quinta-feira, 23 de outubro de 2025

Leilões do Banco do Brasil oferecem 199 imóveis residenciais e comerciais em outubro

 

O Banco do Brasil realiza a partir de amanhã, 24, dois leilões públicos que reúnem 199 imóveis residenciais e comerciais, distribuídos por várias regiões do país. Muitos imóveis já contam com locação simultânea parcial ou integral vigentes, o que garante renda imediata ao comprador.

Os lances já estão abertos, e as sessões públicas acontecem nos dias 24, 28 e 31 de outubro. Os imóveis disponíveis têm lances iniciais que vão de R$ 633 mil por um prédio comercial em Iguape (SP) e vão até R$ 23,7 milhões por um prédio comercial em Palmas (TO).

Entre os destaques estão 125 imóveis próprios do Banco do Brasil. Os imóveis serão comercializados com simultânea parcial ou integral. O estado com maior número de ofertas é São Paulo (53), seguido pelo Rio Grande do Sul (14) e Paraná (13). Contudo existem oportunidades de compras de imóveis no Rio de Janeiro (11) e Minas Gerais (6). A sessão dos imóveis do banco será realizada em 28 de outubro, às 11h.

Serão disponibilizados também 74 imóveis em leilão de alienação fiduciária (Lei nº 9.514/97), distribuídos em São Paulo (24), Goiás (12), Rio de Janeiro (7), Santa Catarina (6) e Distrito Federal (6). As sessões acontecem em duas etapas: 24 e 31 de outubro, ambas às 11h30.

Para participar, os interessados devem acessar os sites Seu Imóvelweb BB ou Lance no Leilão, onde estão disponíveis os editais completos, fotos, descrições dos imóveis e condições de participação. Os lances são realizados 100% online, com segurança, transparência e praticidade.

Cuidados antes de um leilão

Por conta desta estrutura de competitividade pelo lance mais alto, é importante estabelecer previamente um limite máximo para o quanto se pode gastar no leilão. Assim, os riscos de se empolgar e oferecer um valor maior do que pode de fato arcar ficam reduzidos. Lances feitos e não pagos podem ocasionar multas e outras punições.

Os interessados devem buscar também conhecer a reputação da casa de leilões para não cair em golpes, principalmente ao se tratar de leilões online. No caso dos certames de imóveis, recomenda-se analisar previamente todas as informações disponíveis no edital.

Lembre-se ainda que será cobrada uma taxa para o leiloeiro de 5% sobre o valor do lance vencedor, que deverá ser paga à vista. Calcule este valor sobre seu lance máximo no leilão.

quarta-feira, 22 de outubro de 2025

Consórcio belga-brasileiro vence concessão inédita do canal de acesso do Porto de Paranaguá

 

O Consórcio Canal Galheta Dragagem (CCDG) arrematou no período da tarde desta quarta-feira, 22, a concessão do canal de acesso do Porto de Paranaguá (PR), o primeiro desse tipo no país. O grupo, composto pela brasileira FTS e a belga Dem, ofereceu o desconto máximo de 12,63% sobre a taxa cobrada dos navios e uma outorga de R$ 276 milhões, desbancando outros três concorrentes em um certame com forte presença estrangeira.

A FTS, que já atua no Porto de Paranaguá, e a companhia belga de dragagem disputaram a etapa final com a chinesa CHEC Dredging, do conglomerado estatal China Communications Construction Company (CCCC). O certame contou ainda com a participação da belga Jan De Nul e da brasileira DTA Engenharia, que não avançaram às etapas finais.

O leilão começou com o critério de maior desconto sobre a tarifa Inframar, paga pelos navios para acessar o porto. Como dois proponentes atingiram o limite máximo previsto no edital, o certame avançou para o segundo critério, de maior outorga.

Nesta etapa, a segunda colocada foi desbancada pelo grupo ganhador após uma longa disputa a viva-voz. As ofertas iniciais que eram de R$ 86,1 milhões para a empresa chinesa e de R$ 160,2 milhões para o consórcio subiram até os valores finais de R$ 275 milhões e R$ 276 milhões, respectivamente

Esse valor é referente à outorga que deverá ser paga pela ganhadora antes do início da operação. O contrato prevê ainda o pagamento de uma outorga fixa de R$ 86 milhões ao longo de 25 anos, com possibilidade de prorrogação para até 70 anos. Adicionalmente, a concessionária terá que investir R$ 1,22 bilhão nos cinco primeiros anos de concessão.

