terça-feira, 14 de maio de 2024

Ipiranga e Chevron firmam acordo para retorno da marca Texaco ao Brasil

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A Ipiranga e a Chevron Brands International firmaram um acordo para trazer de volta a marca Texaco para o Brasil. O acordo prevê a criação de novos postos de combustíveis que terão a bandeira Texaco e ainda uma nova rede de lojas de conveniência, a Star Mart, da Chevron, que serão operados pela Ipiranga.

As duas empresas já mantêm relações comerciais no Brasil. Elas detêm a Iconic, que comercializa lubrificantes, fluidos e graxas, das marcas Ipiranga e Texaco, e distribui óleos básicos Chevron, sendo líder do mercado neste segmento.

Por ora, as duas empresas não informaram detalhes do acordo, tais como o investimento a ser realizado, número de postos de combustíveis a serem abertos e a localização. Os atuais pontos de venda de combustíveis da Ipiranga não serão remodelados.

“Planejamos continuar a construir a força da marca Texaco em estreita colaboração com a Ipiranga”, diz Tracey Gardiner, vice-presidente de lubrificantes da Chevron para as Américas, em nota.

A executiva ressaltou que o acordo permitirá a oferta de combustíveis com a tecnologia Techron. Trata-se de um aditivo que possui propriedades detergentes para ajudar a manter limpa as peças-chave do motor, segundo definição do produto pela Texaco. A promessa do produto é a de ajudar a combater a formação de depósitos no sistema de admissão de combustível do motor e reduzir ao mínimo a acumulação de depósitos prejudiciais na câmara de combustão, o que prolonga a vida do motor.

Em nota, a Ipiranga informa que o movimento é benéfico para o mercado de distribuição no país. “É uma oportunidade interessante para complementar a nossa rede de postos, principalmente em mercados onde já temos força com a presença da marca Ipiranga”, diz Bárbara Miranda, vice-presidente de marketing e desenvolvimento de negócios da Ipiranga.

Com 86 anos atuando no Brasil, atualmente a Ipiranga tem uma rede de 6 mil postos espalhados pelo País, além de possuir a maior quantidade de franquias próprias de lojas de conveniência, a AmPm, e de troca de óleo, a Jet Oil.

A Chevron tem presença global e atua há mais de 100 anos no Brasil, inicialmente vendendo produtos Texaco. Desde 1997, a empresa atua em atividades de exploração, desenvolvimento e produção de petróleo, denominado pelo jargão do mercado de upstream.

Atualmente, a Chevron tem interesse em 19 blocos de exploração e produção de petróleo e gás em águas profundas na costa do Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul. Entre outros negócios, uma subsidiária da empresa, a Chevron Oronite, também opera uma fábrica de aditivos para lubrificantes no Polo Petroquímico de Mauá, em São Paulo.

Grandes players do Vale do Silício pressionam o governo dos EUA para reformas urgentes na imigração para atrair talentos estrangeiros

A Google tem novo logótipo - Logotipo.pt



Mara Pessoni


O Google está pressionando o governo dos EUA a atualizar suas políticas de imigração para atrair e reter talentos internacionais em IA e áreas tecnológicas relacionadas. A empresa argumenta que as rígidas restrições atuais impedem que as empresas americanas recrutem os melhores profissionais do mundo, colocando os EUA em desvantagem na corrida global pela inovação.

O Google não está sozinho em defender reformas nas políticas de imigração dos EUA. Diversas outras empresas de tecnologia e organizações também estão pressionando por mudanças.

Pontos chave do argumento do Google:

    Falta de mão de obra qualificada: O Google afirma que há uma escassez significativa de trabalhadores qualificados em IA nos EUA. Essa escassez é ainda mais acentuada em áreas específicas de pesquisa e desenvolvimento de IA, onde a demanda por especialistas é alta.
    Competitividade global: O Google argumenta que os EUA estão perdendo competitividade global para países com políticas de imigração mais flexíveis, como Canadá e China. Esses países estão atraindo os melhores talentos em IA de todo o mundo, o que pode levar a um êxodo de inovação e expertise dos EUA.

    Benefícios econômicos: O Google argumenta que a reforma das políticas de imigração para atrair talentos em IA traria benefícios econômicos significativos para os EUA. A IA tem o potencial de impulsionar o crescimento econômico, criar novos empregos e aumentar a produtividade.

Propostas do Google:

O Google propõe uma série de reformas nas políticas de imigração dos EUA, incluindo:

    Expandir o visto H-1B: O visto H-1B é um visto de trabalho não imigrante que permite que empresas americanas recrutem trabalhadores estrangeiros com habilidades especializadas. O Google pede o aumento do número de vistos H-1B disponíveis e a simplificação do processo de solicitação.
    Criar um visto para startups de IA: O Google propõe a criação de um novo visto para empreendedores estrangeiros que desejam fundar startups de IA nos EUA. Este visto facilitaria a captação de capital e a contratação de talentos para essas startups.

    Benefícios econômicos: O Google argumenta que a reforma das políticas de imigração para atrair talentos em IA traria benefícios econômicos significativos para os EUA. A IA tem o potencial de impulsionar o crescimento econômico, criar novos empregos e aumentar a produtividade.

O debate em curso:

A proposta do Google para reformar as políticas de imigração dos EUA tem gerado debate acalorado. Alguns defendem a necessidade de atrair talentos internacionais para manter a competitividade dos EUA na área de IA, enquanto outros expressam preocupação com os impactos no mercado de trabalho americano e na segurança nacional.

Conclusão:

O Google acredita que a reforma das políticas de imigração dos EUA é crucial para atrair e reter talentos em IA garantindo assim que os EUA permaneçam na vanguarda da inovação tecnológica. As propostas da empresa estão sendo cuidadosamente consideradas pelo governo dos EUA, com a decisão final dependendo de um equilíbrio entre os benefícios econômicos potenciais e as preocupações com o mercado de trabalho e a segurança nacional.

Além das informações acima:

    A questão da imigração é complexa e controversa, com argumentos válidos a serem feitos de ambos os lados.
    A decisão final sobre como reformar as políticas de imigração dos EUA terá um impacto significativo no futuro da indústria de IA nos EUA e na economia americana como um todo.

 

 

Mara Pessoni

Advogada, Especializada em Imigração e Comércio Exterior, com uma vasta experiência de atuação há mais de 10 anos na área de imigração, sendo responsável por fundar e administrar o Witer, Pessoni & Moore An International Law Corporation. OAB/GO - 61.550.



https://www.migalhas.com.br/depeso/407195/players-do-vale-do-silicio-pressionam-o-governo-dos-eua-para-reformas

RS: 90% das cidades em calamidade hoje enfrentaram emergências desde 2013

 


Ao todo, elas formam um grupo de 303 municípios e somam 953 decretos nesse período 
 
 
Imagem de satélite mostra parte de Porto Alegre submersa por conta das fortes chuvas

 

 

Desastres ambientais em decorrência de chuvas vêm sendo recorrentes nos últimos anos na maioria dos 336 municípios do Rio Grande do Sul que tiveram o estado de calamidade pública decretado pelo governo federal por meio de portaria recente. Levantamento da Agência Lupa, ao qual o Portal AMANHÃ teve acesso, revela que 90,1% dessas cidades já decretaram alguma situação de emergência ou estado de calamidade devido às chuvas ou causas associadas entre 2013 e 2023, a exemplo de deslizamentos. Ao todo, elas formam um grupo de 303 municípios e somam 953 decretos nesse período. Desse número, 267 decretos foram publicados somente ano passado — cerca de 28%. Esse foi o maior volume de decretos emitidos da série histórica analisada. Em setembro do ano passado, as enchentes provocadas por um ciclone deixaram 54 mortos. Até então, esse tinha sido o pior desastre natural da história do Rio Grande do Sul. Isso aconteceu após uma queda nos números de decretos registrada entre os anos de 2018 e 2022.

Os dados extraídos do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres, do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, indicam também que o número de cidades atualmente em situação de emergência ou calamidade é ainda maior do que no ano passado: ao menos 395 municípios foram duramente atingidos pelas chuvas desde janeiro no Rio Grande do Sul e estão sob o efeito de decretos. Além dos 336 das atuais enchentes, entre janeiro e abril, 59 cidades já haviam decretado emergência por conta de tempestades. Para essa análise, foram considerados apenas tipologias de desastres provocados por chuvas e tipologias associadas, excluindo assim incêndios, estiagem, doenças infecciosas virais e infestações de animais. Vale lembrar ainda que alguns dos desastres notificados, como deslizamentos, podem ter outras causas. Os dados analisados incluem decretos de situação de emergência ou estado de calamidade pública. Ambos os cenários ocorrem após uma situação anormal provocada por um desastre. A diferença, de acordo com o Decreto 10.593, de dezembro de 2020, está no comprometimento da capacidade de resposta do poder público.

Em casos de situação de emergência, o comprometimento da capacidade de resposta do poder público é parcial. O município, neste caso, não necessariamente vai precisar de apoio estadual ou federal. Quando há um desastre de grande magnitude, que demande a adoção de medidas administrativas excepcionais para resposta e recuperação, adota-se o estado de calamidade pública. Nesta situação, "o comprometimento da capacidade de resposta do Poder Público do ente atingido é substancial". Com a decisão, os municípios podem ter acesso a recursos federais de forma facilitada, fazer compras emergenciais sem licitação e ultrapassar as metas fiscais previstas para custear ações de combate à crise. Analisando a série histórica, é possível observar que o número de estados de calamidade pública decretados foi significativamente menor em comparação com os de situação de emergência: foram emitidos 65 decretos de calamidade, contrastando com os 882 decretos de situação de emergência. Esses números destacam a magnitude da tragédia que os gaúchos estão enfrentando atualmente: o total de cidades atualmente em calamidade pública (395) é cinco vezes maior do que a soma do registrado entre 2013 e 2023.

 

Ranking de municípios

 
A cidade de São Jerônimo, com cerca de 21 mil habitantes, lidera entre 2013 e 2023 o número de municípios que declararam situação de emergência ou estado de calamidade, totalizando 13 decretos (11 de emergência, um de calamidade pública e outro não identificado). Até a noite de segunda-feira (6), aproximadamente 4,8 mil pessoas estavam desalojadas, buscando abrigo com familiares ou amigos, enquanto outras 1 mil estavam desabrigadas devido às fortes chuvas, de acordo com a prefeitura local. O rio Jacuí estava 10,5 metros acima do seu nível e seguia baixando lentamente. Seis municípios aparecem empatados em segundo lugar, com nove decretos. São eles: Cachoeira do Sul, Cristal, Eldorado do Sul, São Gabriel, Soledade e Venâncio Aires. O prefeito de Eldorado do Sul, Ernani de Freitas Gonçalves, declarou que praticamente toda a cidade foi submersa pela água. A estimativa é de que entre 20 mil e 30 mil pessoas estejam desabrigadas. Ou seja, dos quase 40 mil habitantes, cerca de 75% foram atingidos. Já o prefeito de Venâncio Aires, Jarbas da Rosa, afirmou durante uma entrevista a uma rádio local que o cenário era de "destruição total" devido ao alto nível do rio Taquari. Em Soledade, município com quase 30 mil habitantes, as chuvas provocaram alagamentos, levando à perda de móveis, eletrodomésticos, além de danos estruturais em muitas casas. O mesmo ocorreu em São Gabriel, com 58,4 mil habitantes. Por lá, cerca de 400 residências foram atingidas e 1,7 mil pessoas tiveram as casas alagadas.

 

Situação atual
 
 
Autoridades e especialistas avaliam que o Rio Grande do Sul está enfrentando uma tragédia climática sem precedentes. O elevado volume de chuvas, combinado com fenômenos como correntes intensas de vento e a influência de um corredor de umidade proveniente da Amazônia, juntamente com um bloqueio atmosférico causado por ondas de calor, resultou em inundações e, até o começo da tarde desta quarta-feira (8), causou a perda de uma centena de vidas. O professor Paulo Artaxo, da Universidade de São Paulo (USP), disse recentemente, em entrevista ao site do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, que as chuvas no Rio Grande do Sul podem ser vistas como a materialização do aumento da frequência e da intensidade de eventos extremos previstos pelo Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC). "Não há dúvida que esse aumento de enchentes, essas chuvas muito torrenciais, são definitivamente associadas com as mudanças climáticas e a aceleração dessas mudanças no nosso planeta inteiro", contextualizou.
 
 https://amanha.com.br/categoria/brasil/rs-90-das-cidades-em-calamidade-hoje-enfrentaram-emergencias-desde-2013

Brasil vai importar arroz para evitar possível desabastecimento

 


Rio Grande do Sul é responsável por 70% da produção do grão no país 
 
O Brasil produz cerca de 10,5 milhões de toneladas de arroz, sendo que entre 7 e 8 milhões vêm de produtores gaúchos

 

