|
|||
Atuação: Consultoria multidisciplinar, onde desenvolvemos trabalhos nas seguintes áreas: fusão e aquisição e internacionalização de empresas, tributária, linhas de crédito nacionais e internacionais, inclusive para as áreas culturais e políticas públicas.
domingo, 1 de setembro de 2013
Tatiana Prazeres, ex-secretária de comércio exterior do Brasil, assume na OMC
Indústria brasileira espera que Azevêdo mude regras de comércio internacional
|
|||
sábado, 31 de agosto de 2013
Embraer produz peças em Portugal e exporta para o Brasil. Faz isso porque é privada, e está certa!
Rodrigo Constantino
Folha: Embraer fabrica peças em Portugal e traz para o Brasil
Deu na
Com a queda da competitividade brasileira, a Embraer está fabricando peças de aviões em Portugal e exportando para o Brasil.
Nas duas fábricas que a empresa tem em
Évora estão sendo montados componentes para a cauda e as asas dos jatos
Legacy 500. As peças são mandadas por navio para o Brasil e aí entram na
montagem final do avião.
No início de 2014, as fábricas da União
Europeia passam a fabricar também componentes para o KC 390, o avião
militar que a Embraer vai produzir, segundo João Taborda, diretor de
relações externas da Embraer Europa.
“Isso demonstra que o Brasil não perdeu
competitividade apenas para a China, mas também para países europeus”,
diz Antônio Corrêa de Lacerda, professor de Economia Política da PUC-SP.
“Fabricar em outros países está
relacionado à lógica de se integrar a cadeias globais de fornecimento,
mas, se o custo não compensasse, não fariam isso.”
Segundo Lacerda, todos os indicadores de
competitividade no Brasil -carga tributária, logística, custo de mão de
obra- pioraram, e a questão cambial se agravou.
A Embraer adota essa estratégia globalizada que visa à maximização de
sua rentabilidade porque é uma empresa privada atualmente. Está certa
ao agir assim. A busca pela excelência deve ser a meta das empresas.
Dessa forma, elas atendem melhor seus clientes e garantem bons retornos
para os acionistas. Eis a lógica do capitalismo competitivo.
Quando a empresa era estatal, isso não ocorria. Sua “função social”
era diferente, seguia critérios nacionalistas e de cunho político. Como
conseqüência, dava constantes prejuízos, não arrecadava muitos impostos
para os cofres públicos, empregava menos pessoal e tinha produtos
piores. A empresa mudou de patamar apenas depois de privatizada.
Tratei do caso Embraer em Privatize Já, naturalmente. Eis alguns dados interessantes:
A empresa, durante os fins dos anos 1980
e começo dos anos 1990, estava no buraco. Em 1990, foram demitidos 4
mil funcionários, quase 30% do quadro total. Os prejuízos de 1990 a 1991
passaram de US$ 500 milhões. Seu endividamento acumulado estava na casa
dos US$ 850 milhões. O Banco do Brasil acabou tendo que desembolsar
mais de US$ 400 milhões em um programa de refinanciamento para a
Embraer.
Um deputado do PSTU de São Paulo,
Ernesto Gradella, chegou a apresentar uma emenda excluindo a Embraer do
Programa Nacional de Desestatização. A tentativa não foi adiante, mas
seu argumento ilustra a mentalidade de muitos ataques contra a
privatização: “A Embraer, empresa do ramo aeronáutico que lida com
tecnologia de ponta é estratégica para o desenvolvimento científico e
tecnológico do país. Mais que necessidade, é imprescindível para o
Brasil que a Embraer continue sob controle da União”.
Ela não ficou sob o controle da União, e
isso não foi de forma alguma negativo para o país. Atualmente, a
empresa emprega diretamente mais de 17 mil pessoas, e possui clientes em
dezenas de países. Em 2000, já tinha 10 mil colaboradores. O
crescimento e o salto na produtividade após a privatização foram
fantásticos. Vamos aos dados!
Já em mãos privadas e focada no lucro, a
Embraer criou em 2000 o Centro de Realidade Virtual, que possibilitou a
redução do prazo de desenvolvimento do avião EMBRAER 170 em 22 meses,
quando comparado ao ERJ 145, que levou 60 meses para conclusão do
projeto, na era estatal.
Neste mesmo ano, a empresa abriu seu
capital, lançando ações no Brasil e nos Estados Unidos. A receita
líquida da empresa, que estava abaixo de R$ 300 milhões em 1995,
primeiro ano com gestão privada, saltou para R$ 824 milhões já em 1997.
