sábado, 10 de agosto de 2013

Brasil espera acordo entre Mercosul e UE em cerca de 1 ano


Ministro das Relações Exteriores do Brasil acredita que agora o momento de um acordo seja favorável, após várias tentativas nos últimos anos

Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr
O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota
Ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota: "creio que hoje há condições mais favoráveis que em 2006 e 2007, quando tentamos o último acordo", disse

Rio de Janeiro - Um esperado acordo comercial entre Mercosul e União Europeia pode sair em cerca de um ano, estimou nesta quinta-feira o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota.

Embora várias tentativas de acordo tenham sido feitas nos últimos anos, Patriota acredita que agora o momento seja favorável.

Até o fim do ano, os blocos econômicos devem apresentar novas propostas que encaminhem o acordo bilateral. O compromisso foi firmado entre os países membros do Mercosul com representantes da Comissão Europeia em um recente encontro no Chile.

"Creio que hoje há condições mais favoráveis que em 2006 e 2007, quando tentamos o último acordo. Nós ficamos mais fortes e a União Europeia atravessa certa dificuldade... Isso está relativamente avançado e poderá, com vontade política, transformar-se em um acordo em um ano ou um pouco mais", disse Patriota, durante um evento no Rio de Janeiro.

No entanto, o ministro prevê que o Mercosul pode sofrer algumas perdas nas negociações com a UE em razão de acordos paralelos que vêm sendo costurados pelos europeus com outros países.

"Talvez, por outro lado, devemos perder benefícios do sistema geral de preferência europeu, que afeta 15 por cento das nossas exportações. Existem outra negociações da UE com outros parceiros como Índia e Coreia (do Sul) que também podem ter efeito negativo aos nossos interesses." Um alto funcionário do governo brasileiro disse à Reuters recentemente que o país quer mudar a forma como o Mercosul negocia acordos comerciais com a União Europeia, para acelerar as conversas que vêm acontecendo desde 1995.

No início de julho, em um encontro de líderes do Mercosul no Uruguai, a presidente Dilma Rousseff, pediu que o bloco acelere as negociações comerciais, incluindo o plano envolvendo a União Europeia, pedindo uma "nova agenda de inserção" global que reflita o potencial da união aduaneira sul-americana.

O Mercosul, que é formado por Argentina, Brasil, Paraguai, Venezuela e Uruguai, está tentando retomar as negociações com a UE, visando um acordo comercial que envolve 750 milhões de pessoas e 130 bilhões de dólares em comércio anual.

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Santander dá bolsas a brasileiros em universidade no exterior e nos Emirados


 
O Programa Fórmula Santander, promovido pelo banco espanhol, está com as inscrições abertas, até 22 de setembro, para alunos de graduação e pós-graduação interessados em estudar no exterior. Entre as universidades que podem ser escolhidas pelos brasileiros, em 19 países, está a New York University Abu Dhabi (NYUAD), nos Emirados Árabes Unidos, que participa pela primeira vez do projeto.  
 
As bolsas tem valor equivalente a cinco mil euros cada e há cem vagas para estudantes brasileiros. O programa contempla alunos da Espanha, Inglaterra e México. O valor da bolsa deve ser destinado para despesas com transporte aéreo, hospedagem, alimentação e outros custos pessoais durante o curso de até um semestre.
 
No Brasil, podem participar alunos de 48 universidades nacionais parceiras do programa. Na lista, há instituições públicas, como a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade de Brasília, e entidades privadas. O programa tem como prioridade beneficiar alunos que apresentem desempenho acadêmico destacado, condições socioeconômicas desfavoráveis e bons conhecimentos de outros idiomas. 
 
O programa, que teve início em 2010, já beneficiou 300 estudantes brasileiros. Entre seus objetivos, aponta o site do Fórmula Santander, está promover o intercâmbio de pessoas, culturas e conhecimentos; criar novas frentes de colaboração e reciprocidade; aprimorar a formação acadêmica dos participantes brasileiros e fomentar a pesquisa, a tecnologia e a internacionalização da atividade acadêmica.Além da universidade nos Emirados, os alunos brasileiros também podem optar por instituições em países como Bélgica, Estados Unidos, Portugal, Rússia, Reino Unido, Espanha e Polônia, entre outros. 
 
