quarta-feira, 17 de setembro de 2025

Espero que Congresso não rasgue Constituição com PEC da Blindagem, diz Simone Tebet

 

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, disse nesta quarta-feira, 17, esperar que o Congresso não rasgue o regimento interno da Casa e a Constituição ao votar a Proposta de Emenda à Constituição da Blindagem, conhecida como PEC da Blindagem, por dificultar investigações e processos de prisão contra parlamentares.

Segundo a ministra, o fato de o Congresso revisar uma decisão que já foi derrubada em plenário, como o voto secreto para a PEC, que foi derrotado na madrugada, é atacar a democracia e abrir um precedente perigoso. Para ela, o argumento poderia ser usado por políticos que perderem as eleições e quiserem questionar o resultado.

“O voto secreto foi derrotado legitimamente pelos parlamentares que estão contra essa PEC. Revisitar essa questão não só é inconstitucional, mas coloca em risco a democracia como nós conhecemos”, disse.

A ministra também elogiou o Supremo Tribunal Federal (STF), o qual chamou de bastião da democracia e da soberania. “Não existe meia-verdade como não existe meia democracia como não existe meia soberania, ou você tem um povo soberano, o governo é do Brasil e não de nenhum outro País”.

Tebet participou nesta quarta-feira de um seminário sobre risco fiscal judiciário organizado pelos ministérios da Fazenda e Planejamento e pela Advocacia-Geral da União (AGU). Sobre o tema, ela afirmou que a revisão da judicialização fiscal é quase uma reforma administrativa e que o governo mostrará o impacto da crescente judicialização nas contas públicas.

Exportadores de carne driblam tarifas de Trump e projetam crescimento de 14% em 2025

 

As tarifas impostas pelo presidente americano Donald Trump parecem não estar assustando as empresas exportadoras de carne bovina. Mesmo com um adicional de 76,4%, o setor tem trabalhado para realocar seus produtos e projeta um crescimento de 14% em 2025.

No ano passado, as indústrias nacionais embarcaram 2,89 milhões de toneladas de carne bovina para cerca de 150 países. Se confirmada as previsões, as vendas externas poderiam chegar a 3,3 milhões de toneladas neste ano.

“A despeito das tarifas e das questões geopolíticas, o brasileiro, principalmente o setor da pecuária, tem muita capacidade de articulação e realocação dos seus produtos”, disse Roberto Perosa, presidente da Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne).

+ Trump recua e libera celulose brasileira de tarifas para entrar nos EUA

Apesar do otimismo, Perosa reconhece que o mercado dos Estados Unidos é altamente rentável, demandante e que a perda do segundo maior cliente “faz diferença”. “Mas pasmem, mesmo com a tarifa de 76,4% (dos Estados Unidos à carne bovina), ainda existe exportação por conta da competitividade que nós conquistamos”, disse.

Novas alternativas

Na mira de empresas como JBS, Marfrig e Minerva estão os mercados recém abertos para a carne bovina brasileira, como o Vietnã. Perosa disse que o setor ainda trabalha para abrir o Japão, Turquia e Coreia do Sul.

Outros que estão na mira são os países árabes. Amanhã (18), representantes de 22 países árabes do Norte da África e do Oriente Médio serão recebidos em Brasília pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. A Câmara Árabe-Brasileira apresentará um estudo, que avalia alternativas para redirecionar a países árabes parte dos produtos brasileiros sobretaxados pelos Estados Unidos, especialmente alimentos.


Ibovespa bate os 145 mil pontos à espera de Fed e Copom; dólar se mantém em R$ 5,30

 

O Ibovespa avançava nesta quarta-feira, 17, renovando máximas e superando os 145 mil pontos pela primeira vez, com investidores à espera da decisão sobre juros do Federal Reserve (Fed), no meio da tarde, e do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil, no início da noite.

Por volta de 11h30, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, subia 0,7%, a 145.065,25 pontos. Já o dólar à vista subia 0,10%, aos R$ 5,3014 na venda.  Veja cotações.

Na terça-feira, o dólar à vista fechou em baixa de 0,44%, aos R$ 5,2987, a primeira vez em 15 meses abaixo de R$ 5,30.

O Copom anuncia a sua decisão a partir das 18h30. A expectativa é de manutenção dos juros no patamar de 15% no Brasil.

Segundo pesquisa do Projeções Broadcast, 74% das instituições consultadas preveem que a taxa fique estável até, pelo menos, o fim deste ano. Ou seja, a redução dos juros só deve começar, para a maior parte do mercado, em 2026.

O Fed anunciará sua decisão às 15h e a expectativa é de anúncio do primeiro corte desde dezembro nos juros dos EUA.

Em Wall Street, a aposta quase geral – por volta de 96% dos analistas consultados – é de que o Fed começará o afrouxamento monetário com um corte de 0,25 ponto porcentual, segundo a plataforma CME Group. Se o movimento se confirmar, os juros americanos passarão para o intervalo de 4% a 4,25% ao ano, após cinco reuniões consecutivas nas quais as taxas permaneceram inalteradas.

Com informações de Reuters e Estadão Contéudo

sexta-feira, 23 de maio de 2025

Acionistas da JBS aprovam plano de listagem na Bolsa da NY

 

A JBS garantiu nesta sexta-feira apoio de acionistas para prosseguir com a dupla listagem de ações nos Estados Unidos e no Brasil.

O plano de listagem da empresa nos EUA foi aprovado em assembleia geral de acionistas, informou a empresa.

O plano — originalmente anunciado em 2023 — fará com que a maior empresa de carnes do mundo seja listada principalmente em Nova York, com BDRs (recibos de ações) negociados em São Paulo, a partir de junho.

“A expectativa é que as ações comecem a ser negociadas na Bolsa de Nova York em 12 de junho. A Companhia vai seguir listada no Brasil, via BDRs na B3. O objetivo é destravar valor da Companhia, adequar a estrutura de capital ao perfil global e diversificado da JBS e ampliar a capacidade de investimento, mantendo disciplina financeira”, afirmou a companhia, em nota.

Às 10h40, as ações da B3 subiam 0,47%, a R$ 42,46.

Durante a assembleia. alguns citaram a oportunidade da empresa de alinhar sua avaliação de mercado com a de seus pares internacionais com uma listagem nos EUA, o que permitirá à JBS acesso a uma gama mais ampla de investidores.

No entanto, algumas empresas de consultoria alertaram que uma nova estrutura de ações de classe dupla provavelmente reduzirá o poder de voto dos acionistas minoritários, potencialmente limitando sua influência sobre o processo de tomada de decisões da empresa no futuro.

Sob a nova estrutura da dupla listagem, os acionistas controladores da empresa, que atualmente detêm uma participação de 48,34% em uma única classe de ações, poderiam ver seu poder de voto aumentar para até 85%, segundo estimativas de analistas. Isso porque, sob a nova organização da empresa, uma holding sediada na Holanda seria listada principalmente nos EUA, com uma estrutura de capital de duas classes, com direitos de voto distintos.

Desejo antigo da família Batista

A família Batista, que fundou e ainda controla a JBS, tenta há mais de uma década listar as ações da empresa em Nova York, mas enfrentou vários contratempos, incluindo o escândalo de Lava Jato.

Em 2016, o plano também enfrentou oposição do braço de investimentos do Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o maior acionista fora da família Batista. Em março, o banco estatal, que vem reduzindo sua participação na JBS, concordou em se abster na votação da listagem dupla. O BNDES detém atualmente 18,18% das ações da companhia.

O plano de listagem dos EUA também enfrentou críticas de políticos e grupos ambientalistas, que levantaram preocupações sobre corrupção, concentração de mercado e riscos ambientais.

Em 2024, um grupo bipartidário de senadores norte-americanos enviou uma carta ao órgão fiscalizador dos mercados de capitais dos EUA (SEC), expressando oposição à listagem da empresa no país, citando preocupações com corrupção e potenciais consequências ambientais da operação.

BC atualiza a agenda da sua diretoria colegiada; Galípolo cancela viagem ao Rio

 Senado aprova Gabriel Galípolo, que assumirá presidência do Banco Central  em 2025

O Banco Central atualizou a agenda da sua diretoria colegiada. O presidente da autarquia, Gabriel Galípolo, cancelou a viagem ao Rio de Janeiro que estava prevista para esta sexta-feira, 23. Ele manteve a palestra em um evento da Fundação Getulio Vargas (FGV) às 14 horas, mas vai falar por videoconferência, da capital federal.

Outros membros da diretoria também alteraram suas agendas. Os diretores de Política Monetária, Nilton David, e Política Econômica, Diogo Guillen, cancelaram compromissos com economistas do mercado no período da manhã.

O diretor de Assuntos Internacionais e Gestão de Riscos Corporativos, Paulo Picchetti, manteve na agenda a previsão de viajar ao Rio e participar presencialmente do seminário da FGV, que tem como tema a política monetária.

Recuo em IOF foi para evitar especulações sobre inibição de investimentos, diz Haddad

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta sexta-feira, 23, que o recuo em parte das medidas de elevação de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) foi feito para evitar “especulações” sobre uma inibição de investimentos ou outras mensagens que divergissem do objetivo do governo.

Em entrevista à imprensa em São Paulo, Haddad afirmou que a revisão foi “pontual”, que se tratou de uma “questão técnica” que precisava ser revista e que foi adotada após o recebimento de ponderações de agentes de mercado que foram consideradas pertinentes pela Fazenda.

“Nós entendemos que, pelas informações recebidas, valia a pena fazer uma revisão desse item para evitar especulações sobre objetivos que não são próprios da Fazenda nem do governo, de inibir investimento fora, não tinha nada a ver com isso”, afirmou.

