sexta-feira, 10 de maio de 2013

Preocupados, empresários anulam o ufanismo de Mantega e apostam em crescimento do PIB abaixo de 2%




Luz vermelha – É cada vez mais difícil compreender como Guido Mantega permanece à frente do Ministério da Fazenda. Há anos sem conseguir acertar uma previsão ou adotar medidas certeiras de combate à crise econômica, Mantega vê sua credibilidade despencar, mas sabe que continua no cargo por imposição de seu ex-patrão, o lobista fugitivo Luiz Inácio da Silva.

Com a inflação causando seguidos estragos na economia nacional, o ministro alegou que em maio a situação será diferente, mas não é isso que esperam os analistas do mercado financeiros, já tomados pelo pessimismo em relação a uma guinada da economia.

Índices oficiais têm mostrado que as previsões de avanço do PIB em 2013 despencam semanalmente, mas Mantega insiste em afirmar que a situação está sob controle e que a economia verde-loura crescerá na casa dos 3,5%, mas empresários estão céticos em relação a esse cenário.

Reunidos com o ministro da Fazenda, em Brasília, empresários dos trinta mais importantes setores da economia previram que o crescimento do PIB neste ano ficará entre 1,5% e 2%. Considerando que o quinto mês do ano mal começou, essa previsão desastrosa pode cair ainda mais. Se isso se confirmar, a economia deverá repetir o mesmo fiasco de 2012, quando registrou crescimento de 0,98%, causando enormes prejuízos à campanha da presidente Dilma Rousseff rumo à reeleição.

É exatamente nessa instabilidade econômica que Lula montou sua plataforma político-eleitoral e vem tentando desestabilizar sua sucessora como forma de se cacifar para a corrida presidencial do próximo ano.

Desautorizado pelos números oficiais, Mantega teima em mentir sobre a economia brasileira




Parafuso solto – Guido Mantega, que ainda está ministro da Fazenda, consegue a proeza de balbuciar inverdades sobre a economia, ser desmentido em seguida pelos números oficiais e insistir na própria fala. Mantega, que na quinta-feira (9) discorreu sobre o tema à bancada petista na Câmara dos Deputados, disse que a inflação começa a arrefecer e que a economia dá sinais de crescimento.

Muito pior do que as mentiras disparadas por Mantega é a decisão da presidente Dilma Rousseff de mantê-lo no cargo. A inflação não apenas está fora de controle, como já provoca um efeito cascata que vem contaminando outros setores. Isso porque a percepção inflacionária está levando os empresários à adoção de um generalizado aumento de preços, inclusive no setor de serviços. Guido Mantega afirma que medidas estão sendo adotadas pelo governo para evitar essa contaminação, mas novamente os palacianos estão atrasados.

No tocante à recuperação da economia, o discurso embusteiro de Mantega resulta de um acordo com a presidente Dilma Rousseff, que precisa manter o otimismo da população, mesmo que à base de mentiras, como forma de blindar seu projeto de reeleição. 

As apostas do governo para liquidar a herança maldita deixada por Lula têm sido equivocadas e adotadas com muito atraso, o que leva à inocuidade. A solução, que o governo resiste em adotar, está na implementação de medidas estruturantes, definitivas e de longo prazo, que exigiriam em algum momento um posicionamento impopular por parte da presidente, o que não acontecerá até a eleição de 2014. 

Enquanto isso, o governo insiste em reverter a crise, que meramente caseira, a partir do consumo interno. Com o cenário econômico atual, esse tipo de solução faz com que a inflação fique cada vez mais fora do controle.

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Aberta inscrição para o prêmio alemão que seleciona jovens cientistas internacionais

 
 
 
O Ministério da Educação e Pesquisa da Alemanha abriu nesta quinta-feira as inscrições para a 5ª edição do concurso "Green Talents", uma premiação global que escolhe 25 jovens pesquisadores de todo o mundo que desenvolvam soluções inovadoras na área de desenvolvimento sustentável.

Os cientistas selecionados participam de um fórum de duas semanas na Alemanha no segundo semestre de 2013, durante o qual fazem visitas a centros de excelência e conhecem especialistas na área.

No próximo ano, os ganhadores têm a oportunidade de voltar à Alemanha para fazer pesquisa em um instituto ou empresa de sua escolha por um período de três meses.

Para participar, é preciso ter menos de 32 anos, ter completado ou fazer parte de um programa de mestrado ou doutorado na área de desenvolvimento sustentável, e ter notas acima da média.
 
Candidatos com passaporte alemão ou com residência na Alemanha não podem participar.
 
As inscrições são aceitas até 9 de junho.
 
Fonte: Green Talents

Com menos de 1,5% do comércio global, Brasil tem 9% das disputas na OMC



Brasil fez o quarto maior número de queixas contra outros países e blocos membros da organização, mas é o oitavo maior alvo de queixas.