A New York University Abu Dhabi é ligada à universidade de mesmo nome em Nova York, nos EUA. O campus árabe foi erguido após um acordo, no ano acadêmico de 2005/2006, entre representantes da NYU e membros do governo do emirado, que estabeleceu uma parceria para a instalação da universidade em Abu Dhabi.  Mais informações sobre como o Programa Fórmula Santander e o formulário de inscrição estão disponíveis nos links:  http://www.santanderuniversidades.com.br
e New York University Abu Dhabi 

Cobrança de ICMS sobre transporte de mercadorias para o exterior é ilegal



 
 

Os Estados estão caminhando na direção oposta do governo federal e de seu pacote bilionário de investimento em infraestrutura de escoamento da produção com enfoque no mercado externo, ao exigir o ICMS sobre o transporte intermunicipal ou interestadual com destino ao terminal portuário onde será feito o transbordo da carga para posterior envio a outros países

A afirmação é da tributarista Ondina Leite da C. Gladulich, sócia do Firmo, Sabino e Lessa Advogados. Segundo ela, a cobrança é ilegal e ao fazê-la , os governos estaduais desestimulam as exportações.

A especialista explica que a cobrança do ICMS por parte dos Estados tem como base o entendimento de que a prestação de serviço de transporte, nesses casos, é exaurida dentro do território nacional e que, portanto, não se enquadra na regra de não incidência prevista na Lei Complementar nº 87 (Lei Kandir), de 1996. No seu artigo 3º, II, essa lei exclui da tributação operações ou prestações de efetiva exportação de produtos ou serviços. "No entanto, não é legítima a cobrança do tributo quando o serviço de transporte constitui etapa necessária à circulação da mercadoria destinada ao exterior até o porto para exportação", esclareceu Ondina.

Segundo Ondina, não é legítima a cobrança do ICMS quando o serviço de transporte constitui etapa necessária à circulação do produto. "Para tal conclusão, é preciso ter em mente que o objetivo do constituinte ao desonerar a exportação era tornar competitivo o preço do produto nacional em território estrangeiro. Para tanto, fez constar no artigo 155, parágrafo 2º, inciso X, "a", da Constituição Federal, a regra de não incidência de ICMS para as mercadorias destinadas à exportação. Após a Emenda Constitucional nº 42, de 2003, esse dispositivo foi ampliado, passando a englobar também os serviços prestados a destinatários no exterior", lembrou ela.

Fonte: Conjur
 

Alstom inaugura sua primeira fábrica de torres eólicas na América Latina





 


Instalada em Canoas, no Rio Grande do Sul, a fábrica de torres eólicas da Alstom terá capacidade para produzir 120 torres de aço por ano, o suficiente para fornecer aproximadamente 350 MW de eletricidade. A fábrica abastecerá a região sul da América Latina, um mercado que atualmente está em franco crescimento. 

“A posição geográfica da planta nos permite estar próximos de nossos clientes, e possibilita importante interação com outros países, como Argentina, Chile e Uruguai. Temos um longo e sólido histórico nos mercados eólicos da América Latina, e continuamos investindo na região para atender às crescentes demandas de energia”, explicou o presidente da Alstom Brasil, Marcos Costa (foto). 
 
Esta é a segunda unidade do setor eólico na América Latina, após a inauguração da primeira unidade de naceles em Camaçari, na Bahia, em novembro de 2011. A unidade de Camaçari tem capacidade para fabricar 600 MW em aerogeradores por ano com dois turnos de trabalho.Distribuída em aproximadamente 11.000 m², ao lado da unidade de transformadores e reatores de energia da Alstom Grid, a nova planta irá empregar 90 pessoas e poderá gerar mais 250 empregos indiretos na região.  
 
A unidade de Canoas produzirá torres dedicadas ao complexo Corredor do Senandes, primeiro projeto eólico da Odebrecht Energia, que terá 108 MW de capacidade instalada.Alguns meses atrás, a Alstom assinou uma parceria com a Renova Energia. O acordo - o maior dentro do mercado eólico onshore global - tem o potencial para gerar cerca de um bilhão de euros em pedidos para a Alstom, por meio da instalação de no mínimo 1,2 GW em projetos. As empresas já assinaram um contrato para 513 MW como parte do acordo.

Fonte: Alstom 

Diário Oficial publica medida que inclui médico estrangeiro na tributação do IR










O Diário Oficial da União publicou nesta sexta-feira (9/8) instrução normativa que inclui os profissionais estrangeiros contratados por meio do programa Mais Médicos na tributação do Imposto de Renda (IR).

De acordo com o texto, a instrução normativa altera a legislação já existente que dispõe sobre a tributação, pelo IR, dos rendimentos recebidos de fontes situadas no exterior e dos ganhos de capital apurados na alienação de bens e direitos situados no exterior por pessoa física residente no Brasil.   

