quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Rio empata com Zurique em ranking global de honestidade


Rio de Janeiro aparece empatada com Zurique, na Suíça, em 11º lugar em ranking da Reader's Digest feito a partir de carteiras “perdidas”. Só 16 cidades foram analisadas

Getty Images/Michael Regan
Pessoas jogam futebol na praia de Ipanema
Praia de Ipanema, no Rio: na cidade, uma em cada três carteiras propositadamente perdidas foram devolvidas por quem encontrou. Na mais honesta Helsinque, quase todas retornaram

São Paulo – O Rio de Janeiro aparece em 11º lugar em um ranking mundial de honestidade da revista Reader's Digest. O resultado do estudo, bastante informal, não é tão bom quanto parece: foram analisadas apenas 16 cidades dos diferentes continentes. Helsinque, na Finlândia, aparece como a mais honesta (veja lista completa).

O ranking foi montado a partir de uma ação simples: a equipe da revista “perdia” 12 carteiras em lugares como parques, calçadas e perto de shoppings de cada cidade.

As carteiras continham o equivalente a 50 dólares, fotos de família e número de celular para contato. Daí, era esperar se havia ou não a ligação de quem a encontrou.

Os cariocas devolveram 4 das 12 carteiras deixadas na cidade, o que representa 33% do total. Na mais honesta Helsinque, foram devolvidas 11 (92%).

O Rio aparece empatado com Zurique, na Suíça, e Bucareste, na Romênia, em quantidade de carteiras devolvidas.

Segundo a revista, um dos exemplares que foram recuperados no Rio não continha mais dinheiro. Como exemplo de honestidade, porém, a Reader's Digest cita uma idosa carioca.

“Delma Monteiro Brandão, de 73 anos, entregou a carteira depois de encontrá-la enquanto buscava sua neta na escola. ‘Isto não é meu!’ disse ela. ‘Na minha adolescência, eu peguei uma revista em uma loja de departamento e saí sem pagar. Quando minha mãe descobriu, ela me disse que este comportamento era inaceitável’”, contou a revista sobre a experiência no Brasil.

O estudo, claro, não pode ser considerado criterioso. Dentre as razões, a pouca quantidade de carteiras impedem uma amostra estatística significativa. Não só isso, é improvável que tenha sido observado a realidade socioeconômica de cada bairro entre as cidades na hora de perdê-las.

Mesmo assim, a pesquisa serve como curiosidade. A dúvida é saber como ficariam os demais municípios brasileiros.

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