A maior projeção de força da defesa americana esteve no Rio de Janeiro, e mostramos em detalhes como as aeronaves militares se fazem presentes no USS George Washington.
O porta-aviões da classe Nimitz é hoje a segunda maior embarcação do mundo, ficando atrás apenas do seu sucessor, o USS Gerald Ford CVN-78, que é o primeiro da sua classe e é um pouco maior que o CVN-73.
O George Washington é o navio principal do grupo de ataque de porta-aviões 10 (CSG-10), que tem como símbolo o número romano 10 (X) junto da bandeira de listras brancas e vermelhas, com uma cobra por cima.
Este símbolo é uma referência direta à primeira bandeira da US Navy, a First Navy Jack, que tem a cobra com os dizeres “Não Pise em Mim”, fazendo parte da história americana como símbolo libertário e de defesa, também prezando pela união dos estados.
A propulsão do CVN-73 é feita por dois reatores nucleares que movimentam quatro eixos, gerando até 280 mil cavalos de potência por eixo. O porta-aviões tem comprimento de 332 metros e atinge velocidades de até 30 nós (55 km/h).
Na nossa chegada ao USS George Washington, existia uma fila com milhares de marinheiros (sailors) que esperavam seu horário para visitar o Rio de Janeiro. A maioria do pessoal é formada por praças, em torno de 3.000 pessoas, sendo a maioria com menos de 25 anos.
No deck inferior (hangar bay), estavam um F/A-18F Super Hornet do esquadrão Jolly Rogers (VFA-103), um dos mais conhecidos da Marinha dos EUA e com a distintiva caveira com ossos cruzados na cauda. No outro lado estava um F-35C Lightning II do esquadrão Argonauts (VFA-147), marcando a primeira visita de um avião de 5ª geração no Brasil.
Subindo ao deck principal, o convés de voo, várias outras aeronaves estavam presentes, incluindo o EA-18G Growler, que é a versão do F/A-18F voltada para guerra eletrônica, equipada com uma gama de sensores que embaralham a comunicação e dados do inimigo.
O maior avião da ala aérea também estava presente, que é o Grumman E-2C Hawkeye, conhecido pelo seu distinto radar na parte superior da fuselagem, é a primeira aeronave a decolar em qualquer missão aérea empregada por um porta-aviões, “limpando o caminho” para os outros aviões de combate.
Junto dele estavam vários helicópteros Sikorsky Seahawk, a versão naval do conhecido UH-60 Blackhawk. Vale notar que existiam as duas versões a bordo, o Romeo e o Sierra, sendo respectivamente a versão de ataque anti-submarino e a de utilização geral.
Elas são facilmente diferenciadas externamente pela posição do trem de pouso: no MH-60R ele é maior e mais reto, ficando mais próximo do centro da fuselagem, já no MH-60S ele fica mais atrás e é uma rodinha menor, do mesmo modelo do UH-60.
Esta diferença se dá pelo fato do MH-60R ser também utilizado em navios menores, que tem um convés de voo e hangar bem pequenos, como é o caso dos destróieres Arleigh Burke, a espinha dorsal da US Navy. Com o trem de pouso mais perto da área central, ele consegue fazer manobras de curva mais apertadas, facilitando a operação em navios menores.
Durante a Operação Southern Seas 2024, todas estas aeronaves foram empregadas em missões de treinamento junto da Marinha do Brasil, que por sua vez utilizou os caças A-4 Skyhawk e os helicópteros Airbus H225M Caracal (UH-15 – Super Cougar) e o Leonardo AW159 (AH-11B – Wild Lynx).
O AEROIN esteve à bordo do USS George Washington a convite da Embaixada dos EUA no Brasil e da US Navy.
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