Atualmente, a manutenção e dragagem do acesso é feita pela autoridade, mas, com a concessão, a responsabilidade passa para a empresa vencedora. Outros serviços como sinalização, batimetria e monitoramento das embarcações também serão controlados pela concessionária.

O certame do canal de acesso foi o último de três leilões portuários realizados nesta quarta. Pela manhã, foram concedidos os arrendamentos de áreas portuárias em Maceió (Terminal Marítimo de Passageiros), arrematado pelo Consórcio Britto-Macelog II, e no Rio de Janeiro (RDJ07), que teve a Petrobras como vencedora.

Concessão deve ampliar canal

Menor apenas que o Porto de Santos na América Latina, Paranaguá recebe 2,6 mil navios por ano, com destaque para granéis sólidos, como soja e proteína animal. Com a concessão, o calado do canal será ampliado de 13,5 metros para 15,5 metros de profundidade, elevando a capacidade do porto para receber navios de maior porte.

“A cada centímetro a mais na profundidade do canal de acesso corresponde a um aumento de 60 toneladas de carga no porão do navio”, explica o secretário Nacional de Portos do Ministério de Portos e Aeroportos, Alex Ávila.

Novo formato de concessão

O novo formato de concessão, inaugurado nesta quarta, dá maior previsibilidade às operações, possibilitando maior eficiência do porto e aumento na movimentação de cargas, avalia o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho. Ele complementa dizendo que o certame servirá de modelo para futuras concessões já previstas para os portos de Santos (SP), Itajaí (SC), Salvador (BA) e Rio Grande (RS).

A expectativa do ministro é que Paranaguá se torne mais atrativo para a movimentação de contêineres e operações do agronegócio, especialmente quando estiverem em operação três terminais leiloados em abril deste ano, destinados a granel sólido vegetal.

“O porto está entrando em outro estágio, com investimentos que vão dobrar a capacidade de escoamento da safra agrícola e abrem oportunidades para exportação de mais 20 milhões de toneladas por ano”, afirmou.

 

O Porto de Paranaguá

Paranaguá é o segundo maior porto do Brasil, depois do porto de Santos. Atualmente, o porto recebe 2.600 navios por ano, com destaque para movimentação de granéis sólidos, como soja e proteína animal, e também carga conteinerizada, granéis líquidos e carga em geral. O Porto de Paranaguá é a principal via de escoamento da safra dos estados do Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás e também recebe cargas de Santa Catarina, São Paulo, Rio Grande do Sul e Rondônia.

Além de ampliar a movimentação de cargas, ampliar a eficiência e o comércio internacional, a concessão vai impulsionar também o desenvolvimento da região, com reflexos positivos na economia dos municípios próximos e na geração de emprego e renda nas cidades vizinhas e no Estado.

Senado aprova projeto de lei que garante gratuidade de bagagem de mão em voos

 

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou nesta quarta-feira, 22, o Projeto de Lei (PL) 120/2020, que estabelece que passageiros de voos nacionais e internacionais poderão transportar gratuitamente até 10 quilos de bagagem de mão, com dimensões padronizadas, sem cobrança adicional por parte das companhias aéreas. A matéria segue para votação na Câmara dos Deputados.

A proposta, de autoria do senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), foi relatada por Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB) e altera o Código Brasileiro de Aeronáutica para fechar brechas que, segundo o relator, permitem práticas abusivas.

“Se na época da proposta, 2020, as consequências da omissão apontada eram hipotéticas, hoje, o receio se mostra plenamente justificável em função de anúncios, por operadores brasileiros, de oferta de passagens que não incluem bagagens de mão que requeiram acomodação nos compartimentos superiores da aeronave”, disse o relator do projeto, senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB).

O que diz o PL aprovado no Senado

O projeto fixa parâmetros para o transporte de bagagens de mão em voos domésticos e internacionais, ao definir que a franquia mínima gratuita será de até 10 quilos. A norma se aplicará ao compartimento superior da cabine, e as empresas poderão estabelecer restrições adicionais apenas por razões de segurança ou de capacidade das aeronaves. Em caso de superlotação, o operador deverá despachar o volume sem custo para o passageiro.

A proposta impede que companhias cobrem por bagagens de mão, possibilidade aberta por uma resolução de 2016 da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que não determina o transporte gratuito desse tipo de bagagem, o que criou margem para tarifas extras.

