Ibovespa fecha em leve alta e dólar cai a R$ 5,1302 (Crédito: Freepik)
O
Ibovespa se manteve em margem de flutuação estreita nesta quinta-feira,
16, entre mínima de 127.922,45 e máxima de 128.965,46 pontos, para
encerrar em leve alta de 0,20%, aos 128.283,62, recuperando parte da
perda, também discreta (-0,38%), do dia anterior. Após o vencimento de
opções sobre o Ibovespa na quarta-feira, o giro financeiro ficou em R$
23,5 bilhões na sessão desta quinta.
Na semana, o Ibovespa avança
0,54% e, no mês, ganha 1,87% – no ano, a perda segue em 4,40%. Já o
dólar fechou cotado a R$ 5,1302, em queda de 0,13%.
Petrobras cai mais de 2%
O
dia foi ainda ruim para Petrobras (ON -1,82%, PN -2,84%) após queda na
casa de 6% na quarta-feira, mas o efeito de baixa sobre o Ibovespa
recebeu o contrapeso, nesta quinta, de Vale (ON +0,73%), em sessão mista
para as ações de grandes bancos, embora com variações não muito
distantes da estabilidade (Santander Unit -0,04%, Bradesco PN +0,53%,
Itaú PN -0,30%, BB ON +0,11%).
Na ponta vencedora do Ibovespa,
Minerva (+9,38%), JBS (+4,63%), Marfrig (+4,44%), Vamos (+4,21%) e BRF
(+3,29%). No lado oposto, CVC (-7,44%), Azul (-5,44%), Yduqs (-4,87%) e
Transmissão Paulista (-3,00%).
Depois da forte correção do dia
anterior em Petrobras, em reação à troca de Jean Paul Prates por Magda
Chambriard no comando da estatal, o Ibovespa buscou tirar nesta
quinta-feira parte do atraso em relação a Nova York, onde os três
índices de referência (Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq) haviam renovado,
na quarta-feira, máximas históricas de fechamento com a leitura
comportada sobre a inflação ao consumidor nos EUA em abril, que reavivou
a expectativa por cortes de juros pelo Federal Reserve ainda este ano –
possivelmente começando em setembro, destaca Bernard Faust, sócio da
One Investimentos.
“Apesar da continuação do movimento de correção
expressiva em Petrobras, o índice de materiais básicos teve alta de
1,25% hoje – entre os de melhor desempenho na sessão -, com destaque
para Gerdau, em alta de 2,5%, e com Suzano (+1,64%) também mostrando uma
certa força de recuperação, ontem como também hoje”, diz Faust.
Apesar
da leitura benigna sobre a inflação de abril, que deu suporte a apetite
por risco especialmente na quarta-feira, os dados mais recentes sobre
os preços ao consumidor na maior economia do mundo não alteraram o tom
dos comentários de dirigentes do Federal Reserve, observa em nota a
Guide Investimentos, o que contribuiu para a acomodação dos índices de
Nova York nesta quinta-feira. Nesta quinta, Dow Jones mostrava baixa de
0,10%, o S&P 500, de 0,21%, e o Nasdaq, de 0,26%, no fechamento.
“Neel
Kashkari (presidente do Fed de Minneapolis) reiterou que (o BC dos EUA)
provavelmente precisará manter as taxas de juros nos níveis atuais por
‘mais algum tempo’ e questionou o quanto os altos custos de empréstimo
estão restringindo a economia. E Austan Goolsbee (Fed de Chicago)
afirmou que a desaceleração no crescimento dos preços é bem-vinda, mas
que ele precisará ver mais progressos antes de apoiar cortes nas taxas
(de juros)”, aponta a Guide.