quarta-feira, 15 de outubro de 2025

‘Não pintou química, pintou uma petroquímica’, diz Lula sobre Trump ao revelar conversa marcada para amanhã

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quarta-feira, 15, que Brasil e Estados Unidos terão uma conversa de negociação na quinta-feira,16.

Lula afirmou, em discurso durante cerimônia do Dia do Professor no Rio de Janeiro, que na conversa por telefone que teve recentemente com o presidente dos EUA, Donald Trump, “não pintou química, pintou uma indústria petroquímica”, referindo-se à fala do líder norte-americano durante discurso na Assembleia-Geral da ONU, quando Trump disse que teve uma química excelente com o brasileiro durante breve encontro entre ambos nos bastidores do evento.

“Amanhã nós vamos ter a conversa de negociação (entre Brasil e EUA)”, afirmou Lula em seu discurso, sem entrar em detalhes.

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, viajou aos EUA esta semana para se reunir com o secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, que foi designado por Trump para representar os EUA nas negociações com o Brasil.

Vieira e Rubio conversaram por telefone na semana passada, quando acertaram uma reunião presencial em Washington para tratar das tarifas impostas pelos EUA a produtos brasileiros.

 Uma fonte com conhecimento do assunto confirmou à Reuters, sob condição de anonimato, que o encontro entre Vieira e Rubio está marcado para quinta-feira. O chanceler estava nesta quarta em reuniões com técnicos do governo brasileiro em Washington para se preparar para o encontro, acrescentou a fonte.

Trump anunciou recentemente uma tarifa de 50% sobre a exportação de vários produtos brasileiros aos EUA, citando entre os motivos o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, que foi condenado a mais de 27 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado. Trump classificou o processo contra Bolsonaro como “caça às bruxas”.

Ao comentar a conversa telefônica que teve com Trump, Lula disse que não foi mencionado o processo contra Bolsonaro, apenas questões da pauta econômica entre os dois países.

Brasil projeta safra recorde de soja de 179 mi de t, mas La Niña exige atenção

 

O Brasil deve colher safra recorde de 178,7 milhões de toneladas de soja em 2025/26, estimou a analista da StoneX Ana Luiza Lodi, durante seminário online nesta quarta-feira. O número considera 48,3 milhões de hectares de área plantada e recuperação de produtividade no Rio Grande do Sul, que teve perdas nas últimas temporadas. “Temos esse potencial de uma safra recorde, mas tudo vai depender do clima”, disse.

O fenômeno La Niña foi confirmado no Oceano Pacífico e deve persistir até o início de 2026, com fraca intensidade e curta duração. O padrão climático tende a reduzir as chuvas no sul da América do Sul nos meses de novembro e dezembro. “Pode chover um pouco menos do que o normal em novembro e dezembro na Argentina, Uruguai e algumas áreas do Brasil. Mas são períodos que chove muito, então mesmo se chover menos não seria um grande problema. É um ponto a ser monitorado”, afirmou Lodi.

Para janeiro e fevereiro, meses críticos para o enchimento de grãos, a previsão indica maior normalidade nas precipitações no sul do continente. “Aí a gente tem o sul da América do Sul mais dentro da normalidade. De repente pode chover um pouco menos em outras partes do Brasil, mas são previsões muito longas que podem mudar bastante”, comentou.

Segundo Lodi, o La Niña não implica necessariamente perdas para a soja brasileira. As chuvas podem ficar abaixo da média no Sul, mas o fenômeno também tende a trazer temperaturas mais amenas, o que pode reduzir o impacto da menor umidade. Outras regiões do País podem ter volumes de precipitação acima do normal.

 O plantio da soja avança dentro da janela ideal na maior parte das regiões, com ritmo mais acelerado que o registrado no ciclo passado. O clima segue favorável para o desenvolvimento inicial das lavouras, e as condições serão determinantes para a confirmação da estimativa recorde. “O clima vai determinar se a nossa safra vai ser recorde no Brasil e dentro do esperado na Argentina, garantindo que o balanço global de soja continue sem maiores ameaças”, concluiu.

EUA prepara nova ajuda de US$ 20 bi para a Argentina com setor privado

 

O secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, disse, nesta quarta-feira (15), que seu governo trabalha com o setor privado em um novo plano de ajuda para a Argentina de US$ 20 bilhões (R$ 108,9 bilhões, na cotação atual).