O advogado Marco Antonio Araujo Jr., da OAB, lembrou que, no passado, houve uma flexibilização relacionada à cobrança de bagagens despachadas, sob o argumento de que, com a cobrança, o valor iria diminuir para quem que não utilizasse o serviço nos voos.

“Não é o que os estudos mostram. A promessa não se concretizou. A nova ideia da criação de uma modalidade promocional de bilhete para os passageiros que levem no voo somente um artigo pessoal que caiba embaixo do assento à frente e não no bagageiro da cabine da aeronave é, na verdade, a criação de uma tarifa para quem pretende levar uma bagagem de mão nos voos”, disse Araújo Jr.

Para o representante da OAB, cobrar pela mala de mão nas viagens é onerar o consumidor por um serviço que, em regra, já está embutido no valor da passagem aérea.

Marcelo Pimentel renuncia ao comando do GPA, em meio a mudanças no comando

 

O GPA, empresa que controla a rede de supermercados Pão de Açúcar, anunciou nesta quarta-feira, 22, que o presidente-executivo Marcelo Pimentel renunciou ao cargo e como membro do conselho de administração da companhia.

Para o lugar do executivo, que há anos tocava um plano de reestruturação da empresa focado na bandeira do Pão de Açúcar, lojas de proximidade e vendas online, o GPA indicou interinamente o atual vice-presidente financeiro, Rafael Russowsky, que vai acumular a função.

As ações do GPA subiam 3,35%, a R$ 3,70, na máxima da sessão, antes de terem a negociação suspensa em razão da divulgação do fato relevante.

A troca no comando da empresa acontece em meio às mudanças no grupo de controle da companhia, com a entrada da família mineira Coelho Diniz como principal acionista, com 24,6% de participação. O empresário André Coelho Diniz foi eleito mais cedo neste mês presidente do conselho de administração do grupo que remonta a década de 1960.

Pimentel estava no comando do GPA desde 2022, vindo da Marisa.

As ações do GPA exibiam alta de 3,35% após o anúncio da mudança no comando da empresa, cotadas a R$ 3,70.

Ibovespa sobe e se aproxima dos 145 mil pontos em dia de noticiário corporativo intenso

O Ibovespa fechou em alta nesta quarta-feira, 22, voltando a flertar com os 145 mil pontos, encontrando apoio principalmente nas ações da Vale. O dólar encerrou rondando a estabilidade, com alta discreta, repercutindo notícias internacionais sobre a relação Estados Unidos e China.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,55%, a 144.872,79 pontos, após marcar 145.047,73 pontos na máxima e 144.038,76 pontos na mínima do dia.

O volume financeiro somava R$ 16 bilhões antes dos ajustes finais, em pregão com noticiário corporativo intenso, que incluiu o resultado da WEG, a Vale reportando a maior produção de minério de ferro desde 2018 no terceiro trimestre, renúncia do presidente-executivo do GPA e participação da Petrobras em leilão da ANP.

Já o dólar, após se manter muito próximo da estabilidade pela manhã, ganhou força ante o real no início da tarde desta quarta-feira e fechou a sessão em leve alta, repercutindo a notícia de que os Estados Unidos consideram restringir exportações de software para a China.

Com os investidores também atentos à questão fiscal brasileira, o dólar à vista terminou com leve alta de 0,14%, aos R$ 5,3976. No ano, porém, a divisa acumula queda de 12,65%.

Às 17h03 na B3 o dólar para novembro — atualmente o mais líquido no Brasil — subia 0,16%, aos R$ 5,4090.

 

Agora Axia Energia, Eletrobras ganhou R$ 36,5 bi em valor de mercado desde a privatização

 

+Marcelo Pimentel renuncia ao comando do GPA, em meio a mudanças no comando

Isso porque o valor de mercado da Axia saiu de R$ 87,8 bilhões à época da privatização para os atuais R$ 124,3 bilhões.

O aumento no valor de mercado se dá por conta da expressiva valorização das ações da companhia nesta janela – refletindo ganhos operacionais substanciais, com lucros crescentes depois da privatização.

Como exemplo, em 2023, o lucro líquido foi de R$ 4,39 bilhões, um aumento de cerca de 21% sobre 2022. Em 2024, a última linha do balanço saltou para R$ 10,38 bilhões, representando alta de 136% ante o ano anterior.

