quinta-feira, 26 de dezembro de 2024

Chefe da OMS estava em aeroporto alvo de ataque de Israel

 Tedros é reeleito diretor da OMS por cinco anos – Saúde ...


Bombardeio israelense contra houthis no Iêmen atingiu aeroporto de Sanaa quando Tedros Adhanom Ghebreyesus embarcava no local. Chefe da OMS está em segurança, mas membro da sua tripulação ficou ferido.As Forças de Defesa de Israel (FDI) lançaram nesta quinta-feira (26/12) ataques contra áreas do Iêmen sob o controle dos rebeldes houthis, incluindo o aeroporto internacional de Sanaa. Entre os passageiros que estavam no terminal, encontrava-se o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, e vários membros da agência das Nações Unidas. O chefe da OMS não ficou ferido, mas relatou que um membro da tripulação do seu voo teve ferimentos durante o ataque.

“Quando estávamos prestes a embarcar em nosso voo de Sanaa, há cerca de duas horas, o aeroporto foi alvo de um bombardeio aéreo”, relatou Tedros após o ataque israelense.

“Um dos membros da tripulação do nosso avião ficou ferido. Pelo menos duas pessoas foram relatadas como mortas no aeroporto. A torre de controle de tráfego aéreo, o saguão de embarque — a apenas alguns metros de onde estávamos — e a pista de decolagem foram danificados”, acrescentou o diretor-geral da OMS.

Ele ainda disse que seus colegas da ONU e da OMS estão seguros e que precisarão esperar que os danos ao aeroporto sejam reparados antes de poderem partir.

Já o Ministério da Saúde do Iêmen, controlado pelos houthis, informou o número de vítimas em um balanço preliminar publicado pela agência de notícias iemenita Saba, que detalhou que “a agressão sionista ao aeroporto internacional de Sanaa matou três mártires e feriu outros 16”.

A agência também especificou que uma pessoa foi morta e cinco ficaram feridas em decorrência de bombardeios israelenses na província de Hodeida, elevando o número de mortos para quatro e o número de feridos para 21 até o momento.

Aeronaves israelenses lançaram um ataque “com base em informações de inteligência” contra a infraestrutura usada pelos houthis no aeroporto de Sanaa, as usinas de energia de Hezyaz e Ras Kanatib e outras posições nos portos de Hodeida, Salif e Ras Kanatib, na costa oeste, de acordo com um comunicado militar israelense.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanayhu, disse que Israel persistirá “até que a tarefa seja concluída” para neutralizar os houthis do Iêmen, chamando-os de “braço terrorista do Irã”, momentos depois que as FDI anunciaram o bombardeio de alvos militares no Iêmen.

jps (EFE, ots)

Dólar com cotação errada: Google diz que ‘investiga situação’, enquanto ferramenta segue fora do ar

 


Notas de dólar

Notas de dólar

Em relação aos problemas na exibição da cotação do dólar, o Google declarou que “segue investigando os problemas”.

Na quarta-feira, 25, a cotação do dólar no Google foi exibida com o valor errado, a R$ 6,38 – representando oscilações. Contudo, o mercado não estava operando na data. Além disso, a última cotação da moeda foi de R$ 6,185, na segunda-feira, 23.

O Google então retirou a ferramenta que exibe o câmbio da plataforma.

Questionada pelo site IstoÉ Dinheiro, a companhia não deu previsão para o reestabelecimento da ferramenta, e afirmou que os dados são de provedores globais terceirizados.

“Os dados em tempo real exibidos na busca vêm de provedores globais terceirizados de dados financeiros. Trabalhamos com nossos parceiros para garantir a precisão e investigar e solucionar quaisquer preocupações”, diz a nota da empresa.

Em sua página de Exonerações de Responsabilidade, a companhia faz a listagem de dados financeiros indicando que as informações de câmbio têm como fonte a MorningStar, uma plataforma estrangeira de dados econômicos.

O IstoÉ Dinheiro entrou em contato com a MorningStar para uma explicação sobre o problema. A plataforma informou, por sua vez, que utiliza dados de “contribuidores terceiros”, sem especificar qual ou quais, e que o problema estava resolvido.

