Atuação:
Consultoria multidisciplinar, onde desenvolvemos trabalhos nas seguintes áreas: fusão e aquisição e internacionalização de empresas, tributária, linhas de crédito nacionais e internacionais, inclusive para as áreas culturais e políticas públicas.
Brasília,
13 – A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa
Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, a fusão entre as tradings
Bunge e Viterra. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira, 13.
O aval do órgão antitruste brasileiro veio após 11 meses do anúncio da operação entre as companhias norte-americana e canadense.
O negócio, anunciado em 13 de junho de 2023, é avaliado em cerca de US$ 8,2 bilhões em acordo de caixa e ações.
A
Bunge pagará aos acionistas da Viterra cerca de 65,6 milhões de ações
avaliadas em US$ 6,2 bilhões e cerca de US$ 2 bilhões em dinheiro. A
Bunge ainda assumirá US$ 9,8 bilhões da dívida da Viterra e recomprará
US$ 2 bilhões de suas próprias ações.
Em
um movimento de consolidação no setor de securitização, a Opea anunciou
nesta segunda-feira, 13, a aquisição da True Securitizadora, companhia
especializada na estruturação, emissão e distribuição de títulos de
securitização, como os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI). A
Opea anunciou também a aquisição da Maximus, empresa que atua na
assessoria e gestão de créditos.
A combinação dos negócios vai
criar uma empresa com mais de R$ 330 bilhões de ativos sob gestão,
incluindo a gestão direta de créditos, a gestão de Certificados de
Recebíveis, debêntures e de fundos de recebíveis (FIDCs).
Com as aquisições, a Opea passa a ter mais de 300 especialistas em soluções de crédito no Brasil, segundo o comunicado.
Fundada em 2010, a True já fez mais de R$ 82 bilhões e 860 operações no mercado de capitais.
A
partir desta segunda-feira, 13, os bancos vão iniciar a operação do
Desenrola Pequenos Negócios. Poderão participar microempreendedores
individuais (MEIs) e micro e pequenas empresas que faturem até R$ 4,8
milhões anuais.
As empresas poderão renegociar dívidas vencidas
até o dia 23 de janeiro deste ano, entrando em contato com os bancos
através dos canais oficiais de atendimento.
O
Desenrola Pequenos Negócios tem garantia do governo federal, aos moldes
do Desenrola para pessoas físicas, iniciado no ano passado e que
termina neste mês. A renegociação é importante para que o pequeno
empreendedor e o empreendedor individual possam obter recursos para
manter as suas atividades.
Como aderir ao programa
O
microempreendedor ou pequeno empresário deve contatar a instituição
financeira onde tem a dívida. A orientação é buscar os canais de
atendimento oficiais disponíveis (agências, internet ou aplicativo) e,
assim, ter acesso às condições especiais de renegociação dessas dívidas.
As
condições e prazos para renegociação serão diferenciadas e caberá a
cada instituição financeira, que aderir ao programa, defini-las.
De
acordo com a Febraban, somente os bancos cadastrados no programa
ofertarão condições de renegociação de dívidas. Caso contrário, a
sugestão é renegociar dívida mesmo assim ou, então, fazer a
portabilidade da dívida para uma instituição financeira cadastrada.
A
recomendação para as empresas que forem renegociar suas dívidas é que
busquem mais informações dentro dos canais oficiais dos bancos
cadastrados. “Não devem ser aceitas quaisquer ofertas de renegociação
que ocorram fora das plataformas dos bancos. Caso desconfie de alguma
proposta ou valor, entre em contato com o banco nos seus canais
oficiais”, orienta a Febraban.
Só entrarão nas renegociações as
dívidas vencidas há mais de 90 dias na data de lançamento do programa.
Não haverá limites para o valor da dívida nem de tempo máximo de atraso.
Crédito tributário
O
programa Desenrola Pequenos Negócios oferece incentivos tributários
para que bancos e instituições financeiras renegociem dívidas de
pequenas empresas. As instituições que aderiram ao programa têm direito a
um crédito presumido de impostos. Não haverá custo para o governo neste
ano porque a apuração do crédito presumido poderá ser realizada entre
2025 e 2029. Por meio do crédito presumido, as instituições financeiras
têm direito a abater de tributos futuros prejuízos em algum trimestre.
