quinta-feira, 19 de dezembro de 2024

Mercado espera mais de US$ 4 tri em fusões e aquisições em 2025 com impulso de Trump

 


A expectativa é que os recentes cortes nas taxas de juros dos EUA, a melhoria do ambiente de financiamento e a retomada das ofertas públicas iniciais de ações elevem a sorte das empresas de private equity

Reuters


Executivos de bancos de investimento esperam que os volumes de negócios globais envolvendo fusões e aquisições ultrapassem US$ 4 trilhões no próximo ano, o maior valor em quatro anos, impulsionados pela promessa do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, de menos regulamentação, impostos menores e uma postura amplamente favorável a negócios.

O valor total de transações envolvendo fusões e aquisições (M&A) aumentou 15% em relação ao ano passado, totalizando US$ 3,45 trilhões em 19 de dezembro deste ano, de acordo com dados da Dealogic, recuperando-se de um mínimo de uma década de cerca de 3 trilhões durante o mesmo período do ano passado.

O mercado espera que, no próximo ano, a aplicação da lei antitruste nos EUA seja mais favorável aos negócios, liberando transações que foram suspensas durante o governo Biden.

Trump recentemente nomeou Andrew Ferguson para substituir Lina Khan como presidente da Comissão Federal de Comércio (FTC), nomeando um atual membro republicano da agência que deverá facilitar o policiamento sobre grandes fusões corporativas.

“Deixando de lado 2021, o próximo ano pode ser um dos melhores dos últimos 10 anos porque não houve muita volatilidade no volume na última década. Se os volumes globais de fusões e aquisições aumentarem 15% ou 20% no próximo ano, não será nenhuma surpresa para nós”, disse Jay Hofmann, codiretor de fusões e aquisições para a América do Norte do JPMorgan Chase.

Os volumes de fusões e aquisições nos Estados Unidos aumentaram 10%, chegando a US$ 1,55 trilhão até o momento neste ano, enquanto a Europa e a Ásia-Pacífico tiveram um salto de 22% e 11%, respectivamente, com volumes oscilando em torno da marca de 800 bilhões.

A expectativa é que os recentes cortes nas taxas de juros dos EUA, a melhoria do ambiente de financiamento e a retomada das ofertas públicas iniciais de ações elevem a sorte das empresas de private equity, que não conseguiram vender ou listar empresas de sua carteira no valor de vários bilhões de dólares durante os últimos dois anos, quando compradores e vendedores não conseguiram chegar a um acordo sobre o preço dos ativos e os mercados de capital acionário ficaram praticamente fechados para grandes IPOs.

 “O mercado de IPOs está melhorando e isso realmente ajuda alguns dos ativos maiores que estão nas carteiras dos patrocinadores, para os quais essa pode ser a única saída de monetização”, disse John Collins, codiretor global de fusões e aquisições do Morgan Stanley.

Os volumes de aquisições alavancadas aumentaram 35%, chegando a US$ 600,8 bilhões este ano. A aquisição da operadora australiana de data center AirTrunk pela Blackstone por US$ 16 bilhões e o fechamento de capital do conglomerado de entretenimento Endeavor Group pela Silver Lake foram classificadas como as principais operações do ano.

Alguns executivos de bancos de investimento advertem que as tarifas de importação prometidas por Trump podem ser um obstáculo para a economia dos EUA, pois isso pode aumentar a inflação. Na quarta-feira, o banco central dos EUA disse que mais reduções nos custos de empréstimos dependem de mais progressos na redução da inflação.

“Há muitas opiniões de que o governo Trump abrirá as comportas para acordos. Mas estamos um pouco mais cautelosos com relação às mudanças”, disse Stephen Pick, chefe de fusões e aquisições para a região EMEA do Barclays.

 A aquisição da Kellanova , fabricante de Cheez-It, pela Mars, por US$ 36 bilhões; o acordo de 35 bilhões da Capital One com a Discover Financial; e a compra da Ansys, produtora de software de design, pela Synopsys por 35 bilhões foram as maiores transações de fusões e aquisições do ano.

“As discussões em torno de negócios maiores estão acontecendo e continuarão a acontecer porque o ambiente será mais previsível (em 2025) do que foi na administração recente”, disse Krishna Veeraraghavan, codiretor global do grupo de fusões e aquisições da Paul, Weiss, Rifkind, Wharton & Garrison.

Grandes negócios

Embora o número de transações no valor de mais de US$ 10 bilhões tenha crescido a um ritmo robusto em 2024, o número total de negócios caiu em relação ao ano passado, pois um ambiente regulatório difícil e a incerteza do ano eleitoral forçaram as empresas a adiar a busca de operações transformadoras.

