quinta-feira, 25 de abril de 2024

 ASSAÍ BARRA DA TIJUCA | Assaí Atacadista


  No primeiro trimestre de 2024, o Assaí Atacadista atingiu um faturamento de R$ 18,8 bilhões, o que representa crescimento de 14% em relação ao mesmo período do ano passado. Já o lucro líquido foi de R$ 93 milhões, montante 19,2% superior ao reportado no mesmo intervalo de 2023. Segundo a rede, o desempenho é reflexo da maturação das 115 lojas inauguradas nos últimos três anos, que apresentaram incremento de 5,2% nas vendas ‘mesmas lojas’ em relação ao primeiro trimestre de 2023. A empresa também registrou um crescimento de 38% no Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização).


Plano de Expansão 

  A rede encerrou o trimestre com 292 lojas em operação após a inauguração de 4 lojas orgânicas nas regiões Norte - uma no Amapá; Centro-Oeste - uma no Mato Grosso; e Sudeste - duas unidades em São Paulo. Nos últimos 12 meses, 28 unidades foram inauguradas, sendo 14 conversões e 14 lojas orgânicas, representando uma expansão de 11,5% da área de vendas em relação ao mesmo período do ano anterior. A rede avançou ainda na sua estratégia phygital, com o aumento de mais de 1 milhão de clientes nos últimos 3 meses no app Meu Assaí, superando a marca de 13 milhões de clientes cadastrados no primeiro ano de operação.

 

 https://gironews.com/atacado-cash-carry/assai-tem-crescimento-nas-vendas-e-alcanca-faturamento-de-r-188-bilhoes-no-1o-trimestre-de-2024/



Uso de baterias cresceu mais que quase todas as outras tecnologias de energia limpa em 2023

 


O crescimento no segmento de baterias foi maior que o de quase todas as outras tecnologias de energia limpa em 2023, apontou o relatório especial da Agência Internacional de Energia (AIE) sobre Baterias e Transições Energéticas Seguras – o primeiro sobre o assunto.

A AIE defende que o uso de baterias precisará aumentar significativamente até o fim da década para possibilitar o alcançamento das metas climáticas. “Nesse cenário, a capacidade global de armazenamento de energia aumentará seis vezes até 2030 em todo o mundo, com as baterias respondendo por 90% do aumento e a energia de hidrelétricas, pela maior parte do restante”, diz trecho do documento.

Em 2023, o desempenho superior foi apoiado por custos 90% mais baixos que 15 anos atrás, avanço na inovação e políticas de estimula à indústria, que ajudaram a aquecer a demanda, afirma a AIE.

A instituição contextualiza que mais de 90% da demanda por baterias vem do setor de energia. Os dados mostram que, em 2023, a utilização de baterias no setor da energia aumentou mais de 130% em relação a 2022, com 42 gigawatts a mais nos sistemas elétricos do mundo. No setor de transportes, as baterias permitiram que as vendas de automóveis elétricos aumentassem de 3 milhões em 2020 para quase 14 milhões em 2023, afirma a AIE.

Assembleia da Petrobras aprova pagamento de 50% dos dividendos extras

 


Petrobras

Os acionistas da Petrobras aprovaram em assembleia nesta quinta-feira,25, o pagamento de 50% dos dividendos extraordinários possíveis do exercício de 2023.

A Petrobras informou em fato relevante que a remuneração total aos acionistas referente ao exercício de 2023 somou R$ 94,35 bilhões, já incluindo cerca de R$ 22 bilhões em dividendos extraordinários, segundo aprovação em assembleia.

 

https://istoedinheiro.com.br/assembleia-da-petrobras-aprova-pagamento-de-50-dos-dividendos-extras/

 

Cashback, cesta básica, profissões com menos imposto: o que muda com a regulamentação da reforma

Projeto detalha como será a simplificação dos impostos sobre o consumo e define desonerações, como a da cesta básica e da atividade de 18 profissões

Haddad entrega regulamentação da reforma tributária ao Congresso (Crédito: Marina Ramos / Câmara dos Deputados)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, enviou ao Congresso Nacional nessa quarta-feira (24/04) a primeira proposta de regulamentação da reforma tributária. O projeto de lei complementar trata das regras para os impostos criados pela reforma, aprovada em 2023 e que pretende simplificar o regime de tributação sobre o consumo no país.