Segundo
o Ministério da Fazenda, o crédito tributário será calculado com base
no menor valor entre o saldo contábil bruto das operações de crédito
renegociadas e o saldo contábil dos créditos decorrentes de diferenças
temporárias. As diferenças temporárias são despesas ou perdas contábeis
que ainda não podem ser deduzidas do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica
(IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), mas que
podem ser aproveitadas como crédito tributário no futuro, o que é
permitido pela legislação tributária.
A concessão de créditos
tributários alavanca o capital dos bancos para a concessão de novos
empréstimos. Esse incentivo não gera nenhum gasto para 2024, e nos
próximos anos o custo máximo estimado em renúncia fiscal é muito baixo,
da ordem de R$ 1
8 milhões em 2025, apenas R$ 3 milhões em 2026, e sem nenhum custo para o governo em 2027.
A
Agência Brasileira de Cooperação (ABC), vinculada ao Ministério das
Relações Exteriores, e o Ministério de Portos e Aeroportos (MPor)
articulam com a Força Aérea Portuguesa um plano logístico para
transportar mais de 200 toneladas de doações arrecadas em Portugal para
as vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul. A intenção é usar
aeronaves de companhias aéreas e embarcações de empresas de navegação.
Em comunicado, o governo desmente informações de que teria recusado ou
taxado doações.
“Usadas ou novas, doações não foram
recusadas pelo governo federal e são isentas de tributação”, esclareceu o
Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC),
em nota divulgada neste sábado, 11.
Segundo
o comunicado, o governo brasileiro já tomou uma série de medidas para
tornar ágil o envio de doações do exterior para o Rio Grande do Sul.
Representantes do Ministério de Portos e Aeroportos (MPor), Casa Civil,
Ministério da Defesa e Ministério das Relações Exteriores estão
negociando com as companhias aéreas e empresas de navegação,
priorizando, num primeiro momento, o transporte aéreo de medicamentos e
equipamentos médicos.
O envio de uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) a Portugal para a missão foi considerado “contraproducente”.
“O
tempo de logística para tal missão seria de 35 horas. Nesse mesmo tempo
de trabalho, a FAB transporta 167 toneladas das 1.500 toneladas que já
se encontram em bases no Brasil para a Base Aérea de Canoas, no Rio
Grande do Sul. O volume transportado internamente pela FAB no mesmo
período de tempo é mais que oito vezes maior do que aquele que virá de
Portugal”, justificou o comunicado.
Na noite de ontem, 10, o
vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin anunciou a suspensão
temporária, válida por 30 dias, da proibição à importação de bens usados
mediante doação, desde que sejam destinados ao Rio Grande do Sul. Esse
prazo poderá ser prorrogado, dependendo da evolução do cenário de
calamidade no Estado, apontou o ministério. A medida foi publicada em
portaria da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do MDIC. A
importação de bens de consumo usados é proibida, enquanto a de bens de
capital usados (máquinas e equipamentos) só pode ser feita na ausência
de produção nacional.
“Diferentemente
do que narrativas falsas alegam, esse normativo não veda a doação de
itens novos. Doações internacionais de bens novos sempre foram – e
seguem sendo – permitidas. O que a Portaria faz é facilitar, por 30 dias
e para atender o Rio Grande do Sul, as doações de itens usados”,
ressalta a nota do MDIC.
As doações poderão ser
despachadas, tanto no modal aéreo quanto no aquaviário, por meio de
Declaração Simplificada de Importação em papel (DSI formulário),
Declaração Simplificada de Importação e Declaração de Importação
destinadas ao Estado do Rio Grande do Sul ou algum de seus municípios,
ficando assim isentas de impostos.
A embaixada brasileira
em Lisboa e os consulados brasileiros de Porto e Faro já estão
realizando a triagem dos donativos arrecadados em Portugal, para separar
os itens por categorias e conferir a validade de eventuais perecíveis.
Neste sábado, a FAB e o Exército enviaram 427 toneladas de alimentos para o Rio Grande do Sul, em operação aérea e terrestre.
A
juíza do plantão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS),
Fernanda Ajnhorn, determinou que a empresa Meta Plataforms, que gere o
Facebook, exclua, em 24 horas, as publicações com conteúdo de
desinformação que questionam a atuação do estado em ações de socorro às
vítimas da tragédia climática que atinge os municípios gaúchos. A ordem
atende a uma ação civil pública impetrada pelo Ministério Público do Rio
Grande do Sul (MPRS).
Na
mesma decisão, a magistrada determinou que autor das notícias
falsas “não poderá reiterar as afirmações, sob pena de aplicação de
multa no valor de R$ 100 mil”.
