sexta-feira, 24 de outubro de 2025

Agtech Produzindo Certo capta R$ 20,7 mi para ampliar monitoramento de fazendas

São Paulo, 24 – A Produzindo Certo, agtech que monitora práticas sustentáveis em fazendas, captou R$ 20,7 milhões em rodada de investimento liderada pelos fundos Arar Capital e SP Ventures, com participação do The Yield Lab (TYL), SLC Ventures e Agroven, informou a companhia nesta sexta-feira. Os recursos serão aplicados na ampliação da base de fazendas monitoradas, reforço às áreas comercial e de tecnologia, e expansão de parcerias com o setor financeiro.

A empresa, criada em 2019 como spin-off da ONG Aliança da Terra, monitora atualmente cerca de 8,5 milhões de hectares e 10 mil fazendas no País. A plataforma integra dados sobre uso do solo, conformidade ambiental, rastreabilidade e indicadores de sustentabilidade nas cadeias de soja, milho, carne e couro. “Essa rodada nos permite acelerar nosso impacto e transformar dados em valor e soluções reais para o campo”, afirmou a cofundadora e CEO da Produzindo Certo, Aline Locks, em comunicado.

A carteira de clientes inclui Unilever, Nestlé, ADM, Louis Dreyfus Company (LDC), Brasilseg (BB Seguros) e Bunge. “Nossa plataforma conecta o campo às decisões corporativas e financeiras, oferecendo dados confiáveis sobre conformidade, riscos e resultados socioambientais. É a base para um agro mais competitivo, regenerativo e rastreável”, disse o cofundador e diretor de Operações, Charton Locks.

Com os novos recursos, a agtech planeja intensificar a busca por parcerias com bancos e seguradoras que utilizam seus dados para crédito verde, seguros e investimento de impacto. A estratégia pretende consolidar a Produzindo Certo como o principal hub de inteligência socioambiental do agro latino-americano.

A companhia lidera programas coletivos de impacto, como o Reg.IA, consórcio de agricultura regenerativa da América Latina, e o Bov.IS, de pecuária sustentável, que reúnem produtores, indústrias e instituições financeiras para medir e valorizar práticas regenerativas. A plataforma também é utilizada na geração de créditos RTRS (Round Table on Responsible Soy), com mais de 5 milhões de toneladas de soja e milho certificados destinados a compradores globais, além de dezenas de milhares de créditos de couro sustentável para a indústria da moda.

 

Maior ameaça para empresas são as companhias que vão ‘nascer com IA’, diz CEO da Zenvia

 

Para o CEO da Zenvia, Cassio Bobsin, companhia brasileira de tecnologia listada na Nasdaq, a Inteligência Artificial (IA) deve mudar drasticamente o ambiente competitivo das companhias – e não somente no seu ramo.

A tese é de que novas empresas ‘AI first’ vão nascer nos próximos anos e, com todos os seus fluxos desenhados do zero visando agregar IA nos processos, serão exponencialmente mais eficientes e competitivas do que as empresas atuais, que nasceram antes da popularização e da ampla adesão da tecnologia.

“A maior ameaça para as empresas de hoje é como, quando, qual vai ser a empresa que vai surgir ‘AI first’ e que vai ser muito melhor do que a sua empresa – porque ela vai nascer já resolvendo a maior parte dos seus problemas sabendo o que IA é melhor para esses problemas, e ela vai ser então muito mais eficiente e talvez seja melhor e mais barata para o cliente”, explica.

A visão de Cassio Bobsin é de que Inteligência Artificial ‘não é só uma tecnologia’, e fará as corporações mudarem o jeito como se estruturam e alterar organizações e processos de resolução de problema.

A fala vai em linha com o que especialistas de IA tem comentado, citando que é algo que não deve ser compreendido apenas como mais um item no universo de um ferramental, mas como algo mais relevante e que deve estar 100% integrado nos processos das empresas.

A Zenvia, que é focada na prestação de serviços para comunicação entre empresas e clientes, destaca que tem redesenhado alguns de seus produtos usando IA em um passado recente.

“Nos últimos anos a adoção de tecnologia para automação de atendimento ou vendas foi a partir de um modelo replicado de call center, de script. Você digita um código de 1, 2 ou 3, tem regras bem estruturadas. As pessoas não gostam disso. As pessoas querem falar com alguém que parece ter uma linguagem humana. Hoje a tecnologia de IA generativa já permite fazer agentes que têm uma linguagem muito compreensível, fácil, adaptada e com muita capacidade cognitiva.”

Desafio para techs brasileiras é o custo do dinheiro

A companhia foi fundada em em meados de 2003 em Porto Alegre (RS) e atualmente figura no seleto panteão de companhias de tecnologia brasileira que prosperaram e conseguiram aumentar sua capilaridade para outros países.

Cassio Bobsin relata que um dos principais fatores que faz com que tenhamos poucas gigantes brasileiras de tecnologia é o ambiente macroeconômico – com custo de capital elevado, os brasileiros podem errar muito menos do que os gringos e têm de ter mais parcimônia ao adotar alguma estratégia de queima de caixa.

“O maior desafio para as techs brasileiras é o custo do dinheiro. É muito caro captar aqui no Brasil. O retorno esperado para investidores é muito alto. Se você vai tentar usar dívida, é muito difícil conseguir uma estrutura de garantias. Então, não tem espaço para errar”, avalia.

O cenário fez com que a companhia tivesse de manter uma estrutura mais enxuta e sustentável desde o dia 1, priorizando sempre geração de caixa e com uma estrutura financeiramente sustentável.

O que faz a Zenvia

A Zenvia é líder de mercado na América Latina e tem sua operação principal seja no Brasil. O core business da empresa é fornecer uma plataforma de experiência do cliente (CX) e relacionamento, operando com Software as a Service (SaaS), com soluções ponta-a-ponta para que empresas gerenciem a jornada do cliente (marketing, vendas, atendimento) através da plataforma “Zenvia Customer Cloud”, e Communication Platform as a Service (CPaaS), Fornecendo APIs (interfaces de programação) que permitem às empresas integrar canais de comunicação (como SMS, WhatsApp e Voz) em seus próprios sistemas.

A empresa é listada na Nasdaq desde 2021. Seu valor de mercado fica na casa dos US$ 73 milhões. No seu resultado mais recente, referente ao segundo trimestre de 2025, a receita total consolidada foi de R$ 285,7 milhões.

Haddad diz que prefere ‘pecha de quem está gastando demais do que de caloteiro’

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta sexta-feira, 24, que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva repudia o “calote” que foi dado nos precatórios pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, acrescentando que prefere ficar com a “pecha de quem gastou demais do que de caloteiro”.

Falando em seminário sobre precatórios do Instituto dos Advogados de São Paulo (Iasp), Haddad afirmou que o governo está tentando resolver o problema fiscal de forma sustentável e disse que o Executivo federal decidiu ficar de fora de uma emenda constitucional que permitiu restringir o pagamento desses títulos judiciais por parte de Estados e municípios.

“Essa emenda recém-promulgada, quero dizer que a única participação da Fazenda foi pedir para não mexer nos precatórios federais. Ou seja, nós repudiamos o calote que foi dado no governo anterior e não queremos seguir esse caminho”, disse o ministro no evento.

“A União ficou de fora e não quer participar desse tipo de coisa, até porque ela tem a capacidade de financiamento que os entes federados não têm.”

A PEC também determinou que os precatórios da União deverão ser gradualmente incluídos no cálculo da meta fiscal a cada ano, a partir de 2027, começando com pelo menos 10% do valor estimado. Todos os precatórios deverão ser contabilizados no prazo máximo de dez anos.

A emenda constitucional, que Haddad chamou de “ilegal, inconstitucional e irracional”, está sendo alvo de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade movida pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Supremo Tribunal Federal (STF).

Em 2021, no governo Bolsonaro, o Congresso aprovou PEC que limitava o pagamento dos precatórios da União até 2026, o que gerou um acúmulo de passivos. No fim de 2023, o governo Lula editou medida provisória abrindo um crédito extraordinário para pagar os precatórios atrasados, em despesa que não impactou as regras fiscais.

Haddad fez nesta sexta uma defesa do equilíbrio fiscal, afirmando ao mesmo tempo que ele precisa ser alcançado de forma sustentável e respeitando a Constituição e as decisões judiciais.

“Resolver o problema fiscal desse jeito, qualquer um resolve. Tem que resolver o problema fiscal de maneira sustentável, e é o que nós estamos procurando fazer”, afirmou.

“As pessoas não tiram da minha conta o que eu paguei da gestão anterior, colocam na minha conta. Mas eu paguei uma dívida do governo anterior que tinha que ser paga. Eu prefiro ficar com a pecha de quem está gastando demais do que com a pecha de caloteiro, é assim que eu funciono”, afirmou.

