segunda-feira, 31 de março de 2025

BRAZIL JOURNAL: Goldman vê EUA mais perto da recessão e rebaixa estimativa para S&P 500

 

A Goldman Sachs refez as contas dos efeitos do ‘Trumponomics’ e agora vê chances mais concretas de os EUA entrarem em recessão.

A atualização do cenário ocorreu às vésperas do que o Presidente Donald Trump está chamando de ‘Dia da Libertação,’ em 2 de abril, quando a Casa Branca deve anunciar a imposição de tarifas recíprocas sobre as importações de todos os parceiros comerciais dos americanos.

O time macro do banco revisou de 20% para 35% o risco de o país ter uma recessão nos próximos 12 meses.

“Pela segunda vez em menos de um mês, estamos elevando nossas estimativas em relação às tarifas, e continuamos a acreditar que o risco das tarifas de 2 de abril são maiores do que o estimado por muitos participantes do mercado,” diz a Goldman no relatório.

Leia a matéria completa no Brazil Journal.

Presidente do BRB diz que precatórios estão fora do escopo de compra do Master

 

O anúncio pelo Banco de Brasília (BRB) na sexta-feira, 28, de aquisição de 49% das ações ordinárias (com direito a voto) e 100% das ações preferenciais (sem direito a voto) do Banco Master, em uma transação avaliada em aproximadamente R$ 2 bilhões, causou furor no mercado financeiro ao longo do fim de semana. Executivos de bancos privados passaram a trocar mensagens entre si, analisando a compra do banco público, que ainda precisa ser aprovada pelo Banco Central (BC) e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Em entrevista à coluna Guilherme Amado, o presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, respondeu aos principais pontos que, nessas mensagens, eram levantados para jogar dúvida sobre a transação. Há sinergia entre as operações do Master e do BRB? E os ativos complexos do Master, como os precatórios? Foram observados todas as exigências do BC?

Apesar da parceria, as duas instituições continuarão operando de forma independente, mas sob uma única marca: BRB. Daniel Vorcaro, controlador do Master, permanecerá na posição, que passará a se chamar BRB Banco de Investimentos, mantendo 51% das ações com direito a voto. O BRB, por sua vez, terá direito de veto em decisões específicas.

O Banco Master passará ainda por uma reestruturação societária, na qual algumas participações atualmente sob sua titularidade serão separadas da operação. A transação inclui apenas o banco múltiplo, a fintech Will Bank e a securitizadora Maximainvest.

Abaixo, os principais trechos da conversa com o presidente do BRB.

Algumas análises de mercado sugeriram que bancos privados teriam optado por não avançar na operação com o Master por conta de ativos considerados mais complexos, como a carteira de precatórios. Como o BRB avalia esse cenário?
No ano passado a gente começou a comprar umas carteiras de cartão de crédito consignado do Master. E a gente foi se aproximando do banco, entendendo a forma de operar e vendo que eles operavam em segmentos que são importantes para a gente e que a gente nunca tinha conseguido ter uma posição competitiva sólida, como mercado de capitais, como câmbio, como atacado, como cartão de crédito consignado. Em outubro do ano passado, a gente começou a ter uma conversa sobre a possibilidade de fazer uma sociedade. Em janeiro deste ano, o Banco Master mandou um ofício formalizando essa proposta para que a gente avaliasse a possibilidade ou de uma parceria estratégica ou de uma parceria societária. Contratamos alguns assessores, PWC e Lefosse, para nos auxiliarem nessa análise. A gente se debruçou sobre todos os ativos e passivos do Master e fizemos um planejamento estratégico e um plano de negócios para o que seria esse conglomerado que depende de aprovação regulatória. Nesse sentido, a gente encontrou uma série de ativos que não fazem parte desse novo escopo de atuação.

Quais ativos?
Notadamente os precatórios, os direitos creditórios relativos a processos judiciais e os fundos de investimento em ações de empresas que não fazem parte do conglomerado. Essa foi a razão de a gente ter definido o perímetro da transação excluindo esses ativos que representam aproximadamente R$ 23 bilhões. As pessoas estão questionando esses ativos que você chamou de complexos e que nem fazem parte do escopo da transação.

Houve comentários de executivos de instituições privadas sobre o fato de a operação ter sido liderada por um banco público. Qual a sua visão sobre esse tipo de crítica?
Nesses últimos anos, o BRB mudou o posicionamento do mercado. A gente passou a crescer, a entrar em novos segmentos. A gente se tornou líder aqui no DF em crédito imobiliário, em crédito rural. O nosso cartão de crédito, o Dux, passou a ser reconhecido como um dos melhores do mercado. O BRB adotou uma posição mais competitiva. E nesse sentido a gente começou a fazer transações de M&A, inclusive olhar ativos para compra. O Master é o terceiro banco que a gente analisa desde 2021 nesse sentido. Isso mostra que não deveria haver distinção entre a capacidade de competir de um banco público e de um banco privado. Por ser público, a gente tem algumas restrições, precisa observar alguns procedimentos adicionais e todos eles foram observados nessa transação. Muitas vezes a preocupação que surge é se uma entidade pública está trazendo algum ativo indesejado para o negócio. E não é o caso. Fizemos uma revisão dos ativos e passivos, uma due-diligence e selecionamos os ativos que fazem parte desse novo posicionamento estratégico, desse novo conglomerado que estamos procurando construir.

Alguns especialistas apontam dúvidas sobre a existência de sinergias entre o Master e o BRB. Há, de fato, complementariedade nas operações? Em quais frentes isso se manifesta?
É super interessante isso, porque o BRB ao longo desses últimos anos se tornou um banco de varejo completo. A gente atua na pessoa física, a gente atua na pessoa jurídica, a gente atua em cartões, atua em seguridade, em investimentos, atua em governos. Mas a gente não conseguiu entrar em alguns mercados ou segmentos específicos como atacado, médias e grandes empresas, mercado de capitais, câmbio, o próprio cartão de crédito consignado que a gente vem tentando entrar no mercado há algum tempo. O Master possui esses produtos, atua nesses segmentos. Então existe uma complementariedade de negócios. O BRB se posiciona no mercado como um banco completo. Um banco que quer ser o primeiro banco de relacionamento dos seus clientes. E sem esse tipo de segmento é um tanto difícil da gente alcançar essa posição estratégica no mercado. Além disso, o Master tem na sua estrutura um banco digital. É uma fintech que nasceu com a cabeça de banco digital, que entende a atuação nesse mercado e que nos interessa bastante porque a gente tem praticamente quatro milhões de clientes que vieram desse mundo de banco digital. O Master tem determinadas tecnologias, sistemas e conhecimentos especializados e acesso a conhecimentos especializados que, por exemplo, como um banco público, a gente também enfrenta limitações.

O BRB está confiante na aprovação da operação pelos órgãos reguladores? A operação está alinhada com os critérios e exigências do Banco Central para esse tipo de transação?
Existe um procedimento estabelecido nas normas em relação a isso. E nós instruímos, elaboramos as documentações de maneira que a gente acredita que atende e evidencia a nossa visão do negócio. Então a gente acredita que o Banco Central e o Cade se debruçarão atentamente, farão uma análise criteriosa do negócio e que a gente entende que sim, tem viabilidade econômica e capacidade de contribuir para os clientes, para a sociedade e para o sistema financeiro nacional.

Quais os principais benefícios esperados para o BRB com essa movimentação?
Os principais benefícios são acesso a mercados e segmentos que a gente hoje não tem uma atuação forte, como é o caso de câmbio, de serviços de mercado de capitais, de atuação em médias e grandes empresas e, no caso, cartão de crédito consignado e bancos digitais. Além disso, o Master aporta acesso à tecnologia, aporta o banco digital e a capacidade de contratar recursos técnicos especializados que, muitas vezes, nós enfrentamos restrições como empresa pública.

Na política local de Brasília, a transação passou a ser objeto do jogo político. Como é que você vê esse movimento?
A nossa decisão é guiada pela lógica negocial, por aquilo que a gente entende que fortalece a posição competitiva do BRB e que o ajuda a cumprir seus objetivos como banco e como banco público. Então, a gente entende que isso não deveria ser politizado.

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Veja ranking das empresas da bolsa de valores brasileira com os maiores lucros e prejuízos em 2024

 

Com a temporada de balanços do quarto trimestre de 2024 (4T24) chegando ao fim, já é possível detalhar quais foram as empresas mais lucrativas da bolsa de valores e quais tiveram os maiores prejuízos no ano.

Conforme dados levantados pela consultoria Elos Ayta, o Itaú Unibanco foi a empresa mais lucrativa da bolsa de valores no ano de 2024. No ano em questão, o maior banco privado do país somou um lucro de R$ 40,23 bilhões.

Vale destacar que além de ser a empresa mais lucrativa da bolsa de valores em 2024, o Itaú, com esse número, também registrou o maior lucro já alcançado na história por uma instituição financeira listada na B3.