“Estamos trabalhando em uma linha de crédito de 20 bilhões (de dólares), que seria complementar à nossa linha de intercâmbio de divisas (swap), com bancos privados e fundos soberanos, que acredito que seria mais orientada ao mercado da dívida”, disse Bessent a jornalistas em Washington.

“Sendo assim, no total seriam 40 bilhões (de dólares, R$ 217,8 bilhões) para a Argentina”, resumiu.

Bessent já tinha anunciado há alguns dias um intercâmbio de divisas ou “swap” por um montante de 20 bilhões de dólares para apoiar o peso, desvalorizado.

E também anunciou que o Tesouro americano tinha começado a comprar pesos argentinos diretamente.

Nesta quarta-feira, afirmou que estas intervenções diretas dos Estados Unidos no mercado cambiário continuavam com compras “esta mesma manhã”.

Na véspera, o presidente americano, Donald Trump, sacudiu os mercados, ao ameaçar cortar o apoio para a Argentina se seu aliado, o presidente ultraliberal Javier Milei, sofresse um revés nas eleições legislativas argentinas no fim do mês.

Bessent enfatizou aos jornalistas estas declarações: o apoio americano será mantido desde que Milei possa exercer seu veto a iniciativas legislativas.

“Portanto, não se trata de uma questão relacionada com as eleições, mas com a política. Enquanto a Argentina continuar implementando boas políticas, contará com o apoio dos Estados Unidos”, afirmou o secretário do Tesouro.

Petrobras está fechando acordo para fornecer combustível renovável para a COP30, diz diretora

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A diretora de Assuntos Corporativos da Petrobras, Clarice Coppetti, disse nesta quarta-feira, 15, que a estatal está trabalhando num acordo visando a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30). “Estamos fechando um acordo para fornecer combustíveis renováveis para a COP30”, afirmou, sem dar mais detalhes, durante a abertura do Encontro Global sobre Empresas Estatais e Ação Climática.

“A Petrobras tem ciência da sua responsabilidade no desafio climático. Estamos empenhados em iniciativas de baixo carbono, gerando combustíveis renováveis e temos buscado parceiros com expertise e que estão acelerando seus processos de transição energética”, elencou a diretora.

Ela representou a presidente da estatal, Magda Chambriard, na abertura do evento organizado pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), em parceria com a Petrobras, no Rio de Janeiro.

Em sua fala, Coppetti destacou que é preciso atuação conjunta para enfrentar os desafios de promover as mudanças estruturais necessárias na matriz energética sem que isso comprometa o crescimento do país. Ela ainda exaltou o papel das empresas estatais brasileiras. “Nós já sabemos, há algumas décadas, o que representam as empresas estatais para a inovação do Estado.”

Startups de serviços financeiros dominam lista de empresas em ascensão no Brasil; veja ranking

 

A rede social profissional LinkedIn publicou nesta quarta-feira (15) um ranking de startups em ascensão, que se destacam por “expandir negócios em um ritmo acelerado e ganhar destaque no mercado brasileiro”. Entre as 20 empresas listadas, oito atuam no ramo de serviços financeiros.

+A nova fronteira das deep techs brasileiras está na Amazônia

“Nossa lista anual de Top Startups vai além de um ranking: é um mapa do futuro do trabalho, mostrando onde as transformações mais significativas estão acontecendo”, afirma Guilherme Odri, editor-chefe do LinkedIn Notícias Brasil, responsável pelo ranking.

Para além do setor financeiro (8), as empresas listadas atuam nos segmentos de desenvolvimento de software (5), saúde (2), tecnologia da informação e serviços (2), consultoria de negócios e serviços (1), seguros (1) e programas de administração educacional (1).