Apesar desses ventos contrários, foram anunciados 37 negócios avaliados em mais de US$ 10 bilhões, em comparação com 32 no ano passado.

 A economia norte-americana em expansão, a demanda reprimida e os trilhões de dólares de capital não gasto nos balanços das empresas devem resultar em mais atividades de negócios no curto prazo, disseram representantes de bancos de investimento.

Os principais bancos do setor estão começando a aumentar as contratações para garantir que as equipes de negociações estejam totalmente equipadas para lidar com o aumento esperado nos volumes de transações.

“Com Trump reduzindo impostos e promovendo desregulamentação, as empresas podem estar mais dispostas a investir dinheiro em fusões e aquisições, em vez de distribuí-lo aos acionistas”, disse Nestor Paz-Galindo, codiretor global de fusões e aquisições do UBS.

Com as perspectivas para os resultados de empresas dos EUA parecendo mais animadoras, espera-se que a atividade de fusões e aquisições internacionais também melhore, uma vez que os compradores estrangeiros com dinheiro disponível estão cada vez mais de olho em alvos atraentes nos EUA.

As economias de rápido crescimento na Ásia também estão sendo cada vez mais vistas como atraentes para empresas oportunistas de private equity.

“Dadas suas dinâmicas e ventos favoráveis exclusivos, o Japão e a Índia viram um foco crescente dos patrocinadores, o que se traduziu em um forte impulso no volume de negócios, e esperamos que isso continue em ambos os mercados em 2025, à medida que as fusões e aquisições de patrocinadores retornam globalmente e na região”, disse Raghav Maliah, vice-presidente global de banco de investimentos do Goldman Sachs.

Consultores observam que a taxa de negociações rumo a 2025 está começando a retornar aos níveis observados nos anos pré-pandêmicos de 2018 e 2019, quando os volumes de negócios atingiram cerca de US$ 4 trilhões por ano, em média.

Uma enxurrada de grandes negócios foi anunciada nas últimas semanas, incluindo a fusão de US$ 13 bilhões da Omnicom com a gigante da publicidade rival Interpublic Group, e a aquisição da corretora de seguros AssuredPartners pela Arthur J Gallagher por 13,4 bilhões.

 “As pessoas que estão prevendo que tudo estará funcionando a partir de janeiro provavelmente estão um pouco otimistas demais. Tudo está caminhando na direção certa. Não estou convencido de que veremos outro ano (recorde) como 2021, mas tenho esperança de que seja um pouco mais parecido com 2019 ou 2020, logo antes da Covid”, disse Daniel Wolf, sócio de fusões e aquisições da Kirkland & Ellis.

O setor de tecnologia foi responsável pela maior parte da atividade de fusões e aquisições este ano, com um aumento de mais de 20% em relação ao ano anterior, chegando a US$ 534 bilhões globalmente.

“Os tipos de negócios que estamos vendo em andamento são do tipo que vimos menos nos últimos dois anos e parece que há muita empolgação para fazer negócios grandes e transformadores”, disse Mark Bekheit, vice-presidente global da prática de fusões e aquisições da Latham & Watkins.

 

https://www.cnnbrasil.com.br/economia/macroeconomia/mercado-espera-mais-de-us-4-tri-em-fusoes-e-aquisicoes-em-2025-com-impulso-de-trump/

AGU pede investigação da PF após fake news envolvendo Galípolo

 


Ofício afirma que postagens em rede social geraram impactos negativos na cotação do dólar

Da CNN* , São Paulo


Advocacia-Geral da União (AGU) encaminhou, nesta quarta-feira (18), ofícios à Polícia Federal e à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para a apuração de possíveis crimes contra o mercado financeiro após a publicação de postagens falsas atribuídas a falas de Gabriel Galípolo, futuro presidente do Banco Central (BC).

Segundo a AGU, as publicações ainda incluem desinformações sobre a política monetária e o BC, e gerou impactos negativos na cotação do dólar.

da Presidência da República (Secom/PR).

Nas postagens, o perfil cita supostas falas do atual diretor de política monetária em relação a uma moeda do Brics e em como isso poderia proteger o mercado da influência do dólar.

 

Em outro post, o autor da publicação, que não é identificado, diz que Galípolo considera a alta do dólar artificial, que não enxerga o cenário com preocupação e que a meta é fazer a moeda americana retornar aos R$ 5,00 em 2025.

