terça-feira, 28 de outubro de 2025

Haddad diz que eventual perda de arrecadação com isenção do IR é ‘facilmente ajustável’

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira, 28, que, se necessário, o governo pode enviar ao Congresso Nacional uma proposta complementar ao projeto de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil mensais para evitar perda de arrecadação e garantir a neutralidade fiscal da medida.

“Em caso de confirmação de um déficit um pouco maior do que a Fazenda estima, em R$ 1 bilhão, R$ 2 bilhões, o Senado pode dar a sua contribuição aprovando um projeto complementar, para não colocar em risco a neutralidade fiscal do projeto que pode ser apreciado essa semana”, disse Haddad em entrevista a jornalistas na Fazenda, após reunião com o relator do projeto no Senado, Renan Calheiros (MDB-AL).

Haddad afirmou que a pasta está analisando projeções da Instituição Fiscal Independente (IFI), órgão ligado ao Senado, que estimam perda de arrecadação de R$ 1 bilhão, valor que ele disse ser “facilmente ajustável”, em comparação com cálculos da Fazenda, que preveem queda de receita em torno de R$ 4 bilhões.

“Na pior das hipóteses, estamos muito próximos do equilíbrio. Vamos julgar a conveniência de, eventualmente, um projeto complementar”, afirmou. “A depender desse batimento de número, nós levaremos à consideração dele (Calheiros) uma possibilidade de um complemento até o final do ano para regular a matéria e deixar o projeto 100% neutro.”

O projeto da isenção do IR foi aprovado na Câmara no início deste mês.

Cronograma e cenários

Calheiros afirmou que discutirá com o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP), e líderes partidários a possibilidade de apresentar seu relatório ainda nesta semana.

“Vou avaliar com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e com os líderes partidários se é melhor apresentarmos o relatório nesta semana, porque aí discutiremos na comissão, votaremos na comissão e mandaremos para o plenário, podendo votar no mesmo dia, ou se deixamos para votar na próxima semana”, disse.

Ele disse também que analisa cinco cenários diferentes de tramitação, afirmando desejar que o projeto vá do Senado direto para a sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Entre esses possíveis cenários, ele destacou a elaboração de emendas de redação, a supressão de matérias, desmembramento da proposta e a votação do texto como está, com o envio de projeto apreciado no Senado imediatamente para a Câmara dos Deputados após alterações.


Amazon deve demitir cerca de 30 mil funcionários

 


Imagem destaque: Amazon deve demitir cerca de 30 mil funcionários




 A partir desta terça-feira (28), a Amazon deve demitir 30 mil funcionários corporativos. Segundo a Reuters, os cortes ocorreriam em meio ao trabalho da empresa para reduzir despesas e compensar contratações ocorridas no pico de demanda gerada pela pandemia. O número representa uma pequena porcentagem do total de 1,55 milhão de trabalhadores da Amazon, mas quase 10% dos cerca de 350 mil funcionários corporativos da empresa. Se confirmadas, serão as maiores demissões da varejista desde o final de 2022, quando 27 mil pessoas foram dispensadas. As demissões desta semana devem atingir setores como recursos humanos, dispositivos, serviços e operações. 

Governo dos EUA anuncia acordo bilionário para gerar energia nuclear para a IA

 

O governo dos Estados Unidos assinou um acordo de “associação estratégica” de US$ 80 bilhões (R$ 429 bilhões, na cotação atual) para aumentar a geração de energia nuclear destinada a abastecer o setor da inteligência artificial, anunciou a companhia Westinghouse nesta terça-feira (28).

A associação entre o governo de Donald Trump e a Brookfield Asset Management e Cameco, proprietárias da Westinghouse, “vai acelerar a ativação da energia nuclear e da inteligência artificial nos Estados Unidos”, informou a empresa em um comunicado.

A Westinghouse não especifica quando os reatores nucleares vão entrar em operação. Um porta-voz da empresa assegurou que o acordo está relacionado com a ordem executiva emitida em maio por Trump para ter dez “novos grandes reatores com design completo em construção até 2030”.

O governo americano vai financiar o projeto, segundo o porta-voz.

Este é o maior investimento de Washington em energia nuclear desde que Trump voltou para a Casa Branca, em janeiro.

“Esta associação encarna a visão do presidente Trump de recuperar nossa soberania energética, criar empregos bem remunerados e posicionar os Estados Unidos na vanguarda do renascimento da energia nuclear”, disse, no comunicado, o ministro do Comércio, Howard Lutnick.