Veja o ranking das startups em ascensão

  1. Onze – serviços financeiros
  2. VOLPI – serviços financeiros
  3. Lina – serviços financeiros
  4. Barte – serviços financeiros
  5. SuperFrete – desenvolvimento de software
  6. Leve Saúde – healthtech
  7. Môre – consultoria de negócios e serviços
  8. Pagaleve – serviços financeiros
  9. Azos – seguros
  10. Tino – serviços financeiros
  11. Salú – healthtech
  12. Tarken – desenvolvimento de software
  13. Enter – desenvolvimento de software
  14. WeHandle – tecnologia da informação e serviços
  15. Kanastra – serviços financeiros
  16. Triggo.ai –  tecnologia da informação e serviços
  17. Bankme – serviços financeiros
  18. ST-One – desenvolvimento de software
  19. Principia –  programas de administração educacional
  20. BrandLover – desenvolvimento de software

Metodologia

O levantamento realizado pelo time editorial da empresa utiliza dados exclusivos retirados da própria plataforma do LinkedIn. Os critérios são:

  • Aumento do número de funcionários, que deve ser de, no mínimo, 10%;
  • Interesse das pessoas à procura de emprego, calculado pela taxa de visualizações de vagas e candidaturas que a empresa recebe, tanto em anúncios de vagas pagos como não pagos;
  • Engajamento dos usuários com a empresa e os seus funcionários, medido por visualizações da LinkedIn Page e dos perfis dos funcionários por usuários que não trabalham na empresa;
  • Quantidade de talentos que essas startups atraíram das empresas incluídas na lista LinkedIn Top Companies, que é avaliada como uma porcentagem do total de funcionários/as da startup.

Haddad defende retomar partes da MP do IOF, mas diz que ainda irá conversar com Lula

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu nesta quarta-feira, 15, após se reunir com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), que as partes “incontroversas” da medida provisória 1303, a chamada MP do IOF, arquivada pela Câmara dos Deputados na semana passada, sejam retomadas pelo Congresso.

Em conversa com jornalistas após o encontro, Haddad disse que ainda não se reuniu com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para apresentar alternativas orçamentárias à queda da MP, que perdeu a validade sem sequer ser votada pelos deputados.

“Coloquei para ele (Alcolumbre) de aquilo que é incontroverso (na MP 1303) nós recuperarmos de alguma maneira”, disse Haddad, citando como trechos incontroversos da proposta revisões em cadastros de benefícios sociais e medidas de cortes de gastos presentes no texto.

Haddad disse ainda não ver problema no adiamento da votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) pelo Congresso e pediu que o Legislativo aprove leis consistentes com a peça orçamentária.

“É melhor gastar uma semana a mais (na LDO) e fechar um texto que faça sentido para todo mundo, do que você ter inconsistência entre LDO, Orçamento e as leis que têm controle de gasto tributário e gasto primário”, disse.

“Qualquer que seja a decisão do Congresso, ela tem que ser consistente. Não pode uma lei apontar em uma direção e outra lei apontar em outra, porque se não não vamos fazer os números se encontrarem.”

Após dizer na véspera em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), do Senado, que a MP 1303 era um pressuposto importante para o Orçamento e que trataria com Lula sobre o assunto assim que o presidente voltasse de viagem à Itália, o que aconteceu na terça, Haddad disse ainda não ter apresentado alternativas a Lula.

“Não estive ainda com o presidente, não está marcado”, afirmou.

LVMH vê melhora nas vendas do 3º trimestre e anima setor de luxo

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A gigante de luxo LVMH, dona da Louis Vuitton, divulgou uma melhora no desempenho de vendas, sugerindo que o setor pode estar virando a página após uma prolongada queda na demanda que afetou a maioria das marcas de alto padrão. O conglomerado francês de bens de luxo, considerado um termômetro para o setor, garantiu receita de 18,28 bilhões de euros no terceiro trimestre, representando crescimento orgânico de 1% em relação a igual período do ano passado, segundo balanço divulgado na terça-feira, 14. No trimestre anterior, o grupo havia registrado queda de 4% nas vendas.

O resultado ficou ligeiramente acima da previsão de analistas compilados pela Visible Alpha, de 18,24 bilhões de euros.

A divisão de moda e artigos de couro – que inclui marcas como Louis Vuitton e Dior – faturou 8,5 bilhões de ouros, com retração orgânica de 2%, mas acima do consenso do mercado, de 8,47 bilhões de euros. No segundo trimestre, havia mostrado retração de 9%.

“O terceiro trimestre apresentou melhora em todos os grupos de negócios e regiões, com exceção da Europa”, informou a empresa, citando menor gasto de turistas devido a flutuações cambiais. Fonte: Dow Jones Newswires.

 

Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado