Com
a promessa de buscar novos caminhos para o comércio internacional, a
posse de Roberto Azevêdo, que assume a diretoria-geral da Organização
Mundial do Comércio (OMC), no próximo dia 9, é aguardada com expectativa
pela indústria brasileira. O setor espera que Azevêdo promova mudanças
no regime de comércio mundial capazes de facilitar regras, reduzir taxas
e agilizar o desembaraço de mercadorias.
Em uma nota divulgada hoje (30), a
Confederação Nacional da Indústria (CNI) destacou que Azevêdo trará
estímulos e novas oportunidades para os negócios e garantiu que o
otimismo não tem relação com o fato do novo diretor ser brasileiro. As
indústrias nacionais acreditam que o novo dirigente da OMC buscará o
acordo de modernização dos procedimentos aduaneiros e o fim de entraves
burocráticos.
O diretor de desenvolvimento industrial
da CNI, Carlos Abijaodi, disse que essas medidas compõem a agenda de
competitividade para a indústria nacional. Abijaodi lembrou que os
custos de transações vão além do custo de produção, por incluírem as
perdas decorrentes de burocracia, pagamentos de taxas, dificuldade de
acesso à informação e insegurança.
No texto, a confederação ainda destaca
um levantamento da Organização para Cooperação e Desenvolvimento
Econômico (OCDE) que indica que o acordo poderia reduzir em 10% os
custos de transações para países desenvolvidos e entre 13% e 15% para
países em desenvolvimento.
Azevêdo vai assumir a organização com praticamente toda a equipe formada,
incluindo especialistas de diferentes nacionalidades. A cerimônia de
posse estava prevista para o dia 1º, mas foi remarcada pela OMC e será
realizada no dia 9. O processo de eleição de Azevêdo foi iniciado em
março, quando nove candidatos disputaram a vaga. Em abril, a escolha
ficou entre Azevêdo e o mexicano Herminio Blanco e o brasileiro saiu
vitorioso.
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário