segunda-feira, 31 de março de 2025

Americanas tem prejuízo líquido de R$ 586 mi no 4º trimestre de 2024

 

A Americanas registrou prejuízo de R$ 586 milhões no quarto trimestre do ano passado, contra um lucro de R$ 2,56 bilhões apurados no mesmo período de 2023. Esse resultado negativo reflete ainda os custos da empresa com o processo de recuperação judicial, explica a CFO da Americana, Camille Faria.

No ano, a varejista lucrou R$ 8,231 milhões e reverteu o prejuízo de R$ 2,272 bilhões amargados no ano anterior. Esse lucro é turbinado justamente pelo reconhecimento como receita financeira dos cortes na dívida bilionária da empresa com bancos, efeito concentrado no balanço do terceiro trimestre.

A executiva ressalta que a Americanas vem registrando evolução em seus indicadores operacionais. A geração de caixa medida pelo Ebitda ainda fechou negativa em R$ 232 milhões, o que ainda assim representa melhora frente ao apurado no mesmo período de 2023, quando totalizou R$ 1,3 bilhão negativo. Em todo 2024, o Ebitda somou R$ 1,66 bilhão, contra um Ebitda negativo de R$ 2,73 bilhões em 2023.

Já o Ebitda ajustado já considerando o pagamento de aluguéis fechou em negativos R$ 58 milhões, contra o registrado no último trimestre de 2023, quando fechou no vermelho em R$ 1,441 bilhão.

No período de referência, a companhia teve receita líquida de R$ 4,369 bilhões, 4,5% abaixo dos R$ R$ 4,573 bilhões dos últimos três meses de 2023. No ano, a receita totalizou R$ 14,349 bilhões, contra os R$ 14,759 apurados no ano anterior, queda de 2,8%.

“O que a gente tem de colocar para todo mundo é melhora trimestre após trimestre em bases comparáveis. Ou seja, o quarto trimestre de 2024 tem que ser melhor que o quarto de 2023. O primeiro trimestre de 2025 tem que ser melhor que o primeiro de 2024. E assim por diante. Essa construção da transformação é que vai permitir voltarmos a gerar lucro nessa companhia”, disse ao Broadcast o presidente da Americanas, Leonardo Coelho.

“A hora em que chegarmos no terceiro trimestre de 2025 e compararmos com o terceiro de 2024, aí sim a gente vai ter uma companhia que já é praticamente comparável. Porque, aí, a gente terá tirado os principais efeitos de recuperação judicial e já dissipou os principais efeitos da fraude”, continuou.

Ação do BRB dispara e dobra de valor após anúncio de aquisição do Banco Master

 

As ações do Banco de Brasília (BRB) disparavam quase 100% nesta segunda-feira, 31, depois que a instituição anunciou na sexta-feira, após o fechamento do pregão, a compra do Banco Master.

Por volta das 11h25 (horário de Brasília), as ações do BRB praticamente dobravam de valor, para R$14,98 cada, após terem iniciado a sessão valendo R$ 7,53.

A aquisição foi aprovada na sexta-feira pelo conselho de administração do BRB, conforme informado pelo banco em fato relevante, mas a operação ainda está sujeita a aprovações precedentes, incluindo do Banco Central e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

O preço de aquisição será equivalente a 75% do patrimônio líquido consolidado do Banco Master, ajustado por eventuais “baixas de ativos ou reconhecimentos de apontamentos no balanço do Banco Master”, disse o BRB, sem fornecer mais detalhes.

A ação da empresa especializada em gestão de resíduos Ambipar, investida da Trustee DTVM, do Banco Master, subia 4,08% no mesmo pregão, para R$ 125.

sexta-feira, 28 de março de 2025

ADM assina memorando com Mitsubishi para colaboração futura na cadeia agrícola

 Archer Daniels Midland – Wikipédia, a enciclopédia livre

São Paulo, 28 – A trading de grãos Archer Daniels Midland (ADM), dos Estados Unidos, anunciou na quinta-feira, 27, que assinou um memorando de acordo não vinculativo com a Mitsubishi Corporation (MC), do Japão. Em nota, as companhias afirmaram que a aliança estratégica tem por objetivo explorar áreas potenciais de colaboração futura ao longo da cadeia de valor agrícola.

No comunicado, as empresas destacam a necessidade de uma abordagem “abrangente e intersetorial” para enfrentar os desafios globais, que irão “desde uma cadeia de suprimentos de biocombustíveis robusta até um sistema alimentar global mais resiliente”. “A ADM oferece as capacidades de uma das maiores empresas de alimentos e agricultura do mundo, enquanto a MC oferece uma plataforma de negócios intersetoriais que abrange vários setores, incluindo alimentos e energia.”

Tarcísio, sobre Sabesp: dividendo vai ter papel fundamental no amortecimento de tarifa

 

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmou nesta sexta-feira, 28, que o dividendo da Sabesp vai ser importante para o amortecimento da tarifa. Durante o “Painel São Paulo e Ambiente de Investimentos” na abertura do evento Arko Conference 2025 promovido pela Galápagos Capital, o governador citou a questão das privatizações e concessões, e disse que o caso da Sabesp é o que pode deixar o maior legado, no caso, da universalização do saneamento básico.

Ele falou de um fundo criado para a universalização. “Lá colocamos 30% do valor de venda e a gente coloca também 100% dividendo do Estado. Primeiro é a linha incentivo com o privado, que o privado quer, o meu parceiro privado quer dividendo, o Estado também quer. E esse dividendo vai ter um fator, vai ter uma importância fundamental que é de amortecimento de tarifa”, afirmou Tarcísio.

O chefe do Executivo paulista disse também que foi lançado um programa de parceria de investimentos para estruturação de projetos de infraestrutura de longo prazo. “E a nossa ideia era contratar alguma coisa em torno de R$ 200 bilhões de investimento quando a gente começou. Hoje tem leilão das linhas 11, 12, e 13 da CPTM [Companhia Paulista de Trens Metropolitanos].”

Segundo ele, são mais R$ 14,7 bilhões de aportes contratados na CPTM. “Vamos bater R$ 354 bilhões contratados”, afirmou.

Perse: Haddad avisa que programa de ajuda a setor de eventos acaba neste mês

 

Apesar de pressões do Congresso, a ajuda ao setor de eventos acabará neste mês, e as empresas deverão voltar a recolher tributos em abril, disse nesta quinta-feira (27) o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O ministro negou qualquer discussão para prorrogar o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse), criado durante a pandemia de covid-19.

No início do ano passado, o Congresso aprovou a extensão do Perse até o limite de R$ 15 bilhões para as desonerações. Há duas semanas, o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, afirmou, em audiência na Comissão Mista de Orçamento do Congresso, que os recursos acabam neste mês.

“Todos concordam que o Perse acaba com R$ 15 bilhões. Ocorre que as informações prestadas pelas empresas vão até janeiro, e as projeções indicam que esses valores, até março, vão chegar a R$ 16 bilhões. Então, o que nós convencionamos? As empresas passam a recolher a partir de abril”, declarou Haddad.

“Se deixássemos o programa seguir, ele ia atingir R$ 18 bilhões, R$ 19 bilhões [até o fim do ano]. Então, ele tem que parar”, acrescentou.

Haddad reiterou que, a partir de abril, as empresas beneficiadas pelo Perse terão de pagar alíquota cheia dos tributos federais desonerados pelo programa: Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ), Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), Programa de Integração Social (PIS) e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins).

Auditoria

Segundo o ministro, o governo assumiu o compromisso apenas de dar transparência aos números e auditar os gastos tributários (quanto deixou de arrecadar) com o Perse. A auditoria será feita com base da Declaração de Incentivos, Renúncias, Benefícios e Imunidades de Natureza Tributária (Dirbi), criada no ano passado para que as próprias empresas declarem os benefícios fiscais à Receita Federal.

Como as empresas têm 60 dias para preencherem a Dirbi, os benefícios tributários de março só deverão ser conhecidos no fim de maio. Haddad afirmou que o governo poderá reabrir o Perse apenas se a auditoria confirmar que as renúncias fiscais ficaram abaixo de R$ 15 bilhões, mas o ministro disse que isso dificilmente acontecerá porque as próprias projeções da Receita indicam que o valor final pode ficar em R$ 16 bilhões.

O ministro foi enfático ao negar qualquer possibilidade de prorrogação do programa.

“Ninguém mais está discutindo e nem pretende rediscutir o acordo que foi firmado na residência oficial do então presidente da Câmara, que era o Arthur Lira. Ninguém está propondo rediscussão, reabertura do Perse, nada disso. O que foi pactuado foi a auditoria dos números depois das informações prestadas pelas empresas. Não há outra coisa a não ser essa auditagem”, afirmou.

Criado em maio de 2021 para ajudar empresas que dependem da circulação de público afetadas pela pandemia de covid-19, o Perse beneficia os seguintes setores:

  • Hotelaria
  • Restaurantes e similares
  • Bares e similares
  • Bufês
  • Aluguel de equipamentos recreativos, esportivos, de palcos
  • Cinemas
  • Teatro, musicais e espetáculos de dança

Com a expectativa do fim do Perse, a Frente de Comércio e Serviços (FCS) pediu a manutenção do programa com um redutor de 80% até o fim deste ano e de 50% até o fim de 2026, quando originalmente estava prevista a extinção do programa pela lei que o criou. A entidade mobiliza parlamentares para tentar a prorrogação da ajuda.

quinta-feira, 27 de março de 2025

Senado homenageia 19 mulheres por contribuições à defesa de direitos e representatividade

 Ficheiro:Senado Federal do Brasil Fotos produzidas pelo ...

O Senado Federal premiou nesta quinta-feira, 27, 19 mulheres por suas contribuições à defesa dos direitos da mulher e representatividade feminina em diversas áreas de atuação. Elas receberam o Diploma Bertha Lutz por indicação de parlamentares, a maioria integrantes da bancada feminina.

Entre as homenageadas na sessão solene estão as atrizes Fernanda Montenegro e Fernanda Torres. Recentemente, mãe e filha protagonizaram o filme Ainda Estou Aqui, ganhador do Oscar de Melhor Filme Internacional, no papel de Eunice Paiva.

Fazem parte da lista de indicadas para o recebimento da premiação anual representantes da política, da ciência, do Judiciário, da cultura, do ativismo social e do empreendedorismo. Antonieta de Barros, a primeira mulher negra a ser eleita deputada no Brasil, será homenageada in memoriam.

A escritora e integrante da Academia Mineira de Letras, Conceição Evaristo, esteve pessoalmente no evento para receber a condecoração das mãos da senadora Teresa Leitão (PT-PE). Em publicação da quarta-feira, 26, ela se disse “grata” pela indicação. “Ofereço esse prêmio a todas as mulheres que ao meu lado me ajudam a construir esse caminho”, escreveu.

Também integram a lista a filantropa e presidente do Instituto Ayrton Senna, Viviane Senna, e a primeira gestora do sistema de cotas para negros da Universidade de Brasília (UnB), Jaqueline Gomes de Jesus.

A líder da bancada feminina, senadora Leila Barros (PDT-DF) presidiu a sessão solene que distribuiu as homenagens. Em discurso, ela exaltou as trajetórias das indicadas e disse que a ocasião reforça o compromisso da Casa com a equidade de gênero.

“Um quarto de século já transcorrido desde a primeira edição deste prêmio e ainda precisamos estar aqui reivindicando direitos: direito pela equiparação de oportunidades, direito pela divisão do trabalho doméstico, direito pela efetiva inclusão social e, pasmem, direito até mesmo à integridade física”, declarou.

O nome do diploma é uma homenagem à bióloga, advogada e diplomata paulista Bertha Maria Julia Lutz, considerada uma das figuras mais significativas do feminismo e da educação no Brasil no século 20.

Ela integrou a delegação brasileira na conferência que fundou a Organização das Nações Unidas (ONU) em 1945 e liderou uma coalizão de diplomatas latino-americanas que conseguiu incluir a igualdade de gênero no documento fundador da organização.