Também dispõe sobre a tributação dos rendimentos recebidos e dos ganhos de capital apurados por pessoa física não residente no Brasil. O programa foi lançado no dia 8 de julho deste ano, quando o governo federal anunciou a abertura de 10 mil vagas para médicos, para atuação exclusiva na atenção básica de saúde em periferias de grandes cidades, municípios de interior e nas regiões Norte e Nordeste.
 

Fonte: Agência Brasil

Enfim, o que difere (mesmo) marketing multinível e pirâmide?


Empresas estabelecidas que usam o marketing multinível, como Amway e Herbalife, já levantaram suspeitas de serem pirâmides


Keystone/Stringer/Getty Images
Pirâmide de motoqueiros
Motoqueiros em formação: esquema de pirâmide é ilegal em vários países 

São Paulo – O Brasil está vivendo uma epidemia de pirâmides: atualmente, o Ministério Público investiga mais de 30 empresas por supostamente promoverem o esquema. O caso recente mais notório é o da TelexFREE, que está com bens de seus sócios bloqueados pela Justiça. As empresas se defendem, dizendo que praticam marketing multinível, mas, afinal, o que é isso, e por que é tão difícil diferenciá-lo de uma pirâmide?

Diversas empresas trabalham com um sistema em que produtos são repassados para vendedores que tem uma relação direta com um fornecedor central, como no caso da Natura. As vendas diretas como um todo movimentaram 50 bilhões de reais em 2011, o equivalente a 0,75% do produto interno bruto do país, de acordo com a FGV (Fundação Getúlio Vargas). Mais de 4 milhões de brasileiros estão cadastrados como revendedores.

O marketing multinível é um modelo de venda direta que inclui também o recrutamento indireto de vendedores e participação nos resultados dos recrutados. Não há nada de ilegal nisso. O problema ocorre quando a rede é a própria sustentação do negócio, o que configura pirâmide – ilegal em vários países, inclusive no Brasil e nos Estados Unidos.


Definições


Em linhas gerais, pirâmide é um esquema de marketing multinível sem lastro real – quando o serviço ou produto oferecido ou não existe de fato ou não é a fonte principal dos recursos obtidos pela empresa.

“O marketing multinível estabelece relações contínuas de consumo com pessoas fora da estrutura. Na pirâmide, há um processo restrito aos indivíduos que estão dentro dela, e o que você está comercializando é a troca dos próprios recursos internos”, explica Silvio Laban, coordenador dos cursos de MBA do Insper e professor de marketing.

De acordo com material da Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas, a pirâmide também se caracteriza pela falta de treinamento para vendedores e ausência de continuidade nos processos. Ao contrário da venda direta legítima, quando há pagamento de impostos e a recompensa é proporcional ao esforço de cada um, na pirâmide ganha mais quem está no topo da hierarquia.

Como não há leis regulamentando a venda em rede no país, os associados da ABEVD se orientam por um código de ética próprio baseado no modelo mundial da World Federation of Direct Selling Association (WFDSA).

De acordo com a Comissão Federal de Comércio, agência do governo americano responsável por coibir práticas anticompetitivas e proteger o consumidor, “se o dinheiro é baseado em vendas para o público, pode ser um esquema de marketing multinível legítimo. Se o dinheiro é baseado no número de pessoas que você recruta e suas vendas para elas, então não: é um esquema de pirâmide”.

Há quem afirme que não existe modelo de marketing de multinível sustentável. Eles apontam números mostrando que a grande maioria dos revendedores nunca consegue lucrar de fato e argumentam que a internet teria tornado obsoleta a ideia de divulgar e distribuir um produto por esse sistema. Mas, pelo menos por enquanto, as agências regulatórias ainda usam a diferenciação. 


História
Há controvérsias sobre quando surgiu o conceito de marketing multinível, mas seu primeiro empreendedor de destaque foi o americano Carl Rehnborg. Ele viveu na China nos anos 20, onde começou a formular suas ideias sobre a ligação entre nutrição e saúde, e quando voltou aos Estados Unidos, criou uma linha de suplementos nutricionais que batizou de Nutrilite.

Para vender seus produtos, ele formou uma rede de revendedores e entrou na mira da agência do governo americano responsável pela segurança da comida e de medicamentos, que o impediu de alardear curas milagrosas. Carl Rich DeVos e Jay Van Andel estavam distribuindo a marca havia 10 anos quando fundaram a Amway em 1959.

