A Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE), que representa agências e bancos de fomento, vai assinar nos próximos dias um acordo de cooperação técnica com o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) para acelerar as linhas de microfinanças do Acredita, o programa de crédito lançado nesta segunda-feira, 22, pelo governo federal.
As operações de microcrédito terão como foco o público do Cadastro Único (CadÚnico), e contarão com garantia do Tesouro, através de um fundo administrado pelo Banco do Brasil. Neste ano, serão R$ 500 milhões no fundo, e o governo espera que as garantias gerem R$ 12 bilhões em crédito.
O presidente da ABDE, Celso Pansera, afirma que o Sistema Nacional de Fomento (SNF) deve ajudar na implementação do Acredita. “O lançamento de melhorias nos programas atuais, além da criação de novos incentivos, gera boas perspectivas para o segmento e é visto como uma oportunidade para o crescimento do setor e da economia brasileira”, diz ele em nota.
Os bancos e agências de fomento têm programas próprios em paralelo aos do governo. Segundo a ABDE, das 34 instituições associadas, 26 têm carteira de microcrédito. As operações de Microcrédito Produtivo Orientado tiveram R$ 10,8 bilhões desembolsados no ano passado, através de 4 milhões de operações.
Além disso, o Sebrae, que é associado à ABDE, vai expandir as linhas do chamado Fundo de Aval para a Micro e Pequena Empresa (Fampe), para conceder mais R$ 30 bilhões nos próximos três anos. A ideia é triplicar a carteira atual, e para tanto, o Sebrae capitalizou o fundo, que chegou a R$ 2 bilhões em patrimônio líquido.
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