As trocas comerciais brasileiras representam menos de 1,5% do comércio global, mas o país está envolvido em 9% das disputas comerciais mediadas pela Organização Mundial do Comércio (OMC).
A partir do dia 1º de setembro, o embaixador brasileiro Roberto Azevêdo ocupará a direção-geral da OMC. Tanto ele quanto o governo brasileiro afirmam, porém, que ele não usará sua posição para defender as posições brasileiras.

Segundo levantamento feito pela BBC Brasil com base nos dados da organização, o Brasil tem um total de 40 disputas na OMC, sexto maior número entre os países ou blocos membros, entre um total de 458 disputas.

Os países ou blocos com maior número de disputas são Estados Unidos (224), União Europeia (160), Canadá (50), Índia (43) e China (41). A Argentina tem o mesmo número de disputas que o Brasil.

Entretanto, quando analisadas as disputas nas quais o Brasil aparece como reclamante, o país tem o quarto maior número de disputas, com 26, atrás somente de Estados Unidos, União Europeia e Canadá, mas é alvo de 14 queixas, apenas o oitavo maior número.

Entre os países que são alvos de mais queixas que o Brasil estão a Argentina (22 queixas), a China (30) e a Índia (22).

Alvos brasileiros

Os Estados Unidos são o principal alvo das queixas feitas pelo Brasil à OMC, com dez disputas. Entre elas está a queixa brasileira sobre os subsídios americanos à produção de algodão, após a qual o Brasil ganhou o direito - até hoje não exercido, após um acordo entre os países - de adotar retaliações comerciais contra os Estados Unidos no valor de até US$ 829 milhões.

A disputa sobre o algodão, na qual Azevêdo teve participação como representante da missão permanente do Brasil na OMC, é considerada um dos casos mais importantes já mediados pela organização.

A União Europeia é alvo do segundo maior número de queixas feitas pelo Brasil, com sete disputas no total, em sua maioria relacionadas a produtos agrícolas.

O caso de maior repercussão com a União Europeia, no qual Azevêdo também teve participação importante, foi a contestação brasileira aos subsídios europeus à produção de açúcar, que violariam as regras internacionais de comércio e distorceriam o mercado internacional do produto.

A OMC deu ganho de causa em 2004 ao Brasil e a outros dois países coautores da queixa (Tailândia e Austrália).

Outro caso de destaque do Brasil na OMC foi a disputa com o Canadá envolvendo os subsídios à produção de aeronaves, alvos de três queixas do Brasil contra o Canadá e de uma do Canadá contra o Brasil.

Estados Unidos e União Europeia tiveram o maior número de queixas contra o Brasil, quatro cada um.
G1

Microsoft nomeia primeira diretora financeira mulher





SÃO FRANCISCO - A Microsoft nomeou sua primeira diretora financeira mulher, colocando Amy Hood, uma veterana de dez anos, no comando das finanças e dívidas da fabricante de software, assolada por uma demanda em queda por computadores pessoais.

Amy, 41, assume o cargo imediatamente, substituindo Peter Klein, de acordo com um comunicado da empresa. Segundo pessoas com conhecimento do processo, a escolha ficou entre Amy, responsável pelas finanças da divisão de negócios, e Tami Teller, da unidade de Windows.

Como diretora financeira da divisão de negócios, Amy teve um papel central na aquisição de empresas como o Skype, e cuidou das finanças da maior unidade da empresa em lucros de vendas e operações. Como diretora financeira da organização, ela será essencial para administrar os US$ 74,5 bilhões em dinheiro e investimentos da Microsoft, ao mesmo tempo em que vai ajudar o executivo-chefe Steve Ballmer a superar as dificuldades que enfrenta para ganhar participação no mercado de smartphones e tablets.

"Amy sempre me impressionou com sua mente analítica combinada a um entendimento de estratégia de negócios, e sua disposição para assumir riscos calculados", disse o CEO da Nokia, Stephen Elop, que foi chefe de Amy quando estava na Microsoft.

A divisão de negócios, a maior da empresa, inclui os programas Office e gerou US$ 24 bilhões em vendas e US$ 15,7 bilhões em lucros operacionais no ano fiscal de 2012. O departamento recebeu elogios de analistas por gerar crescimento por meio de aquisições e novas áreas de produto, como telefonia corporativa e colaboração em softwares.

O desafio de Amy será ajudar a guiar uma empresa cambaleando na maior queda em vendas de computadores pessoais, no período que terminou em março. Ela também será responsável pela equipe que lida com as vendas de dívidas, atualmente em US$ 16,9 bilhões, de acordo com dados compilados pela "Bloomberg".

Amy tem um estilo direto e brusco, afinado ao longo de oito anos no banco de investimento Goldman Sachs. Ela não tem medo de dizer a executivos seniores, mesmo Ballmer, que discorda de uma ideia, diz uma pessoa que já trabalhou com a executiva. Ela também tem o respeito da comunidade de analistas, diz Brent Thill, analista do UBS. "Ela é super amigável com acionistas", diz ele. "Ela é bastante acessível, aberta e fácil de trabalhar."

Klein, o diretor financeiro anterior, anunciou no mês passado que iria deixar o cargo para passar mais tempo com sua família, e a empresa disse que procuraria um candidato interno para substituí-lo.

Amy começou a atuar na Microsoft em 2002 na área de relações com investidores, e então trabalhou com Klein, cuidando da área de estratégia de negócios enquanto ele era diretor financeiro da unidade de Office. Além de ajudar com o Skype, a maior aquisição da empresa, Amy também ajudou na compra da Yammer por US$ 1,2 bilhão no ano passado.

Ela tem formação em economia pela Universidadede Duke e MBA por Harvard.

(Bloomberg)

Geração de emprego é tão ou mais importante que PIB, diz Mantega


Por Murilo Rodrigues Alves e Edna Simão | Valor
 
BRASÍLIA - Em apresentação preparada para audiência com deputados do Partido dos Trabalhadores (PT) nesta quinta-feira, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, diz que o Brasil tem enfrentado a crise internacional com a manutenção de bons fundamentos, como a solidez fiscal e a inflação sob controle.

Ruy Baron/ValorO ministro Guido Mantega, em imagem de arquivo
 
Na apresentação, os slides mostrados pelo ministro ressaltam que o Brasil também enfrenta a crise com forte estímulo à economia e manutenção do emprego. A reunião com a bancada do partido do governo foi marcada para que o ministro exponha as perspectivas para a economia brasileira em 2013.

Ainda nos slides apresentados aos parlamentares, Mantega cita juros, câmbio, tributos e investimentos em infraestrutura entre as medidas tomadas para enfrentar a deterioração dos mercados globais. “Transição demora para surtir efeito”, afirma em um dos tópicos.

A imprensa acompanha a apresentação do ministro da Fazenda do lado de fora do plenário 3 da Câmara dos Deputados porque foi convidada a se retirar da sala. Mesmo assim, consegue acompanhar os slides pela porta de vidro, sem, no entanto ouvir o ministro.

Segundo os slides, o comércio mundial está travado porque há contração dos mercados. Nas economias avançadas, ajustes à crise recaíram sobre a população. No Brasil, não houve crise para a maioria da população, segundo a apresentação do ministro.

“Tão ou mais importante que o PIB é a geração de empregos formais”, afirmou Mantega.

Privatizações: governo disfarça - e não eleva ganho de investidor

Infraestrutura


Plano apresentado pela EPL em Nova York mostra que retorno continua igual - e que a maior atratividade dos projetos é atribuída apenas ao aumento do prazo das concessões

Naiara Infante Bertão
Ferrovia Norte-Sul
Para associação do setor de ferrovias, é possível que regras mudem novamente (Edsom Leite/Ministério dos Transportes)
 
O Palácio do Planalto tem alardeado que as condições de investimento em projetos de infraestrutura no Brasil estão melhorando e possibilitarão mais ganhos aos investidores. Para divulgar essa ideia, uma comitiva de ministros e funcionários do alto escalão do governo foi a Londres, na Grã-Bretanha, e agora a Nova York, nos Estados Unidos, com o intuito de convencer grandes grupos estrangeiros da rentabilidade que se esconde em obras como estradas, ferrovias, portos e aeroportos no Brasil. O problema é que a taxa de retorno de tais investimentos - o cerne da questão da falta de investidores de infraestrutura no país - foi e continua sendo muito baixa.

Recentemente, o governo anunciou taxas mais vantajosas, como os 17% de retorno ao ano para o dinheiro investido nas rodovias. A mudança é brutal se comparada aos 5,5% de retorno ao ano anunciados em 2012, quando houve o lançamento do pacote de privatização das rodovidas.Teria ocorrido, então, uma mudança de cálculo dentro do governo para garantir tamanho aumento nos ganhos do setor privado, ou será essa mais uma medida "criativa" da gestão de Dilma? Como a criatividade tem sido marca registrada do governo petista - desde os idos de Lula -, a mágica também está presente nessa repentina melhora dos ganhos. 

Em vez de mexer na matemática na hora de calcular a melhor taxa para o setor privado, o governo decidiu mudar a comunicação dos projetos. Inicialmente, a apresentação enviada pelo Palácio do Planalto a investidores mostrava a Taxa Interna de Retorno (TIR), que pode ser considerada a remuneração líquida do investimento. 

Agora, o truque é mostrar a TIR alavancada, que traz embutidos o prazo da concessão e as condições de financiamento - ou seja, o custo do capital que será usado no projeto. A TIR alavancada sempre é maior do que a não-alavancada. Isso ocorre porque, ao financiar um projeto, o empreendedor não usa apenas seu capital próprio e passa a utilizar dinheiro de terceiros, por meio de financiamentos, beneficiando-se de juros muito inferiores à rentabilidade do projeto, como é o caso das linhas do BNDES para os pacotes de infraestrutura. Ao reduzir sua exposição de capital, ele também pode fazer a dedução fiscal dos juros pagos ao financiamento. Com isso, reduz a carga fiscal do projeto, aumentando o retorno sobre o capital investido.

O problema é que não há garantias de que a TIR alavancada realmente chegue aos patamares calculados antes do início dos projetos, pois fatores macroeconômicos e regulatórios podem minar tais ganhos atrelados ao financiamento. Inflação mais alta do que o esperado ou problemas em obter o crédito de longo prazo junto ao BNDES são alguns exemplos de desafios que colocam em xeque a TIR alavancada de um projeto. "Quem garante que o BNDES aprovará toda a porcentagem de crédito?", questiona o economista Raul Velloso, especializado em contas públicas.

No caso do pacote de rodovias, por exemplo, a TIR não-alavancada está entre 5% e 8% ao ano, enquanto o retorno com alavancagem pode chegar a até 17% ao ano, conforme propagandeia o governo. “A TIR alavancada de rodovias nunca foi calculada pelo governo em seus estudos de viabilidade, mas era calculada pelos licitantes interessados nos projetos. E, mesmo antes, ela estava nessa faixa de 12% a 15% ao ano", afirma Massami Uyeda Junior, sócio do escritório de advocacia Arap, Nishi & Uyeda.

Como se a economia do Brasil fosse imune a qualquer problema, os maestros da política econômica calculam o retorno do investimento sem qualquer risco. O cenário idealizado pelo governo é sempre perfeito, sem a possibilidade de um 'pibinho', inflação alta ou de uma eventual subida dos juros. A ideia de paraíso proposta pelo Palácio do Planalto também descarta a burocracia para a aprovação de projetos, que precisam vencer as barreiras de Brasília em busca de carimbos de todos os tipos. Tudo acontecerá no prazo, garante Brasília aos investidores.

Não é difícil encontrar a explicação para a mudança na comunicação do governo e a repentina preferência pela taxa de retorno alavancada. Com o desinteresse dos empresários brasileiros em participar dos primeiros leilões do setor de transporte, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente da Empresa de Planejamento Logístico (EPL), Bernardo Figueiredo, anunciaram mudanças nas regras das licitações. O prazo de vigência dos contratos de concessões rodoviárias subiu de 25 para 30 anos, enquanto o de ferrovias passou de 30 para 35 anos. O prazo de financiamento das rodovias também saltou de 20 para 25 anos, sendo que o pagamento só terá de ser feito a partir do sexto ano de contratação do empréstimo - a carência é de 5 anos.

Segundo o governo, o porcentual de linhas de crédito do banco de desenvolvimento para compor os investimentos em concessões de ferrovias e rodovias é de 65% a 80%.

Todas essas mudanças mexem no prazo e nas condições de financiamento, dois dos fatores que impactam diretamente na taxa de retorno alavancada. Ao ver que os números dessa taxa sempre ficam maiores, o governo não teve dúvidas em trocar o retorno que deveria ser divulgado aos investidores. “Essa mudança da TIR é hipotética e improvável", afirma Raul Velloso.

"Com a TIR alavancada, no melhor cenário possível, as concessionárias vão olhar para trás e perceber que obtiveram uma taxa de retorno melhor do que a anteriormente proposta porque terão pago menos juros, com prazos maiores de financiamento e maior tempo de retorno, já que a vigência dos contratos aumentou. Mas esse cenário é pouquíssimo provável. É irreal", argumenta Velloso.

Ferrovias - Um termômetro da falta de interesse dos investidores com as condições atuais das privatizações está no setor ferroviário. A reclamação principal é o retorno incompatível com a necessidade de investimento no remodelamento da infraestrutura. O pedido é que o governo revise novamente as regras este ano e não copie as condições de outro setor. 

“O setor ferroviário precisa ter tratamento diferente porque o retorno de investimentos virá muito tempo depois dos outros”, diz Rodrigo Vilaça, presidente da Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF). Ninguém critica a iniciativa de expansão da malha e a mudança no modelo de utilização das ferrovias, mas falta esclarecimentos básicos para quem ficará ligado a um contrato por muito tempo. É justamente essa falta de clareza que incomoda os investidores - e que mostra que o governo vem, com alarde, anunciado mudanças naquilo que continua igual.