“A Morningstar gera seus dados de câmbio com base em envios de taxas de terceiros contribuidores conhecidos. Em 25 de dezembro, dados ruins e errôneos de um desses contribuidores fizeram com que os dados de câmbio do Brasil se desviassem temporariamente do mercado. Uma vez identificado, a Morningstar conseguiu resolver o problema em um dia. A Morningstar está comprometida com a qualidade e a precisão de seus dados, e estamos trabalhando para evitar ocorrências semelhantes no futuro por meio de medidas elevadas de garantia de qualidade”, disse a companhia, em nota.

Reincidência

Essa não é a primeira vez que o buscador informa uma cotação errada do dólar. Ainda em novembro, logo após a eleição de Donald Trump, o Google chegou a mostrar um câmbio acima de R$ 6 – cotação incorreta para época. O dólar, na ocasião, operava na casa dos R$ 5,80.

Logo em seguida, a companhia admitiu o erro e disse que ‘recursos da Busca como o ‘câmbio de moeda’ são baseados em dados de terceiros e, em caso de imprecisões, nós removemos as informações da Busca e trabalhamos com o provedor dos dados para ajustá-las o mais breve possível’.

AGU pode acionar Google após site exibir cotação errada de dólar

A Advocacia-Geral da União (AGU) encaminhou um ofício ao Banco Central do Brasil com pedido de informações sobre a cotação do dólar no feriado de Natal.

O órgão pretende reunir subsídios para eventual atuação relacionada à possível informação incorreta.

“A atuação da Advocacia-Geral da União tem como objetivo combater a desinformação de dados econômicos de grande relevância para a sociedade brasileira”, destaca o advogado-geral da União, Jorge Messias.

“Recentemente, informações de fontes desconhecidas sobre a cotação real do dólar foram novamente veiculadas na plataforma Google. O câmbio Ptax é a cotação oficial no Brasil, não definido nesta quarta-feira pelo Banco Central devido ao feriado”, complementa.

StoneX eleva previsão de área de algodão no Brasil em 2024/25 com revisão na Bahia

 


Colheita de algodão

Colheita de algodão

 

A área plantada com algodão no Brasil na temporada 2024/25 deverá atingir 2,12 milhões de hectares, alta de 0,4% na comparação com a previsão de novembro, com uma revisão de números para o plantio na Bahia, afirmou a consultoria StoneX nesta quinta-feira.

A previsão de área plantada em Mato Grosso, maior produtor brasileiro da pluma, foi mantida em 1,56 milhão de hectares, enquanto a do Estado da Bahia, segundo produtor nacional, passou de 365 mil para cerca de 374 mil hectares.

Com isso, a área plantada com algodão no Brasil, maior exportador global da pluma, deverá crescer 6,5% na comparação com a temporada anterior.

Em 2024/25, o plantio de algodão deverá superar 2 milhões de hectares pela primeira vez em 36 anos, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Em 1988/89, o Brasil plantou 2,23 milhões de hectares.

As produtividades no passado eram bem menores do que as atuais, o que explica a possibilidade de safra recorde em 2024/25, apesar de a área estar distante das máximas históricas, de mais de 4 milhões de hectares no início da década de 80, segundo números da Conab.

A StoneX revisou sua estimativa de safra 2024/25 de algodão no Brasil para 3,83 milhões de toneladas, o que seria um novo recorde, superando em 5,6% a temporada anterior.

“Embora algumas áreas já tenham começado a ser plantadas, a maior parte da safra segue aguardando a colheita da safra de soja para ser semeada no Centro-Oeste”, afirmou a StoneX.

Plantio de algodão no MT tem concentração na segunda safra

Grande parte do plantio de algodão em Mato Grosso é feito na segunda safra.

O Brasil deverá terminar 2024 com exportações de 2,8 milhões de toneladas da pluma, destacou a StoneX, o que significaria um aumento de mais de 1 milhão de toneladas em relação ao volume de 1,6 milhão de toneladas de 2023.

“Por mais que o ritmo de exportação tenha ficado um pouco mais fraco no final de novembro, o que tem sido visto nos portos ao longo do mês de dezembro é animador, com a perspectiva de que o Brasil consiga embarcar próximo das 370 mil toneladas no mês de dezembro”, disse o analista de inteligência de mercado do grupo, Raphael Bulascoschi, em relatório.

Isso “garantiria a conclusão do ano dentro das estimativas”, acrescentou ele.

A safra de algodão colhida em 2024 cresceu mais de 500 mil toneladas ante 2023, segundo a Conab, garantido volumes para atender a demanda externa.

Confiança do consumidor se mantém estável em 103 pontos em dezembro, afirma ACSP

 

Tabela INCC 2024: Índice Nacional de Custo da Construção Atual

O Índice Nacional de Confiança (INC) registrou 103 pontos em dezembro de 2024, conforme levantamento da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), realizado pela PiniOn. O indicador permaneceu estável em relação a novembro deste ano, mas apresentou queda de 5,5% na comparação com dezembro de 2023.

Desde setembro, o INC mantém-se no campo otimista, acima de 100 pontos, segundo a sondagem realizada com 1.679 famílias em todo o País, abrangendo tanto capitais quanto cidades do interior.

Os resultados regionais mostraram variações, conforme a ACSP. Houve queda de confiança nas regiões Nordeste, Norte e Sudeste, enquanto o Centro-Oeste e o Sul registraram aumento. Em termos de classes sociais, a confiança manteve-se estável entre as famílias da classe A e B, caiu moderadamente para a classe C e apresentou leve aumento para as famílias na base da classe C.

O levantamento também indicou estabilidade na percepção das famílias sobre sua situação financeira atual e segurança no emprego. Entretanto, as expectativas para o futuro mostraram-se menos favoráveis, refletindo na redução da disposição para adquirir bens de maior valor, como imóveis e automóveis, e uma menor intenção de investir ou comprar bens duráveis, como geladeiras e fogões.

Para o economista da ACSP Ulisses Ruiz de Gamboa, a estabilidade mensal no índice resulta de fatores opostos. “Por um lado, o aumento do emprego, da renda e do crédito deveria impactar positivamente a confiança dos consumidores. No entanto, por outro lado, a perda do poder aquisitivo das famílias, resultante da aceleração da inflação – especialmente no que diz respeito ao aumento dos preços de itens essenciais, como alimentos e bebidas – aliada ao elevado nível de endividamento, tende a tornar o consumidor mais cauteloso no momento de realizar compras”, explica Ruiz de Gamboa.

Como aponta a ACSP, o INC de dezembro, embora mostre estabilidade no curto prazo, evidencia os desafios enfrentados pelas famílias no contexto econômico atual.

China planeja emissão recorde de US$411 bilhões em títulos públicos em 2025

 


Presidente da China, Xi Jinping, durante cúpula do G20, no Rio de Janeiro

Presidente da China, Xi Jinping, durante cúpula do G20, no Rio de Janeiro

 

O plano da China para a emissão de dívida soberana em 2025 seria um aumento acentuado em relação ao 1 trilhão de iuanes deste ano e ocorre no momento em que Pequim se movimenta para amenizar o golpe de um aumento esperado nas tarifas dos EUA sobre as importações chinesas quando Donald Trump assumir o cargo em janeiro.

Os recursos serão destinados a impulsionar o consumo por meio de programas de subsídios, atualizações de equipamentos por parte das empresas e investimentos de financiamento em setores avançados impulsionados pela inovação, entre outras iniciativas, disseram as fontes.

As fontes, que têm conhecimento das discussões, não quiseram ser identificadas devido à sensibilidade do assunto.

O Escritório de Informações do Conselho de Estado, que lida com as consultas da mídia em nome do governo, do Ministério das Finanças e da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (NDRC), não respondeu imediatamente a um pedido de comentário da Reuters.

Os rendimentos dos títulos do tesouro chinês de 10 anos e 30 anos subiram 1 ponto-base (pb) e 2 pb, respectivamente, após a notícia.

A emissão especial de títulos planejada para o próximo ano seria a maior já registrada e ressalta a disposição de Pequim de se endividar ainda mais para combater as forças deflacionárias na segunda maior economia do mundo.

A emissão “excede as expectativas do mercado”, disse Tommy Xie, chefe de pesquisa macro asiática do OCBC Bank.

“Além disso, como o governo central é a única entidade com capacidade significativa para alavancagem adicional, qualquer emissão de títulos em nível central é percebida como um desenvolvimento positivo, provavelmente fornecendo suporte incremental para o crescimento.”

Títulos especiais não são inclusos no orçamento da China

Em geral, a China não inclui títulos especiais ultralongos nos planos orçamentários anuais, pois considera os instrumentos como uma medida extraordinária para levantar recursos para projetos específicos ou metas políticas, conforme necessário.

Como parte do plano do próximo ano, cerca de 1,3 trilhão de iuanes a serem levantados por meio de títulos especiais de longo prazo financiariam “dois grandes” e “dois novos” programas, disseram as fontes com conhecimento do assunto.

As “novas” iniciativas consistem em um programa de subsídios para bens duráveis, permitindo que os consumidores troquem seus carros ou eletrodomésticos antigos e comprem novos com desconto, e um programa separado que subsidia atualizações de equipamentos em larga escala para empresas.

Os programas “principais” se referem a projetos que implementam estratégias nacionais da China, como a construção de ferrovias, aeroportos e terras agrícolas, e criam capacidade de segurança em áreas importantes, de acordo com documentos oficiais.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2024

Trump planeja retirar EUA da OMS em 1º dia de novo governo

 Ficheiro:Donald Trump official portrait.jpg – Wikipédia, a ...


“Tenho boa autoridade para dizer que ele planeja se retirar, provavelmente no primeiro dia ou muito cedo em sua administração”, disse Lawrence Gostin, professor de saúde global na Universidade de Georgetown, em Washington, e diretor do Centro Colaborativo da OMS sobre Direito à Saúde Nacional e Global.

O jornal britânico Financial Times foi o primeiro a divulgar os planos do republicano, citando dois especialistas familiares com as discussões. Entre eles, o ex-coordenador da equipe de resposta à covid-19 de Biden, Ashish Jha.

Trump quer repetir movimento de 2020

A equipe de transição de Trump não respondeu imediatamente a questionamentos da agência de notícias Reuters.

Em 2020, durante seu primeiro mandato 2020, Trump chegou a suspender o pagamento de contribuições dos EUA para a OMS e anunciar que pretendia retirar o país da organização, em meio a embates sobre o enfretamento da pandemia de covid-19.

Na ocasião, o país foi duramente criticado pela comunidade internacional, que viu danos na interrupção do financiamento para os esforços globais de combate à pandemia e para a qualidade da saúde pública nos EUA. No entanto, o processo de saída ainda não havia sido concluído quando Trump foi derrotado nas urnas e sucecido pelo democrota Joe Biden, que reverteu a decisão em seu primeiro dia de governo, em 20 de janeiro de 2021.

Agora, a expectativa é que o republicano entre novamente nesta queda de braço e volte a desvincular o país da OMS em 20 de janeiro de 2025.

Críticas do republicano

O plano, que está alinhado com as críticas de longa data de Trump à agência de saúde da ONU, representaria uma mudança dramática na política de saúde global dos EUA e isolaria ainda mais Washington dos esforços internacionais para combater pandemias.

Trump critica a agência por não sancionar a China por sua suposta responsabilidade na disseminação do virus da covid-19. Ele repetidamente chamou a OMS de “marionete de Pequim” e prometeu redirecionar as contribuições dos EUA para iniciativas de saúde domésticas.

Agora, o republicano nomeou vários críticos da organização para cargos importantes na saúde pública, incluindo Robert F. Kennedy Jr., um cético das vacinas que deve assumir o cargo de secretário de Saúde e Serviços Humanos, que supervisiona todas as principais agências de saúde dos EUA, incluindo o Centros de Controle e Prevenção de Doenças.

O porta-voz da OMS se recusou a comentar diretamente a política americana. Em 10 de dezembro, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, defendeu que OMS precisava dar aos EUA tempo e espaço para a transição. Ele também expressou confiança de que os países poderiam finalizar um acordo sobre pandemias até maio de 2025.

Críticos alertam que uma retirada dos EUA poderia prejudicar a vigilância global de doenças e os sistemas de resposta a emergências.

“Os EUA perderiam influência e poder na saúde global, e a China preencheria o vácuo. Não consigo imaginar um mundo sem uma OMS robusta. Mas a retirada dos EUA enfraqueceria severamente a agência”, disse Gostin.

gq (Reuters, ots)

Indústria de criptomoedas dos EUA pressiona por decretos de Trump no primeiro dia no cargo

 

Moedas com logotipo do bitcoin

O setor de criptomoedas está pressionando a equipe do presidente eleito Donald Trump a dar início à sua prometida reforma da política de criptomoedas quando ele assumir o cargo no mês que vem, com decretos que ajudariam a popularizar os tokens, de acordo com autoridades do setor.

Trump planeja emitir uma série de decretos e diretivas sobre tudo, desde imigração até energia, em seu primeiro dia no cargo em 20 de janeiro, informou a Reuters este mês.

Durante a campanha, Trump cortejou o mundo cripto com promessas de ser um “presidente cripto”, e a indústria quer que ele cumpra essa promessa com decretos criando um estoque de bitcoins, garantindo que a indústria possa acessar serviços bancários e criando um conselho cripto, disseram as pessoas.

Eles estão pressionando para que esses decretos sejam promulgados dentro dos primeiros 100 dias de Trump no cargo e esperam que pelo menos um deles seja emitido em 20 de janeiro, disseram outras duas pessoas com conhecimento do assunto.

“Dado o teor da campanha, seria fundamental que os decretos realmente definissem quais seriam as prioridades reais no primeiro dia e fornecessem algum tipo de roteiro”, disse Rebecca Rettig, diretora jurídica e de políticas da empresa de criptomoedas Polygon Labs.

Postura anti-biden com ativos cripro

Preocupados com o crime e a volatilidade, os reguladores do presidente norte-americano, Joe Biden, reprimiram as empresas de criptomoedas, mas Trump prometeu reverter o curso. Sua equipe de política de criptomoedas já está tomando forma, com o anúncio neste mês do presidente da SEC, órgão que regula o mercado de capitais nos EUA, Paul Atkins, favorável às criptomoedas, e do czar das criptomoedas da Casa Branca, David Sacks.

“Houve um esforço no pântano burocrático de Washington para sufocar a inovação… mas o presidente Trump cumprirá sua promessa de encorajar a liderança norte-americana em criptomoedas”, disse o porta-voz da equipe de transição de Trump, Brian Hughes, em um comunicado.

O bitcoin, a maior criptomoeda do mundo, atingiu novos recordes acima de 107.000 dólares neste mês após Trump reiterar seu plano, revelado pela primeira vez em um discurso em julho, para uma reserva estratégica de bitcoin. Desde então, o bitcoin caiu abaixo de 100.000 dólares.

Reserva nacional de bitcoin

Analistas estão divididos sobre se Trump poderia usar poderes executivos para criar a reserva, potencialmente por meio do Departamento do Tesouro, ou se um ato do Congresso seria necessário.

Um grupo do setor, o Bitcoin Policy Institute, chegou a redigir um texto de uma possível decreto que Trump poderia usar para estabelecer tal estoque. Esse rascunho designaria o bitcoin como um ativo de reserva estratégica e exigiria que a Secretaria do Tesouro gastasse 21  bilhões de dólares ao longo de um ano para acumular um estoque nacional de bitcoin, de acordo com o texto visto pela Reuters.

Zack Shapiro, chefe de políticas do Bitcoin Policy Institute, disse que os Estados Unidos deveriam se antecipar aos rivais geopolíticos na monetização do bitcoin, “em vez de ver o preço subir sem que os Estados Unidos tenham reservas”. Ele se recusou a dizer se o grupo havia compartilhado texto com a equipe de Trump.

Trump também disse que criará um conselho da indústria de cripto e sua equipe está discutindo como estruturá-lo. Administrações anteriores criaram conselhos especializados por meio de decretos, observaram os executivos.

De forma mais ampla, Trump também poderia tentar abordar as reclamações sobre criptomoedas de que as regulamentações existentes não são adequadas para o setor com uma decreto articulando os princípios fundamentais para a regulamentação de criptomoedas, semelhante a uma ordem emitida por Trump em 2017, orientando os reguladores a revisar as regras bancárias.