sexta-feira, 17 de maio de 2024

Para Abramilho, indústria de carnes do RS deve recorrer a milho do PR e MT

 

Abramilho se torna Associação Brasileira dos Produtores de ...

Brasília, 17 – A Associação Brasileira dos Produtores de Milho e Sorgo (Abramilho) avalia que o Rio Grande do Sul terá de buscar milho de outros Estados para abastecer a indústria local de carne e de ração, após as recentes enchentes. Paraná e de Mato Grosso, sobretudo, serão os fornecedores.

O movimento decorre das perdas potenciais na primeira safra de verão do Estado provocadas pelas chuvas. Cerca de 17% do cereal plantado ainda estava nas lavouras.

“A perda na safra gaúcha vai afetar principalmente o consumo local do cereal. A produção que era destinada localmente terá de ser suprida por outras regiões, encarecendo o custo da cadeia de proteína animal como um todo”, disse o presidente da Abramilho, Paulo Bertolini, ao Broadcast Agro, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

De acordo com o presidente da Abramilho, ainda não há estimativas oficiais de perda da safra gaúcha de milho verão.

Em seu levantamento mais recente da temporada, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) manteve a produção do Estado estimada em 5,131 milhões de toneladas para o primeiro ciclo do grão.

“A certeza que temos no momento é que virá milho mais distante para atender a demanda momentânea da indústria de carnes do Rio Grande do Sul”, apontou Bertolini.

A tendência é também de aumento no preço regional do cereal dadas as dificuldades atuais de escoamento da produção, segundo Bertolini. “Localmente, há um impacto no valor, no custo do cereal adquirido, mas ao longo do tempo sendo suprido por outras regiões, as cotações devem se estabilizar. O mercado nacional, de forma geral, está mais atrelado ao câmbio e ao mercado internacional do que às eventuais perdas do Rio Grande do Sul”, observou.

A Abramilho reforçou o pleito das entidades gaúchas por celeridade do governo em medidas de socorro aos produtores gaúchos para minimizar os prejuízos com as enchentes. “Há necessidade de apoio para recuperação, de maquinário à propriedade, apoio logístico e estrutural de crédito”, pontuou.

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