O ano foi positivo para o banco em termos operacionais, com uma expansão de 15,5% na carteira de crédito, que fechou 2024 totalizando R$ 1,359 trilhão. Além disso, destacam-se os aumentos de 21% nos empréstimos para grandes empresas e de 17,7% para micro, pequenas e médias empresas.

As receitas provenientes de serviços e seguros do banco registraram alta de 7,2%, atingindo R$ 54,8 bilhões – em um incremento impulsionado pelo maior faturamento na emissão de cartões, ganhos em operações de banco de investimento e aumento nas receitas com administração de recursos.

Logo em seguida no ranking de empresas com os maiores lucros da bolsa de valores aparecem Petrobras (R$ 36,6 bilhões) e Banco do Brasil (R$ 35,4 bilhões).

No ano de 2023, a Petrobras havia sido a empresa com o maior lucro da bolsa, registrando R$ 124,6 bilhões no acumulado do ano em questão.

Empresas com os maiores prejuízos da bolsa de valores

Na ponta contrária, a Braskem foi a empresa que deu o maior prejuízo da bolsa de valores em 2024, de R$ 11,3 bilhões.

O ano foi de desafios para empresa, que enfrentou uma redução nos spreads petroquímicos e uma menor demanda por resinas no mercado brasileiro – afetando então seus números operacionais e pressionando as margens da companhia.

Variação cambial também afetou a Braskem, segundo a gestão. No último trimestre do ano – que teve prejuízo líquido de R$ 5,9 bilhões – foi anotado um impacto de R$ 4,7 bilhões de variação cambial negativa no resultado financeiro consolidado.

Em 2024, com seus R$ 11,3 bilhões de prejuízo líquido, foi registrada uma influência pela variação cambial negativa de R$ 11,5 bilhões.

Por fim, os balanços contábeis da empresa também foram afetados pelas provisões relacionadas a eventos geológicos em Alagoas, já que a empresa realizou novas provisões de R$ 1,3 bilhão referentes ao afundamento de solo em bairros de Maceió, Alagoas, relacionado às atividades de mineração de sal-gema da empresa.

Logo em seguida no ranking de maiores prejuízos da bolsa de valores em 2024 aparecem Cosan (R$ 9,4 bilhões) e Azul (R$ 9,1 bilhões).

BRB enxerga oportunidade e projeta salto nacional com aquisição do Banco Master

 

A aquisição de 58% do capital total do Banco Master é uma das mais significativas operações financeiras recentes no Brasil. Avaliado em R$ 2 bilhões, o negócio inclui 49% das ações ordinárias — com direito a voto — e 100% das ações preferenciais. A operação acende novamente discussão sobre a concentração do setor e como mais bancos fortalecidos podem contribuir para o avanço dos serviços financeiros.

Com essa aquisição, o BRB aumenta substancialmente sua atuação no mercado financeiro, passando a contar com 15 milhões de clientes, ativos totais na ordem de R$ 112 bilhões, carteira de crédito de R$ 72 bilhões e mais de R$ 100 bilhões em captações. Atualmente na 23ª posição no ranking nacional de ativos totais, o banco estatal do Distrito Federal deve avançar para a 17ª colocação, consolidando-se como uma força relevante no setor bancário brasileiro.

A marca BRB será mantida como bandeira única da operação e haverá uma integração estratégica na governança, com Daniel Vorcaro, fundador e presidente do Banco Master, assumindo uma cadeira no conselho de administração.

Com o movimento, o BRB passa ingressar em novos segmentos estratégicos já bem explorados pelo Master, incluindo crédito consignado, câmbio, mercado de capitais, serviços corporativos e banco digital, bem como sua atuação tradicional em varejo, crédito imobiliário, crédito rural e seguros.

Em entrevista ao Estadão, Paulo Henrique Costa, presidente do BRB, afirmou que a operação foi cuidadosamente planejada desde meados de 2024, quando o banco iniciou a aquisição de carteiras específicas do Master. “Vimos uma complementaridade bastante grande. O Master é forte naquilo que o BRB não conseguia crescer”, disse o executivo.

Ativos como carteiras de precatórios, direitos creditórios e fundos de ações ficaram propositalmente de fora do acordo, o que reforça o foco da aquisição na complementaridade estratégica das duas instituições.

O governo do Distrito Federal, controlador do BRB, celebra o acordo e projeta que os dividendos distribuídos, atualmente em torno de R$ 200 milhões anuais, possam chegar a R$ 1 bilhão com o sucesso da incorporação.