Haddad também reclamou da atuação antiética de alguns advogados, afirmando receber com frequência denúncias de litigância de má fé de profissionais que buscam dar acesso a seus clientes a programas e benefícios sociais sem que eles tenham direito a eles.

“Precisamos zelar pela coisa pública pelos dois lado, não adianta só culpar o Estado”, afirmou.

Novas imagens mostram suspeitos fugindo do Louvre após assalto

 


Furto cinematográfico de nove joias da antiga monarquia francesa aconteceu no último domingo

Novas imagens mostram suspeitos fugindo do Louvre após assalto

SÃO PAULO, 23 OUT (ANSA) – Novas imagens divulgadas nesta quinta-feira (23) pelas autoridades francesas mostram dois suspeitos do assalto milionário ao Museu do Louvre, em Paris, fugindo com a ajuda de um elevador de carga. O furto cinematográfico de nove joias da antiga monarquia francesa, avaliadas em cerca de 88 milhões de euros (R$ 550 milhões), aconteceu no último domingo (19) e chocou o país.
Em menos de sete minutos, uma equipe de três ou quatro pessoas invadiu a Galeria Apollo, onde são mantidos os diamantes da Coroa e outras joias históricas, cometeu o crime e conseguiu fugir do museu mais visitado do mundo. Nos novos registros é possível ver o momento em que os suspeitos aparecem descendo pelo elevador de carga do lado de fora do Louvre, revelando uma frieza e facilidade com que executaram o crime.

 

 https://twitter.com/i/status/1981107012076278261

 

Segundo a investigação, os criminosos quebraram duas vitrines que exibiam joias da era napoleônica, roubaram nove peças, desceram pela escada e fugiram de moto. O elevador de carga usado na operação foi identificado como um equipamento da empresa alemã Böcker, que, dias após o crime, usou o episódio de forma irônica em uma campanha publicitária.

Até agora, apenas uma coroa da imperatriz Eugênia, esposa de Napoleão III ? adornada com 1,4 mil diamantes e esmeraldas ? foi encontrada danificada logo após o roubo. O Ministério Público da França continua investigando o caso. (ANSA).

 

 

André Esteves passa a controlar indiretamente mais de 80% da Estapar

 

 

 Atual participação de Esteves na Estapar estaria avaliada em cerca de R$ 660,6 milhões

 Estacionamento da Estapar
 
 

A rede de estacionamentos Estapar informou que a participação indireta do presidente do conselho de administração do BTG Pactual, André Esteves, na empresa passará de 55,56% para 81,41% do seu capital social.

Em comunicado ao mercado enviado na noite de quinta-feira, a empresa explicou que o fundo Valbuena, cujo único cotista é André Esteves, adquiriu a totalidade das cotas do Riverside Fundo de Investimento em Participações.

André Esteves, do BTG Pactual (Crédito:Pedro Dias/AG. ISTOé)


Participação na Estapar estaria avaliada em R$ 660 mi

Segundo a Estapar, o fundo Riverside detinha 25,85% do capital social da rede de estacionamentos.

Considerando que a ação da companhia fechou o pregão de quinta-feira a R$ 3,70, a atual participação de Esteves estaria avaliada em cerca de R$ 660,6 milhões.

Estacionamento da rede Estapar
Estacionamento da rede Estapar – Foto: Divulgação (Crédito:Divulgação)

Empresa alemã usa roubo no Louvre para promover elevador de carga usado por ladrões

 

A empresa alemã Böcker, fabricante do elevador de carga usado pelos ladrões que assaltaram o Museu do Louvre, em Paris, no último domingo, 19, lançou uma peça publicitária nas redes sociais lembrando da participação do equipamento naquele que muitos já consideram o roubo do século.

“Quando é preciso agir rápido. O Böcker Agilo transporta seus tesouros de até 400 quilos a 42 metros por minuto, silencioso como um sussurro graças ao seu motor elétrico de 230 V”, diz a mensagem publicada pela empresa familiar, com sede em Werne an der Lippe, no oeste da Alemanha.

A frase acompanha uma foto da área isolada próxima ao Louvre onde foi encontrado o elevador. Veja abaixo:

Entre centenas de comentários em reação à publicação, parte dos internautas elogiou o marketing da empresa. Em tom jocoso, alguns pediram um aumento de salário para a equipe responsável, enquanto outros criticaram a piada sobre o crime.

Segundo o jornal The Guardian, a chefe de marketing e comunicação da empresa reconhece que o roubo foi um “ato repreensível”, mas que “depois que ficou claro que ninguém havia saído ferido, nós começamos a fazer algumas piadas e pensar juntos em slogans que achávamos engraçados”, disse.