A empresa vende produtos da Nutrilite até hoje, apesar de ter diversificado seu portfólio para produtos de limpeza e beleza. Em 1979, a Comissão Federal de Comércio ordenou que a Amway parasse com a fixação de preços, mas concluiu que ela não promovia um esquema de pirâmide porque não cobrava taxa de entrada e exigia que os produtos fossem vendidos para consumidores finais e não só dentro da rede de revendedores.
  

Herbalife 
Famosa pelo selo “Quer emagrecer? Pergunte-me como”, a Herbalife é outra empresa com décadas de história que continua tendo que justificar a validade do seu modelo de negócios.

A polêmica ressurgiu no final do ano passado, quando o bilionário Bill Akman iniciou uma campanha pública para provar que a empresa é uma pirâmide e levar o valor de suas ações a zero.

Outros investidores organizaram um contra-ataque e por enquanto, a empresa tem disparado na bolsa e não está sendo investigada. Por meio de sua assessoria, a Herbalife informa que é associada da ABEVD e que não há ganhos só com recrutamento: é preciso que a venda do produto efetivamente aconteça.

Se você está questionando se algum negócio que você conhece é uma pirâmide, vale responder este questionário. Na dúvida, basta uma regra simples: se parece bom demais para ser verdade, a chance maior é que seja mesmo.

Ambev tenta resistir à queda inédita no consumo de cerveja


A fabricante está promovendo as cervejas premium, de maior margem, e reembalando os produtos mais baratos para torná-los mais acessíveis

Christiana Sciaudone, da
Mike Fuentes/Bloomberg
Ambev: garrafas de cerveja em fábrica de bebidas
Garrafas de cerveja: a Ambev, que tem sede em São Paulo, está fazendo o ajuste fino nas operações em meio a uma queda projetada de 4 por cento na venda de bebidas neste ano

São Paulo - Os brasileiros estão tomando menos cerveja pela primeira vez em dez anos. A Cia. de Bebidas das Américas, a maior cervejaria da América Latina, diz que ainda pode aumentar seus lucros.

A Ambev, como é conhecida a unidade brasileira da Anheuser-Busch InBev NV, está promovendo as cervejas premium, de maior margem, e reembalando os produtos mais baratos para torná-los mais acessíveis após uma queda surpresa no volume, disse o CEO João Castro Neves na semana passada, em uma teleconferência. 

A empresa também está se expandindo no Norte e no Nordeste, onde as vendas não desaceleraram como em outras regiões.

“Mesmo que estejamos esperando que os volumes caiam, é um número de volume, não de lucro”, disse Lauren Torres, analista do HSBC Holdings Plc, por telefone, de Nova York. “Eles ainda poderiam fazer a empresa crescer, gerar caixa e pagar dividendos”.

A fabricante de bebidas, que tem sede em São Paulo, está fazendo o ajuste fino nas operações em meio a uma queda projetada de 4 por cento na venda de bebidas neste ano, disse o CEO Nelson Jamel em teleconferência com jornalistas, em 31 de julho. 

Este poderá ser o primeiro declínio anual desde 2003, segundo apresentações da Ambev a analistas e investidores. Após a Copa das Confederações, em junho, ajudar a manter as vendas temporariamente, uma inflação maior e os aumentos dos impostos federais sobre refrigerantes e cervejas estão reduzindo o consumo.


Rally de ações


De 14 analistas que acompanham as ações da Ambev, sete dizem comprar, incluindo Torres, que tem um rating superestimado. Sete recomendam segurar as ações. A fabricante das cervejas Skol e Brahma e engarrafadora dos refrigerantes PepsiCo subiu 0,5 por cento em 2013 até ontem, enquanto o Ibovespa caiu 20 por cento.

Alan Alanis, analista da JPMorgan Chase Co., disse que os executivos estão reescalonando marketing e investimentos enquanto trabalham para quantificar a queda em volume e assegurar que as metas financeiras serão alcançadas.

Torres, do HSBC, disse que o estilo agressivo de gerenciamento de custos do bilionário Jorge Paulo Lemann, dono da 3G Capital Inc., maior acionista na AB InBev, controladora da Ambev, vai ajudar a enfrentar o declínio.

“Se eles não entregam, não são pagos”, disse Alanis, em entrevista por telefone, de Nova York. Das últimas vezes que os executivos não alcançaram suas metas -- em 2003 e 2008 -- os bônus não foram pagos, disse ele. “É uma cultura que alinha a valorização do acionista com uma remuneração por gerenciamento melhor do que em qualquer outra empresa da região.” 


Risco de queda