Chegou a R$ 5,1 bilhões em 2000, e dobrou em 2004, ultrapassando a marca
de R$ 10 bilhões. A empresa mudou de patamar, e teria receitas desta
ordem de grandeza nos anos seguintes.
Para que a Embraer siga na rota do sucesso, ela precisa ser livre
para tomar decisões com base em critérios econômicos, de acordo com a
visão dos gestores e acionistas daquilo que é melhor para a empresa. Se
ela produz em Portugal e exporta para cá, é porque nossas condições não
estão favoráveis.
Que o governo ataque a raiz dos problemas para atrair não só a
Embraer, como outras empresas. Melhor infraestrutura, mão de obra mais
qualificada, impostos menores e mais simples, burocracia menos
asfixiante, leis trabalhistas menos marxistas, enfim, o governo deve
garantir regras melhores para atrair os bons jogadores.
Não adianta, com base em argumentos nacionalistas, querer impor
“cotas nacionais” que preservam apenas a ineficiência, como faz com as
estatais. A Embraer se destaca internacionalmente como um caso de
sucesso justamente porque não está mais sob tais amarras. Ao contrário
da Petrobras, dos Correios, do Banco do Brasil, da Caixa, da Infraero,
dos nossos portos e estradas federais etc.
Privatize já!
sexta-feira, 30 de agosto de 2013
Número de expatriados deve aumentar em 2013
por HR Academy
As empresas estão ainda mais dispostas a enviar seus funcionários
para o exterior. Uma pesquisa global da consultoria Mercer revelou que,
neste ano, 70% das companhias esperam investir em expatriações de curto
prazo (que duram 4, 8 ou 13 meses) e 55% planejam transferências de
longo prazo (de 1 a 5 anos).
O estudo mostrou que de 2010 para 2011, mais da metade das
organizações consultadas contabilizaram um aumento nas expatriações
longas (52%) e curtas (53%) – que estão em alta na atualidade.
Essas movimentações são justificadas por diversos fatores, como a
necessidade de desenvolver novas habilidades – técnicas ou
comportamentais – no profissional enviado ou de atender as demandas de
um projeto específico, já que, por vezes, os países de destino não
possuem mão de obra qualificada a disposição.
“As transferências internacionais tornaram-se mais diversificadas
para atenderem a evolução dos negócios e as necessidades da força de
trabalho global”, afirma Anne Rossier-Renaud, diretora na área de
mobilidade global da Mercer. Para a executiva, cabem aos profissionais
de recursos humanos e de áreas relacionadas à mobilidade a tarefa de
lidar com um grande número e diferentes tipos de expatriações e suas
complexidades.
Assuntos relacionados à família, como o nível de educação oferecido
aos filhos em um novo local, continuam a ser um grande obstáculo para a
mobilidade dos executivos, especialmente quando o cônjuge possui uma
carreira de sucesso e não quer comprometê-la.
Gerenciar o retorno desse investimento para o negócio é outro desafio
delegado à área de RH e mobilidade. Dois em cada três empregadores
(65%) não possuem ferramentas específicas para acompanhar e gerenciar as
transferências e os custos relacionados – a não ser por meio de
ferramentas básicas como Excel e Word. Apenas 6% das companhias utilizam
métricas para acompanhar as movimentações.
Fonte: VOCÊRH
quinta-feira, 29 de agosto de 2013
Secretaria de Comércio e Serviços recebe comitiva de entidades financeiras
Brasília (29 de agosto) - A Secretaria de
Comércio e Serviços do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e
Comércio (MDIC), recebeu nessa quarta-feira (28), uma comissão formada
pelas principais associações de entidades financeiras do país. No
encontro, a presidente do Conselho de Administração do Instituto
Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), Sandra Guerra, expôs a
necessidade de unir forças para melhorar o acesso dos empreendimentos a
recursos mais baratos. O objetivo, segundo ela, é criar uma agenda
positiva para aproximar o investidor, principalmente o de mercado de
capitais, do empreendedor nacional.
Apesar dos avanços econômicos,
o mercado de capitais nos últimos dois anos encontra-se estagnado com a
participação reduzida tanto de investidores quanto de empreendedores.
Sandra Guerra citou como exemplo a Índia, país que atualmente conta com
mais de seis mil empresas no mercado aberto. Já nos Estados Unidos, de
acordo com a executiva, são quatro mil. No Brasil, o número ainda não
ultrapassa 400 empresas.
Para o secretário de Comércio e Serviços
do MDIC, Humberto Ribeiro, o desejo do grupo converge com as ações do
Governo Federal voltadas ao fortalecimento do empreendedorismo no
Brasil. Ele citou como exemplo o Catálogo de Oportunidades para
Investimentos no Brasil. Em sua segunda edição, o documento conta com
quase um trilhão de reais em projetos para investimento privado e
facilita o acesso dos investidores às oportunidades.
