sexta-feira, 10 de maio de 2024

CNI e Fiergs propõem ao governo medidas emergenciais para facilitar comércio exterior para RS

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A Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs) apresentaram à Secretaria de Comércio Exterior (Secex) e à Câmara de Comércio Exterior (Camex) propostas para adoção de medidas emergenciais e temporárias que facilitem o comércio exterior e auxílio adicional à população do Estado do Rio Grande do Sul, em calamidade pública por causa das fortes chuvas. A indústria defende que a inspeção de cargas importadas com bens de ajuda humanitária, suprimentos essenciais e produtos perecíveis, como alimento e medicamentos, seja acelerada.

“As medidas são particularmente relevantes para viabilizar ajuda, mas também porque o Rio Grande do Sul é o segundo Estado com maior concentração de empresas exportadoras do Brasil, com 11,1%. São quase três mil exportadores, mais de 50% de médio e grande portes”, destaca a CNI em nota.

As entidades afirmam que, neste momento, é preciso agilizar a liberação de cargas, com foco em insumos para indústria e a população; e autorizar o reconhecimento tanto físico como digital de documentos e certificados para acelerar a liberação de produtos importados e exportados. Essas medidas, segundo a CNI, ajudariam a minimizar os impactos das enchentes no Estado, garantindo acesso tempestivo da população gaúcha a itens essenciais, criando ambiente favorável à retomada da atividade econômica e a reconstrução do Estado.

“O Rio Grande do Sul é extremamente importante para o setor industrial brasileiro, dada a relevância e a diversidade do tecido empresarial gaúcho. Precisamos agora olhar tempestivamente, com ações paliativas de curto prazo, como a simplificação de processos aduaneiros que acelerem as operações de apoio, e de longo prazo, com medidas mais estruturantes de fomento ao comércio exterior. As propostas foram muito bem recebidas pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC)”, diz o presidente da CNI, Ricardo Alban.

O setor industrial defende ainda que o governo estabeleça mecanismo de financiamento emergencial, carência e renegociação voltado ao capital de giro, para ajudar na retomada das atividades das empresas exportadoras que foram afetadas pelo desastre natural.

Outra proposta apresentada é a desburocratização dos procedimentos para importação e exportação e facilitação das operações, adiando prazos de pagamento de encargos e taxas aduaneiras. CNI e Fiergs ainda pedem a ampliação do prazo máximo entre a contratação e liquidação do contrato de câmbio de exportação de 750 dias para 1,5 mil dias após o embarque da mercadoria. Para os financiamentos direcionados ao comércio exterior, como o Proex, as entidades defendem carência para os pagamentos.

“A situação que estamos vivendo é diferente do que enfrentamos durante a pandemia de covid-19. Há uma perda permanente de capital, danos significativos à infraestrutura e problemas logísticos que afetam diretamente a capacidade de recuperação econômica. O processo de reconstrução exigirá medidas extraordinárias”, afirma o presidente em exercício da Fiergs, Arildo Bennech Oliveira.

Governo cria malha aérea emergencial para atender o RS

 

Canoas receberá cinco voos diários 
 
 
Aeroportos regionais em Santa Catarina e no Paraná ampliam oferta tendo como destino a Base Aérea de Canoas

 

O Ministério de Portos e Aeroportos anunciou na quinta-feira (9), em Brasília, a disponibilização de uma malha aérea emergencial com 116 voos comerciais semanais para atender a população do Rio Grande do Sul, afetada por fortes chuvas e enchentes, que obrigaram o fechamento, por tempo indeterminado, do Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, que permanece com pista, pátio e saguão completamente alagados. Antes do fechamento, o aeroporto da capital gaúcha estava entre os dez mais movimentados do país e representava quase 90% do volume de passageiros transportados em todo o estado.

Segundo o ministro Sílvio Costa Filho, dos doze aeroportos existentes hoje no Rio Grande do Sul, seis terminais farão parte do plano emergencial, com ampliação de voos e número de passageiros, além da Base Aérea de Canoas, na região metropolitana, que se tornou o principal centro logístico para a chegada de cargas e operações de resgate, e que poderá receber cinco voos comerciais diários e até 35 por semana. Ao todo, segundo o governo, serão 53 voos semanais operando nos aeroportos de Caxias do Sul, Santo Ângelo, Passo Fundo, Pelotas, Santa Maria e Uruguaiana, no interior do estado. Além disso, os aeroportos de Florianópolis, Chapecó e Jaguaruna, em Santa Catarina, também farão parte do plano para apoio à população do Rio Grande do Sul, com ampliação de frequências e número de assentos.