As publicações do perfil que diz que fala de “visão estratégica que transforma insights em ações” foram replicadas na rede social, circularam em grupos do mercado e chegaram ao conhecimento da diretoria do Banco Central, que negou as informações.

 No momento da publicação, Galípolo estava em Brasília e não tinha em sua agenda nenhuma participação em eventos onde pudesse dar qualquer tipo de declaração.

A publicação ocorreu antes da divulgação da ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, em momento que o dólar alcançava patamar de R$ 6,20.

No ofício, com base em informações da Secom/PR, a PNDD afirma que a desinformação, ao interferir diretamente na percepção do mercado, comprometeu a eficácia da política pública federal de estabilização cambial, evidenciando o elevado potencial lesivo de boatos neste contexto.

“Sabe-se que há relação direta entre a cotação de moeda estrangeira, notadamente o dólar, e os preços dos valores mobiliários negociados em bolsas de valores, tanto que a recente elevação do valor da moeda americana veio acompanhada de queda do montante de valores negociados no mercado de capitais”, detalha trecho do documento.

 https://www.cnnbrasil.com.br/economia/macroeconomia/agu-pede-investigacao-da-pf-apos-fake-news-envolvendo-galipolo/

 

OCDE diz que Brasil é 2º país com mais fluxo de investimento estrangeiro direto, atrás dos EUA

 


Na perspectiva global, fluxo de investimento recuperou US$ 802 bilhões no primeiro semestre de 2024 

 

Isabella Pugliese Vellani, do Estadão Conteúdo


A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) informou que o Brasil é o segundo país que mais recebeu fluxos de investimento estrangeiro direto (IED), atrás apenas dos Estados Unidos nos primeiros seis meses do ano, segundo relatório publicado nesta quinta-feira (31).

Na perspectiva global, o fluxo de IED se recuperou para US$ 802 bilhões no primeiro semestre de 2024.

“Os fluxos de IED no Brasil permaneceram estáveis, pois os movimentos em empréstimos intraempresariais e maiores lucros reinvestidos compensaram uma diminuição nos fluxos de capital”, explica a OCDE.

No documento, a OCDE menciona que os fluxos de IED para a China continuaram diminuindo, isso por conta do contexto de risco geopolítico e pela incerteza econômica do país.

Na visão da organização, esses fatores impactam a confiança dos investidores estrangeiros.

 

 https://www.cnnbrasil.com.br/economia/macroeconomia/ocde-diz-que-brasil-e-2o-pais-com-mais-fluxo-de-investimento-estrangeiro-direto-atras-dos-eua/

quarta-feira, 18 de dezembro de 2024

Emergência climática leva Ambipar a abrir escritório em Abu Dhabi e Dubai

 


Ambipar

Ambipar realiza ação publicitária no edifício Burji Khalifa (Crédito: Divulgação)

 

A Ambipar, companhia especialista em soluções ambientais, acaba de anunciar a chegada aos Emirados Árabes Unidos. Com isso, a multinacional brasileira passa a marcar presença em 41 países.

A abertura de escritórios em Abu Dhabi e Dubai se dá diante das preocupações do país do Oriente Médio com a emergência climática. Os Emirados Árabes têm adotado medidas para promover a circularidade de resíduos, entre elas, a expansão da infraestrutura de reciclagem, com meta de retirar 75% dos resíduos de aterros até 2030.

 Além disso, o país está disposto a cumprir metas para zerar a emissão de gases de efeito estufa (GEE) até 2025. “O objetivo é apoiar a região com as suas metas ambientais. A Ambipar começou a operação nos Emirados Árabes, mas a ideia é atender toda a região do Oriente Médio e Norte da África”, comenta o CEO da Ambipar Response, Rafael Espírito Santo.

Com apenas um mês de atuação na região, a empresa já assinou dois documentos, sendo o primeiro um Memorando de Entendimento (MoU), em parceria com o Escritório de Investimentos de Abu Dhabi (ADIO) e com a Autoridade de Defesa Civil de Abu Dhabi (ADCDA), para fortalecer a preparação para emergências climáticas na região.

A segunda iniciativa foi a assinatura da Declaração de Finanças Sustentáveis de Abu Dhabi, em que a empresa reconhece os esforços dos Emirados Árabes e do Emirado Abu Dhabi em adotar medidas que vão possibilitar um desenvolvimento econômico mais sustentável. A primeira operação da Ambipar na região deverá ser anunciada em janeiro.

“A Ambipar enxerga que existem muitas oportunidades voltadas à gestão ambiental, em especial para economia circular, na região e entende ser o parceiro estratégico para ajudar empresas locais a atingir suas metas de sustentabilidade e descarbonização”, afirmou o CEO da Ambipar MENA, Rodrigo Paiva.