No lugar do antigo arranjo de tributos federais, estaduais e municipais, que tinham uma alíquota média total de 34%, o governo propõe um Imposto sobre Valor Adicionado (IVA) de 26,5%.

A regulamentação total da reforma tributária deve ocorrer entre 2024 e 2025, a depender da aprovação de deputados e senadores. A transição para o novo modelo está prevista para começar em 2026. Segundo o governo, o objetivo é manter a atual carga tributária durante o processo de transição.

Confira os principais pontos da proposta do governo:

Novos impostos

O texto define que o IVA será composto por dois tributos: a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), gerido pela União; e Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), gerido por Estados e municípios.

O IVA entrará no lugar de três tributos federais (PIS, Cofins e IPI), um estadual (ICMS) e um municipal (ISS). A proposta prevê uma alíquota média de 26,5%, podendo variar entre 25,7% e 27,3%, segundo informou o secretário extraordinário da Reforma Tributária, Bernard Appy.

‘Imposto do pecado’

Foi criado ainda o Imposto Seletivo (IS), de natureza regulatória, para desestimular o consumo de bens prejudiciais à saúde e ao meio ambiente. Essa taxa será cobrada sobre veículos, embarcações e aeronaves, produtos fumígenos (cigarros, cigarrilhas, charutos, tabaco, entre outros), bebidas alcoólicas (com alíquota específica que varia de acordo com o teor alcóolico), bebidas açucaradas e bens minerais extraídos.

A lista não incluiu alimentos ultraprocessados, apesar da indicação de especialistas da área da saúde em defesa da cobrança sobre esses produtos.

As alíquotas do Imposto Seletivo ainda não foram definidas.

Cashback para mais pobres

O projeto cria também um sistema de devolução personalizada de impostos, popularizado pelo termo em inglês “cashback”, para a população mais pobre.

Famílias com renda per capita de até meio salário mínimo (o equivalente a R$ 706 atualmente) inscritas no Cadastro Único dos programas sociais do governo terão direito a receber de volta até 50% dos tributos na conta de luz, água, esgoto e gás natural, e de até 100% na aquisição do gás de botijão.

Produtos da cesta básica com alíquota zero

O governo listou 18 categorias de produtos da cesta básica nacional que serão integralmente desonerados. A seleção considerou a diversidade regional e cultural da alimentação do país e quais alimentos são mais consumidos pela população de baixa renda.

Os produtos com a alíquota zero previstos são: arroz, leite, manteiga, margarina, feijões, raízes e tubérculos, cocos, café, óleo de soja, farinhas em geral, açúcar, massas alimentícias, pão do tipo comum, ovos, produtos hortícolas e frutas. A única proteína da lista de itens isentos é o ovo.

Já os produtos que terão redução de 60% das alíquotas de IBS e CBS incluem: carnes bovina, suína, ovina, caprina e de aves e produtos de origem animal, peixes (exceto salmonídeos, atuns; bacalhaus, hadoque, saithe e ovas e outros subprodutos), crustáceos (exceto lagostas e lagostim) e moluscos, leite fermentado, bebidas e compostos lácteos, queijos, mel, mate, tapioca, sal, sucos e polpas de fruta.

Também terão desoneração de 60% produtos de higiene pessoal e limpeza, entre eles sabonete, pasta de dente, papel higiênico, água sanitária e sabões em barra.

Segundo o Ministério da Fazenda, a carga tributária média dos alimentos favorecidos vai cair de 11,6% para 4,8%. No caso dos mais pobres, cairá para 3,9%, após o cashback.

Menos imposto para 18 profissões

Foi proposta ainda a redução em 30% das alíquotas da CBS e do IBS sobre a prestação de serviços de 18 profissões regulamentadas de natureza científica, literária ou artística. Considerando a alíquota média de 26,5% para os novos tributos, os serviços desses profissionais seriam de 18,6%.

As profissões com desoneração são: administradores, advogados, arquitetos e urbanistas, assistentes sociais, bibliotecários, biólogos, contabilistas, economistas, economistas domésticos, profissionais de educação física, engenheiros e agrônomos, estatísticos, médicos veterinários e zootecnistas, museólogos, químicos, profissionais de relações públicas e técnicos industriais e agrícolas.