Os aeroportos regionais gaúchos e catarinenses estão operacionais e as principais companhias aéreas estão disponibilizando a venda de bilhetes para os novos voos. As principais ligações aéreas, nessa primeira fase, serão os aeroportos de Guarulhos, na Grande São Paulo, e Viracopos, em Campinas (SP), além do aeroporto Afonso Pena, em Curitiba. O Ministério de Portos e Aeroportos explicou que a malha aérea emergencial amplia de 7 mil para 13 mil os assentos semanais em voos para o Rio Grande do Sul e Santa Catarina. O volume representa uma fração do que o Aeroporto de Porto Alegre ofertava quando estava em funcionamento, transportando 100 mil passageiros por semana. "Vamos avançar na aviação regional. Naturalmente, conforme a demanda da população, a gente vai ampliando o número de voos regionais, para que a sociedade brasileira, sobretudo o povo do Sul, possa ter acesso aos voos que são tão importantes para o estado", afirmou Costa Filho.

 

Base Aérea de Canoas

 
O início dos voos comerciais para a Base Aérea de Canoas ainda não tem data marcada e deve levar, pelo menos, alguns dias. A operação será toda coordenada pela Fraport, a concessionária que administra o aeroporto de Porto Alegre. "A Fraport assumiu a operação, está estruturando o aeroporto [de Canoas], o que vocês sabem que leva alguns dias. E a gente espera que a Fraport possa o quanto antes iniciar os cinco voos diários", explicou o ministro. A estruturação inclui montagem da logística, adaptação do terminal de passageiros, montagem de equipamentos de raio-X, escadaria de acesso a aeronaves, segurança e logística de bagagens, entre outros serviços essenciais para a aviação civil.

A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), que atuou na construção do plano emergencial, informou que as principais companhias áreas do país estão interessadas e envolvidas na operação da nova malha aérea. "Todas as empresas aéreas, como Gol, Latam e Voepass, operam nessas seis bases [aeroportos regionais] que foram apresentadas, e têm interesse de operar, também, dentro da viabilidade operacional de segurança, na base área de Canoas, quando isso estiver regularizado para operação regular", afirmou Jurema Monteiro, presidente da entidade que representa as aéreas. Veja como fica a malha aérea emergencial no Rio Grande do Sul e Santa Catarina a seguir.

Aeroporto de Caixas do Sul (RS) | 25 voos semanais
Aeroporto de Santo Ângelo (RS) | 2 voos semanais
Aeroporto de Passo Fundo (RS) | 16 voos semanais
Aeroporto de Pelotas (RS) | 5 voos semanais
Aeroporto de Santa Maria (RS) | 2 voos semanais
Aeroporto de Uruguaiana (RS) | 3 voos semanais
Base aérea de Canoas (RS) | 35 voos semanais
Aeroporto de Florianópolis (SC) | 21 voos semanais
Aeroporto de Jaguaruna (SC) | 7 voos semanais
Aeroporto de Chapecó (SC) | aumento de capacidade da aeronave

Com Agência Brasi

Gigante de logística, Multilog aposta na tríplice fronteira; conheça o plano

 


Com foco no crescimento do comércio exterior entre Brasil, Argentina e Paraguai, empresa de logística integrada vai construir o maior porto seco da América Latina

 

 

"O novo terminal terá uma operação integrada entre as Receitas do Brasil Paraguai e Argentina, que tende a diminuir tempo, desburocratizar e simplificar processos”, diz Djalma Vilela, CEO da Multilog (Crédito:Divulgação)

A cerimônia de lançamento do Novo Porto Seco de Foz do Iguaçú, em 2 de maio, é mais um marco na história da Multilog, uma das maiores operadoras de logística integrada do Brasil. O projeto ousado, cujo tamanho será três vezes maior do que o porto seco atual, vai receber investimento de R$ 500 milhões e deixar a companhia entre as gigantes do Brasil. As obras terão início nos próximos meses e o porto começará a operar até o final de 2025.

