Espelhe-se nas pessoas mais polidas, cultas, sofisticadas e seguras socialmente. É um jeito prático de aprender a como se tornar melhor
Desde muito cedo aprendi que escolher as companhias erradas faz com que
você ande para trás. Até hoje é esse o instrumento seletivo do qual me
valho ao optar por quem trabalha comigo.
São Paulo - Fico sempre impressionada com o quanto as pessoas, no ambiente corporativo, adoram policiar o chefe, ou qualquer profissional de cargo superior, para dar um flagrante quando ele ou ela pisa na bola.
Se meu chefe se atrasa para uma reunião, uso o fato como argumento quando quero justificar minha falta de pontualidade num compromisso de trabalho. Se um executivo
tem uma crise de destempero, me agarro àquilo com unhas e dentes para
justificar minha grossura no trato com os colegas de escritório.
Reparo também que há sempre aquela legião de despeitados que adoram
elucubrar sobre histórias e fatos fictícios, a fim de justificar a
ascensão profissional de um colega mais bem-sucedido.
Durante anos, convivi com uma profissional que, ao em vez de se ater
aos livros que eu lia para me instruir e buscar mais conhecimento,
prestava uma enorme atenção nas roupas novas, nos perfumes e em todos
esses detalhes que, de forma isolada, não alçam ninguém ao sucesso.
Passe a olhar para as pessoas bem-sucedidas ao seu redor com olhos mais
curiosos. Ouça o que essas pessoas têm a dizer e as experiências que
elas partilharam. Seja generoso: não inveje e jamais desdenhe dos
profissionais que se deram bem na carreira. Sugiro que você pense nisso,
caro leitor.
Essa é uma estratégia que com frequência funciona e o ensina de um modo
prático e suave. Espelhe-se nas pessoas que lhe pareçam mais polidas,
mais cultas, sofisticadas e mais seguras socialmente.
Sempre fui muito seletiva na escolha de meus amigos e das pessoas mais
próximas a mim em minha vida. E o critério de seleção continua sendo,
até hoje, conviver com gente que me agregue valores e ensinamentos e que
me faça crescer e melhorar como pessoa.
Desde muito cedo aprendi que escolher as companhias erradas faz com que
você ande para trás. Até hoje é esse o instrumento seletivo do qual me
valho ao optar por quem trabalha comigo.
Desejo a você que em seu caminho apareçam bons exemplos de seres
humanos, com os quais você cresça, se prepare e apareça. E, no futuro,
espero que você, caro leitor, seja generoso e lembre-se de quem foram
seus bons exemplos. Sábio é o ser humano maduro que partilha aquilo que
sabe. E mais sábio é o jovem que sorve essas experiências com ouvidos e
coração bastante abertos.
Célia Leão escreve sobre etiqueta corporativa. É autora de "Boas maneiras de A a Z" e consultora de etiqueta empresarial.
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