A empresa de sementes e agroquímicos Corteva, dos Estados Unidos, inaugurou, na quarta-feira, 15, de um novo laboratório multidisciplinar em Mogi Mirim (SP). Com o investimento de R$ 23 milhões, a empresa consolida a unidade como o maior Centro de Pesquisa e Desenvolvimento Integrado de Campo para Proteção de Cultivos e Biotecnologia da empresa no mundo, disse em entrevista o líder de pesquisa e desenvolvimento para proteção de cultivos e proteínas para a América Latina, Rodrigo Neves.
As instalações são preparadas para a condução de pesquisas nas áreas de biotecnologia (sementes), proteção de cultivos e biológicos.
“A gente fala em integração porque a hora em que saímos do laboratório estamos pisando no barro”, justificou Neves. A estação tem 74 hectares de área agricultável, o que permite que a companhia aplique em campo o que está sendo feito de pesquisa. A unidade pode atender até 46 culturas, com foco em cultivos primários para o Brasil, como soja, café e cana-de-açúcar. “Se tivermos que fazer alguma coisa específica, como para o tomate na região de Goiás, por exemplo, nós também conseguimos plantar tomate aqui em Mogi Mirim e tratar das dores do tomateiro brasileiro”, exemplificou.
O laboratório poderá, ainda, realizar experimentos para outras regiões em que a Corteva está no mundo além da América Latina, como Ásia, Europa e Estados Unidos.
Segundo Neves, o novo laboratório aumenta em até quatro vezes a capacidade operacional laboratorial de Mogi Morim. “Traduzindo em miúdos, significa que estamos conseguindo entender mais rapidamente as novas potenciais moléculas que estamos recebendo aqui de uma maneira integrada, que não só o biológico, a proteína ou o agroquímico, mas tudo isso em conjunto.”
Conforme o executivo, a unidade também é a principal porta de entrada para qualquer agroquímico que será desenvolvido no País pela Corteva.
O Brasil é o segundo maior mercado da companhia, atrás apenas dos Estados Unidos. No País, tem 28 unidades e investiu US$ 150 milhões em expansão e modernização das suas unidades de produção e pesquisa brasileiras nos últimos cinco anos.
Além de Mogi Mirim, alguns dos principais aportes foram para a unidade de produção de biológicos de Cosmópolis (SP) e R$ 250 milhões para a planta de formulação em proteção de cultivos de Franco Rocha (SP).
A nova unidade já está em operação e com um pedaço da estrutura de fitopatologia em atividade, mas ainda dependente de autorizações do governo para o registro de novas moléculas. A expectativa de Neves é de que essa autorização aconteça “nos próximos meses”.
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