Fundada há 30 anos, em Itajaí (SC), a Multilog vive seu melhor momento.
Em termos de expansão, a empresa cresceu mais de 10 vezes na última década, superando R$ 1 bilhão de faturamento em 2023.
Na área de unidades alfandegadas, a companhia já opera 13 unidades, contra três do segundo player neste mercado.
Para 2024, a projeção é crescer mais 10% de forma orgânica. A companhia ainda estuda realizar abertura de capital na Bolsa em 2025 para impulsionar a expansão via aquisições.

O porto seco de Foz do Iguaçu será o maior da América Latina. Para quem não está acostumado com o termo, porto seco é uma estação aduaneira, um terminal intermodal conectado por rodovias ou ferrovias, operando como transbordo de carga, onde são realizadas inspeções pelos órgãos federais do País na importação, como Receita Federal, Ministério da Agricultura, Ibama, entre outros.

Instalado às margens da rodovia BR-277 (que liga Foz do Iguaçu ao Porto de Paranaguá, no Paraná), fora da área urbana da cidade, o projeto vai aprimorar e alavancar as movimentações de cargas na região de tríplice fronteira entre Brasil, Paraguai e Argentina, além de gerar mais de 3 mil empregos diretos e indiretos, em sua área de 550 mil metros quadrados.

Durante o evento de lançamento o projeto (esq.), governador destacou que o novo porto seco (dir.) vai transformar o comércio exterior na região (Crédito:Douglas Guimaraes)

Segundo os dados da Receita Federal do Brasil, de cada 10 caminhões que atravessam a tríplice fronteira, sete passam pelo atual porto seco (que será desativado quando o novo for inaugurado).

O presidente da Multilog, Djalma Vivela, afirmou à DINHEIRO que o novo porto seco vai transformar a realidade do transporte de cargas. Além de maior e mais moderno, vai contar com a atuação dos órgãos federais do Brasil, Paraguai e Argentina trabalhando de forma integrada, reduzindo a burocracia e acelerando os processos de importação e exportação.

(Divulgação)

O atual posto de inspeção de Foz do Iguaçu já é o maior da América Latina em termos de movimentações de cargas terrestres. Também é operado pela Multilog desde 2016. Ele tem a capacidade de atender até 1 mil caminhões de uma vez. Movimentou em 2022 mais de US$ 6,5 bilhões em cargas transportadas por 201,2 mil caminhões, segundo a Receita Federal.

Segundo os estudos encomendados para aprovar a construção, as movimentações de carga podem triplicar a partir de 2025 com a nova infraestrutura integrada. Além disso, por se localizar fora do perímetro urbano, as operações não irão impactar o trânsito da cidade, que vai receber uma nova avenida Perimetral Leste, duplicação de avenidas e uma nova ponte de ligação com o Paraguai, a Ponte da Integração, obras que serão inauguradas junto com o porto seco.

A expectativa da Multilog para a Tríplice Fronteira passa pelo escoamento da produção agrícola dos três países. Com a perspectiva de melhora da economia na Argentina, de o Paraguai seguir crescendo e também de incremento do escoamento da produção agrícola do Paraná, essa região vai se beneficiar de uma estrutura adequada para atender o aumento da movimentação de mercadorias pelo porto.

O governador do Paraná, Ratinho Junior, disse que o empreendimento é um momento histórico para alavancar o desenvolvimento econômico da região, do estado e dos países da tríplice fronteira, e pode transformar o Paraná no maior hub logístico da América do Sul. “Temos uma posição geográfica privilegiada, mas era necessário dar um salto de qualidade para sermos um centro logístico”, afirmou o governador, ao destacar os recursos de R$ 300 milhões que o estado está investindo em infraestrutura na região.

ESTRUTURA

A estrutura inclui a área de pátio de 197 mil metros quadrados destinada aos caminhões, uma área de armazenagem e vistoria de 7,2 mil metros quadrados de área coberta fechada, incluindo mais de 600 metros quadrados de câmara fria, com três docas exclusivas para o armazenamento de produtos que necessitam de temperaturas controladas.
A estrutura será equipada com balanças de elevada precisão e scanners.
O complexo contará também com uma área de 1,9 mil metros quadrados destinada aos motoristas, dividida em oito espaços distintos, sendo sete deles internos ao porto seco, e um externo, localizado no bolsão de acesso, com sanitários e áreas para descanso e permanência.