+ Governo aumenta IOF para câmbio, crédito e VGBL; veja novas alíquotas

Um dos recuos diz respeito à elevação de alíquota de 1,1% para 3,5% em remessas de recursos para conta de contribuinte brasileiro no exterior. Segundo a Fazenda, foi incluído no decreto o esclarecimento que remessas destinadas a investimentos continuarão sujeitas à alíquota 1,1%.

Na segunda mudança, em transferências relativas a aplicações de fundos brasileiros no exterior, o IOF passaria de zero para 3,5%, pelo decreto de quinta-feira. Com o novo decreto, será retomada a alíquota zero.

Arrecadação menor com recuo

O impacto da medida foi incluído na projeção de receitas do governo e ajudou a evitar uma contenção de gastos de ministérios ainda maior do que os R$ 31,3 bilhões anunciados na quinta. Com o recuo em parte das iniciativas, o ganho de arrecadação do governo tende a cair, impactando a projeção para o resultado fiscal do ano.

Com a alteração no decreto, Haddad afirmou que a redução de arrecadação deve ser de R$ 2 bilhões neste ano e cerca de R$ 4 bilhões em 2026.

Segundo ele, a pasta avaliará a necessidade de uma eventual ampliação do contingenciamento de verbas de ministérios neste ano para respeitar a meta fiscal.

Questionado sobre as críticas de que o governo tem priorizado medidas de aumento de arrecadação em vez de focar em corte de despesas, o ministro rebateu, destacando que o valor do contingenciamento anunciado para 2025 é superior ao do impacto na arrecadação das mudanças no IOF: “Trinta [bilhões] é maior que vinte ou menor?”, questionou.

Viajar para o exterior vai ficar mais caro

O governo decidiu unificar em 3,5% a alíquota de IOF sobre operações de câmbio com cartões de crédito, débito e pré-pagos internacionais, além de remessa de recurso para conta de contribuinte brasileiro no exterior e compra de moeda em espécie.

Até então o IOF para conta no exterior em dólar e compra de moeda estrangeira em espécie era de 1,1%. Ou seja, vai ficar mais caro para o brasileiro viajar e fazer gastos no exterior.

“Não considero que é uma medida voltada para a grande massa, é uma equalização de alíquotas”, disse Haddad, acrescentando que mesmo com o aumento das alíquotas operações de câmbio, o governo estará “praticando um IOF menor do que o governo anterior”.

Aumento de IOF incendiou mercados

“O aumento foi criticado porque afetaria estratégias de diversificação internacional de fundos multimercados, desincentivando o envio de recursos para fora”, afirma o economista André Perfeito. “A percepção no mercado foi que o aumento do IOF poderia gerar fuga de capitais e comprometer o equilíbrio fiscal, o que afetou o Ibovespa, dólar e curva de juros”.

Numa reversão de movimentos no fim da tarde de ontem, o dólar subiu, e a bolsa caiu, em meio a incertezas sobre a elevação do imposto, anunciada após o fechamento do mercado de câmbio e nos minutos finais de negociação na bolsa de valores.

+ BRAZIL JOURNAL: Decisão de aumentar IOF incendiou o mercado

O dólar comercial, que chegou a cair para R$ 5,59 no início da tarde da véspera, e subiu para R$ 5,66. A bolsa, que chegou a subir 0,69% durante o dia, reverteu o movimento e fechou o dia em baixa de 0,44%.

Um levantamento feito pela equipe de estratégia da XP com 60 investidores institucionais indicava que o real deveria ter forte desvalorização na abertura do mercado nesta sexta-feira, 23, com a vigência da medida. A expectativa dos investidores institucionais ouvidos pela equipe de estratégia da corretora era de que o dólar chegaria a R$ 5,85 na abertura do mercado.

*Com informações da Reuters

 

 https://istoedinheiro.com.br/revisao-em-medida-do-iof-foi-para-evitar-especulacoes-sobre-inibicao-de-investimentos-diz-haddad

quinta-feira, 22 de maio de 2025

BTG Pactual lança Pix Parcelado para pessoas jurídicas descontado do limite de cartão

 

O BTG Pactual lançou o Pix parcelado para clientes pessoa jurídica, descontado do limite do cartão de crédito. A opção de parcelamento é exibida no aplicativo do BTG Pactual Empresas, de acordo com seu perfil de crédito.

O valor poderá ser dividido em parcelas na fatura do cartão, com cobrança de juros.

Segundo o BTG, entre os benefícios para os empresários estão a possibilidade de gestão do fluxo de caixa, com diluição de despesas sem comprometer o capital de giro; maior poder de negociação com fornecedores, ao viabilizar pagamentos à vista mesmo em compras parceladas; acesso imediato aos valores por parte do recebedor, assegurando a liquidez da operação.

“O Pix Parcelado representa mais um passo na construção de um banco completo”, diz o sócio e co-head do BTG Pactual Empresas, Gabriel Motomura.