segunda-feira, 3 de novembro de 2025

CEO do Banco Volkswagen avalia que entendimento do STF sobre Marco das Garantias será revisto

 

Para o CEO da Volkswagen Financial Services, Rodrigo Capuruço, o novo entendimento do ministro do STF Dias Toffoli sobre o Marco Legal das Garantias (Lei nº 14.711/2023) não deverá prevalecer.

“Quem mais ganha com o marco das garantias é o cliente. O que que falta é oferecer mobilidade a um custo ainda mais baixo”, afirma Capuruço.

Ele alerta que, caso não haja segurança nesse processo, o crédito ficará mais caro. “Mas a segurança legal, a segurança dos participantes é essencial. Se a gente não tiver segurança, teremos um risco mais alto, e, por consequência, precificar o risco mais alto.”

Rodrigo Capuruço, CEO da VWFS
Rodrigo Capuruço, CEO da VWFS – Foto: Divulgação/VWFS (Crédito:Divulgação/VWFS)


O que aconteceu?

O Marco Legal das Garantias foi sancionado em 2023, no entanto, em julho deste ano, ao reexaminar o caso sobre o Marco Legal das Garantias, Toffoli, relator, reviu o posicionamento anterior e reconheceu que o dispositivo cria “um sistema paralelo de execução extrajudicial de bens móveis”, sem a necessária fiscalização do poder judiciário.

A mudança ocorreu após uma ação de inconstitucionalidade apresentada pela Associação Federal dos Oficiais de Justiça Avaliadores Federais.

O julgamento virtual foi iniciado no dia 10 de outubro e terminaria no dia 17. No entanto, foi interrompido por pedido de vista do ministro Gilmar Mendes, que suspendeu o julgamento por até 90 dias. Até o momento, Toffoli foi acompanhado pelo ministro Cristiano Zanin.

A fotografia mostra carros estacionados um ao lado do outro. São todos do mesmo modelo, indicando se tratar de automóveis à venda em uma concessionária
Carros à venda – Rafa Neddermeyer/Agência Brasil (Crédito:Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)

O que diz o STF sobre o Marco Legal das Garantias?

De acordo o relator, os Detrans não têm atribuição jurídica nem estrutura para conduzir execuções extrajudiciais. O ministro também destacou que a Resolução Contran 1.018/25, sobre os procedimentos de execução extrajudicial de veículos automotores com contratos de alienação fiduciária, não assegura o direito de defesa perante autoridade pública, já que a contestação da dívida ocorre apenas perante o próprio credor, sem análise por autoridade imparcial.

Toffoli propôs o reconhecimento da inconstitucionalidade do artigo 8º-E e a fixação de tese que reafirma a competência dos cartórios para a execução extrajudicial, garantindo os direitos à privacidade, à honra e à inviolabilidade de dados do cidadão.

A Fenassojaf (Associação Nacional dos Oficiais de Justiça Avaliadores Federais) ressalta que as execuções devem ser exclusivas dos oficiais de Justiça, pois, somente esses servidores “garantem lisura, legalidade e independência no cumprimento das ordens judiciais”.

“Somente o oficial de Justiça, servidor concursado e devidamente preparado para o exercício da função, possui a qualificação técnica e ética necessária para realizar diligências de maneira imparcial e segura — preservando não apenas os direitos do credor e do devedor, mas também a integridade e a proteção de dados sensíveis do cidadão.”

Para a Fenassojaf, a tentativa de transferir atribuições típicas de Estado para órgãos administrativos ou privados compromete o devido processo legal e coloca em risco a própria confiança do cidadão na Justiça e na efetividade das decisões judiciais.

 

Automotivo
Fábrica de carros em Taubaté (SP) – Foto: REUTERS/Roosevelt Cassio (Crédito:REUTERS/Roosevelt Cassio)

Acrefi

A Acrefi (Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento), por sua vez, se manifestou com preocupação sobre o julgamento do novo Marco Legal de Garantias, que considera inconstitucional a atuação dos Detrans na recuperação extrajudicial de veículos. A medida visa agilizar a recuperação de ativos, reduzir fraudes e evitar a judicialização.

“Para que esse objetivo seja alcançado e os consumidores tenham acesso a melhores condições de financiamento, é fundamental que a competência dos Detrans no processo seja resguardada, juntamente com a dos cartórios e do próprio Judiciário. Na condição de órgãos públicos responsáveis pelo registro e controle das garantias fiduciárias, os Detrans exercem papel técnico e de segurança jurídica, assegurando rastreamento e transparência nas operações. Sua participação é etapa conclusiva de um fluxo legal que vem reduzindo custos e litígios judiciais, com benefícios diretos à economia e à democratização do crédito”, afirmou a associação em nota.

A Acrefi ressalta que segue atuando institucionalmente como “amicus curiae” no processo para que o Supremo Tribunal Federal reavalie o entendimento e preserve a segurança jurídica e a eficiência do sistema de crédito.

Equilíbrio é o melhor caminho?

Na visão de Armin Lohbauer, advogado especialista em contencioso cível do Barcellos Tucunduva Advogados, o STF não está revogando o Marco Legal das Garantias, mas apenas ajustando os limites de um ponto específico da lei, o artigo 8º-E, que autoriza os Detrans a conduzirem a execução extrajudicial de contratos de alienação fiduciária de veículos.

“Interessante que o que está em discussão é praticamente a adoção de um regime mais liberal, como o americano, ou o europeu, em que há uma restrição maior à execução extrajudicial. Nos Estados Unidos, a execução privada de garantias é admitida com amplitude (self-help). O credor pode retomar o bem diretamente, desde que sem “breach of the peace”, isto é, sem conflito ou coação. Caso surja resistência, o procedimento deve ser judicializado. A lógica é pragmática: rapidez, mas com freios. O devedor, por sua vez, é notificado e pode purgar a mora antes da venda.”

Ele explica que na Europa o cenário é outro. Alemanha, Espanha e Portugal adotam modelos registral e judicializados, em que a retomada coercitiva depende de título executivo e intervenção estatal. Já o Reino Unido, embora mais liberal, também impõe barreiras: se o comprador já tiver quitado mais de um terço do valor do bem, ele se torna “protected goods”, exigindo ordem judicial para a retomada.

“O Brasil ensaiava algo híbrido, unir a celeridade americana à formalidade europeia, ao permitir que os Detrans processassem a execução extrajudicial. A objeção do ministro Toffoli, entretanto, é no sentido da falta de controle, uniformidade e salvaguardas para o devedor. Contudo, a solução não precisa ser o veto absoluto.”

Para Lohbauer, seria possível criar gatilhos objetivos: permitir a execução administrativa apenas em hipóteses de inadimplemento inequívoco, com notificação prévia, prazo de purga e registro eletrônico auditável. E reservar a via judicial para situações de conflito ou contestação material relevante. Assim, pode ser preservada a eficiência sem abdicar da legalidade.

“Em suma, não se trata de escolher entre o direito do credor e as garantias do devedor, mas de desenhar um procedimento equilibrado, que una a velocidade do sistema americano à prudência institucional do europeu. O desafio do STF, acredito, é encontrar esse ponto de equilíbrio, sob pena de o novo marco legal acabar por envelhecer antes de amadurecer.”

Ministros devem votar ainda esse ano?

O advogado diz que uma votação do STF sobre o tema ainda esse ano é incerta. No entanto, o caso está em pauta virtual e pode ser retomado a qualquer momento, dependendo da devolução da vista. Gilmar Mendes tem 90 dias para a restituição.

“Na prática, o STF tem priorizado julgamentos de impacto fiscal e eleitoral neste fim de ano, o que pode adiar a conclusão para início de 2026. Ainda assim, o tema tem alta relevância econômica, e há pressão institucional, especialmente de bancos, para que o STF defina logo o alcance da decisão, a fim de reduzir o atual clima de insegurança jurídica no crédito com garantia fiduciária.”