Alckmin: Dólar tende a cair com aprovação da contenção de gastos

 

Geraldo Alckmin: a história do ex-tucano que virou vice de Lula

O vice-presidente Geraldo Alckmin disse a jornalistas nesta quarta-feira, 18, que a cotação do dólar tende a cair com a aprovação das medidas de contenção de despesas do governo federal, em tramitação no Congresso Nacional. Ele deu as declarações depois evento sobre direitos das mulheres no Palácio do Planalto.

“O governo brasileiro, o governo do presidente Lula, tem compromisso com a responsabilidade fiscal. Então, acredito que, com a aprovação das medidas do governo, de contenção de gastos, tende a cair a questão do câmbio, reduzindo o preço do dólar”, disse o vice-presidente. O chamado pacote fiscal do governo está sendo apreciado na Câmara nesta semana e depois ainda precisa ser analisado pelos senadores. O desejo do governo é que as medidas sejam aprovadas ainda neste ano.

Os operadores do mercado financeiro têm demonstrado nervosismo com as expectativas fiscais do governo desde que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou a isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000 junto com as medidas de contenção de despesas. Nesta terça, a moeda americana fechou o dia negociada a R$ 6,27.

Alckmin também chamou de histórica a aprovação do projeto que regulamenta a reforma tributária. “A Câmara melhorou o texto, reduziu o valor do IVA”, disse o vice-presidente da República. O primeiro projeto de regulamentação da reforma tributária foi aprovada ontem em definitivo na Câmara e agora segue para sanção.

Iguatemi acerta compra de participações em shoppings de SP por R$2,59 bi

 


Iguatemi

Shopping Patio Higienópolis (Crédito: Divulgação)

 

A Iguatemi informou nesta quarta-feira que assinou um memorando de entendimentos vinculante para comprar participações nos shoppings Pátio Higienópolis e Pátio Paulista, na cidade de São Paulo, por cerca de 2,59 bilhões de reais.

O acordo envolve aquisição de fatia de 60% no condomínio do empreendimento principal do Pátio Paulista e de 44,17% na expansão do ativo, além de 50,1% no empreendimento principal e na expansão do Pátio Higienópolis, conforme fato relevante.

Nos termos do memorando, o preço total de 2,59 bilhões de reais deverá ser pago 70% à vista, no fechamento da transação, e o restante em duas parcelas anuais iguais corrigidas pelo CDI.

A Iguatemi também informou que o BB Premium Malls, fundo de investimento do Banco do Brasil, terá participação na operação com um investimento de 800 milhões de reais.

(Reportagem de Patricia Vilas Boas e Alberto Alerigi)

INPI aponta Santa Catarina como segundo estado mais inovador do país

 


Paraná assumiu a terceira posição, enquanto o Rio Grande do Sul caiu para o quinto lugar  
 
 
Santa Catarina subiu para a vice-liderança, ultrapassando o Rio de Janeiro, que caiu para a quarta posição

No topo do ranking do Índice Brasil de Inovação e Desenvolvimento (IBID), os seis estados mais inovadores do Brasil permaneceram os mesmos ao longo da década. São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais, nesta ordem, estão no topo do levantamento é do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), órgão federal vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Entre 2014 e 2014, São Paulo manteve-se como líder, enquanto Santa Catarina subiu para a vice-liderança, ultrapassando o Rio de Janeiro, que caiu para a 4ª posição. Rio Grande do Sul e Minas Gerais perderam uma posição cada, consolidando o cenário atual do top 6 da inovação nacional.

Porém, o maior salto da lista foi do Paraná. Em 2014, o estado ocupava a 6ª posição, mas avançou de forma consistente, ultrapassando o Rio de Janeiro e o Rio Grande do Sul, para assumir a 3ª colocação neste ano (confira o infográfico abaixo). Entre os indicadores do levantamento estão ambientes propícios para inovação, como instituições, capital humano, infraestrutura, economia e negócios, além dos resultados, compostos pelos pilares de economia criativa e tecnologia.

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amanha.com.br/categoria/gestao/inpi-aponta-santa-catarina-como-segundo-estado-mais-inovador-do-pais?utm_campaign=NEWS+DI%C3%81RIA+PORTAL+AMANH%C3%83&utm_content=INPI+aponta+Santa+Catarina+como+segundo+estado+mais+inovador+do+pa%C3%ADs+-+Grupo+Amanh%C3%A3&utm_medium=email&utm_source=dinamize&utm_term=News+Amanh%C3%A3+18_12_2024