Os Estados Unidos não constroem uma usina nuclear nova desde 2009. Além disso, por mais de uma década haviam abandonado esta fonte de energia, sobretudo devido à sua imagem negativa frente à opinião pública.

Essa impopularidade se devia, em grande parte, a uma série de acidentes: Three Mile Island (Estados Unidos, 1979), Chernobyl (antiga União Soviética, 1986) e Fukushima (Japão, 2011).

Os dois últimos reatores postos em funcionamento nos Estados Unidos custaram mais de US$ 30 bilhões (R$ 161 bilhões, em valores atuais), mais que o dobro dos US$ 14 bilhões (R$ 75 bilhões) previstos inicialmente. Mas a invasão da Ucrânia por parte da Rússia provocou um desequilíbrio no mercado de energia, o que levou os países a diversificarem seus abastecimentos.

A isto se somou o aumento do consumo de energia elétrica nos Estados Unidos, impulsionado pelo auge dos centros de dados e a revolução da computação na nuvem e da inteligência artificial.

Gigantes tecnológicas como Google e Microsoft também revelaram importantes investimentos nucleares para atender à alta demanda de energia da IA.

“Renascimento”

A iniciativa “ajudará a liberar a grande visão do presidente Trump para energizar completamente os Estados Unidos e vencer a corrida global da inteligência artificial”, disse o secretário de Energia, Chris Wright.

“O presidente Trump prometeu um renascimento da energia nuclear e agora está cumprindo”, afirmou.

A Westinghouse Electric Company é uma filial da história empresa de energia Westinghouse Electric Corporation, fundada em 1886 em Pittsburgh (nordeste).

A empresa se declarou em falência em 2017 antes de ser adquirida em 2018 pela companhia de investimentos Brookfield Corporation, acionista majoritária. A gigante canadense do urânio Cameco possui participação minoritária.

O acordo entre o governo americano e a Westinghouse inclui um mecanismo de distribuição dos lucros entre os setores privados e o Estado.

Segundo um porta-voz da Brookfield, uma vez que as usinas sejam construídas, não serão propriedade do Estado, mas de particulares.

A Westinghouse dispõe de dois modelos de reatores de água pressurizada, o AP1000 e o AP300, com potências de pouco mais de um gigawatt (GW) e 300 megawatts (MW), respectivamente.

Embora o AP1000 já tenha sido validado pela NRC, organismo regulador do tema nuclear nos Estados Unidos, o mesmo não ocorre com o AP300, que ainda está em processo de certificação.


METRO QUADRADO: Incorporadora cria FIDC para financiar projetos do MCMV

 

O crédito dos bancos para financiar obras está tão escasso que até as incorporadoras que atuam no Minha Casa Minha Vida estão tendo que buscar outras soluções.

A paulistana Lumy está colocando de pé um FIDC que pretende captar R$ 100 milhões para financiar projetos para o MCMV – o primeiro desse tipo no mercado.

Para atrair investidores, a empresa se vale da tese de que o MCMV tem se mostrado um segmento de baixo risco, por ter alta demanda e boas condições de financiamento ao comprador pessoa física na ponta.“Hoje, o MCMV é a menina dos olhos do mercado imobiliário pelo tamanho do déficit, pelo volume de demanda e pelas taxas subsidiadas, que tornam esse segmento mais protegido dos ciclos de alta de juros,” Vitor Del Santo, o fundador da Lumy, disse ao Metro Quadrado.

 

Leia a reportagem completa no Metro Quadrado. 

‘Poderosas do Cerrado’ revela universo de luxo, poder e influência

 


Doc-reality do GNT e Globoplay faz um mergulho no protagonismo feminino de Goiânia


Maurício Fidalgo/Divulgação GNT
“Poderosas do Cerrado” é um doc-reality do Globoplay e GNT
Foto: Maurício Fidalgo/Divulgação GNT

É em meio ao luxo dos eventos mais exclusivos da alta sociedade de Goiânia e da vida no campo, que o público vai mergulhar no universo das “Poderosas do Cerrado”. Ao longo de dez episódios, a atração inédita mostra o cotidiano de seis mulheres que se destacam na elite de Goiânia e apresenta a cidade como protagonista, muito além dos estereótipos. O doc-reality estreia dia 29 de outubro no Globoplay, para assinantes do plano premium, e no dia seguinte, às 21h45, no GNT.

