O
BTG Pactual, maior banco de investimentos da América Latina, reportou
nesta terça-feira, 11, resultado acima das previsões de analistas para o
terceiro trimestre do ano, marcado por lucro e receitas recordes, além
de melhora em rentabilidade.
O lucro líquido ajustado saltou 41,5%
em relação ao mesmo período do ano passado, para R$ 4,5 bilhões, com as
receitas totais crescendo 36,8% no período, para R$ 8,8 bilhões.
Estimativas compiladas pela LSEG apontavam lucro de R$ 4,02 bilhões e
receita de R$ 8,08 bilhões para o trimestre.
“O
BTG Pactual continua nos surpreendendo e reportou mais um resultado
excepcional”, afirmaram analistas do JPMorgan em relatório enviado a
clientes.
O
retorno ajustado anualizado sobre o patrimônio líquido médio alcançou
28,1%, de 27,1% no trimestre anterior e 23,5% um ano antes.
Na
visão de analistas do Citi, mesmo diante de uma base de comparação
elevada no início do ano, a sinalização de uma possível expansão do ROE
em 2025 parece bastante factível.
“Com
dois trimestres consecutivos registrando rentabilidade acima de 27%, os
resultados do BTG elevam o patamar e demonstram que o perfil de
lucratividade do banco continua a melhorar de maneira consistente e
diversificada”, afirmou a equipe liderada por Gustavo Schroden em
relatório a clientes.
Posição competitiva sólida
O balanço
também mostrou forte expansão nas franquias de clientes ano a ano, com
as áreas de Wealth Management & Personal Banking, Asset Management e
Corporate Lending registrando receitas recordes de R$ 1,37 bilhão
(+35,7%), R$ 747,5 milhões (+23,3% a/a) e R$ 2,15 bilhões (+25,8%),
respectivamente.
No período, as áreas de fundos geridos e
administração fiduciária registraram captações líquidas de R$ 33,5
bilhões, segundo o BTG, elevando os ativos sob gestão e administração
(AuM/AuA) para R$ 1,15 trilhão, de R$ 1,09 trilhão no segundo trimestre e
R$ 970 bilhões no mesmo período de 2024.
A divisão de Sales &
Trading também alcançou um novo recorde, com R$ 1,94 bilhão (+16%),
enquanto o risco de mercado (VaR) médio subiu para 0,30%, “refletindo a
capacidade do banco de aproveitar oportunidades de mercado, dentro do
apetite de risco e abaixo das médias históricas”.
A área de
Investment Banking registrou receita de R$ 643 milhões, expansão de
69,2% ano a ano, o que o BTG relacionou a um volume recorde de operações
em dívida corporativa (DCM) e à forte atuação em fusões e aquisições
(M&A). Na base trimestral, porém, houve queda de 17,8%.
“O
banco tem conseguido não apenas diversificar suas fontes de receita ao
longo do tempo, mas também manter um ritmo consistente de crescimento,
com alavancagem operacional e, de forma importante, alocando capital em
novas oportunidades”, afirmaram analistas do Citi em relatório a
clientes.
“Apesar de as condições de mercado não serem ideais,
vemos o BTG ainda com boas perspectivas de crescimento e uma posição
competitiva sólida. A capacidade do banco de gerar e acumular capital de
forma orgânica deve continuar favorecendo suas perspectivas de expansão
e sua abordagem oportunista.”
As despesas operacionais cresceram
30% ano a ano e 3% no trimestre, para R$ 3,37 bilhões, mas o índice de
eficiência do banco melhorou para 34%, de 36% um ano antes e no segundo
trimestre de 2025.
Crédito
A carteira de crédito total
alcançou R$ 246,9 bilhões, representando crescimento de 3,8% no
trimestre e de 17,4%. A carteira de pequenas e médias empresas atingiu
R$29 bilhões, com expansão de 1,1% no trimestre e de 13% ano a ano.
“Apesar
do crescimento mais moderado no crédito para PMEs, seguimos avançando
na evolução da nossa plataforma de Business Banking, ampliando o
portfólio de produtos e serviços — incluindo o lançamento do BTG Pay”,
afirmou o banco no material de divulgação do balanço.