Governo Trump deve pagar benefícios do auxílio-alimentação dentro de dias, diz juiz

 

Um tribunal federal de Rhode Island ordenou no sábado que o governo Trump efetuasse o pagamento integral dos benefícios de auxílio-alimentação até segunda-feira, ou pagamentos parciais até quarta-feira, reconhecendo o “dano irreparável” que a ausência de pagamento em tempo hábil acarreta.

O caso de Rhode Island é uma das duas ações judiciais movidas para bloquear a suspensão, pelo Departamento de Agricultura dos EUA, dos benefícios do Programa de Assistência Nutricional Suplementar, conhecido como Snap ou vale-alimentação.

Em uma decisão emitida na sexta-feira, o juiz John J. McConnell, do Tribunal Distrital dos EUA para o Distrito de Rhode Island, rejeitou o argumento do USDA de que não poderia financiar o SNAP devido à paralisação federal em andamento.

A ordem de McConnell no sábado deu ao governo do presidente Donald Trump um prazo até segunda-feira para apresentar um plano para pagar os benefícios integrais naquele dia, ou pelo menos pagamentos parciais dois dias depois.

No final da audiência de sexta-feira, McConnell disse que a decisão do governo de não utilizar US$ 5,25 bilhões em fundos de contingência para financiar os benefícios de novembro foi arbitrária.

Ele disse que a agência deve distribuir o dinheiro de emergência “o mais rápido possível” e, se o dinheiro for insuficiente, a agência deve determinar se pode usar o dinheiro de um fundo separado que tem cerca de US$23 bilhões.

Os benefícios do Snap estão disponíveis para os norte-americanos cuja renda é inferior a 130% da linha federal de pobreza, ou US$ 1.632 por mês para um domicílio de uma pessoa e US$ 2.215 para um domicílio de duas pessoas em muitas áreas. Os Estados são responsáveis pela administração cotidiana dos benefícios, que são pagos mensalmente.

A prolongada paralisação do governo, pela qual ambos os partidos se culparam mutuamente, colocou os benefícios do Snap em risco.

O USDA afirmou que não há fundos suficientes para pagar os benefícios integrais a 42 milhões de norte-americanos de baixa renda, pois eles custam de US$8,5 bilhões a US$9 bilhões por mês.

O governo disse que a agência não tinha autoridade para pagá-los até que o Congresso aprovasse uma lei de gastos para encerrar a paralisação do governo que começou em 1º de outubro.

Ibovespa ultrapassa marca dos 150 mil pontos e renova máxima intradia

 

O Ibovespa ultrapassou nesta segunda-feira, 3, a marca dos 150 mil pontos, renovando recordes, com os investidores de olho na agenda da semana, que traz mais balanços e a decisão de juros do Copom.

Às 10h55, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, subia 0,40%, a 150.135,71 pontos, tendo marcado 150.266,79 pontos na máxima até o momento, novo teto intradia.

Já o dólar à vista caía 0,42%, a R$5,347 na venda. Veja cotações

Mais cedo, o boletim Focus revelou que a mediana das projeções dos economistas do mercado para o dólar no fim de 2025 seguiu em R$5,41 e no final de 2026 permaneceu em R$5,50. A expectativa de inflação para este ano foi de 4,56% para 4,55% e para o próximo ano seguiu em 4,20%.

sexta-feira, 31 de outubro de 2025

Gerdau vê operações no Brasil operando no vermelho, mas mostra otimismo sobre 2026

 

O presidente-executivo da Gerdau, Gustavo Werneck, afirmou nesta sexta-feira, 31, que “boa parte” das operações de produção de aço da empresa no Brasil estão mostrando prejuízo, pressionadas por importações elevadas.