Segundo
o MPRS, sem provas, ele noticiou nos seus perfis nas redes sociais, de
grande alcance do público e com milhões de seguidores, que o governador
do estado do Rio Grande do Sul e a Brigada Militar “estariam obstando
que barcos e jet skis, de propriedade privada, realizassem
salvamentos e resgates na região de Canoas, por suposta ausência de
habilitação dos condutores destes meios de locomoção”.
Na decisão
liminar tomada na quinta-feira (9), a juíza levou em consideração a
calamidade pública decretada no Rio Grande do Sul, causada pelas fortes
chuvas que têm castigado o estado nas últimas semanas. Ela considerou
ainda os inúmeros prejuízos provocados pelos alagamentos, que deixam o
povo gaúcho em uma situação de vulnerabilidade.
“A disseminação de
informações inverídicas, sem embasamento na realidade sobre a atuação
estatal, atrapalha o delicado trabalho de socorro, gerando incerteza e
insegurança à população, com potencial de desestimular a ajuda da
sociedade civil”, apontou a magistrada em nota publicada no site do MPRS.
A Agência Brasil solicitou uma declaração da Meta Plataforms, mas não recebeu retorno até a publicação desta matéria.
Uma
das maiores franquias de bolos do Brasil, marca aposta em mais lojas,
internacionalização, gestão e portfólio diversificado — inclusive para
pets
Sodiê Doces: faturamento de R$ 640 milhões em 2023 (Crédito:Divulgação)
editora3i
Fundada em 1997, a massa levinha e fresca, de pão de ló, sempre foi a receita de sucesso da Sodiê Doces.
Embora ainda seja o grande trunfo, novos ingredientes foram adicionados
para fazer a marca crescer: uma pitada de diversificação do cardápio,
uma colher (bem cheia) de transparência na gestão para os franqueados e
uma dose elevada de novas lojas – dos formatos até a arquitetura. Com
isso, a rede paulista registrou faturamento de R$ 640 milhões em 2023,
15% mais do que em 2022. E com essa nova receita, a marca estima faturar
mais de R$ 700 milhões neste ano. A cereja do bolo é o acréscimo de
itens presenteáveis e produtos para pets. “É uma empresa com uma gestão inovadora e que atende todos os tipos de investidores e clientes”, afirmou Cleusa Maria da Silva, fundadora da Sodiê Doces.
Um dos responsáveis pelo mix dos novos ingredientes foi Fabio Araujo, diretor-geral da marca.
Desde a sua entrada em agosto de 2022, a companhia passou por várias
mudanças para se destacar diante de uma concorrência diversa, que vai
desde redes do setor e padarias até boleiras informais, e em
crescimento, devido ao impulso do delivery.
Para a empresa, que comercializa 550 mil bolos por mês,
a principal estratégia foi reduzir a dependência do carro-chefe da
casa, recheando o cardápio com opções de doces sem açúcar e veganos,
bebidas quentes e geladas, e com novidades na linha de salgados, como o
pão de queijo. Esse cardápio não foi desenvolvido apenas para oferecer
todos os produtos de uma festa. A proposta é também atrair cada vez mais
o cliente para o consumo no local.
E para a receita continuar crescendo, mais dois ingredientes: bolos e muffins para gatos e cachorros e chocolates para presentes
(barras, trufas e caixas de bombom). Ambos os produtos estão previstos
para lançamento em julho deste ano. O primeiro, com linha voltada para
pets, pode parecer uma porção de ousadia da rede.
Mas, segundo pesquisa da YouGov, nos Estados Unidos,
quase metade dos “pais de pet” celebram os aniversários de seus animais
de estimação e compram presentes. No Brasil, o anuário Comac (Comissão
Animais de Companhia) de 2022 apontou que 77% dos entrevistados possuem
algum tipo de pet em casa. Fabio Araujo disse que os produtos para os
bichinhos de quatro patas são pedidos frequentes por parte dos clientes.
“A constante procura e o crescimento de gatos e cachorros nos lares foram fatores decisivos para o desenvolvimento da linha”, afirmou o diretor.
A
expansão não ocorre apenas no portfólio da marca. O último ano foi
marcado pela maior expansão anual da Sodiê no número de lojas, passando
de 341 unidades em 2022 para 374 em 2023. Entre elas, duas lojas em
Orlando, nos Estados Unidos.