Serviços de educação

A proposta ainda reduz em 60% a CBS e o IBS de serviços de educação, como ensino infantil, fundamental, médio, técnico, superior, ensino para jovens e adultos, ensino de sistemas linguísticos, de natureza visual-motora e de escrita tátil, ensino de línguas nativas de povos originários e educação especial destinada a portadores de deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.

 

 https://istoedinheiro.com.br/o-que-deve-mudar-com-a-regulamentacao-da-reforma-tributaria/

 

Stellantis vai investir R$ 13 bi em Pernambuco, 43% do total previsto no Brasil até 2030

 Fusão FCA e Groupe PSA, Stellantis divulga logo oficial ...


Menos de dois meses após o anúncio do ciclo de investimentos que prevê R$ 30 bilhões no Brasil entre 2025 e 2030, a Stellantis revelou nesta quinta-feira, 25, que R$ 13 bilhões – ou seja, 43% do total – serão desembolsados na fábrica do grupo em Goiana, no norte de Pernambuco. A confirmação aconteceu durante reunião dos diretores da montadora com a governadora do Estado, Raquel Lyra.

Sem antecipar mais informações, como os nomes dos carros que entrarão nas linhas de montagem de Pernambuco, a montadora abre apenas que estão previstos novos modelos, alguns deles inéditos no mercado brasileiro. As plataformas que serão instaladas nas fábricas da Stellantis dentro do novo ciclo de investimentos permitirão a produção tanto de carros convencionais, movidos a gasolina ou a etanol, quanto veículos híbridos ou puramente elétricos.

O plano contempla ainda a ampliação do parque de fornecedores no entorno da fábrica de Goiana, dos atuais 38 para mais de 100 nos próximos anos. O objetivo, no caso, é aproximar os fornecedores de peças do polo da Stellantis na região para reduzir custos de logística, dada a preocupação da montadora em preservar a competitividade da fábrica após o fim, em 2033, dos incentivos à produção de automóveis no Nordeste.

Atualmente, são produzidos em Goiana as picapes Toro, da Fiat, e Rampage, da Ram, além de três utilitários esportivos da marca Jeep: Commander, Compass e Renegade. As fábricas do grupo são, porém, flexíveis para absorver outras marcas. Em entrevista a jornalistas antes do anúncio dos investimentos em Pernambuco, o presidente da Stellantis na América do Sul, Emanuele Cappellano, frisou que as escolhas de onde o grupo produz seus lançamentos são baseadas na eficiência de produção que cada fábrica pode oferecer ao produto.

Dentro do maior plano de investimentos já anunciado por uma montadora no Brasil, a Stellantis terá quatro novas plataformas de produção, de onde sairão carros híbridos, e prevê lançar 40 modelos na América do Sul até 2030. A montadora ainda não revela como irá distribuir os R$ 17 bilhões restantes do ciclo entre as duas outras unidades industriais brasileiras: em Betim (MG), onde são produzidos carros da Fiat, e Porto Real (RJ), fábrica da marca francesa Citroën.

Assim como já tinha garantido em entrevista ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) no início do mês, Cappellano assegurou que todas as fábricas receberão investimentos para produção das novas tecnologias.

Na Argentina, a montadora vai investir outros R$ 2 bilhões a partir do ano que vem. No ciclo que está sendo finalizado neste ano no país vizinho, iniciou a produção, com lançamento em breve, do Peugeot 2008, seu primeiro utilitário esportivo montado na Argentina, fruto de investimentos de mais de US$ 270 milhões na fábrica de El Palomar, na província de Buenos Aires. “Seguramos um pouco esse anúncio, esperando para ver o cenário político e econômico da Argentina, mas está na hora de lançar esse novo produto”, comentou Cappellano.

