitação tanto por parte de clientes de varejo como operadores de frotas. O número de entregas aumentou 83% em relação ao ano anterior no segmento de jatos leves e mais do que triplicou no segmento de jatos médios em comparação com o primeiro trimestre de 2023. Assim, a Aviação Executiva encerrou o período com uma carteira de pedidos de US$ 4,6 bilhões no 1T24, com um aumento de US$ 300 milhões em relação ao trimestre anterior.

Em Defesa & Segurança, o primeiro C-390 Millennium da Força Aérea Húngara completou com sucesso seu voo inaugural. A aeronave está passando agora por uma campanha de testes de integração de sistemas de missão, antes de sua entrada em serviço. Outro marco importante no trimestre foi o primeiro Embraer Defense Day nos Estados Unidos; um evento durante o qual o C-390 Millennium e o A-29 Super Tucano foram apresentados a autoridades governamentais, oficiais militares, clientes potenciais e parceiros, em nossas instalações em Melbourne, Flórida. A seleção do C-390 por países das regiões EMEA e Ásia-Pacífico ainda não foi incorporada à carteira de pedidos, o que representa uma fonte significativa de potencial crescimento para os próximos trimestres. A carteira de pedidos de Defesa & Segurança foi de US$ 2,4 bilhões (-4% na comparação trimestral) no primeiro trimestre de 2024.

A unidade de Serviços & Suporte continua a ser um dos principais drivers do crescimento da Embraer por meio de uma combinação de excelência operacional, experiência do cliente e soluções inovadoras. A carteira de pedidos da Embraer Serviços & Suporte encerrou o período em US$ 3,1 bilhões no primeiro trimestre de 2024, valor estável em relação ao trimestre anterior.

A Aviação Comercial registrou uma carteira de pedidos de US$ 11,1 bilhões, ou US$ 2,3 bilhões mais em relação ao último trimestre de 2023.O destaque do trimestre foi o acordo com a American Airlines para 90 E175s, com direitos de compra para outros 43 jatos adicionais. O pedido da companhia aérea tem o objetivo de atender à demanda doméstica nos Estados Unidos. Além disso, a Embraer entregou um E195-E2 para a Azorra, que voará sob a bandeira da Royal Jordanian. embraer registra

*Informações via Embraer

Mercado eleva projeções para Selic em 2024 e 2025, aponta Focus

 



Estimativa para a taxa de juros ao final de 2024 subiu a 9,50%. Para 2025, a projeção foi a 9%.

 

 

Selic

Analistas consultados pelo Banco Central passaram a ver menos afrouxamento monetário este ano e no próximo, embora tenham mantido a perspectiva de novo corte de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros Selic na próxima reunião.

A pesquisa Focus divulgada pelo BC nesta terça-feira, 23, mostra que a estimativa para a Selic ao final de 2024 subiu a 9,5%, de 9,13% na mediana das projeções antes. Para 2025, a projeção foi a 9%, depois de 19 semanas em 8,5%.

A Selic está atualmente em 10,75%, e os especialistas consultados pelo BC seguem vendo que ela será reduzida a 10,25% na reunião de 7 e 8 de maio do Comitê de Política Monetária (Copom). No entanto, para o encontro seguinte, em junho, passaram a ver corte de apenas 0,25 ponto percentual, contra 0,50 ponto na última semana.

As mundaças ocorrem na esteira de comentários do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reforçando a incerteza sobre a política monetária e de precificação majoritária no mercado de juros indicando corte de apenas 0,25 ponto percentual da Selic em maio — e não de 0,50 ponto, como vinha sinalizando o BC.

Na semana passada, Campos Neto apresentou diferentes cenários para o trabalho do BC à frente e citou uma eventual redução do ritmo de cortes da taxa básica de juros, sempre colocando como condicionante a evolução do nível de incerteza, principalmente no ambiente internacional.

Inflação e PIB

O Focus, levantamento que capta a percepção do mercado para indicadores econômicos, apontou ainda que a expectativa para a alta do IPCA aumentou a 3,73% e 3,60% respectivamente neste ano e no próximo, de 3,71% e 3,56% na semana anterior. Para os dois anos seguintes a conta segue em 3,50%.

O centro da meta oficial para a inflação em 2024, 2025 e 2026 é de 3,00%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

Para o Produto Interno Bruto (PIB), a estimativa de crescimento em 2024 melhorou em 0,07 ponto percentual, a 2,02%, enquanto que para 2025 segue em 2,0%.

segunda-feira, 22 de abril de 2024

Investimento na Margem Equatorial vai ajudar a financiar transição energética, diz Prates

 Jean Paul Prates assume presidência da Petrobras


 

presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou nesta segunda-feira, 22, que os investimentos na Marquem Equatorial vão ajudar a estatal a financiar a sua transição energética. O comentário foi feito durante a realização do Seminário Brasil Hoje, evento realizado pela Esfera Brasil, onde o executivo comemorou o fato de o Brasil ter alcançado no último sábado 18 anos de autossuficiência em petróleo.

Segundo Prates, o Brasil está destinado a ser o grande líder na transição energética. Dentro deste contexto, o executivo defendeu o papel da exploração na Marquem Equatorial, sendo a área da costa das regiões Nordeste e Norte o grande perímetro de concentração de petróleo possível para ser explorado pelo País após o pré-sal.

Prates avaliou que existem dois caminhos possíveis em termos de política energética. Se o Brasil optar por uma política mais ambiental mais rígida, no futuro o mercado brasileiro passará a importar petróleo, dado que a commodity continuará relevante nos próximos 50 anos. A outra alternativa é a Petrobras explorar a Margem Equatorial e fazer uso dos recursos para utilizar transformar a transição energética em realidade.

“Por que o Brasil é o líder na transição energética? Porque o País já antecipou boa parte dessa transição, com 88% da sua matriz energética renovável. Temos todos os recursos desde energia nuclear até a eólica”, afirmou Prates, citando que os investimentos que podem acontecer na Margem Equatorial podem se configurar como um exemplo perfeito em que é possível equilibrar o ganho do petróleo com a mudança do perfil energético nacional.

Durante coletiva com jornalistas, o executivo comentou que existem discussões acontecendo no Ibama. Segundo Prates, uma sonda realizou recentemente a perfuração da Bacia de Potiguar e deverá ser transferida para o Sudeste.

A previsão é que o equipamento ficará livre em outubro. Enquanto isso, o planejamento da estatal será avançar na busca pelas autorizações junto ao Ministério do Meio Ambiente (MMA) para, caso ocorra avanço na obtenção de licenças, a empresa consiga enviar o produto para a Margem Equatorial.

“Queremos fazer a Avaliação Preliminar Operacional (APO) antes de outubro. Esse é um grande simulado de operações onde a Petrobras tem condição de mostrar exatamente como funciona uma operação diante de um incidente ambiental”, afirmou Prates, sobre o próximo passo em conjunto com o MMA.

“Assim, o Ibama pode liberar a empresa para realizar a perfuração e assim descobrir onde há a existência do petróleo”, acrescentou Prates, reforçando que haverá apenas a prospecção para saber se na região de perfuração há ou não petróleo.

O processo entre fase inicial de exploração de petróleo até a produção comercial deve levar de seis a oito anos, conforme Prates mencionou durante o evento.