A pecuarista Roseli Tavares, as empresárias Andréa Mota, Cristal Lobo, Tana Lobo e Thaily Semensato e a influenciadora Layla Monteiro são as “Poderosas do Cerrado” e revelam uma rotina de riqueza e influência feminina que boa parte do Brasil desconhece. “Não é barato ser goiano”, afirmam as irmãs Tana e Cristal Lobo. “O bom é ser feliz no simples, tem vida melhor? Tem vida mais barata, mas não presta, não”, declara Roseli, proprietária de cinco fazendas.

De saltos, grifes internacionais e joias reluzentes, essas poderosas do centro-oeste compartilham suas vidas de trabalho, lazer e família, enquanto comandam impérios. Em uma narrativa que mistura humor, drama e muito luxo, o público vai conhecer os dilemas, desafios e conquistas dessas seis mulheres donas de si.

“Em ‘Poderosas do Cerrado’, convidamos o público a mergulhar em um universo surpreendente, que mostra a força feminina sob uma perspectiva inédita. A produção acompanha mulheres que são protagonistas de suas próprias histórias e conciliam luxo e negócios com tradição e família”, comenta Patrícia Koslinski, Head de Conteúdo de Variedades em Produtos Digitais da Globo.

“Elas representam um Cerrado poderoso, moderno e conectado com o mundo, mas sem perder suas raízes. Mais do que acompanhar um cotidiano de riqueza e ostentação, a série traz emoção, humor e dramas reais”, complementa.

“Poderosas do Cerrado” tem produção da BOXFISH, direção de Rico Perez e roteiro de Ed Cruz. O programa será disponibilizado no Globoplay em três levas, com três episódios em 29 de outubro, mais quatro episódios em 5 de novembro e os três episódios finais em 12 de novembro. No GNT, vai ao ar às segundas e quintas, sempre às 21h45.

Quem são as Poderosas do Cerrado?

Andréa Mota é empresária, dona de fazenda, de imóveis e de uma empresa de envasamento. Está casada há 30 anos com Fernando e é mãe de cinco filhos, os três mais novos com o atual marido, e os dois mais velhos são do casamento que teve com o cantor Leandro, que faleceu em 1998. Ela conta que é avessa aos excessos e que seu maior prazer é receber os familiares e amigos em casa, mas é apaixonada por joias e bolsas, principalmente, das grifes Louis Vuitton e Chanel.

Roseli Tavares é pecuarista, dona de cinco fazendas de criação de bois. Nasceu rica e aprendeu o ofício da terra com a família. Apesar do jeito simples, que gosta de ressaltar, não dispensa o luxo de hotéis cinco estrelas, restaurantes com estrelas Michelin e bolsas Hermès. Casada, mãe de dois filhos e avó, ela vive no campo, onde gosta de colocar os pés, as mãos e as botas caríssimas na terra. Mesmo com o jeito extrovertido, se diz reservada e cautelosa com o que expõe sobre sua vida.

As irmãs Tana e Cristal Lobo estão entre os nomes mais requisitados do país. Há fila de espera para conseguir uma festa ou evento produzido pela empresa delas, a Vero. Se conhecem e se completam profundamente, mas brigam sem filtros. Mães, empresárias e companheiras, as irmãs vêem o dinheiro como consequência do trabalho suado. As duas, assumidamente, gostam de marcas, ou como dizem, “coisas de qualidade”. Além disso, são adeptas de viagens de lazer e bons restaurantes.

Thaily Semensato é empresária e dona, ao lado do marido, da Casa da Bebida, a maior distribuidora online de destilados do Brasil. Natural do Paraná, viu a vida mudar ao ir morar em Goiânia, e então, a empresária do interior que usava Carmen Steffens pôde comprar sua primeira Dolce & Gabbana. Tem uma vida agitada e divide sua rotina entre a criação dos filhos, trabalho, academia e eventos. Se considera poderosa, que, na sua visão, é mais importante do que ser apenas rica.

Layla Monteiro é influenciadora com mais de 1 milhão de seguidores e queridinha das marcas voltadas para o público A+. Nas redes sociais, mostra seu dia a dia e fala sobre como é viver com o diagnóstico de esclerose múltipla. Afirma que tem uma legião de fãs que a defendem e torcem por ela e conta que nunca levou hate ou foi cancelada. Sua fortuna foi construída com o trabalho na internet. Mesmo quando expõe seu closet repleto de Chanel, sua grife do coração, ou a coleção de bolsas Birkin, garante que não beira à ostentação.