Amostras de DNA e impressões digitais

Investigadores franceses estão analisando dezenas de amostras de DNA e impressões digitais após o roubo de joias à luz do dia, informou um promotor nesta quinta-feira.

Até “150 amostras de DNA, impressões digitais e outros indícios” foram identificados, disse a promotora parisiense Laure Beccuau ao jornal local Ouest France.

Ela disse que a análise é uma prioridade e que os resultados nos próximos dias devem fornecer pistas, especialmente se os culpados tiverem antecedentes criminais.

O Museu do Louvre estima em 88 milhões de euros (aproximadamente 550 milhões de reais) o valor das oito joias da coroa francesa roubadas na Galeria de Apolo por um grupo de quatro pessoas. Uma das joias foi recuperada pela polícia, após os criminosos deixarem ela cair na rua durante a fuga.

Ladrões fugiram 7 minutos depois de terem chegado

Para o ministro da Justiça francês, Gérald Darmanin, o incidente mostra uma imagem “muito negativa” da França. “É certo que falhamos”, ele disse à rádio France Inter.

A diretora do museu, Laurence des Cars, chamou nesta semana o roubo de “uma ferida imensa”. Ela admitiu que a vigilância externa por câmeras de vídeo é um ponto fraco do esquema de segurança.

Com os rostos cobertos para não serem identificados, os ladrões chegaram na ala sul do Louvre, às margens do rio Sena, às 9h30 da manhã do horário local. Eles tinham duas motos e um caminhão equipado com um elevador de móveis do modelo Böcker Agilo, com o qual dois deles subiram até o primeiro andar.

Após abrirem um buraco no vidro e quebrarem as vitrines das joias, eles fugiram de moto sete minutos depois de terem chegado. O grupo tentou sem sucesso incendiar o caminhão e o abandonou ao lado do Louvre.

Scharwatz disse ainda ao The Guardian que, em 2020, a Böcker vendeu o elevador de carga móvel para uma companhia na região de Paris, que o aluga. Recentemente, o equipamento foi roubado durante uma demonstração de funcionamento para clientes interessados no aluguel.

Receita abre consulta a novo lote de restituição do IR 2025; veja se você está

 

A Receita Federal abriu nesta sexta-feira, 24, a consulta a novo lote residual de restituição do Imposto de Renda 2025. O lote de restituições de outubro do IR 2025 contempla 248.894 contribuintes e soma R$ 602.957.179,71. O pagamento será feito na próxima sexta-feira, 31 de outubro.

FAÇA AQUI A CONSULTA

“Esse lote contempla restituições de declarações 2025 transmitidas fora do prazo e com pendências solucionadas pelos contribuintes, além de restituições residuais de exercícios anteriores”, informou a Receita.

Para saber quem entrou no lote, o contribuinte deve acessar a página da Receita na internet, clicar em “Meu Imposto de Renda” e, em seguida, em “Consultar a Restituição”.

Quem entrou no lote de outubro

  • 6.627 restituições para idosos acima de 80 anos
  • 36.714 restituições para contribuintes entre 60 e 79 anos
  • 5.040 restituições para pessoas com alguma deficiência física ou mental ou moléstia grave
  • 10.871 restituições para contribuintes cuja maior fonte de renda seja o magistério
  • 158.775 restituições para quem optou pela declaração pré-preenchida e/ou por receber a restituição via Pix
  • 30.867 restituições a contribuintes não prioritários

Como saber se caí na malha fina

Cair na malha fiscal (“malha fina”) não significa que sua declaração esteja errada, mas talvez você tenha que comprovar algumas informações declaradas.

Se for encontrada alguma diferença entre as informações declaradas por você e as informações apresentadas pelas outras entidades, sua declaração será separada para uma análise mais profunda. É o que se chama de malha fiscal, ou “malha fina” como é popularmente conhecida.

Para verificar a situação, os contribuintes devem acessar a página da Receita Federal na internet, clicar em “Meu Imposto de Renda” , e depois “Extrato do Processamento”. O contribuinte também pode fazer a consulta pelo e-CAC.

No item “Pendências de Malha”, o contribuinte pode verificar se sua declaração está em malha e também verificar qual é o motivo pelo qual ela ficou retida. Caso identifique alguma pendência, o contribuinte pode retificá-la, corrigindo as informações. Corrigindo o erro ou pendência, basta enviar uma declaração retificadora, pelo Programa Gerador da Declaração ou pelo aplicativo.