RIO - O
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou R$
356,2 milhões a novos projetos de plantio de canaviais no âmbito do
Programa BNDES de Apoio à Renovação e Implantação de Novos Canaviais
(BNDES Prorenova). Ao todo, os projetos contemplam o plantio de 83,2 mil
hectares em São Paulo e Paraná, sendo 71,5 mil hectares para renovação e
11,7 mil hectares para novos canaviais.
Segundo o banco de fomento, os projetos desse programa na carteira já totalizam em 2013 aproximadamente R$ 1,3 bilhão (R$ 496 milhões em consulta, R$ 426 milhões em análise e R$ 370 milhões aprovados), o que já supera o desempenho de 2012, quando o BNDES desembolsou R$ 1,2 bilhão. A expectativa do banco é de que o programa totalize pelo menos R$ 2 bilhões em financiamentos até o fim deste ano.
Segundo o banco de fomento, os projetos desse programa na carteira já totalizam em 2013 aproximadamente R$ 1,3 bilhão (R$ 496 milhões em consulta, R$ 426 milhões em análise e R$ 370 milhões aprovados), o que já supera o desempenho de 2012, quando o BNDES desembolsou R$ 1,2 bilhão. A expectativa do banco é de que o programa totalize pelo menos R$ 2 bilhões em financiamentos até o fim deste ano.
O BNDES informou que duas empresas sucroalcooleiras
do grupo paranaense Usaçúcar — Santa Terezinha e usina de açúcar e
álcool Goioerê — receberão R$ 253,2 milhões. Os recursos destinam-se ao
plantio de 61,8 mil hectares de cana-de-açúcar, no noroeste do Paraná,
sendo 11,4 mil hectares de novos canaviais e 50,4 mil hectares de
reforma de canaviais já existentes.
A Santa Terezinha, de Maringá, é a maior empresa do
setor sucroenergético do Estado, e sua capacidade de moagem é de 19
milhões de toneladas de cana-de-açúcar, divididas em oito unidades
industriais. A empresa está adquirindo a Usina Goioerê, localizada no
município paranaense de Moreira Sales. Com isso, adicionará 1,8 milhão
de toneladas de cana-de-açúcar à capacidade instalada do grupo.
Já a usina São Martinho, do grupo São Martinho,
receberá R$ 65,1 milhões do BNDES Prorenova. Seu projeto prevê o plantio
de 13,3 mil hectares de cana-de-açúcar em São Paulo. O plantio será
realizado nos municípios de Pradópolis e Iracemápolis e em municípios do
seu entorno. Todo o plantio, ainda segundo informações do banco de
fomento, será realizado com variedades de cana-de-açúcar protegidas por
patentes, ou seja, que são mais atualizadas tecnologicamente, permitindo
maior ganho de produtividade.
O grupo São Martinho produz, atualmente, açúcar,
etanol e energia elétrica em três usinas: Iracema e São Martinho, em São
Paulo, e Boa Vista (apenas etanol), localizada em Goiás. Ele detém,
ainda, 32,18% da usina Santa Cruz. Na safra 2012/2013, o grupo São
Martinho registrou uma moagem de 12,9 milhões de toneladas, com produção
de 970 mil toneladas de açúcar e 451 mil metros cúbicos de etanol.
A companhia Agrícola Quatá foi o terceiro projeto
aprovado para obter apoio do BNDES. A usina Quatá, do grupo Zilor,
receberá R$ 37,9 milhões para a renovação de 8,1 mil hectares de
canaviais existentes na região de Quatá e Paraguaçu Paulista, São Paulo.
Deste total a ser renovado, 6,4 mil hectares usam variedades de cana
protegidas.
Segundo o BNDES, o grupo Zilor é formado por três
usinas produtoras de açúcar, etanol, energia e leveduras e por uma
empresa agrícola, e é responsável pelas atividades de plantio e colheita
de cana-de-açúcar.
O banco de fomento explicou, ainda, que a
combinação de problemas climáticos nas últimas três safras, com a
redução dos investimentos na lavoura em função da escassez de crédito
resultante da crise financeira internacional de 2008, resultaram na
redução da renovação dos canaviais entre 2009 e 2011.
Como consequência, ainda segundo o BNDES, a idade
média do canavial chegou a 3,7 anos em 2012, quando o padrão ideal gira
em torno de 3 anos, de acordo com recomendação do Centro de Tecnologia
Canavieira (CTC). O BNDES afirmou que, com um canavial mais antigo, a
produtividade agrícola se reduziu expressivamente, chegando a pouco mais
de 70 toneladas de cana por hectare na safra 2012/13, o que representou
queda de quase 20% em relação à safra 2008/09.
(Elisa Soares | Valor)
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