Ainda que esteja nos planos a produção de carros puramente elétricos, mais caros e cuja infraestrutura de recarga ainda é incipiente no Brasil, a Stellantis pretende calibrar as tecnologias que serão produzidas nas novas plataformas de acordo com a demanda do mercado. Conforme Cappellano, a melhor forma de alcançar metas de emissões com menor impacto em custo é combinar os propulsores elétricos com motores flex ou movidos exclusivamente a etanol. “É uma tecnologia que custa muito menos do que um carro elétrico … O compromisso que nós temos é olhar a tecnologia, a descarbonização, mas também que caiba no bolso das famílias brasileiras”, comentou o presidente da Stellantis na América do Sul.

quarta-feira, 24 de abril de 2024

Portugal reconhece culpa por escravidão no Brasil e fala de reparação

 


Marcelo Rebelo reconhece a responsabilidade de Portugal por crimes cometidos durante período colonial e cita "pagar os custos da escravidão" 
 
 
 
 
 

O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa em conversa com correspondentes estrangeiros nesta terça-feira (23) afirmou que o país assume responsabilidade por crimes cometidos contra nações como o Brasil durante o período colonial e mencionou a necessidade de reparação.

“Temos que pagar os custos (pela escravidão). Há ações que não foram punidas e os responsáveis não foram presos? Há bens que foram saqueados e não foram devolvidos? Vamos ver como podemos reparar isso”, declara.

O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, reconheceu culpa por escravidão contra Brasil e fala em reparação

O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa.Reuters/ Pedro Nunes

Ativistas segundo a Reuters, concordam  com a importância das retratações e as políticas públicas para combater as desigualdades causadas pelo passado de Portugal.

“Pedir desculpas é a parte fácil. Temos que pagar os custos da escravidão. Há ações que não foram punidas e os responsáveis não foram presos? Há bens que foram saqueados e não foram devolvidos? Vamos ver como podemos reparar isso”, disse o presidente português.

Portugal: histórico de escravidão  e colonialismo

Portugal foi o país que mais escravizou africanos na era colonial, chegando a 6 milhões, metade do total estimado por todos os países europeus. Em 2023, Rebelo de Sousa já havia afirmado que o país devia desculpas pela escravidão transatlântica e pelo colonialismo.

No Brasil, o Ministério de Direitos Humanos (MDH) tem buscado implementar políticas de memória, a exemplo do projeto “Memória e Verdade sobre a Escravidão e o Tráfico Transatlântico e alguns projetos”.

 

 https://iclnoticias.com.br/portugal-reconhece-culpa-de-escravidao-brasil/

Conheça a mulher que inspirou Lula a criar linha de crédito para MEIs e autônomos

 


Tita teme que seja impossível mudar a maneira como os bancos, até mesmo os públicos

 
 Conheça a mulher que inspirou Lula a criar linha de crédito para MEIs e autônomos

Por Heloísa Villela

 

A depressão profunda e o pavor de sair de casa estão sob controle. Mas Maria Cristina Tita Dias ainda não consegue entrar no bar da família, na Vila Madalena–SP.

Essas são as consequências emocionais do trauma financeiro que Tita enfrenta desde a pandemia. Nesta segunda-feira (22) ela esteve no Palácio do Planalto para acompanhar o lançamento do programa Acredita e foi citada pelo presidente Lula como a inspiração da iniciativa.

Lula não mencionou o nome de Tita, manteve segredo, mas destacou que ela levou o presidente a brigar por alguma iniciativa do governo que desse socorro aos micro e pequenos empresários sufocados por dívidas contraídas na pandemia.

“Eu não vou falar o nome, mas aqui nesse plenário tem uma pessoa que também não vou dizer o gênero, que é por conta da situação dela que eu procurei o Haddad e falei: Haddad, nós precisamos fazer alguma coisa para ajudar as pessoas que têm um pequeno comércio, um pequeno restaurante, um pequeno bar, e que durante a crise da Covid essa pessoa se endividou e essa pessoa não consegue sair dessa dívida. Então, é preciso que a gente encontre uma solução. A solução foi encontrada e espero que essa pessoa saiba que foi por causa dela que nós criamos esse programa”, disse Lula.

Vários ministros do governo sabiam exatamente de quem Lula estava falando.

Em 2022, durante a campanha presidencial, Tita conseguiu marcar uma reunião dos candidatos Lula e Geraldo Alckmin com pequenos e microempresários em Jaraguá, no dia 17 de agosto.

A reunião teve uma dinâmica curiosa. No palco, Tita e outros participantes se dirigiram a Lula e Alckmin, sentados na plateia. Expuseram as necessidades e problemas que estavam enfrentando. Depois, eles trocaram de lugar. Foi então que disse aos integrantes da chapa: “A nossa recuperação vai passar pelo governo de vocês”.