Eletrobras; ELET3; bolsa de valores; investimentos

Além disso, o mercado premiou a companhia por conta da redução de custos e da alavancagem, dado que a gestão teve sucesso em cortar custos, diminuir passivos e aumentar os investimentos após o processo de desestatização.

Após três anos da privatização, foi reportado corte de cerca de 18% nos custos operacionais (PMSO) e de aproximadamente 27% no quadro de funcionários, além de uma elevação do investimento de cerca de R$ 4,6 bilhões em 2021 para R$ 7,7 bilhões no ano de 2024.

Vale destacar que, em termos de performance, as ações ELET3 ostentam um retorno total de 51,9% desde a privatização – a métrica considera a alta das ações somada ao reinvestimento dos proventos distribuídos.

A rentabilidade supera o principal índice da bolsa de valores (Ibovespa) e o índice de elétricas da bolsa (IEEX), que subiram 40% e 39% no mesmo período, respectivamente.

Dividendos polpudos

Afora o ganho de capital, a antiga estatal também teve uma remuneração expressiva dos seus acionistas em um passado recente, com dividendos que saíram de R$ 0,74 por ação ordinária em 2022 para R$ 1,27 em 2024 e R$ 2,65 no ano de 2025 (até outubro).

Isso fez com que o dividend yield saltasse de menos de 1% no ano da privatização para atuais 7,7%, segundo dados da Elos Ayta Consultoria.

Em valor nominal, foram R$ 1,4 bilhão em proventos em 2022, R$ 864 milhões em 2023, R$ 1,3 bilhão no ano de 2024 e R$ 3,9 bilhões no acumulado de 2025 até então.

Resultado recente mostra lucro de R$ 1,5 bilhão

A companhia reportou lucro líquido ajustado de R$ 1,47 bilhão no segundo trimestre, 43,3% superior ao registrado no mesmo período do ano passado.

Sem ajustes, a Eletrobras apurou prejuízo líquido de R$ 1,33 bilhão no trimestre encerrado em junho, revertendo lucro de R$ 1,74 bilhão de um ano antes, impactado por um ajuste de R$ 3,43 bilhões motivado pela mudança no fluxo de pagamentos da indenização da chamada Rede Básica do Sistema Existente (RBSE) às transmissoras de energia do grupo, conforme aprovado pela agência reguladora Aneel.

O Ebitda ajustado regulatório da companhia totalizou R$ 5,5 bilhões no mesmo período, decréscimo de 8,6% em base anual, principalmente por um resultado mais desfavorável na linha de participações societárias, enquanto a receita operacional líquida regulatória ficou praticamente estável (-0,3%) em R$ 9,59 bilhões.

Em relatório que acompanha o balanço, a Eletrobras destacou um aumento de sua receita de geração no segundo trimestre, impulsionado pela estratégia de comercialização de energia do grupo, “mais que compensando o maior gasto com energia comprada para revenda”.

Em paralelo, a empresa também disse em fato relevante que seu conselho de administração aprovou a distribuição de R$ 4 bilhões aos acionistas na forma de dividendos intermediários. A nova aprovação vem após a distribuição, no início do ano, de R$ 4,1 bilhões em dividendos relativos ao desempenho de 2024.

Julgamento na próxima semana

O ministro Kássio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), marcou a análise da homologação do acordo entre a empresa e a União no âmbito de ação que discute a limitação do poder de voto do governo na empresa. O julgamento será realizado no plenário virtual entre 31 de outubro e 10 de novembro.

O acordo foi assinado em março e dá à União o direito a três das 10 vagas no Conselho de Administração da Eletrobras. Por outro lado, a Eletrobras deixa de ter a obrigação de aportar recursos para a construção da usina nuclear de Angra 3.

A União também se comprometeu a fazer esforços para apoiar a Eletrobras em uma eventual alienação de sua participação na Eletronuclear.

A ação foi ajuizada em 2023 pela Advocacia-Geral da União (AGU) para questionar a limitação do poder de voto da União a 10%.

O governo queria poder proporcional à participação na antiga Eletrobras, que é de 43%. Nunes Marques, que é relator, enviou o caso para conciliação, que foi concluída em fevereiro deste ano.

Entenda troca de nome

A empresa anunciou nesta quarta-feira, 22, que mudou seu nome para Axia Energia, destacando em comunicado que a alteração marca uma evolução da companhia nos últimos três anos para atuar com mais agilidade, inovação e foco no cliente, o que inclui crescimento por meio de leilões.