O prefeito de Foz do Iguaçu, Chico Brasileiro, disse que a conclusão do empreendimento vai permitir à cidade ser uma das mais desenvolvidas do País, tanto sob o ponto de vista logístico quanto da geração de empregos, do fortalecimento da economia e da criação de novas áreas de desenvolvimento comercial, além de desafogar o tráfego de caminhões que hoje circulam pela cidade para acessar o atual porto seco. “Já estamos planejando abrir novas ruas e avenidas e transfererir a sede da Prefeitura para a região de Três Lagoas”, afirmou.

A Multilog tem hoje mais de 2,8 mil funcionários preparados para atender demandas de modelos logísticos simples e complexos e conta com 35 unidades distribuídas nos principais corredores de importação e exportação do Brasil, nos seguintes estados:
 Bahia (Salvador),
 São Paulo (Barueri, Campinas, Santos, São Paulo e Sumaré),
Paraná (Curitiba, Foz do Iguaçu e São José dos Pinhais),
Santa Catarina (Dionísio Cerqueira, Itajaí e Joinville),
e Rio Grande do Sul (Jaguarão, Santana do Livramento e Uruguaiana).

Entrevista
Djalma Vilela – CEO da Multilog

“O ipo vai acontecer quando houver ambiente para isso”

A projeção de crescimento de 10% em 2024 será impulsionada por qual segmento? E qual é a projeção para os próximos anos?
Estamos trabalhando muito com commodities agrícolas, granel, muita importação de milho do Paraguai, pois no Brasil ainda há um déficit de insumos que precisam ser importados. Para os próximos anos, trabalhamos com expectativa de crescer entre 5% e 10%, sempre acima da inflação, e essa obra aqui em Foz prevê dobrar esse nível, por isso nós compramos o terreno de 550 mil metros quadrados, projetando esse crescimento da tríplice fronteira.

Qual será o impacto do novo Porto Seco nos resultados da Multilog e na logística da região da Tríplice Fronteira?
Nos resultados da Multilog, o impacto será expressivo. Falando de volume, no mês de abril, processamos 36 mil caminhões nas operações de fronteiras, o melhor mês da história da companhia. Só em Foz do Iguaçu, foram processados 16 mil caminhões, onde teremos a capacidade triplicada. Sobre a logística da região, a gente trabalha com a questão da integração. Hoje, em nosso porto, o da Argentina e o do Paraguai, no novo terminal vai haver uma operação integrada, que tende a diminuir tempo, desburocratizar e simplificar processos. A Receita Federal do Brasil, do Paraguai e da Argentina vão trabalhar no mesmo terminal.

A Multilog planeja fazer um IPO? Qual expectativa de captação?
Estamos estruturando esse movimento estratégico. Não há uma janela para IPO neste momento, no ano passado não teve, nem neste atual, mas estamos atentos e conversando com os faria-limers, para quem sabe no ano que vem (2025). A gente trabalha na expectativa de captar de R$ 1 bilhão a R$ 1,5 bilhão, dinheiro que será investido em expansão. Compramos quatro empresas nos últimos três anos, mas entendo que temos um caminho grande de consolidação, temos uma importância interessante no mercado, mas que pode avançar mais, Hoje o Brasil tem mais de 1 mil operadores logísticos e o maior player não chega a 5% de market share.

 

 https://istoedinheiro.com.br/gigante-de-logistica-multilog-aposta-na-triplice-fronteira-conheca-o-plano/

Desastre no RS não tem impacto em ratings de empresas, mas eleva desafio fiscal, diz S&P Global

 

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A S&P Global informou que as enchentes no Rio Grande do Sul não têm, por ora, impacto nos ratings de empresas afetadas pelo desastre ambiental. Entretanto, a agência de classificação de risco pondera que haverá no curto prazo perdas de estoques, produção e vendas.

Já no médio prazo podem persistir pressões inflacionárias maiores do que se antecipava e gargalos logísticos. Em paralelo, os danos às operações de algumas companhias serão permanentes.

A S&P Global observa, no entanto, que a visibilidade da extensão dos estragos causados pela tragédia é hoje limitada.

