País está suspenso do bloco desde junho de 2012 e deveria ter voltado em agosto deste ano
Diogo Alcântara
Em sua primeira visita ao Brasil, desde que assumiu o cargo de presidente do Paraguai, Horacio Cartes vai tratar do retorno do seu país ao Mercosul com a presidente Dilma Rousseff. Ele chegou no fim da manhã desta segunda-feira ao Palácio do Planalto, onde tratará com a presidente brasileira não só do tema multilateral, mas da agenda comum entre os dois países.
Desde o impeachment relâmpago do então presidente
paraguaio Fernando Lugo, em junho do ano passado, o Paraguai está
suspenso do bloco. O retorno estava previsto para depois da posse de
Cartes, escolhido em eleições democráticas. O Paraguai, no entanto, só
deve voltar ao bloco no ano que vem, depois de encerrada a presidência
Venezuelana.
Apenas o congresso paraguaio relutava em dar o aval para
que a Venezuela entrasse no Mercosul. Assim que foi suspenso, os demais
países-membro aprovaram a entrada do país, então comandado por Hugo
Chávez. Com esta rusga na relação, Assunção decidiu não retornar durante
a gestão venezuelana.
Ao ir à posse de Cartes, no dia 15 de agosto, Dilma
encabeçou uma investida para tentar convencer o presidente Paraguaio a
retornar ao bloco.
Apesar deste ainda ser o tema predominante nesta visita
de Estado, temas bilaterais ainda serão tratados. Estão na agenda dos
dois países cooperação técnica, desenvolvimento fronteiriço, além de
temas comerciais e de infraestrura. Em sua conta no Twitter, Dilma
chegou a declarar que "o Paraguai é aliado histórico" e disse que "os
dois povos ganham com maior cooperação".
No comércio bilateral do ano passado, o fluxo comercial
entre Brasil e Paraguai alcançou US$ 3,6 bilhões, com elevação em 38%
das importações brasileiras em comparação com 2011. Entre janeiro e
agosto deste ano, o comércio bilateral demonstrou aumento de 23% em
relação ao mesmo período de2012.
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