Humberto
Ribeiro também citou a importância de integrar a melhoria de acesso ao
mercado de capitais à pauta de discussões sobre tributos e investimentos
no Brasil e lembrou que o Simpósio Brasileiro de Políticas Públicas para Comércio e Serviços (Simbracs 2013), discutirá este e outros assuntos correlatos. O Simbracs acontece em Brasília nos dias 12 e 13 de novembro.
Para
o especialista em projetos da Agência Brasileira de Desenvolvimento e
Inovação (ABDI), Cássio Rabello, é imprescindível a necessidade de que a
sociedade via entidades de representação, e governo, unam-se para criar
e fortalecer iniciativas de desenvolvimento e crescimento econômico
sustentável.
O encontro contou a presença da BM&F Bovespa,
Instituto Brasileiro do Mercado de Capitais (IMBEC), Associação
Brasileira de Private Equity & Venture Capital (ABVCAP), Associação
Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais
(Anbima), Associação dos Investidores no Mercado de Capitais (Amec),
Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), Associação
Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp),
Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca), Instituto
Brasileiro de Relações com Investidores (Ibri) e Confederação Nacional
das Instituições Financeiras (CNF).
Mais informações para a imprensa: Assessoria de Comunicação Social do MDIC
(61) 2027-7190 e 2027-7198
ascom@mdic.gov.br
(61) 2027-7190 e 2027-7198
ascom@mdic.gov.br
quarta-feira, 28 de agosto de 2013
Multinacionais querem ampliar presença no exterior
Cerca de 67% das multinacionais brasileiras querem ampliar a atuação em outros países neste ano, segundo estudo
iego Giudice/Bloomberg
Operações da JBS na Argentina: destinos mais citados entre as companhias que planejam aumentar as atividades no exterior foram países da América Latina e Sudeste Asiático
São Paulo - Cerca de 67 por cento das multinacionais brasileiras querem ampliar a atuação em outros países neste ano, seja por meio da expansão nos países onde já atuam ou pela entrada em novos mercados, segundo mostrou um estudo divulgado nesta quarta-feira.
Segundo a pesquisa da Fundação Dom Cabral, os destinos mais citados entre as companhias que planejam aumentar as atividades no exterior foram países da América Latina e Sudeste Asiático, além de china China, Rússia e Canadá.
Para elaborar o levantamento, a Fundação Dom Cabral utilizou dados de 2012 fornecidos pelas multinacionais brasileiras.
A pesquisa também indicou que as empresas elevaram seu índice de internacionalização no ano passado, para 18 por cento, ante 17 por cento em 2011 e 16 por cento em 2010.
A processadora de carnes JBS encabeça o ranking, com um índice de internacionalização de 58,9 por cento, seguida pela siderúrgica Gerdau, com 54,2 por cento.
Em seguida, aparecem as empresas Stefanini, Magnesita Refratários, Marfrig, Metalfrio, Ibope e Odebrecht.
Embora a Vale não apareça entre as 10 companhias com maior nível de internacionalização, a gigante de mineração é a empresa brasileira que está em mais países, 31 no total, de acordo com o estudo.
'Banco Central tem que mostrar quem manda'
Por Eduardo Campos | De Brasília
Em algum momento ocorrerá uma inevitável correção para cima na cotação do dólar, com alta probabilidade de se transformar numa traumática "parada súbita". A pressão desse ajuste vai trazer de volta a inflação e exigir nova elevação da taxa Selic. Se for um ajuste súbito, haverá também uma freada no crescimento.
A avaliação foi feita em junho de 2011, pelo ex-presidente do Banco Central (BC) e atual sócio da consultoria Macrométrica, Francisco Lopes, em artigo para uma série especial do Valor sobre câmbio, juros e inflação.
No artigo intitulado "Sobre risco cambial, besouros e borboletas", Lopes criticou a forma de construção das reservas internacionais e apontou a formação de uma autêntica "bolha especulativa" nas reservas que poderia estourar entre 2013 e 2105 com graves consequências.
Passados mais de dois anos do artigo, Lopes aponta que o momento atual não é exatamente aquele previsto por ele, mas pondera que a avaliação feita em 2011 serve de pano de fundo para a problemática atual.
Como as reservas foram construídas, em grande parte, com dívida, diz Lopes, elas estão sujeitas aos financiadores demandarem seu dinheiro de volta. "É uma contingência que tem de ser contemplada. A grande atração para a entrada de dinheiro foi o diferencial de juros interno e externo e um ambiente de muita liquidez internacional. Esse é o cenário que pode mudar", afirma.