A catástrofe natural deve ter implicações fiscais severas ao governo do Rio Grande do Sul, que não tem notas da S&P Global.

Em paralelo, o socorro do governo federal ao Estado deve exacerbar a sua dificuldade em equilibrar as contas públicas primárias.

Em relação à inflação e ao crescimento econômico do País neste ano, a avaliação é de que o impacto será marginal ou moderado.

Segundo relatório sobre as enchentes no Rio Grande do Sul, que não representa uma ação de rating, muitas das empresas do Estado avaliadas pela agência retomaram as operações, após dias de paralisação.

As notas do Banrisul foram colocadas pela S&P em observação negativa, dada a perspectiva de perdas com seguros e do governo gaúcho, principal acionista do banco, enfraquecerem a qualidade de crédito.

Governo e Congresso chegam a acordo sobre desoneração da folha e volta gradual de imposto; entenda

 


Governo e Congresso fecham acordo para retomar imposto de forma gradual a partir de 2025

Governo e Congresso fecham acordo para retomar imposto de forma gradual a partir de 2025 (Crédito: Arquivo/Agência Brasil )

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), anunciaram que fecharam um acordo sobre a tributação dos 17 setores econômicos. Pelo acordo, a tributação não será alterada neste ano, e um escalonamento da cobrança começará a valer no ano que vem e se estenderá até 2028. A tributação sobre a folha de pagamentos do 13º salário só ocorrerá no último ano.

Com a concordância do Congresso, o próximo passo, segundo o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, é que o acordo seja formalizado pelo Supremo Tribunal Federal antes do próximo dia 20, quando começaria a cobrança.

A desoneração da folha de pagamentos foi instituída em 2011 para setores intensivos em mão de obra. Juntos, eles incluem milhares de empresas que empregam 9 milhões de pessoas. Por decisão do Congresso, a política foi prorrogada até 2027 pelo Congresso Nacional, mas acabou suspensa por uma decisão liminar do STF em ação movida pelo governo federal. A alegação é que o Congresso não previu uma fonte de receitas para bancar o programa.

A desoneração da folha substitui a contribuição previdenciária patronal de 20% sobre a folha de salários por uma taxação de 1% a 4,5% sobre a receita bruta.

Com o impasse provocado pela decisão judicial e na iminência do início da cobrança, representantes dos setores atendidos pelo programa abriram uma negociação com o governo. O pleito inicial era que a reoneração gradual só começasse em 2026 e que se alongasse até 2029, mas o Ministério da Fazenda não aceitou esticar a desoneração para além de 2027.

Em entrevista ao Estadão, Haddad afirmou que o governo ainda faz as contas para saber como vai compensar a renúncia da desoneração da folha no Orçamento deste ano, avaliada em cerca de R$ 20 bilhões.

Também ficou em aberto a solução para os pequenos municípios, que foram incluídos no programa de desoneração da folha de salários por iniciativa do Congresso no ano passado.

Na entrevista, o ministro afirmou que há outras alternativas para auxiliar os municípios, sem lançar mão da tributação previdenciária e deixou aberta a porta para uma reforma dos tributos que incidem sobre os salários no futuro.

“Os municípios eu penso que o problema é de outra natureza. Porque há alternativas que me parecem bem melhores do que corroer a base de arrecadação da Previdência. Eu penso que não é uma boa política você comprometer a Previdência. Isso vai acabar ensejando cortes futuros, reformas futuras que, em geral, acabam também recaindo sobre os mais pobres”, disse.

“Na minha opinião, a gente tem que, atendendo à reforma da Previdência, preservar a receita. A não ser que se faça uma reforma da tributação sobre a folha, o que é uma possibilidade, mas geral, que mantenha a arrecadação de maneira mais racional. Isso me parece muito oportuno, depois da reforma do consumo.”

Em entrevista à imprensa após a reunião com Pacheco, Haddad voltou a falar em um novo modelo de cobrança de tributos sobre as empresas.

“Se formos perseverantes, muito antes de 2027 teremos aprovação de um substitutivo para isso (cobrança sobre a folha de pagamentos), de alguma coisa que faça mais sentido do que o atual modelo. Todo mundo concorda que esse modelo está de certa forma ultrapassado”, disse Haddad.

