SÃO PAULO - O
dólar comercial fechou em forte alta nesta quarta-feira mesmo após
intervenções do Banco Central e apesar da leitura de investidores de que
o Federal Reserve (Fed, o BC americano) pode deixar para dezembro o
início da redução dos estímulos.
No fechamento, a moeda subiu 2,38%, para R$ 2,451, a maior cotação desde 9 de dezembro de 2008, quando o mundo sentia os efeitos da crise econômica iniciada nos Estados Unidos. O dólar para setembro avançava 2,33%, para R$ 2,457.
A forte alta da cotação reflete um amplo movimento de valorização da moeda americana, sobretudo ante emergentes. No Brasil a disparada decorre de um forte movimento de compra de moeda no mercado futuro, principalmente por investidores estrangeiros, com o intuito de fazer hedge para a venda de títulos públicos.
Na tarde desta quarta-feira, o Banco Central vendeu 35.600 contratos de swap cambial tradicional (com financeiro de US$ 1,775 bilhão) da oferta total de 40 mil contratos com vencimento em 3 de fevereiro de 2014.
Mais cedo, o BC fez rolagem de mais 20 mil contratos de swap cambial tradicional para abril de 2014, substituindo papéis que vencem no início de setembro. A operação movimentou US$ 987,9 milhões. Com isso, o BC completou a rolagem de cerca de US$ 4 bilhões de um lote de US$ 5,040 bilhões em swaps que vence no início de setembro.
No leilão de hoje, os papéis saíram com taxa nominal – que serve de referência para a operação – de 2,1079%. Já a taxa linear, que equivale ao cupom cambial, foi de 2,090%. O BC recusou 8,57% das propostas.
Segundo um profissional de um banco estrangeiro, a busca desenfreada por dólares mostra que a real intenção do estrangeiro não é realocar o capital presente aqui, mas sim redirecioná-lo a economias com melhores perspectivas de crescimento. “Nesse momento, essa economia são os Estados Unidos. Estamos falando da maior economia do mundo, com um poder imenso de alterar fluxos de capital. O Brasil sofre porque simplesmente está ficando desacreditado pelo investidor, que não vê mudanças na política econômica”, diz, prevendo que o dólar alcance R$ 2,50 nos próximos dias.
Esse conjunto de fatores – fraca perspectiva de crescimento local, inflação doméstica ainda elevada e expectativa de normalização na política monetária americana – é o argumento dado pelo Itaú Unibanco para uma nova piora em suas estimativas para o real neste ano e no próximo. Em relatório divulgado pouco após o Fed reportar a ata de sua última reunião de política monetária, a equipe de análise macroeconômica do banco, chefiada por Ilan Goldfajn, prevê q ue o dólar termine este ano em R$ 2,45, ante expectativa anterior de R$ 2,30. Para o fim do próximo ano, a estimativa é que a moeda americana seja cotada em R$ 2,55, ante prognóstico anterior de R$ 2,40.
O banco avalia que a perspectiva de redução no volume de compra de títulos pelo Fed a partir de setembro deve elevar as taxas de juros nos Estados Unidos, provocando uma alteração no sentido dos fluxos de capital. “A política monetária deve se tornar menos expansionista antes do que se previa”, diz a instituição, lembrando ainda sinais “mais positiv os” de crescimento na Europa, o que também leva a uma saída de investidores de mercados emergentes em direção a países desenvolvidos. “O Brasil tem sido afetado por essa retirada de recursos”, afirma o banco.
No fechamento, a moeda subiu 2,38%, para R$ 2,451, a maior cotação desde 9 de dezembro de 2008, quando o mundo sentia os efeitos da crise econômica iniciada nos Estados Unidos. O dólar para setembro avançava 2,33%, para R$ 2,457.
A forte alta da cotação reflete um amplo movimento de valorização da moeda americana, sobretudo ante emergentes. No Brasil a disparada decorre de um forte movimento de compra de moeda no mercado futuro, principalmente por investidores estrangeiros, com o intuito de fazer hedge para a venda de títulos públicos.
Na tarde desta quarta-feira, o Banco Central vendeu 35.600 contratos de swap cambial tradicional (com financeiro de US$ 1,775 bilhão) da oferta total de 40 mil contratos com vencimento em 3 de fevereiro de 2014.
Mais cedo, o BC fez rolagem de mais 20 mil contratos de swap cambial tradicional para abril de 2014, substituindo papéis que vencem no início de setembro. A operação movimentou US$ 987,9 milhões. Com isso, o BC completou a rolagem de cerca de US$ 4 bilhões de um lote de US$ 5,040 bilhões em swaps que vence no início de setembro.
No leilão de hoje, os papéis saíram com taxa nominal – que serve de referência para a operação – de 2,1079%. Já a taxa linear, que equivale ao cupom cambial, foi de 2,090%. O BC recusou 8,57% das propostas.
Segundo um profissional de um banco estrangeiro, a busca desenfreada por dólares mostra que a real intenção do estrangeiro não é realocar o capital presente aqui, mas sim redirecioná-lo a economias com melhores perspectivas de crescimento. “Nesse momento, essa economia são os Estados Unidos. Estamos falando da maior economia do mundo, com um poder imenso de alterar fluxos de capital. O Brasil sofre porque simplesmente está ficando desacreditado pelo investidor, que não vê mudanças na política econômica”, diz, prevendo que o dólar alcance R$ 2,50 nos próximos dias.
Esse conjunto de fatores – fraca perspectiva de crescimento local, inflação doméstica ainda elevada e expectativa de normalização na política monetária americana – é o argumento dado pelo Itaú Unibanco para uma nova piora em suas estimativas para o real neste ano e no próximo. Em relatório divulgado pouco após o Fed reportar a ata de sua última reunião de política monetária, a equipe de análise macroeconômica do banco, chefiada por Ilan Goldfajn, prevê q ue o dólar termine este ano em R$ 2,45, ante expectativa anterior de R$ 2,30. Para o fim do próximo ano, a estimativa é que a moeda americana seja cotada em R$ 2,55, ante prognóstico anterior de R$ 2,40.
O banco avalia que a perspectiva de redução no volume de compra de títulos pelo Fed a partir de setembro deve elevar as taxas de juros nos Estados Unidos, provocando uma alteração no sentido dos fluxos de capital. “A política monetária deve se tornar menos expansionista antes do que se previa”, diz a instituição, lembrando ainda sinais “mais positiv os” de crescimento na Europa, o que também leva a uma saída de investidores de mercados emergentes em direção a países desenvolvidos. “O Brasil tem sido afetado por essa retirada de recursos”, afirma o banco.
(José de Castro | Valor)