Poderosas do Cerrado

Estreia: 29 de outubro no Globoplay e 30 de outubro no GNT
Horário: segundas e quintas, às 21h45, no GNT, e quartas no Globoplay
Onde: GNT e Globoplay (Plano Premium)

PlatôBR: CNI propõe CIDE-Bets para desestimular apostas e arrecadar R$ 8,5 bi

 

Em manifesto lançado nesta terça-feira, 28, A CNI (Confederação Nacional da Indústria) propõe a criação de uma CIDE-Bets, uma contribuição que incidirá sobre as apostas realizadas em plataformas virtuais, com alíquota de 15%, com o objetivo de desestimular os jogos virtuais.

Se aprovada este ano pelo Congresso, a CIDE-Bets entraria em vigor em 2026 e garantiria aos cofres públicos uma arrecadação adicional de R$ 8,5 bilhões. Segundo a CNI, a medida tem a aprovação de 81% dos brasileiros ouvidos em pesquisa do Instituto Locomotiva, que consideram injusto que as apostas paguem menos impostos.

“Não há hoje tributação seletiva nas bets que funcione de forma eficiente para alterar o comportamento dos apostadores e, com isso, desincentivar as apostas. Vale lembrar que a necessidade de desincentivar as apostas já foi definida pela Reforma Tributária do consumo. Dada a urgência do problema, é essencial instituir, o quanto antes, um tributo seletivo sobre as bets para desincentivar o número crescente de apostas no país”, informou a entidade no manifesto.

 

Leia a reportagem completa no PlatôBR.

 


Vale deve retomar posição de maior mineradora de ferro do mundo neste ano, diz CEO

 

A mineradora Vale já deve retomar a posição de maior mineradora de ferro do mundo neste ano e segue “muito construtiva” em relação à demanda pela commodity no longo prazo, disse o presidente-executivo da companhia, Gustavo Pimenta, durante sua participação no congresso Exposibram nesta terça-feira, 28.

A Vale havia perdido o posto de maior produtora global de minério de ferro para a australiana Rio Tinto, após o rompimento de sua barragem em Brumadinho (MG), em 2019, o que demandou uma profunda revisão dos projetos da companhia em busca de maior segurança.

Pimenta destacou que a companhia produziu 328 milhões de toneladas de minério de ferro em 2024 e que seu plano de negócios prevê a meta de atingir em 2025 entre 325 milhões e 335 milhões de toneladas.

“A gente tem dentro das nossas operações um enorme potencial de trazer projetos, de desenvolver projetos de intensidade de capital baixa, com minérios de alto teor. Então é algo que a gente está muito otimista”, afirmou Pimenta.

A demanda de minério de ferro, segundo ele, virá de movimentos como crescimento populacional, transição energética, eletrificação, urbanização, dentre outros.

Questionado sobre a recente entrada da mega mina de Simandou, na Guiné, em operação, Pimenta reconheceu que o projeto trará um volume adicional de minério, mas que grande parte será destinada a repor capacidade que está saindo do mercado.

“Quando você olha a oferta, mesmo as plantas de alto teor estão tendo exaustão, estão perdendo capacidade, estão perdendo qualidade”, disse Pimenta.

Transição energética

Do lado da demanda advinda da transição energética, Pimenta ressaltou que a indústria vai “descomoditizar” com o tempo e a Vale terá que ser capaz de prover soluções de minério de ferro que sejam orientadas às demandas específicas de cada cliente.

“E aqui a Vale tem uma vantagem competitiva: eu falo sem medo de errar que nós somos a companhia mais sofisticada do ponto de vista de minério de ferro do mundo. A gente tem 20 pontos de ‘blendagem’ espalhados pelo mundo, a gente pode ter produtos de alto teor, de médio teor, de baixo teor”, afirmou.

Também nessa linha, a companhia tem apostado na criação de projetos de complexos industriais para a fabricação de aço com menor pegada de carbono.

Esses empreendimentos têm potencial maior para crescerem em locais onde há oferta de gás natural “barato”, o que é o caso do Oriente Médio, acrescentou.

Em seu discurso, Pimenta também falou sobre uma profunda transformação cultural pela qual a empresa passou, após o rompimento de barragens no Brasil. Ele destacou a importância de realizar a mineração com responsabilidade.

Segundo o executivo, a mineração melhora a qualidade de vida das pessoas, quando é feita de forma responsável.