Mas, diferente de comentários feitos meses atrás, o executivo se mostrou mais otimista durante entrevista a jornalistas nesta manhã, com as perspectivas de ações mais concretas do governo federal para conter o fluxo de material que tem chegado ao país, principalmente da China.

“Demora demais a aplicar medidas antidumping, mas temos visto progresso e é uma das possibilidades que enxergamos como mais concretas”, disse o executivo.

Segundo o vice-presidente financeiro da Gerdau, Rafael Japur, a empresa tem visto “de forma concreta” trabalho de técnicos do governo buscando as empresas siderúrgicas do país para avaliar os dados do setor.

“Efetivamente está havendo um avanço do corpo técnico”, disse Japur, acrescentando que as duas principais investigações para a Gerdau – envolvendo fio máquina e bobinas a quente – devem ter decisões de aplicação de antidumping “em meados do final” do segundo trimestre de 2026.

Segundo Werneck, a empresa ainda não conseguiu operar a plena capacidade o novo laminador de bobinas a quente instalado na usina de Ouro Branco (MG) por causa de importações elevadas do produto no Brasil.

A Gerdau inaugurou o equipamento com capacidade de 250 mil toneladas por ano em março deste ano, após investimento de R$1,5 bilhão.

Werneck afirmou que a previsão de importações de aço no Brasil este ano atinge um volume de 6 milhões de toneladas, suficiente para quase 30% da demanda brasileira pela liga.

E se não vier?

O executivo comentou a analistas que caso as expectativas de medidas mais duras de defesa comercial pelo governo brasileiro não sejam cumpridas, a Gerdau precisará “acelerar as medidas de transformação e rever nossas rotas de produção” no país.

Atualmente, a Gerdau produz aço no Brasil a partir de sucata, que utiliza fornos elétricos; a partir de minério de ferro e carvão em usina integrada, e utilizando carvão vegetal. A eventual revisão dos negócios do grupo no Brasil também envolverá a área de mineração, para determinar “se faz sentido continuar crescendo”, afirmou.

“Vamos ter que acelerar as mudanças”, disse o executivo se referindo à possibilidade de importações de aço pelo Brasil continuarem elevadas, tirando mercado nacional de produtores instalados no país.

A área de negócios Brasil da Gerdau teve margem de lucro operacional medida pelo Ebitda de 9,9% no terceiro trimestre, ante 19,8% das operações na América do Norte, que estão se beneficiando da guerra tarifária de Donald Trump. A margem brasileira ficou abaixo até das operações da empresa no restante da América do Sul, que foi 17% de julho a setembro.

Na América do Norte, as medidas de proteção comercial de Trump nos Estados Unidos devem seguir incentivando a indústria local a consumir aço produzido no país com boa rentabilidade. Werneck citou como exemplo o setor de centrais de processamento de dados, que apenas este ano está construindo instalações que ocupam uma área do tamanho de 800 campos de futebol, nas contas do executivo.

No México, onde a empresa resolveu em fevereiro congelar planos para a construção de uma usina de aços especiais de US$600 milhões voltada ao setor automotivo, Werneck afirmou que a empresa não vai “tirar da gaveta” o projeto logo após a revisão do acordo comercial entre EUA, México e Canadá, o USMCA, em 2026.

Segundo ele, “temos que ser cautelosos numa decisão dessas de colocar um valor relevante que depois pode nos criar lentidão em outras alocações de capital que acharmos mais relevantes”.

Voltando ao Brasil, Japur afirmou que os resultados da empresa não “atingiram um piso” após a fraqueza do terceiro trimestre, diante da sazonalidade dos três últimos meses do ano. A empresa também deve realizar algumas paradas de manutenção de instalações no período no país, disse o executivo.

Para o ano que vem, Werneck afirmou que as operações brasileiras devem apresentar desempenho melhor que este ano, por meio de “alguns ganhos adicionais de performance” e pela entrada em operação do projeto de mineração da empresa em Minas Gerais, cujo minério de alta concentração de ferro (65%) ajudará em redução de custos de carvão e produzirá excedente para venda a terceiros. O projeto está em fase pré-operacional com início de operação previsto para o atual trimestre. “Vai trazer benefício importante para nosso Ebitda”, afirmou. Atualmente, a produção de minério da Gerdau é para consumo próprio na usina de Ouro Branco (MG).