O segredo
para obter esse crescimento deve ser atribuído a fatores como o novo
olhar de gestão para os franqueados, fundamentais para a empresa que
entrou no setor de franchising em 2006 e atualmente não possui lojas
próprias. Segundo Araujo, a disponibilidade e transparência de números, dados e análises do negócio abriu portas para uma nova gestão. “Buscamos
melhorar a margem do franqueado através de reformulações de sistemas e
mais acesso às informações atuais e previsões futuras”, disse o executivo.
EXPANSÃO
Se
a expansão internacional dá um toque especial para o momento da Sodiê, a
ampliação de lojas para estados do Nordeste, além de São Paulo, onde a
companhia nasceu, também foi e segue como uma prioridade.
Para crescer, a empresa investiu em novos modelos de lojas.
Além dos formatos tradicionais e pontos de vendas, que requerem
investimentos mais altos, de R$ 650 mil e R$ 450 mil, respectivamente, a
marca apostou em outros três tipos de lojas: quiosque (investimento
inicial de R$ 150 mil), contêiner (entre R$ 160 e R$ 250 mil) e express
(de R$ 170 a R$ 230 mil). “São formatos menores, já que não têm
cozinha para as produções e, por isso, têm custo de instalação até 60%
menor comparado às outras lojas. Foram pensados para supermercados,
parques, shoppings, escritórios e postos de gasolina”, afirmou Araujo.
R$ 640 milhões Foi o faturamento da sodiê em 2023, um crescimento de 15% em relação ao ano anterior. Para 2024, estima-se que a cifra ultrapasse R$ 700 milhões
Dessa
forma, a estimativa é abrir 40 lojas neste ano, sendo 50% já nos novos
modelos, chegando a mais de 410 unidades no Brasil e nos Estados Unidos,
mercado no qual a Sodiê ingressou com licenciamento e aguarda
autorização para operar como franquia. Além disso, parcerias com a Nutella e Mattel, e até com celebridades como Ana Maria Braga e Larissa Manoela,
são elementos especiais para o fortalecimento da marca com o público.
Com tantos ingredientes, a nova receita é simples: crescer vendendo bem
mais do que bolos.
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou ao Estadão
que o seu papel é o de deixar um amplo pacote de corte de gastos pronto
para dar opções ao governo. Esse leque de medidas, segundo ela, “vai de
A a Z” e é muito mais amplo do que apenas o debate sobre uma eventual
desvinculação de benefícios previdenciários do reajuste do salário
mínimo. Se o arsenal será ou não usado, aí a decisão “será política”,
diz a ex-senadora.
“Até o final do ano, a minha equipe, junto com o
Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), vai estudar, colocar
no papel e fazer um levantamento oficial do impacto da vinculação do
salário mínimo aos demais benefícios acima da inflação; do piso
(constitucional da Saúde e Educação); e de outros programas. E, aí,
vamos deixar o pacote pronto”, diz Tebet. “Vai ser usado? É uma decisão
política. Não vai ser usado? Também é uma decisão política.”
A
declaração de Tebet ocorre após fala do ministro da Fazenda, Fernando
Haddad, contra a proposta de desvinculação do reajuste das
aposentadorias em relação à correção do mínimo. Ao Estadão/Broadcast, Haddad disse não ver “muito espaço” para a discussão no governo.
Segundo
ele, o tema foi superado quando a pasta propôs, sem êxito, que a
valorização do piso nacional fosse definida pelo avanço do PIB per
capita. O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva optou, porém,
por uma fórmula com reajuste maior.
ARCABOUÇO
Como mostrou o Estadão
no fim de abril, a projeção de gastos feita pela equipe econômica para
os próximos anos mostra que o aumento de despesas obrigatórias, entre
elas, os benefícios previdenciários e os pisos constitucionais de Saúde e
Educação, vai pressionar cada vez mais o arcabouço fiscal – aprovado no
ano passado.
De
acordo com economistas, o governo terá de escolher entre o arcabouço e a
manutenção dos gastos mínimos com as duas áreas – os quais têm regras
que os fazem crescer num ritmo mais acelerado do que o limite do próprio
arcabouço.
Questionado sobre a viabilidade dos pisos, Haddad foi
na mesma linha de Tebet e disse que se trata de “decisão política”.
Segundo ele, o governo terá mais clareza sobre o quanto essas despesas
estão comprimindo as demais no fechamento da próxima peça orçamentária.
Outro
item que está na lista de Tebet é o Fundo da Educação Básica (Fundeb),
já que, de acordo com ela, os repasses aos municípios estão “aumentando
demais”, sem que haja um desenho de melhora da política pública.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.