Confira a lista com todas as homenageadas de 2025:

– Ani Heinrich Sanders: Produtora rural do estado do Piauí, indicada pela senadora Jussara Lima (PSD-PI);

– Antonieta de Barros (in memoriam): Primeira mulher negra a ser eleita deputada no Brasil, pelo estado de Santa Catarina. Foi indicada pela senadora Ivete da Silveira (MDB-SC);

– Bruna dos Santos Costa Rodrigues: Juíza no Tribunal de Justiça do estado do Ceará, indicada pela senadora Augusta Brito (PT-CE);

– Conceição Evaristo: Escritora e membro da Academia Mineira de Letras, indicada pela senadora Teresa Leitão (PT-PE);

– Cristiane Rodrigues Britto: Advogada e ex-ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Foi indicada pela senadora Damares Alves (Republicanos-DF);

– Elaine Borges Monteiro Cassiano: Reitora do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS), indicada pela senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS);

– Elisa de Carvalho: Pediatra, professora universitária e membro da Academia de Medicina de Brasília, indicada pela senadora Dra. Eudócia (PL-AL);

– Fernanda Montenegro: Atriz, indicada pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre;

– Fernanda Torres: Atriz e escritora, indicada pela senadora Eliziane Gama (PSD-MA);

– Janete Ana Ribeiro Vaz: Empreendedora e cofundadora do Grupo Sabin, indicada pela senadora Leila Barros (PDT-DF);

– Jaqueline Gomes de Jesus: Escritora, professora e primeira gestora do sistema de cotas para negros da Universidade de Brasília (UnB). Foi indicada pela senadora Zenaide Maia (PSD-RN);

– Joana Marisa de Barros: Médica mastologista e imaginologista mamária no estado da Paraíba, indicada pela senadora Daniella Ribeiro (PSD-PB);

– Lúcia Willadino Braga: Neurocientista e presidente da Rede Sarah, indicada pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre;

– Maria Terezinha Nunes: Coordenadora da Rede Equidade e ex-coordenadora do Programa Pró-equidade de Gênero e Raça do Senado. Foi indicada pela Bancada Feminina;

– Marisa Serrano: Ex-senadora, indicada pela senadora Tereza Cristina (PP-MS);

– Patrícia de Amorim Rêgo: Procuradora de Justiça do Ministério Público do Estado do Acre, indicada pelo senador Sérgio Petecão (PSD-AC);

– Tunísia Viana de Carvalho: Mãe de Haia (caso de subtração internacional de criança) e ativista dos direitos maternos e infantojuvenis, indicada pela senadora Mara Gabrilli (PSD-SP);

– Virgínia Mendes: Filantropa e primeira-dama de Mato Grosso, indicada pela senadora Margareth Buzetti (PSD-MT);

– Viviane Senna: Filantropa e presidente do Instituto Ayrton Senna, indicada pela senadora Professora Dorinha Seabra (União-TO).

‘Rei do ovo’ fecha acordo para comprar empresa dos EUA por US$ 1,1 bilhão

 

A Global Eggs, controlada pelo empresário brasileiro Ricardo Faria, conhecido como ‘Rei do ovo‘ fechou um acordo para comprar a produtora de ovos norte-americana Hillandale Farms por US$1,1 bilhão, disse Faria à Reuters nesta quinta-feira.

A Global Eggs está sediada em Luxemburgo e também opera a Granja Faria no Brasil.

Faria disse que o acordo não está relacionado à escassez de oferta nos Estados Unidos devido à gripe aviária, que elevou os preços dos ovos e fez com que os EUA aumentassem as importações do Brasil.

Faria disse estar confiante de que o consumo de ovos continuará aumentando globalmente.

“A gente está olhando o mundo, principalmente o Ocidente”, disse ele.

O empresário disse que houve uma mudança nos padrões de consumo de ovos nos últimos 15 anos.

Anteriormente, os ovos eram procurados principalmente entre famílias de baixa renda, mas se tornaram um alimento básico em todas as classes sociais e econômicas, afirmou.

Rei do Ovo deixou IPO para depois após aquisições

Faria fundou sua empresa no ano passado e fez sua primeira aquisição no exterior, o Grupo Hevo, da Espanha, em novembro.

Ele disse que Hillandale, Hevo e Granja Faria tiveram receita combinada de mais de US$2 bilhões em 2024.

Como parte da aquisição da Hillandale, o braço de private equity do banco de investimento brasileiro BTG Pactual investirá US$300 milhões na empresa do ‘Rei do Ovo’ em troca de uma participação de 11% no grupo, acrescentou Faria.

Antes de anunciar a compra da Hillandale, a Global Eggs tinha planos para uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) em Nova York, mas, por enquanto, a empresa vai se concentrar na integração de sua mais recente aquisição e no fortalecimento de suas marcas, disse Faria.