Na ocasião, contou Tita ao ICL Notícias, Lula prometeu que, se fosse eleito presidente, não deixaria nenhuma microempresa fechar por conta de dívidas contraídas durante a pandemia.

Ela continua cobrando o cumprimento da promessa de campanha. Tita utilizou o Pronampe, Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, criado em 2020, para sobreviver à pandemia.

Na época, ela acreditava que em um ano reabriria o negócio e pagaria as dívidas, sem problemas. “Minha família tem esse bar há 24 anos. Como muitos pequenos, eu não tinha caixa, ou arrumava o dinheiro ou fechava”, conta.

A taxa de juros era baixa, baseada na Selic. Mas disparou e as dívidas de quem recorreu ao Pronampe se multiplicaram enquanto os estabelecimentos comerciais continuavam sem funcionar. “Imaginei que em março ou abril do ano seguinte já teríamos vacina e todos estariam de volta, pagaria minha dívidas. Mas chegamos lá e o estabelecimento ainda estava fechado”, recorda.

Por isso, contou Tita, tem gente hoje vendendo apartamento para limpar o nome na praça. “O que acontece na ponta não chega aqui”, diz, se referindo ao Palácio do Planalto.

Ela se afastou da política há cerca de 20 anos. Foi vereadora em São Paulo, diretora do Sindicato dos Bancários e fundadora do Partido dos Trabalhadores. Talvez por ter experiência na política, Tita se mobilizou em defesa dos microempresários.

O encontro com o então candidato Lula foi apenas uma das medidas. Mas ela acionou todos os canais possíveis para chamar a atenção para um problema que o governo agora mostrou interesse em resolver. Não sabe se vai dar certo e diz que muitos microempresários são céticos.

Essa é uma camada da população que, segundo as pesquisas, se interessa pouco por política, votou mais em Bolsonaro do que no PT nas duas últimas eleições presidenciais e não acredita que terá apoio do governo Lula para sair do poço do endividamento e nem para conseguir empréstimo bancário para crescer.

Lula no lançamento do programa de crédito para MEIs e autônomos

Lula no lançamento do programa de crédito para MEIs e autônomos. Foto: Agência Brasil

Bancos x MEIs

Com relação às dívidas, Tita está mais otimista. O programa do governo vai funcionar como uma espécie de Desenrola para os pequenos empreendedores.

Como disse ao ICL Notícias o ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte do Brasil, Márcio França, o programa Acredita foi criado para atender às pessoas espremidas entre os pobres, que contam com os programas sociais, e os ricos, que não precisam da ajuda do governo.

Em outras palavras, a intenção do governo é clara: conquistar uma parcela da classe média que tende a ser antipetista.

Tita teme que seja impossível mudar a maneira como os bancos, até mesmo os públicos, analisam os microempresários, e que o acesso ao crédito continue sendo proibitivo.

No Acredita, a previsão é de taxas de juros baseadas na Selic com um acréscimo de 5%. Seria algo em torno de 15,75% ao ano. Um patamar que ela considera muito alto para a grande maioria da categoria.

Outra dúvida que Tita levantou: pelo Acredita, os pequenos e os microempresários vão poder pedir emprestado até 30% do faturamento anual de suas empresas. E se for o negócio de uma mulher, até 50%, “porque elas são boas pagadoras”, disse Lula. Mas ela questiona se haverá dinheiro no banco para isso. Se o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal terão volume de recursos suficiente para atender todo mundo, caso a demanda seja alta.

A experiência com o Pronampe deixou marcas. Na época, os empreendedores podiam pedir até 30% do faturamento em empréstimo. Mas não havia dinheiro disponível e, na prática, os bancos limitaram o crédito em até R$ 150 mil por empresário.

Ainda endividada e decidida a encontrar uma solução para a categoria, Tita promete continuar na luta. Vai ao Congresso conversar com os deputados, explicar o que passam os donos de pequenos restaurantes, bares, padarias…

Assim como fez com o candidato — agora presidente — Lula, ela vai levar um pouco da vida real aos políticos de Brasília porque foi assim que ela viu nascer o Acredita, com suas possibilidades e limitações, mas com base na realidade concreta em que vivem os empreendedores e candidatos a microempresários do país.

 

 https://iclnoticias.com.br/a-mulher-que-inspirou-lula-credito-para-meis/