A operação ainda aguarda aprovação do Banco Central e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Americanas tem prejuízo líquido de R$ 586 mi no 4º trimestre de 2024

 

A Americanas registrou prejuízo de R$ 586 milhões no quarto trimestre do ano passado, contra um lucro de R$ 2,56 bilhões apurados no mesmo período de 2023. Esse resultado negativo reflete ainda os custos da empresa com o processo de recuperação judicial, explica a CFO da Americana, Camille Faria.

No ano, a varejista lucrou R$ 8,231 milhões e reverteu o prejuízo de R$ 2,272 bilhões amargados no ano anterior. Esse lucro é turbinado justamente pelo reconhecimento como receita financeira dos cortes na dívida bilionária da empresa com bancos, efeito concentrado no balanço do terceiro trimestre.

A executiva ressalta que a Americanas vem registrando evolução em seus indicadores operacionais. A geração de caixa medida pelo Ebitda ainda fechou negativa em R$ 232 milhões, o que ainda assim representa melhora frente ao apurado no mesmo período de 2023, quando totalizou R$ 1,3 bilhão negativo. Em todo 2024, o Ebitda somou R$ 1,66 bilhão, contra um Ebitda negativo de R$ 2,73 bilhões em 2023.

Já o Ebitda ajustado já considerando o pagamento de aluguéis fechou em negativos R$ 58 milhões, contra o registrado no último trimestre de 2023, quando fechou no vermelho em R$ 1,441 bilhão.

No período de referência, a companhia teve receita líquida de R$ 4,369 bilhões, 4,5% abaixo dos R$ R$ 4,573 bilhões dos últimos três meses de 2023. No ano, a receita totalizou R$ 14,349 bilhões, contra os R$ 14,759 apurados no ano anterior, queda de 2,8%.

“O que a gente tem de colocar para todo mundo é melhora trimestre após trimestre em bases comparáveis. Ou seja, o quarto trimestre de 2024 tem que ser melhor que o quarto de 2023. O primeiro trimestre de 2025 tem que ser melhor que o primeiro de 2024. E assim por diante. Essa construção da transformação é que vai permitir voltarmos a gerar lucro nessa companhia”, disse ao Broadcast o presidente da Americanas, Leonardo Coelho.

“A hora em que chegarmos no terceiro trimestre de 2025 e compararmos com o terceiro de 2024, aí sim a gente vai ter uma companhia que já é praticamente comparável. Porque, aí, a gente terá tirado os principais efeitos de recuperação judicial e já dissipou os principais efeitos da fraude”, continuou.

Ação do BRB dispara e dobra de valor após anúncio de aquisição do Banco Master

 

As ações do Banco de Brasília (BRB) disparavam quase 100% nesta segunda-feira, 31, depois que a instituição anunciou na sexta-feira, após o fechamento do pregão, a compra do Banco Master.

Por volta das 11h25 (horário de Brasília), as ações do BRB praticamente dobravam de valor, para R$14,98 cada, após terem iniciado a sessão valendo R$ 7,53.

A aquisição foi aprovada na sexta-feira pelo conselho de administração do BRB, conforme informado pelo banco em fato relevante, mas a operação ainda está sujeita a aprovações precedentes, incluindo do Banco Central e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

O preço de aquisição será equivalente a 75% do patrimônio líquido consolidado do Banco Master, ajustado por eventuais “baixas de ativos ou reconhecimentos de apontamentos no balanço do Banco Master”, disse o BRB, sem fornecer mais detalhes.

A ação da empresa especializada em gestão de resíduos Ambipar, investida da Trustee DTVM, do Banco Master, subia 4,08% no mesmo pregão, para R$ 125.

sexta-feira, 28 de março de 2025

ADM assina memorando com Mitsubishi para colaboração futura na cadeia agrícola

 Archer Daniels Midland – Wikipédia, a enciclopédia livre

São Paulo, 28 – A trading de grãos Archer Daniels Midland (ADM), dos Estados Unidos, anunciou na quinta-feira, 27, que assinou um memorando de acordo não vinculativo com a Mitsubishi Corporation (MC), do Japão. Em nota, as companhias afirmaram que a aliança estratégica tem por objetivo explorar áreas potenciais de colaboração futura ao longo da cadeia de valor agrícola.

No comunicado, as empresas destacam a necessidade de uma abordagem “abrangente e intersetorial” para enfrentar os desafios globais, que irão “desde uma cadeia de suprimentos de biocombustíveis robusta até um sistema alimentar global mais resiliente”. “A ADM oferece as capacidades de uma das maiores empresas de alimentos e agricultura do mundo, enquanto a MC oferece uma plataforma de negócios intersetoriais que abrange vários setores, incluindo alimentos e energia.”