Por Adriana Fernandes e Renata Veríssimo
O secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, afirma
categoricamente que haverá uma emissão externa soberana até o fim do
ano. No fim da entrevista à imprensa sobre contas públicas nesta
sexta-feira, 27, ele foi questionado sobre a possibilidade e respondeu
em tom forte: "Vai ter". Em seguida, deixou a sala sem dar detalhes da
operação.
Augustin avaliou como "neutro" o resultado primário
de agosto, que alcançou um superávit de apenas R$ 87 milhões - o pior
para o mês na série histórica. "Está em linha com o nosso esforço de
cumprir a meta. Lógico que não é um resultado ótimo."
Ele
se comprometeu a trabalhar para o governo divulgar uma previsão de
arrecadação com os parcelamentos tributários incluídos na Medida
Provisória (MP) 615. A MP foi aprovada este mês pelo Congresso e o
governo conta com esses recursos para reforçar o caixa. "Não tenho
expectativa neste momento; não vou fazer a estimativa", afirmou,
acrescentando que caberia à Receita Federal informar.
Confrontado
com a informação de que o secretário-adjunto da Receita, Luiz Fernando
Nunes, não quis dar a informação em entrevista coletiva da arrecadação,
na última segunda-feira, 23, Augustin se comprometeu a conversar
internamente no Ministério da Fazenda para ter a estimativa.
O
secretário designou o subsecretário do Tesouro, Cléber Oliveira, para
informar quando os recursos do primeiro pagamento do Refis entrarão no
caixa, se em novembro ou dezembro. A informação também não foi
transmitida na segunda-feira pela Receita Federal.
O
secretário do Tesouro defendeu a negociação dos Refis pelo governo. "Há
uma avaliação nova que esses Refis permitirão que uma conjunto de
contenciosos judiciais seja resolvido administrativamente."
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