Retomando o artigo, Lopes escreveu, em 2011, que uma das poucas coisas que o governo poderia fazer diante da perspectiva de um inevitável ajuste cambial no futuro era preparar seus planos de contingência para um amortecimento da desvalorização. "Em particular, tanto o Banco Central como outras áreas mais politizadas do governo têm que estar psicologicamente preparadas para entregar aos 'malditos especuladores' o butim resultante de suas operações cambiais no país, sendo que isso poderá significar a perda de um grande e imprevisível volume de reservas internacionais (metade das reservas, por exemplo?)", escreveu em 2011.
Esse é o ponto central agora, diz Lopes, o BC pode sim administrar o ajuste no câmbio, mas, para isso, tem de operar com determinação tanto no mercado à vista como no de derivativos.
A valorização atual do dólar não é caracterizada por uma demanda por hedge (proteção). "Tem contornos de um ataque especulativo", diz, ponderando que embora não haja forte saída de recursos do país, o especulador se baseia nessa possibilidade.
De fato, diz Lopes, há um movimento especulativo em diversos países emergentes, como Índia, Indonésia e África do Sul. São países que têm situação vulnerável na parte fiscal, no balanço de pagamentos e passarão, como o Brasil, por eleições em 2014.
"No caso Brasileiro tem outra vulnerabilidade que é o fato de o governo resolver considerar que as reservas internacionais são sagradas, não se pode perder um tostão. É o que chamo de sacralização das reservas", diz Lopes, que tratou do tema em texto enviado a clientes sob o título: "O problema do câmbio ou como não se afogar em poça d'água".
Segundo Lopes, o problema dessa postura é que o governo atua como se não tivesse as reservas e assim, o mercado e os especuladores fazem o movimento que querem. Para Lopes, o dólar verde-amarelo produzido pelas operações de swap está longe de ser um substituto perfeito para o dólar verdadeiro. "A ideia de que operar com swap é o mesmo que operar com reservas é um equívoco", diz.
Com os swaps e os leilões de linha não há saída de moeda das reservas, o que BC faz é estimular o próprio sistema financeiro a prover os dólares para quem quer proteção, especulação ou mesmo sair do país. Mas esse é um modelo frágil, diz.
"Todo mundo com experiência no mercado diz que se o BC quer defender a taxa de câmbio, não quer que ocorra movimentos descontrolados, ele tem de mostrar firmeza no mercado à vista. As operações de swap são tímidas. O Brasil está sofrendo uma ilusão achando que controla o câmbio só com swaps. Isso é muito arriscado", diz.
Para o economista, com o dólar rodando a R$ 2,40, ou buscando R$ 2,50 conforme algumas projeções, os impactos inflacionários serão muito dramáticos.
Nos cenários desenhados por ele, a inflação chega a picos de 8% em 2014, considerando um câmbio a R$ 2,50. Na casa de R$ 2,40, o IPCA para este ano iria a 5,95%, e subiria 7,21% em 2014.
"Não pode ter uma posição de que as reservas são sagradas. Tem reservas é para poder usar. O BC tem que mostrar que ele manda nesse mercado. Não pode ficar em uma posição de medo. Se ele ficar assim é atacado", diz.
Essa é a questão de "se afogar em poça d'água", diz Lopes, apontando que com a posição de reservas de mais de US$ 370 bilhões, o BC pode colocar a taxa onde desejar. "O BC pode se perguntar que inflação quer ter, ver qual o câmbio compatível e operar a taxa de câmbio. Se ele for tímido, medroso, ele está dando sinal de que não é prioritário para ele defender o câmbio", explica.
Para o economista, a taxa de câmbio atual já é muito ruim para o cenário de inflação. "Com essa taxa já podemos ir acima da meta. O que o BC vai fazer? Levar a Selic para 15% para compensar isso? O governo vai fazer ajuste fiscal?", questiona.
Ele aponta, ainda, que o Brasil conta com uma posição de reservas internacionais quase US$ 200 bilhões maior que a observada no fim de 2008. Segundo Lopes, mesmo que o BC perca até US$ 100 bilhões em reservas não haveria problema nenhum.
"Perder US$ 100 bilhões de reservas, com isso você mata qualquer especulador e voltamos ao nível de reservas de 2010. Não tem problema algum", diz, questionando se o país precisa mesmo de US$ 370 bilhões em reservas "para sobreviver".
"O BC não pode perder o controle da taxa de câmbio como perdeu porque opera timidamente no mercado cambial."
Assinar:
Postagens (Atom)