Ação da Amazon dispara com boom da IA impulsionando crescimento da AWS

 

As ações da Amazon saltavam quase 12% nas negociações de antes da abertura do pregão nesta sexta-feira, depois que o forte crescimento em sua unidade de nuvem e uma perspectiva de vendas otimista aliviaram os temores de que a gigante da tecnologia estivesse ficando para trás em relação aos rivais na corrida pela inteligência artificial.

A receita da Amazon Web Services, que é o principal foco dos recentes investimentos da empresa em IA, cresceu 20% no terceiro trimestre, comparada com 40% do Microsoft Azure e 34% do Google Cloud.

No entanto, analistas afirmaram que a aceleração representou um potencial ponto de virada para a Amazon.

Amazon Web Services

A receita trimestral da empresa no segmento de serviços em nuvem, de US$33 bilhões, é mais do que o dobro da receita do Google, de US$15,16 bilhões.

“Definitivamente, havia a preocupação de que a AWS perdesse participação de mercado para o Microsoft Azure e o Google Cloud”, disse Jed Ellerbroek, gerente de portfólio da Argent Capital.

A empresa sediada em Seattle tem contado com a forte demanda de nuvem para compensar as pressões sobre o comércio eletrônico, à medida que os gastos dos consumidores diminuem em meio à incerteza tarifária e à inflação.

Ainda assim, as preocupações com seu ritmo mais lento na conquista de grandes negócios de IA pesaram sobre as ações, que subiram apenas 1,6% este ano, tornando-se o pior desempenho entre as “Sete Magníficas”.

Megaoperação é apoiada por 87,6% dos moradores de favelas do Rio, diz Atlas

 


Quando é analisado o grupo de pessoas que moram em favelas no Brasil todo, 80,9% aprovam ação

 

Operação deixou 121 mortos no Rio de Janeiro
Operação deixou 121 mortos no Rio de Janeiro Foto: REUTERS/Ricardo Moraes

Pesquisa Atlas divulgada nesta sexta-feira, dia 31, mostra que 87,6% dos moradores de favelas da cidade do Rio de Janeiro apoiam a megaoperação contra Comando Vermelho que ocorreu esta semana e que causou 121 mortes na capital fluminense — incluindo quatro policiais. Quando é analisado o grupo de pessoas que moram em favelas no Brasil todo, 80,9% aprovam a operação.

A ofensiva policial divide mais as opiniões entre aqueles que não vivem em comunidades. Na capital do Rio de Janeiro, 55% são a favor e 40,5% contrários à megaoperação; a nível nacional, são 51,8% a 45,4%. De uma forma geral, a população da cidade do Rio aprova a ação policial (62,2%). Os que desaprovam somam 34,2% e aqueles que não sabem são 3,6%. No Brasil como um todo, 55,2% aprovam a operação e 42,3% desaprovam. 2,5% não souberam responder.

Os entrevistados também foram questionados se testemunharam algum crime ou incidente de segurança pública nos últimos três meses. Na cidade do Rio de Janeiro, 57,6% disseram que sim e 42,4% afirmaram que não. Em todo o País, a maioria da população (73,8%) não testemunhou nenhum delito. No entanto, 26,2% disseram que sim. Em relação aos moradores de favelas, 64,8% afirmaram que testemunharam algum crime nos últimos três meses. A situação é parecida com a enfrentada por moradores de favelas do restante do Brasil: 70,3% disseram que viram algum incidente de segurança pública no último trimestre.

A população também fez uma avaliação a respeito do nível de criminalidade em suas cidades neste momento. Na cidade do Rio de Janeiro, 70% avaliou o nível como muito alto. 25,1% disse ser alto e 3,2% afirmou ser regular. 1,7% considera o nível muito baixo e 0,1% considera baixo. No Brasil, a população avaliou esse nível como regular (38,7%) ou alto (23,5%), em sua maioria. Além disso, 17,8% das pessoas entrevistadas acham que o nível é baixo e 11,1% entendem que é muito alto. 8,9% responderam que o nível é muito baixo.

Moradores do município do Rio afirmam também que acreditam que a situação da criminalidade na cidade está piorando (83,8%). No Brasil, essa percepção é bem menor (48%). Além disso, 79,6% da população da cidade do Rio teve medo no dia da megaoperação por conta da violência na região. Porém, a opinião de 34,4% da população do Rio é a de que o impacto da ação será muito positivo sobre a segurança pública do Rio de Janeiro. 19,3% afirmam que será positivo.

Por outro lado, 17% dos entrevistados acreditam que o impacto será muito negativo e 9,5% acreditam que será negativo. 15,6% estão enxergando a situação como de pouco ou nenhum impacto, enquanto 4,2% não souberam responder. A pesquisa ouviu 1.089 pessoas adultas e brasileiras durante os dias 29 e 30 de outubro. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%.

Avaliação de Castro na segurança supera a de Lula no RJ, diz Atlas

 


A aprovação do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), é ainda pior do que a do presidente


O governador Cláudio Castro e o presidente Lula: caminhos políticos cruzados após megaoperação policial
O governador Cláudio Castro e o presidente Lula: caminhos políticos cruzados após megaoperação policial
Foto: Ricardo Stuckert/PR

O desempenho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na gestão da segurança pública é aprovado por 27% na capital fluminense, que consideram a gestão ótima ou boa, e desaprovado por 59%, que pensam que a gestão é ruim ou péssima. Aqueles que acreditam que ela é regular somam 12%. Isso é o que mostra a pesquisa Atlas divulgada nesta sexta-feira, dia 31.

O levantamento também mostrou que a aprovação do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL) supera a do petista na cidade. 36% da população local disse considerar o desempenho dele ótimo ou bom. 45% disse que ele é ruim ou péssimo e 17% considera a gestão do político regular. A aprovação do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), é ainda pior do que a de Lula: 13% consideram seu trabalho na área ótimo ou bom, enquanto 38% avaliam a gestão como ruim ou péssima e 45% acreditam ser regular.

A pesquisa foi feita depois da megaoperação contra o Comando Vermelho que ocorreu esta semana e que causou 121 mortes na capital fluminense, incluindo quatro policiais. O levantamento ouviu 1.089 pessoas adultas e brasileiras durante os dias 29 e 30 de outubro. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%.

 O estudo também pediu para a população fazer uma avaliação a respeito do nível de criminalidade em suas cidades neste momento. Na cidade do Rio de Janeiro, 70% avaliou o nível como muito alto. 25,1% disse ser alto e 3,2% afirmou ser regular. 1,7% considera o nível muito baixo e 0,1% considera baixo. No Brasil, a população avaliou esse nível como regular (38,7%) ou alto (23,5%), em sua maioria. Além disso, 17,8% das pessoas entrevistadas acham que o nível é baixo e 11,1% entendem que é muito alto. 8,9% responderam que o nível é muito baixo.

Moradores do município do Rio afirmam também que acreditam que a situação da criminalidade na cidade está piorando (83,8%). No Brasil, essa percepção é bem menor (48%). Além disso, 79,6% da população da cidade do Rio teve medo no dia da megaoperação por conta da violência na região. Porém, a opinião de 34,4% da população do Rio é a de que o impacto da ação será muito positivo sobre a segurança pública do Rio de Janeiro. 19,3% afirmam que será positivo. Por outro lado, 17% dos entrevistados acreditam que o impacto será muito negativo e 9,5% acreditam que será negativo. 15,6% estão enxergando a situação como de pouco ou nenhum impacto, enquanto 4,2% não souberam responder.