Para evitar uma possível escalada no preço arroz, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) vai comprar o produto já industrializado e empacotado no mercado internacional. A informação foi dada na terça-feira (7) pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. Trata-se de um dos efeitos das enchentes no Rio Grande do Sul, estado responsável por 70% da produção nacional de arroz. De acordo com o ministro, perdas na lavoura, em armazéns alagados e, principalmente, a dificuldade logística para escoar o produto, com rodovias interditadas, poderia criar uma situação de desabastecimento, elevando os preços no comércio. "O problema é que teremos perdas do que ainda está na lavoura, e algumas coisas que já estão nos armazéns, nos silos, que estão alagados. Além disso, a grande dificuldade é a infraestrutura logística de tirar do Rio Grande do Sul, neste momento, e levar para os centros consumidores", explicou. Os recursos para a compra pública de estoques de arroz empacotado serão viabilizados por meio da abertura de crédito extraordinário.

"Uma das medidas já está sendo preparada, uma medida provisória autorizando a Conab a fazer compras, na ordem de 1 milhão de toneladas, mas não é concorrer. A Conab não vai importar arroz e vender aos atacadistas, que são compradores dos produtos do agricultor. O primeiro momento é evitar desabastecimento", acrescentou o ministro. A medida provisória depende da aprovação, pelo Congresso Nacional, de um decreto legislativo que reconhece a calamidade pública no Rio Grande do Sul e, com isso, suspende os limites fiscais impostos pela legislação para a ampliação do orçamento.

Na primeira etapa, o leilão de compra da Conab, uma empresa pública federal, será para 200 mil toneladas de arroz, que devem ser importados dos países vizinhos do Mercosul, como Argentina, Uruguai e Paraguai, e eventualmente da Bolívia. "Se a gente for rápido na importação, a gente mantém [o preço] estável", garantiu. O restante, até totalizar 1 milhão de toneladas, será importando conforme a avaliação de mercado. Essa cota ainda poderá ser elevada, se for necessário, assegurou o ministro. Fávaro explicou que a Conab só deverá revender o produto no mercado interno diretamente para pequenos mercados, nas periferias das cidades, especialmente nas regiões Norte e Nordeste, para não afetar a relação dos produtores de arroz brasileiros com os atacadistas, que são seus principais clientes.

Em entrevista à Empresa Brasil de Comunicação (EBC), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva havia antecipado a informação de que o país poderia ter que importar arroz e feijão. No entanto, segundo o ministro Fávaro, apenas a importação de arroz será necessária. O Brasil produz cerca de 10,5 milhões de toneladas de arroz, sendo que entre 7 e 8 milhões vêm de produtores gaúchos. O consumo interno anual, de 12 milhões de toneladas, supera a produção nacional, e o país já costuma importar o grão todos os anos.

Com Agência Brasil

Governo suspende parcelas da dívida do RS por três anos

 

 
Medida ainda vai passar pelo Congresso 
 
 
O RS participa de um regime de recuperação fiscal com a União e enfrenta efeitos devastadores das enchentes que atingem a região há cerca de duas semanas

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta segunda-feira (13) a decisão de suspender o pagamento da dívida do Rio Grande do Sul com a União pelo período de 36 meses. Além disso, os juros que corrigem a dívida anualmente, em torno de 4%, serão perdoados pelo mesmo período. O estoque da dívida do estado com a União está em cerca de R$ 100 bilhões atualmente e, com a suspensão das parcelas, o estado disporá de R$ 11 bilhões a serem utilizados em ações de reconstrução. O Rio Grande do Sul é um dos estados que participa de um regime de recuperação fiscal com a União, assinado em 2022, e enfrenta efeitos devastadores das enchentes que atingem a região há cerca de duas semanas.

O anúncio da suspensão da dívida foi feito durante uma reunião com as presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do governador gaúcho, Eduardo Leite, que participou de forma remota, dos presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), do vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, do vice-presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Vital do Rêgo, além de outros ministros do governo federal, como Rui Costa (Casa Civil) e Paulo Pimenta (Comunicação Social).

Segundo Haddad, a suspensão da dívida e renúncia dos juros está prevista em uma proposta de lei complementar que será enviada ao Congresso Nacional, que precisa aprovar o texto. O projeto de lei prevê que os recursos que o Rio Grande do Sul deveria pagar à União sejam depositados em um "fundo contábil" com aplicação exclusiva em ações de reconstrução da infraestrutura do estado.