“Tenho segurança em afirmar que, pela maturidade desse tema, em 2025 vai ser o ano de deliberar uma alternativa a isso, portanto, antes do prazo de reoneração (2028) devemos apresentar uma solução global”, reforçou o ministro.

Pacheco ressaltou nesta quinta que as empresas não serão taxadas neste ano.

“A mensagem prática, que precisa ser dada, é o compromisso do governo federal, do ministro da Fazenda de que no ano de 2024 mantém-se como está, a desoneração da folha, o recolhimento com base no faturamento, nos termos da lei”, disse o senador.

quinta-feira, 9 de maio de 2024

Encontro no ITA debate futuro da engenharia e inteligência artificial

 


Encontro no ITA debate futuro da engenharia e inteligência artificial
(Foto: Divulgação/ITA)

 

O Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) realiza, nos dias 16, 17 e 18 de maio, um debate sobre as possibilidades de uso de novas tecnologias como Inteligência Artificial (IA) e Internet das Coisas (IoT). As atividades vão acontecer no campus Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), em São José dos Campos (SP).

O chamado Engineering Education for the Future (EEF-2024), após um hiato de cinco anos, apresentará as principais mudanças que ocorreram neste período.

A programação contará com uma série de painéis e ciclos de debates para discutir o papel da Engenharia para o avanço econômico nacional e como a educação contribui com o processo de inovação na indústria do Brasil.

O evento é aberto ao público e as inscrições gratuitas podem ser feitas no site oficial.

Programação

Entre os destaques está o Fórum de Educação em Engenharia, que será apresentado em cinco mesas redondas.

No epicentro das discussões sobre o futuro da Engenharia, o EEF-2024 promete ser um marco para todos os interessados em moldar a próxima geração de engenheiros. Como evento multidisciplinar, organizado sob a égide do progresso educacional, o EEF-2024 busca antecipar as necessidades e os desafios que moldarão o futuro da Engenharia.

O EEF contará também com a Mostra ITA 2050, no dia 17 de maio, que promoverá uma jornada histórica pelos caminhos tecnológicos até os dias de hoje. Vitrines tecnológica e acadêmica estão programadas – com cerca de 30 expositores.

o epicentro das discussões sobre o futuro da Engenharia, o EEF-2024 promete ser um marco para todos os interessados em moldar a próxima geração de engenheiros. Como evento multidisciplinar, organizado sob a égide do progresso educacional, o EEF-2024 busca antecipar as necessidades e os desafios que moldarão o futuro da Engenharia.

O EEF contará também com a Mostra ITA 2050, no dia 17 de maio, que promoverá uma jornada histórica pelos caminhos tecnológicos até os dias de hoje. Vitrines tecnológica e acadêmica estão programadas – com cerca de 30 expositores.

ITA

O ITA está localizado na Praça Marechal Eduardo Gomes, 50 – Vila das Acacias, São José dos Campos.

BNDES diz que aprovações cresceram 91% e totalizam R$ 24,7 bi no 1º trimestre

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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) reportou que as consultas somaram R$ 61 bilhões no primeiro trimestre de 2024, uma alta de 68% ante o primeiro trimestre de 2023. As aprovações totalizaram R$ 24,7 bilhões no primeiro trimestre de 2024, uma alta de 91% ante o primeiro trimestre de 2023.

“A consulta cresce, antecedendo a aprovação e depois os desembolsos”, disse Aloísio Mercadante. “É um resultado muito forte, consistente e promissor.”

De acordo com o executivo, o cenário é de um excelente resultado, que por sua vez mostra uma instituição muito prudente.

Mercadante disse ainda que a demanda está muito forte no Fundo Clima, que traz medidas de descarbonização e digitalização da economia.

O executivo contou ainda que, no setor agropecuário, o BNDES deve aumentar sua participação no Plano Safra. “Temos linhas inovadoras, sempre com exigência de combate ao desmatamento”, acrescentou Mercadante. “Imagino que hoje agricultores do Rio Grande do Sul reconhecem como é importante enfrentar crise climática.”

Ainda em relação às novidades do BNDES, o presidente do banco afirmou que vai aproveitar a realização de encontro do G20 no Rio de Janeiro, em novembro, para apresentar uma série de produtos e inovações. “O G20 é uma vitrine para apresentar uma carteira inovadora, que traga mais investimentos, mais parcerias.”