Quase
R$ 10 bilhões de investidores estrangeiros, já na conta líquida, entraram no
país neste mês de setembro, até o dia 19. Desde junho, quando
os investidores ficaram isentos do pagamento de Imposto sobre Operações
Financeiras (IOF) de renda fixa, os estrangeiros destinam investimentos
ao Brasil em volumes recordes, segundo o banco o Citibank, onde ficam
guardados 60% dos recursos aplicados no País. Nestes últimos quatro meses,
as entradas superaram as saídas em cerca de R$ 50 bilhões.
Os
dados ficam ainda mais significativos se confrontados com o diagnóstico do JP
Morgan, o segundo maior “guardador” de investimentos estrangeiros, onde
estão 17% dos recursos aplicados nas ações e títulos de renda fixa brasileiros.
Juntos, Citibank e JP Morgan detêm a custódia - responsabilidade de
guardar e movimentar os ativos financeiros de clientes - de mais de 75% dos
cerca de R$ 700 bilhões hoje aplicados no Brasil.
O
JP afirma que não verificou grandes oscilações, nem de saída, nem de entrada.
“Nosso cliente tem perfil de aplicação de longo prazo e não saiu
do Brasil”, diz Ricardo Nascimento, diretor de custódia. Os motivos para a
migração de tanto dinheiro, mesmo com a volatilidade dos mercados mundiais
e os fluxos se movendo dos países emergentes para os EUA, são variados e vão de
especulação, realocação às apostas de longo prazo.
O
presidente da gestora Franklin Templeton no Brasil, Marcus Vinícius Gonçalves,
diz que a percepção dos investidores internacionais não é tão pessimista
quanto a dos investidores locais. A gestora tem mais de US$ 20 bilhões de seu
portfólio no mundo alocados em risco Brasil. Ele diz que o país é visto
como bom ativo de longo prazo, a despeito de questões políticas, e que as taxas
de juros estão em patamares atrativos desde que o BC decidiu por elevá-las
em meados deste ano.
Fonte: redação com agências, Citibank, JP e Franklin
Templeton |
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