Com Agência Brasil

Se necessário, Conab comprará feijão para formação de estoques, diz diretor

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A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) avalia ações para aquisição de feijão e posterior formação de estoque público da leguminosa. A medida começou a ser estudada depois da queda dos preços do grão, segundo o diretor-executivo de Política Agrícola e Informações da companhia, Sílvio Porto.

“Percebemos uma queda bastante significativa dos preços recebidos pelo produtor rural, o que não se justifica quando comparado ao volume e preços de igual período do ano passado. Estamos atentos a isso e, se necessário, faremos ação de aquisição de feijão para formação de estoque público e recolocar isso no mercado no segundo semestre”, disse Porto durante webinar para apresentação do oitavo levantamento de safra da estatal, realizada na manhã desta terça-feira. Ele não citou preços.

As ações citadas por Porto são os mecanismos de aquisição do governo federal (AGF) ou leilões de Prêmio para o Escoamento de Produto (PEP) ou Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural (Pepro).

A Conab é autorizada a acionar estes instrumentos quando os preços de mercado do produto são inferiores aos preços mínimos estabelecidos pela própria companhia – aqueles que cobrem os custos de produção.

Para o Paraná, um dos principais produtores de feijão do País, o preço mínimo para feijão preto é de R$ 159,54 a saca de 60kg até outubro deste ano.

O preço médio apurado no Estado pela Conab era de R$ 242,42/saca ante R$ 344,95/saca, segundo dados disponíveis no site da estatal.

Plataformas digitais precisam ser mais colaborativas em relação a fake news, diz Barroso

 

Ministro Roberto Barroso é eleito presidente do STF; Fachin ...

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, afirmou nesta terça-feira, 14, que as plataformas digitais precisam ser mais colaborativas no enfrentamento da disseminação de notícias falsas e do deep fake.

“Eu acho que as plataformas digitais precisam ser mais cooperativas no enfrentamento de fake news porque do contrário elas vão contribuir para um decréscimo no processo civilizatório”, afirmou. “As plataformas precisam se comprometer com o enfrentamento do deep fake.”

O ministro destacou que a deliberada difusão de informações falsas é um problema que o mundo inteiro vem enfrentando e frisou que o tema é complexo. “Em alguns casos, é evidente; e em muitos outros casos estão numa linha de fronteira”, disse. “Não é muito fácil você fazer esse controle por algoritmo. Estamos falando de milhões de postagens por dia, portanto não é um controle que possa ser feito via humana. Isso tem que ser feito por algoritmo, com todas as suas dificuldades.”

Ao comentar a difusão de notícias falsas relativas à tragédia no Rio Grande do Sul, Barroso lamentou e lembrou que o debate sobre a regulação das plataformas digitais tem alcance global. “Isso que aconteceu em relação aos eventos do Rio Grande do Sul é uma inominável derrota do espírito. As pessoas difundirem desinformação e se preocuparem com pequenos miúdos proveitos políticos no meio da tragédia, no meio da desgraça.”

Ainda em relação aos eventos no Rio Grande do Sul, o presidente do STF reforçou que a tragédia está relacionada à mudança climática e defendeu a atuação do Judiciário no tema.

“A tragédia no Rio Grande do Sul é claramente é produto da mudança climática e é preciso que isso entre no radar das sociedades e de todo o mundo”, disse. “O Judiciário, num primeiro momento, ficava um pouco alheio a essas matérias por serem consideradas uma questão política. Mas, ultimamente, em todo mundo, a questão ambiental e a interferência do Judiciário vem se intensificando, com muitas razões primeiro”, acrescentou.

Segundo ele, a interferência do Judiciário no tema se justifica porque a questão da mudança climática afeta direitos fundamentais. “No caso do Rio Grande do Sul, direito à vida e direito à habitação.” Além disso, afirmou, a política muitas vezes se move por objetivos de curto prazo, e os danos ambientais que se produzem hoje só terão seus efeitos percebidos em até três décadas.”

Tendo em vista esse intervalo entre as ações que levarão a danos e a concretização deles, argumentou, é necessária uma abordagem intergeracional. “Estamos falando de um conceito novo, muito importante, que é o de Justiça intergeracional. É o compromisso que cada geração tem em não destruir o planeta para a próxima geração.”

O ministro Luís Roberto Barroso participou nesta terça-feira do J20, encontro de representantes das Supremas Cortes e Tribunais Constitucionais dos países do G20, da União Europeia e da União Africana, realizado no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, no centro da cidade. Foram discutidos temas como cidadania, inclusão social, mudanças climáticas e inteligência artificial.