O novo nome retira a referência ao Brasil, herança do passado estatal após o processo de privatização da empresa ter sido concluído em meados de 2022, ainda que o governo brasileiro siga com participação relevante na companhia, com a União detendo diretamente quase 30% do total das ações.

Em nota, a maior geradora de energia renovável do país e líder na transmissão disse ter “ambição de crescimento inorgânico por meio da participação nos leilões setoriais e resiliência de seus ativos”.

“Buscamos o novo com respeito à história que construímos até aqui… Isso passa por disciplina, inteligência na alocação de capital e excelência organizacional e se ancora em um time de talentos que enxerga o desafio da companhia e do momento do setor”, afirmou o presidente da Axia Energia, Ivan Monteiro, em um comunicado.

Em meio à mudança de nome, a empresa ressaltou ser a maior empresa de energia renovável da América do Sul, indicando que a palavra “axia” vem do grego e significa “valor”.

A alteração vem após a elétrica ter reforçado, nos últimos anos, medidas para se desvincular de questões ligadas ao Estado. Na última semana, foi assinado um contrato para a empresa vender sua participação na estatal Eletronuclear.

Mais cedo neste ano, o governo se comprometeu a não mais questionar o limite de voto de 10% na companhia, imposto a qualquer acionista ou grupo de acionistas, acertado durante a privatização, em troca de mais representatividade no conselho da ex-Eletrobras.

Com este movimento, a companhia também conseguiu encerrar uma disputa judicial com o governo que poderia se estender indefinidamente, já que a administração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sempre se opôs à forma como a empresa foi desestatizada.

A nova identidade será incorporada gradualmente em todos os canais, comunicações e ativos da antiga Eletrobras, em todas as regiões do país, disse a companhia, cuja capacidade instalada é 100% renovável — possui 81 usinas, sendo 47 hídricas, 33 eólicas e uma solar.

BNDES destina R$ 500 milhões para automação da circulação dos trens da Rumo

 


A conclusão em 2030 tornará o transporte de cargas mais seguro e eficiente 
 
 
A Rumo será a primeira ferrovia do mundo a operar com esse nível de conectividade e segurança

  

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) financiará investimentos da Rumo S.A. para a automação da circulação dos trens. A iniciativa ampliará a eficiência e a segurança operacional da malha ferroviária dos estados de São Paulo, Mato Grosso e Goiás, entre outros. O apoio do BNDES será de R$ 500 milhões por meio da linha Finem, no Programa BNDES Mais Inovação. Anteriormente, o BNDES havia apoiado investimentos iniciais concentrados na Malha Paulista e no centro de controle operacional (CCO) da Rumo, localizado em Curitiba.

O projeto da Rumo, batizado de Positive Train Control 2.0 (PTC 2.0), consiste em um sistema de despacho de trens projetado para trabalhar com segurança e ser capaz de determinar com precisão a localização, direção e velocidade dos trens ao longo de toda a malha da operação norte. Para trabalhar com segurança, os sistemas da solução PTC 2.0 serão capazes de alertar os operadores sobre possíveis problemas e interromper a movimentação, se o operador não agir. É uma tecnologia pioneira e a Rumo será a primeira empresa do ramo de ferrovias do mundo a operar com esse nível de conectividade e segurança.

O projeto atual promove a utilização do sistema PTC 2.0 em toda a ferrovia da operação norte da Rumo. Os investimentos de R$ 501,8 milhões serão alocados em locomotivas e veículos com a solução e P&D.

A Rumo estima a contratação de 123 pessoas ao longo do desenvolvimento dessa nova fase do projeto, concentradas em posições de engenharia, TI e de operações. Também são estimadas 95 pessoas envolvidas diretamente no projeto através das contratadas dos prestadores de serviço. "A inovação nas ferrovias, assim como em outros setores de infraestrutura, está diretamente relacionada à incorporação de tecnologia avançada com o objetivo de ganhar segurança e melhorar a produtividade do sistema. O PTC traz evolução ao controle de tráfego de trens e possibilita o aumento de capacidade da via férrea e maior segurança", explica o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

"Parcerias como esta são essenciais para destravar valor nas cadeias produtivas que movimentam a economia brasileira. O modal ferroviário tem vocação para transportar grandes volumes de carga por longas distâncias com eficiência, segurança e baixo carbono", complementa Natalia Marcassa, Vice-presidente da Rumo.