01/08/13 - 11:21,
O
Tratado de Livre Comércio entre a UE e a Colômbia, que entra hoje em
vigor, cria um “terreno fértil” para os negócios com Portugal, disse a
presidente da Proexport, entidade colombiana para as exportações.
A
partir de hoje, deixa de haver barreiras comerciais entre a União
Europeia e a Colômbia, com a entrada em vigor do Tratado de Livre
Comércio entre os dois blocos, acordo que permite abrir o mercado de
exportações.
Até
ao final do período de transição, serão eliminados os direitos
aduaneiros em produtos de indústria e pesca, e o comércio de produtos
agrícolas terá uma circulação mais aberta, o que permitirá às empresas
uma economia anual de mais de 500 milhões de euros, de acordo com a
Proexport, entidade estatal colombiana que tem como missão captar
investimento estrangeiro e ajudar a incrementar as exportações.
María Claudia Lacouture sublinhou que
“Portugal e a Colômbia sempre tiveram excelentes relações”. Com este
acordo, “estamos hoje, historicamente, mais próximos”, adiantou. Com “a
visita do Presidente Juan Manuel Santos a Portugal, passando pela missão
empresarial a Bogotá com o Presidente Cavaco Silva em abril de 2013″,
as relações entre os dois países saíram reforçadas.
Além disso, na VII cimeira da Aliança do
Pacífico, realizada em maio, “foi com grande satisfação e total apoio do
governo colombiano que Portugal foi aceite como observador da Aliança
do Pacífico, um bloco económico composto por Colômbia, o México, o Chile
e o Peru e que representa hoje a oitava maior economia à escala
global”, apontou a presidente da Proexport.
“Portugal, como observador, poderá
converter-se numa porta de entrada da América do Sul na Europa, mas
também em África, mercado que está nos radares da Aliança do Pacífico”,
acrescentou.
“A fechar com uma verdadeira ‘chave de
ouro’ este importante ciclo, surge o Tratado de Livre Comércio com a
Europa, acordo que abre um extraordinário leque de oportunidades e cria
terreno fértil para negócios mais frutíferos, tanto para Portugal, como
para a Colômbia”.
Questionada se este acordo vai reforçar as
relações comerciais entre os dois países, María Claudia Lacouture
afirmou perentoriamente que “sim”.
“Em primeiro lugar porque este acordo
comercial não só lidera uma franca redução e eliminação de taxas
alfandegárias como alarga o leque de oportunidades de negócios,
fornecendo um cunho institucional sólido e intemporal às relações
comerciais entre mercados, fundamentadas na confiança, segurança e na
garantia de bons resultados”.
Por isso, considera que o aprofundar das
relações entre Lisboa e Bogotá “vai ser natural, pois Portugal e
Colômbia, na sua aproximação, descobriram muitas complementaridades”.
Para Portugal, “as oportunidades na
Colômbia são muito expressivas em setores como o florestal,
agroindústria, hortofrutícola, hotelaria e turismo, BPO, software e
serviços TI”.
Por outro lado, a Colômbia poderá tornar-se
“num fornecedor estratégico de frutas, hortaliças, têxteis, vestuário,
indústrias e serviços para os mais exigentes empresários europeus que
procuram produtos de alta qualidade e valor acrescentado”.
Além disso, “foram identificadas
oportunidades para que a Colômbia seja um importante fornecedor de
flores e de produtos de ferro e aço de Portugal”, acrescentou.
Fonte: OJE